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A arrogância segundo os medíocres

Exato, o que cansa mais que gente "medíocre" é justamente esse tipo de babaca, que lê jogos vorazes, assiste Big Bang, vira um neo-ateu reaça no face e se revolta com tudo.

Eis o motivo das minhas cãibras estomacais toda vez que abro o facebook. :lol:

Sinceramente? Já parei de me importar há muito tempo com certas coisas. Se pagamos de 'simprão' e comum, somos desprezados pelos pseudocults e pseudonerds. Se pagamos de 'nerd', seremos desprezados pelos 'simprões' que nos cercam. O resumo é que não importa o que façamos, sempre agradaremos a um determinado 'público', e desagradaremos a outro. Isso é natural, e sabemos que poser tem em qualquer lugar. Só realmente se importa com isso quando há a necessidade de utilizar algum tipo de rótulo, ou necessita da aprovação de determinado grupo social. E não que a definição de 'rótulo' seja de todo negativa: todos nós precisamos deles em algum ponto da vida. Afinal, ninguém aqui é no ambiente de trabalho exatamente da mesma forma que é com os amigos, ou em casa.

Aliás, a exposição gratuita de determinadas opiniões, sejam em redes sociais ou não, são o sinal de um certo desejo premente de autoafirmação. Um exemplo simples?

Tem gente sente uma necessidade premente de gritar sua opinião aos quatro ventos, por exemplo: 'sou evangélico, sou feminista, sou de esquerda, sou gay', e enche as redes com sua carência por aprovação de seu grupo social - são os temíveis e conhecidos 'posers'. Quem discute ou insulta uma pessoa dessas ou ainda não entendeu isso, ou também deseja se autoafirmar através do confronto. Há ocasiões em que esse confronto é extremamente positivo - desde que feito de uma forma saudável e respeitosa - pois debater sobre determinado assunto ajuda a entender melhor a própria opinião, e quiçá, mudá-la. Mas quem está absolutamente seguro de sua própria opinião simplesmente evita o confronto, pois não deseja ser contradito em sua crença pessoal. Ele apenas vai ignorar a pessoa, ou bloquear.

É o que eu faço, simplesmente não me importo. Solto no máximo um 'ah, é?' e pulo pro próximo post/assunto.
Me acha 'esnobe por ter comprado um chinelo em uma feira de artesanato na Colômbia'? Que pena. Próximo!

E eu creio que o que faz falta hoje, tanto nas redes quanto na vida real é isso: não dar tanta importância.
 
Também já passei por umas situações parecidas, mas, diferentemente da autora do texto e da maioria do pessoal aqui, a reação das pessoas não foi a de que sou fresco ou quero pagar de cult, mas (como de se esperar de adolescentes, que é a idade que me cerca pois sou um deles) passo a imagem de introvertido, calado, sem vida social, que fica o dia inteiro em casa estudando e fazendo coisas rotuladas "chatas", e que não tenho a capacidade de me divertir socialmente.

Mas rotular, todo mundo faz. Geralmente eu não falo dos meus gostos pessoais, a não ser que estejamos falando do assunto, mas as vezes é inevitável passar uma imagem de algo, como quando eu falo uma palavra não exatamente culta, mas fora dos padrões (como algo terminado com 'ente', etc.), no meio de uma frase com gírias, e o pessoal já percebe que leio consideravelmente bem (levando em conta a média brasileira).
Isso acrescentado à minha aparência, obviamente a primeira coisa que a pessoa nota em mim: Branco, gordinho, geralmente me vestindo bem (ao meu ver, pelo menos) e falando umas palavras fora do padrão informal, acabo passando a impressão de burguês com bons estudos (lembrando que o estereótipo que passei não é meu, mas o das outras pessoas, acho que dizer a classe social da pessoa exclusivamente pela aparência extremamente fútil).

Eu poderia falar que não gosto de ser rotulado, mas não vou falar, por que sinceramente também rotulo (as vezes até de mais). O que faço é ficar no meu cantinho e só falar quando alguém fala comigo. Assim, se alguém não gostar do jeito que aparento ser, que vá embora e me deixe em paz :D
 
E aí se essa pessoa é de classe favorecida, despreza-se a de menos, e vice-versa. Muito normalmente são aquelas pessoas que você vê mudando de personalidade quando consegue (ou é obrigado a) mudar de uma classe social pra outra.
E olha que pelo que a autora fala ela nem é tão favorecida, apenas fez algumas escolhas. Eu conheço pessoas que adoram gastar muito dinheiro em customização de carros mas moram numa casa toda fudida e mal aparelhada. Tudo questão de escolha. Ela escolheu viajar, ampliar horizontes, investir em cultura e formação pessoal.

