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Clube de Leitura 8º Livro: Drácula (Bram Stoker)

Comecei a ler o livro e apesar de Drácula já ser meio manjado, ele exerce certo fascínio sobre mim e acho ele um super clássico. Foi difícil parar na ordem do cronograma :dente:
Acho essa onda de mistério que o livro tem muito envolvente, por muitas vezes fez meu coração disparar esperando que desse tudo certo com o Harker, ficando ansiosa com o que poderia acontecer. Já nos primeiros capítulos eu vi certas semelhanças com a serie que que eu assisti no começo do ano, o que me surpreendeu. O sentimento de prisão que o autor consegue passar atras de Harker é incrível. Eu me vi várias vezes pensando em como faria pra conseguir fugir.
Há duas coisas que me fizeram ficar pensando durante a semana. A primeira é que para o Harker, o Conde Drácula apareceu como um senhor, o que ao meu ver, seria para que ele não desconfiasse da iminente ameaça e fizesse com que ele ficasse mais a vontade. A segunda é a parte que ele faz a viagem para se encontrar com o Drácula e passa por campos, no interior por assim dizer, e as pessoas vão "tentando" avisa-lo ou impedi-lo o que me faz pensar no quanto nós do interior somos supersticiosos.
@-Jorge- acho que os fogos azuis são as 3 vampiras que o Harker conheceu no castelo do Conde :think:
 
Estou lendo novamente, realmente é uma narrativa muito interessante toda por cartas, etc. Quando li a primeira vez fiquei com a sensação de que era tudo real, de que encontrei aquelas cartas em algum baú antigo da casa da minha avó. hehehehe =D
Tbm me identifico com o personagem já que Jonathan é meu nome. =D
Mas desde o começo (no "aviso ao leitor" que a gente não sabe quem é o "autor", ou seja quem juntou essas informações) já há essa ideia de que só há os "fatos" ali, né? E o Jonathan está o tempo todo reforçando isso também, dizendo que vai tentar narrar só os "fatos", mesmo desconfiando da própria sanidade, ou por isso mesmo. A escrita do diário teria se tornado a última defesa dele...

Há duas coisas que me fizeram ficar pensando durante a semana. A primeira é que para o Harker, o Conde Drácula apareceu como um senhor, o que ao meu ver, seria para que ele não desconfiasse da iminente ameaça e fizesse com que ele ficasse mais a vontade.
Sim, esse Drácula é muito duas caras. Mais para o final do capítulo 3, acho, ele sabe que Jonathan sabe e vice-versa e ainda fica mantendo o joguinho quando, por exemplo, pega as cartas dele... Ou quando diz que Jonathan não é prisioneiro e ameaça jogar ele para os lobos.
(edit: mas percebi que isso faz parte do charme do Conde (supostamente) já que ele une o (suposto) refinamento de um nobre com a animalidade, bestialidade e desumanidade de um demônio ou monstro, como ele é chamado).

@-Jorge- acho que os fogos azuis são as 3 vampiras que o Harker conheceu no castelo do Conde :think:
Mas eram mais de três. (edit: vi que era só um fogo, então talvez faça sentido mesmo, Lynoka. Talvez fosse a "líder" das mulheres...) No capítulo 2 Drácula dá uma explicação: que são espíritos que indicam o local onde há ouro deixado pelos mortos. Espíritos dos guerreiros mortos que só saem na noite de São Jorge. Como disse a mulher no hotel, são espíritos maus... O que Drácula foi fazer juntando pedras no meio deles é que não dá pra saber. Seriam vítimas dele, na verdade?

Algumas outras notas até agora:

- Algumas outras diferenças que esqueci: Jonathan cita a precisão dos mapas ingleses e a imprecisão dos mapas da região dos Cárpatos. E o conde cita no começo do capítulo 2 que Jonathan, por ser da cidade, não entende o sentimento de caçadores (falando dos lobos e de si?), ou seja, opondo um mundo urbano, Londres, ao rural, o Leste europeu.

- No capítulo 2 a descrição de Drácula, com ênfase nos dentes. Aliás, há bastante ênfase no sorriso de Drácula, que é algo bem assustador e sádico, porque ele ri enquanto faz o mal... Logo na primeira cena em que ele aparece como cocheiro ele sorri: para o outro cocheiro que queria livrar Jonathan e para o passageiro que cita um verso sobre ele estar morto. As "noivas" estão sempre rindo também...

- No capítulo 3 Jonathan compara a si mesmo com um rato e um bebê e o Conde a um leão e um lobisomem (quando fala sobre ele ser um guerreiro Berserker que, segundo a lenda, se transformavam em lobos em batalha). Para a gente ver a diferença de poder entre os dois... O castelo também é uma prisão-labirinto, com tantas portas, então Jonathan é o ratinho de laboratório do Conde...

- Fiquei intrigado com a figura das três "vampiras" (elas não são chamadas assim, né?) que aparecem. O que são elas? Por que o conde avisou Jonathan sobre elas? Há um contraste claro entre a mulher romântica ideal, escrevendo uma carta de amor ao luar como imaginada por Jonathan, e as três, sexuais, o que mulheres românticas nunca eram. E o que significam as acusações delas de que o Conde "nunca amou" ou "ama", apesar de ele negar? Não ama quem? Ou, de outro ponto de vista: o Conde é impotente sexualmente? Ou é levar a análise longe demais?

- Parece que houve vida "normal" no castelo há tempos. Será que alguma das mulheres viveu lá com o Conde também?
 
Última edição:
porraaa... terminei de ler a primeira parte, os 4 diários do Harker e só posso dizer que o livro é muito bom, realmente nos sentimos dentro do castelo!!
enquanto eu to no busão lotado vindo pro trabalho, na verdade estou me sentindo sozinho, tenso e até com um pouco de medo.. leitura muito boa!!
 
sim, também fiquei um pouco cabreira, ainda mais que eu já sou medrosa por natureza, o que eu achei mais interessante da primeira parte, foi o "desafio" que o Harker faz deliberadamente ao Conde, ao desobedecê-lo e dormir em outra parte do castelo e como ele se sente atormentado ao perceber que apenas o Conde, que ele já percebeu que é uma criatura má, pode protegê-lo enquanto ele estiver lá e que assim que ele não tiver mais utilidade, o Conde não terá mais motivos pra fazer isso...
 
As vezes fico me perguntando: se o Drácula criou os outros vampiros, quem criou o Drácula? :think:
Mas quem disse que Drácula criou alguém? =P No livro Jonathan só chama elas de "irmãs" de Drácula. O que a gente sabe também é que parece haver uma hierarquia entre os moradores do castelo já que duas das três abrem mão de Jonathan pela loira bonitona e Drácula questiona a iniciativa delas. É de se perguntar: o que é o Drácula e como ele ficou assim?

No final, acho que nossa leitura do livro já é toda "spoilereada" pelos filmes, séries etc que a gente já conhece. A leitura de quem leu a primeira edição foi bem outra. Talvez mais misteriosa.

Sobre os capítulos dessa semana V-VIII:
- Começamos esses capítulos com uma pequena novela de Jane Austen com vários pretendentes recusados etc. Um deles, John Seward, o Dr. Seward, que trabalha no asilo que fica vizinho à casa que Drácula está comprando, como vimos no capítulo 2.

- Gostei muito da história do Deméter, o navio. É uma história dentro da história. Me lembrou outras histórias de navios fantasmas como em Arthur Gordon Pym do Poe e o navio que (supostamente) leva o Horla de São Paulo para a França no conto O Horla de Maupassant. O que me faz pensar no significado que os navios tinham no século XIX. Eram muito mais importantes que qualquer transporte hoje em dia e podiam sempre estar carregados com alguma peste (lembrando dos navios que trouxeram a peste negra para a Europa no século XIV também).

- Antes e depois da chegada do navio temos o sonambulismo de Lucy piorando e sua doença, o ataque de alguma criatura (numa leitura sem spoiler, ou de Drácula, numa com) e a fala estranha dela sobre os olhos vermelhos, como se já conhecesse eles. Aliás, começaram a acontecer coisas estranhas com a chegada do navio. Como a fuga do cachorro do navio, a morte de um mastim (se não me engano), o cão e seu dono que eram pacíficos e ficaram violentos, os ataques a Lucy e a morte do Sr. Swales de maneira estranha.

(com spoiler vemos mais "poderes" de Drácula: controlar o clima a ponto de criar uma tempestade e a neblina que cercou o navio o tempo todo, se metamorfosear em animais como um cachorro e um morcego (supondo que o que estava na janela de Lucy era ele) e o controle da mente de pessoas como Renfield e Lucy, fora a de animais como os lobos).

- O Sr. Swales também faz uma nova comparação quando diz que sente a morte chegando no navio e com a tempestade. (com spoiler: Antes Drácula era um demônio, monstro, vampiro, lobisomem. Agora ele é a própria morte também.)