Claro que há as pessoas que gastam dinheiro apenas por ostentação, como o caso do rei do camarote. Ele pagaria R$ 1000,00 numa garrafa de Velve Cliquot tanto quanto pagaria por uma garrafa de Sidra Cereser se ela fosse vendida por esse preço, apenas por ostentação, apenas por status (apesar de ele preferir vodca) e nunca se interessaria por ir a França, conhecer os vinhedos e a fabricação da bebida, que eu acho que seria o grande barato da coisa.

Eu, particularmente, tentaria extrair o máximo possível da informações da pessoa para ver se valeria a pena juntar dinheiro e fazer o mesmo roteiro (o que às vezes nem é tão caro) do que ficar pensando que ela é esnobe. Se ela for está sendo do jeito certo.
 
Última edição:
Eu também já passei por situações semelhantes a essas. O pior nem é quando se é tachado de nerd, antissocial, esquisito ou coisas do tipo. Com isso eu já me acostumei. O pior é quando se é tachado de louco pelos seus gostos por aqueles que, teoricamente, são os "sãos" da sociedade. Foi o que aconteceu comigo uma vez quando mostrei aos meus "amigos" meu tratado de demonologia. Teve uma que se assustou e até saiu de perto de mim...:lol:
Mas eu concordo com a Seiko, tais pessoas só me dão pena e precisam ser ignoradas. Penso que todos nós rotulamos, seja de bom ou de mau, é o que conhecemos por "primeira impressão", e não há como escapar dela. O problema está em se ater a ela irreversivelmente.
Uma coisa eu digo: Há um abismo imenso entre simplicidade e vulgaridade. E esta eu rejeito!
Olha que eu conheço pessoas de altíssimo nível cultural/econômico/social e, ainda sim, de uma simplicidade e humildade impressionantes!
Se eu posso, por exemplo, compras roupas finas no shopping (sem esquecer de minhas responsabilidades e prioridades, é claro...) por que comprar roupas no montão da feira?!
 
Última edição:
Então, voltanto ao assunto. É muito mais fácil alguém querer pagar de cult do que de popular, né? Sem contar que, como já foi dito, não faltam casos de gente que faz pouco caso de qualquer aspecto da cultura popular. Em suma, tem babaca dos dois lados.
Defina "cultura popular".
 
Eu acho que o segredo é saber dialogar com pessoas de variados tipos.
Você vai ficar discutindo assuntos hiper-nerds com alguém que não entende nada do que você fala? Ai sim você vai parecer esnobe e tudo mais. Não quer dizer que você tem que se passar por burro ou ocultar o que você gosta , só ter bom senso pra perceber o ambiente em que você está e as pessoas com quem você está lidando :)
 
Bom, eu me identifiquei muito com o texto. É muito desagradável ter que adicionar um "mas fiz trêêês anos de cursinho" ao "eu faço Medicina na UFRJ" ou "mas porque meu pai morreu e precisávamos passar o Natal num lugar diferente" ao "fui pra Paris" pras pessoas não ficarem tristes por eu ser inteligente e ter dinheiro.

Agora, sobre essa de esnobar pessoas que assistem BBB e novelas, esnobo se a pessoa for só isso. Eu nunca entrei no tópico do BBB aqui pra falar "ew" porque eu sei que a galera do fórum é "algo a mais". Eu nem acho ruim quem só lê Crepúsculo e 50 tons e só porque é moda, porque pelo menos a pessoa está lendo! Já alguém que assiste programas estúpidos da TV (nem sei dar exemplos), só fala em sair, pegar e malhar, não pensa em crescer intelectualmente e largaria tudo por uma vida de fama não tem meu respeito mesmo.
 
Defina "cultura popular".

Quando eu falei "cultura popular, pensei mais ou menos nos exemplos citados no texto original. É como você comentou: BBB, Rede Globo na veia, gastar todo o salário pra ir no Maracanã, não querer poupar um pouco do dinheiro pra fazer uma viagem menos mainstream. Eu falei cultura num sentido mais amplo, algo como "modo de pensar e agir". O termo popular talvez tenha sido usado de forma injusta, mas acho que é assim mesmo que a maioria das pessoas pensa.
 

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