- Qual o objetivo de Renfield em "absorver vidas"? moscas > aranhas > papagaios > gato > ? E a pergunta do Dr. Seward é válida: quantas vidas valeria uma vida humana nesse sistema? (cap. 6)

- Liberação feminina: Apesar de fazer piada com a "Nova Mulher" (que segundo uma nota na minha edição eram mulheres que fumavam, andavam de bicicleta e eram liberais sexualmente, entre outras coisas) Mina e Lucy me parecem bem avançadas. Mina quando fala sobre "ser como uma repórter mulher" (cap. 6) e sobre a mulher pedir em casamento no futuro (cap. 8). E Lucy quando sugere que a mulher se case com quem quiser e até com mais de uma pessoa.
 
Última edição:
Terminei de ler até o capítulo IV.

Sim, esse Drácula é muito duas caras. Mais para o final do capítulo 3, acho, ele sabe que Jonathan sabe e vice-versa e ainda fica mantendo o joguinho quando, por exemplo, pega as cartas dele... Ou quando diz que Jonathan não é prisioneiro e ameaça jogar ele para os lobos.
(edit: mas percebi que isso faz parte do charme do Conde (supostamente) já que ele une o (suposto) refinamento de um nobre com a animalidade, bestialidade e desumanidade de um demônio ou monstro, como ele é chamado).

O conde é sedutor, esse é o ponto.
Tem mau hálito, aparência de velho, mãos nojentas, dá arrepios de pavor no Jonathan mas mesmo assim este não consegue deixar de obedecê-lo.
Só quando o Drácula está longe é que o Jonathan consegue "se rebelar" e pensar em fuga e tudo mais. =/


- Fiquei intrigado com a figura das três "vampiras" (elas não são chamadas assim, né?) que aparecem. O que são elas? Por que o conde avisou Jonathan sobre elas? Há um contraste claro entre a mulher romântica ideal, escrevendo uma carta de amor ao luar como imaginada por Jonathan, e as três, sexuais, o que mulheres românticas nunca eram. E o que significam as acusações delas de que o Conde "nunca amou" ou "ama", apesar de ele negar? Não ama quem? Ou, de outro ponto de vista: o Conde é impotente sexualmente? Ou é levar a análise longe demais?
Uma vez descobri um texto (acho que era uma tese de literatura) que falava sobre essa separação (típica da era vitoriana) entre a mulher sexualizada e a romântica.
Mina é a romântica (a certinha, "pra casar") e as outras seriam as desvirtuadas, as deturpadas, principalmente porque têm uma sexualidade evidente.
Muito se falou e se fala sobre essa alegoria de vampiro vs. sexo (óbvia na cena da vampira bonita com o Jonathan) e esse texto que mencionei é sobre isso e sobre a visão anti-feminista que o Bram Stoker teria já que foi no século XIX que as mulheres ocidentais começaram a trabalhar, exigir direito ao voto e coisas assim.
Vou procurar esse texto e colocar o link aqui (pra quem se interessar) mas só farei isso quando estivermos próximo do final da leitura do livro, porque ele (o texto) está repleto de spoilers. :yep:

Mas independente de toda essa visão (sexo, feminismo etc) acima de tudo acho Drácula, uma excelente história de terror.
O trecho em que Jonathan vê o conde deslizar pela parede, ou quando as mulheres avançam no que parece ser uma criança viva, por exemplo (e mais uns outros trechos que eu ainda não posso mencionar aqui) são feitos do mais puro horror, são de causar pesadelos.
É claro que a história é manjada (como disse a Lynoka) mas né? É O Drácula, e todas as histórias de vampiro posteriores mais ou menos se inspiraram nele, embora não tenha sido a primeira história de vampiro escrita ou contada.

Agora vou ler a parte desta semana.
 
Última edição:
bem, acabei agora de ler os capítulos que deveriam ser lidos até 20/06 - vergonha minha, mas não consegui ler enquanto não tinha acabado o outro que eu estava lendo :oops: - enfim, esses capítulos pra mim, foram bem interessantes, me peguei especulando se havia alguma ligação entre o paciente do Dr. Seward, a insônia de Lucy e o aparecimento do navio durante a tempestade...
- imaginei que talvez a tempestade pudesse ser um truque do Conde para levar o navio "em segurança" para o porto já que, aparentemente, ele foi o responsável pela morte de toda a tripulação;
- me perguntei porque as pessoas não ligaram a morte/desaparecimento da tripulação, conforme relatada no diário do capitão, ao cachorro que desceu correndo do navio, uma vez que houve comentários de que o animal seria selvagem e inclusive desconfiança de que ele houvesse matado outro animal;
- por fim, na última parte do diário da Mina, ela relata sobre um outro cachorro que estava perturbado no funeral do capitão e tendo encostado em um túmulo se enche de terror: será que o Conde estava se escondendo nesse túmulo durante o dia??
vou tentar ler os capítulos que seriam dessa semana durante o final de semana pra poder fazer mais alguns comentários na segunda ou terça...
 
Eu não consegui parar de ler e acabei chegando no capítulo XIII; realmente é difícil parar de ler, pois sempre queremos saber o que vai ocorrer.

Estou curioso pra saber qual a ligação do paciente do Dr. Seward, o tal de Renfield, com o Drácula.
 
No final, acho que nossa leitura do livro já é toda "spoilereada" pelos filmes, séries etc que a gente já conhece. A leitura de quem leu a primeira edição foi bem outra. Talvez mais misteriosa.
É até engraçado que a gente percebe um monte de sinais de que se trata de um ataque de vampiro (as marcas no pescoço, o morcego, a palidez da moça) e fica com vontade de falar pros personagens: "Não tão vendo que é um vampiro?".
Também fico imaginando como os leitores da primeira edição receberam a leitura.
Mas acho que, pelo menos nós brasileiros, nunca saberemos como é isso porque a tentativa recente de fazer a mesma coisa (Salem's Lot, do Stephen King) foi estragada pelo inacreditável spoiler do título que o livro recebeu aqui no Brasil: "A Hora do Vampiro"! :gotinha:

Explicando: a história do King se passa em uma pequena cidade americana, palco de estranhos acontecimentos após a chegada de dois forasteiros.
É claro que eventualmente chegamos à conclusão de que se trata de vampiros mas acredito que (pra quem leu o original, sem saber do título brasileiro) isso é uma descoberta que se faz aos poucos e que deve ser ainda mais deliciosa ao se notar as semelhanças com o "Drácula" do Stoker, tipo a mudança do conde pra uma casa abandonada; as caixas com terra que devem ser cuidadosamente entregues (trecho do livro que, acredito, deve dar cagaço até no mais corajoso dos leitores :lol: )
a mocinha transformada em vampira que deve ser "morta" por seu namorado/noivo
e outras semelhanças com o clássico do Bram Stoker.

Sobre os capítulos dessa semana V-VIII:
- Gostei muito da história do Deméter, o navio. É uma história dentro da história. Me lembrou outras histórias de navios fantasmas como em Arthur Gordon Pym do Poe e o navio que (supostamente) leva o Horla de São Paulo para a França no conto O Horla de Maupassant. O que me faz pensar no significado que os navios tinham no século XIX. Eram muito mais importantes que qualquer transporte hoje em dia e podiam sempre estar carregados com alguma peste (lembrando dos navios que trouxeram a peste negra para a Europa no século XIV também).
(...) (com spoiler vemos mais "poderes" de Drácula: controlar o clima a ponto de criar uma tempestade e a neblina que cercou o navio o tempo todo,

- imaginei que talvez a tempestade pudesse ser um truque do Conde para levar o navio "em segurança" para o porto já que, aparentemente, ele foi o responsável pela morte de toda a tripulação;

Uia! Também lembrei do livro do Poe, quando eles cruzam com um navio cheio de cadáveres (que de longe parecem estar vivos) em "A Narrativa de Arthur G Pym". :yep:
E também acho perfeita (no quesito "terror di catiguria") a parte do diário do capitão do navio.

E essas observações de vocês, @-Jorge- e @*Erendis* me fizeram pensar melhor no caso do navio.
Porque eu estava chegando à conclusão de que talvez fosse um tipo de "falha" na narrativa do Bram Stoker, pois pensava: como o Drácula esperava chegar na Inglaterra matando toda a tripulação do navio? O navio podia de afundado!
Mas de fato, ele controlar o clima e a tempestade e o nevoeiro serem criação dele, faz mais sentido.

- me perguntei porque as pessoas não ligaram a morte/desaparecimento da tripulação, conforme relatada no diário do capitão, ao cachorro que desceu correndo do navio, uma vez que houve comentários de que o animal seria selvagem e inclusive desconfiança de que ele houvesse matado outro animal;
- por fim, na última parte do diário da Mina, ela relata sobre um outro cachorro que estava perturbado no funeral do capitão e tendo encostado em um túmulo se enche de terror: será que o Conde estava se escondendo nesse túmulo durante o dia??
vou tentar ler os capítulos que seriam dessa semana durante o final de semana pra poder fazer mais alguns comentários na segunda ou terça...

Acho que não ligaram (o cachorro aos acontecimentos do navio) porque imaginam que a tripulação foi vítima de alguma doença que lhes afetou o cérebro.
Mas também achei estranho eles não notarem que o capitão, no diário, não menciona em nenhum momento que havia um animal a bordo. =/
Todos os personagens ingleses da história parecem guiados pela lógica, até o velho (que era marinheiro, que geralmente são pessoas supersticiosas) trata de desmistificar as histórias de fantasmas ligadas ao cemitério e à capela da cidade.
São todos muito puritanos também, mais propensos a "manter as aparências" do que qualquer outra coisa (vide as histórias das lápides) e também tipo, como a Mina fica tanto tempo sem receber notícias do noivo (sem nem saber se o coitado está vivo ou não) e não toma nenhuma atitude?
Não vai até (ou ao menos escreve para) o empregador do Jonathan perguntando onde está o moço, o que aconteceu com ele?
E aquele negócio de ela esconder as crises de sonambulismo da Lucy, mesmo depois de esta apresentar sintomas estranhos?
Tudo bem, a mãe da moça estava doente e o pai do noivo também, mas mesmo assim, não procura um médico nem nada?
Vê a amiga sendo atacada por um "ser estranho" e corre pra ela em vez de fazer escândalo (caramba, a moça estava sendo atacada!) porque não queria que a cidade soubesse que a Lucy era sonâmbula e que saia na rua de camisola?
Essa pira de manter as aparências fica bem evidente quando ela, Mina, enfia deliberadamente os pés na lama pra que ninguém reparasse que ela estava... sem sapatos! o_O
Aff, até pra aquela época achei isso demais.

E os trechos do Renfield são de dar arrepios. De terror e de nojo. :lol:[/QUOTE]
 
Última edição:
Drácula está viciante, creio que vou adiantar a leitura um bocado, já que na medida dos atuais acontecimentos é quase impossível parar de ler.
Me identifiquei mais com as partes narradas pela Mina e pelo Seward, do que as narradas pelo próprio Jonathan. :cheer:
 
Drácula está viciante, creio que vou adiantar a leitura um bocado, já que na medida dos atuais acontecimentos é quase impossível parar de ler.
Me identifiquei mais com as partes narradas pela Mina e pelo Seward, do que as narradas pelo próprio Jonathan. :cheer:
pois é, eu também me empolguei pra caramba de ontem pra hoje e acabei lendo pra frente do que estava marcado pra ler, vou ter que dar uma pausa pra não acabar muito antes da hora e depois ficar ruim pra eu participar das discussões aqui... :dente:

edit.: pois é, já me empolguei e li até o capítulo final de 04/07 - vou dar um tempo agora e arrumar outra coisa pra ler enquanto espero e semana que vem eu comento o que eu li...
 
Última edição:
Desculpa voltar atrás ,mas fiquei em dúvida no cap I:" Minha impressão ~é que o carro passava constantemente pelos mesmos lugares e, realmente, prestando atenção, numa saliência, vi que era isso que estava acontecendo."

Pq o conde fez isso?
 
Última edição:
Desculpa voltar atrás ,as fiquei em dúvida no cap I: Minha impressão ~é que o carro passava constantemente pelos mesmos lugares e, realmente, prestando atenção, numa saliência, vi que era isso que estava acontecendo.

Pq o conde fez isso?

Reli essa passagem ontem à noite e concluí duas coisas:

O conde estava dificultando a chegada ao castelo confundindo o Jonathan pra este não conseguir fugir;

ou:

O conde estava enrolando até a meia noite, quando fica mais forte e é a "sua hora".
Repare que é quando os lobos começam a uivar e que o cocheiro do carro anterior tentou evitar que o Jonathan encontrasse com o Drácula naquela noite, mas não conseguiu porque o conde chegou antes do previsto.

Foi o que eu concluí.
Alguém tem outra teoria? :think:
 
Última edição:
Reli essa passagem ontem à noite e concluí duas coisas:

O conde estava dificultando a chegada ao castelo confundindo o Jonathan pra este não conseguir fugir;

ou:

O conde estava enrolando até a meia noite, quando fica mais forte e é a "sua hora".
Repare que é quando os lobos começam a uivar e que o cocheiro do carro anterior tentou evitar que o Jonathan encontrasse com o Drácula naquela noite, mas não conseguiu porque o conde chegou antes do previsto.

Foi o que eu concluí.
Alguém tem outra teoria? :think:

Para mim, pelo que entendi, é a segunda hipótese; estava fazendo chegar a meia-noite.
 
Reli essa passagem ontem à noite e concluí duas coisas:

O conde estava dificultando a chegada ao castelo confundindo o Jonathan pra este não conseguir fugir;

ou:

O conde estava enrolando até a meia noite, quando fica mais forte e é a "sua hora".
Repare que é quando os lobos começam a uivar e que o cocheiro do carro anterior tentou evitar que o Jonathan encontrasse com o Drácula naquela noite, mas não conseguiu porque o conde chegou antes do previsto.

Foi o que eu concluí.
Alguém tem outra teoria? :think:
acho que a segunda também. O cocheiro (conde) inclusive reclamou que o outro estava adiantado demais.

Agora, outra parte: Cap VII, Diário de Mina
Aquele cão que aparece durante o enterro do capitão, acompanhando um marinheiro, que o joga no túmulo........ Fiquei em dúvida o que ele é.
 
Agora, outra parte: Cap VII, Diário de Mina
Aquele cão que aparece durante o enterro do capitão, acompanhando um marinheiro, que o joga no túmulo........ Fiquei em dúvida o que ele é.

O cachorro que começa a rosnar e uivar sem motivo aparente?
Os dois, cachorro e dono, eram da cidade e conhecidos de vista pela Mina e a Lucy, o comportamento violento dos dois aparentemente foi por influência do conde.
Não sei explicar o porquê. Teria que reler o trecho. :think:

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Ainda não terminei a leitura desta semana.
Mas no primeiro capítulo fiquei curiosa com a parte em que o Dr Van Helsing faz uma transfusão de sangue na Lucy sem verificar tipo sanguíneo compatível nem nada.
Pelas pesquisas soube que já se faziam transfusões no final do século XIX ("Drácula" foi escrito em 1897) mas os principais tipos sanguíneos foram descritos só em 1901, conforme o texto a seguir, que achei na Wikipedia.
Antes disso parece que era comum a morte do receptor, exatamente pela incompatibilidade do sangue recebido. =/

A primeira transfusão com sangue humano é atribuída a James Blundell, em 1818, que após realizar com sucesso experimentos em animais, transfundiu mulheres com hemorragias pós-parto.
No final do século XIX, problemas com a coagulação do sangue e reações adversas continuavam a desafiar os cientistas.

Em 1869, foram iniciadas tentativas para se encontrar um anticoagulante atóxico, culminando com a recomendação pelo uso de fosfato de sódio, por Braxton Hicks. Simultaneamente desenvolviam-se equipamentos destinados a realização de transfusões indiretas, bem como técnicas cirúrgicas para transfusões diretas, ficando esses procedimentos conhecidos como transfusões braço a braço.

Em 1901, o imunologista austríaco Karl Landsteiner descreveu os principais tipos de células vermelhas: A, B, O e mais tarde a AB. Como conseqüência dessa descoberta, tornou-se possível estabelecer quais eram os tipos de células vermelhas compatíveis e que não causariam reações desastrosas, culminado com a morte do receptor.

A primeira transfusão precedida da realização de provas de compatibilidade, foi realizada em 1907, por Reuben Ottenber, porém este procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Em 1914, Hustin relatou o emprego de citrato de sódio e glicose como uma solução diluente e anticoagulante para transfusões, e em 1915 Lewisohn determinou a quantidade mínima necessária para a anticoagulação. Desta forma, tornavam-se mais seguras e práticas as transfusões de sangue.

Idealizado em Leningrado, em 1932, o primeiro banco de sangue surgiu em Barcelona em 1936 durante a Guerra Civil Espanhola.

Após quatro décadas da descoberta do sistema ABO, um outro fato revolucionou a prática da medicina transfusional, a identificação do fator Rh, realizada por Landsteiner.

No século XX, o progresso das transfusões foi firmado através do descobrimento dos grupos sanguíneos; do fator Rh; do emprego científico dos anticoagulantes; do aperfeiçoamento sucessivo da aparelhagem de coleta e de aplicação de sangue, e, do conhecimento mais rigoroso das indicações e contra indicações do uso do sangue.
 

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