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50 virgens disputam Rei da Suazilândia

Regente

Serenity Painted Death
Fonte: Jovem Nerd
Mais de 50 mil virgens com os seios à mostra, muitas delas vivendo a expectativa de se tornarem a 13a. mulher do rei Mswati III, se reuniram na segunda-feira para um tradicional ritual que, segundo críticos, é nocivo para um país que tem a maior taxa de infecção pelo vírus HIV no mundo.

Mswati 3o., o último monarca absolutista da África subsaariana, deve participar de uma cerimônia anual usada desde 1999 para escolher noivas entre milhares de jovens que dançam usando apenas colares e saiotes tradicionais.

Embora dois terços de seus súditos estejam na miséria, Mswati vive de forma suntuosa. Segundo seus críticos, ele estimula a poligamia e o sexo com adolescentes. Cerca de 40 por cento dos adultos da Suazilândia são portadores do vírus HIV, que provoca a Aids.

E alguns dizem que a cerimônia, que tradicionalmente celebra a feminilidade e a virgindade, se tornou apenas uma vitrine para moças que aspiram a uma vaga na corte. "A cerimônia sofreu abusos por causa da satisfação pessoal de um homem", disse Mario Masuku, líder do proscrito partido de oposição, à Reuters. "O rei é apaixonado pelas jovens e pela opulência."

Mas muitos suazis dizem que o monarca tem o direito de fazer o que quiser. Para eles, o pendor por noivas jovens é uma tradição nacional, e cerimônias como esta consolidam a identidade nacional.

"Esta é uma tradição suazi -- é só olhar todas as meninas dançando para ver que elas estão felizes com isso", disse Sam Mkhombe, secretário particular do rei. "As pessoas podem criticar, é a opinião delas, mas isso é a nossa cultura."

SEXO PROIBIDO

O rei, que já tem 12 mulheres, é bastante criticado por entidades de defesa dos direitos humanos e pela comunidade internacional por proibir os partidos políticos no país, que tem um milhão de habitantes.

Mas o Movimento Popular Democrático Unido, o partido de Masuku, não obtém grande apoio da população, em parte porque muitos cidadãos vêem no rei e em cerimônias como a das virgens símbolos da identidade nacional, ao passo que consideram a democracia em estilo ocidental como algo "antisuazi".

Após uma semana de preparativos, as meninas, algumas envoltas em tecidos estampados com a figura do rei, entraram no palácio real no domingo.

A cerimônia de segunda-feira é o grande final. O evento deste ano inclui também a revogação da proibição de sexo com virgens, decretada pelo rei em 2001 como parte do combate à Aids.

Dias após re-instaurar a antiga proibição, Mswati, 37, se casou com uma virgem e se obrigou a pagar uma vaca como multa. Na semana passada, ele antecipou em um ano o fim da proibição, que deveria durar cinco anos, e obrigou que milhares de moças jogassem fora seus cintos de castidade.

"O que o rei fez ao assumir outra mulher não foi bom, porque ele havia prometido manter a virgindade (das moças)", disse Zanele Dlamini, 20, auxiliar de enfermagem que preferiu não participar da festa. "Ele não é um bom líder, porque múltiplas mulheres podem disseminar o HIV."

Eu NUNCA havia ouvido falar desse país antes, :eek:
WTF, isso é para mostrar que a globalização não chegou a todos os lugares.
OK, eu sei que o que ele faz é imoral e tal... mas eu gostaria muito de estar no lugar dele! :obiggraz:
 
Globalização.... Globalização!

O que fez de bom essa Globalização pelo Mundo?!? Enriqueceu toda a Europa e uma minoria de corruptos Africanos e Sul-Americanos!

A visão eurocêntrica que impera neste nosso país declara que o que aquele rei africano faz é "imoral";

O que o resto do Mundo fez, se não ridicularizar a África? Destruir todas as suas tradições? É só uma questão de ponto de vista imbecil; se a África dominasse o Mundo, seriam as tradições européias um tabu imperdoável.

Ah, sim, o cara é um canalha? Sim! Os seres humanos são a mesmíssima merda em qualquer lugar do Universo.
 
Ka Bral o Negro disse:
Globalização.... Globalização!

O que fez de bom essa Globalização pelo Mundo?!? Enriqueceu toda a Europa e uma minoria de corruptos Africanos e Sul-Americanos!

A visão eurocêntrica que impera neste nosso país declara que o que aquele rei africano faz é "imoral";

O que o resto do Mundo fez, se não ridicularizar a África? Destruir todas as suas tradições? É só uma questão de ponto de vista imbecil; se a África dominasse o Mundo, seriam as tradições européias um tabu imperdoável.

Ah, sim, o cara é um canalha? Sim! Os seres humanos são a mesmíssima merda em qualquer lugar do Universo.

Pô Cabral... tu mal voltou, e eu já sou obrigado a concordar contigo
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Esse negócio de recursos humanos também, é algo quer foi criado com uma visão de países desenvolvidos e segundo costumes dos povos "mais civilizados". E agora querem cair em cima dos caras lá na Suazilândia, cuja maioria nem deve saber o que são os Direitos Humanos, e cuja cultura é bem antecedente aos tais direitos, e não pode ser subjugada dessa forma idiota.
 
Concordo com o Ka Bral. Não é "imoral", já que faz parte da cultura deles. Mas é uma pena que eles(tanto o rei quanto as moças), ignorem o perigo do HIV.
 
Eu li no Uol (eu acho) uma citação com uma das candidatas falando algo do tipo: "Eu quero ter um celular, uma mansão, uma BMW e o diabo a 4 que nem as outras 12 esposas dele". Ou seja, se fosse algo forçado, a gente poderia até reclamar (apesar de ser questão cultural). Mas elas fazem isso porque querem, então...

E esse método do rei é ineficiente. 50 mil mulheres num estádio, se ele só der uma olhada por alto pode escolher errado, e se ele olhar uma por uma vai demorar o mes inteiro. Ele deveria mandar os acessores dele fazerem uma pré seleção antes :dente:
 
Wow. Pera lá. Globalização não foi tão ruim assim quanto vocês estão pregando. Dizer que ela só enriqueceu a Europa e corruptos é uma visão minimalista e negativa da coisa. É claro que a globalização deixou poucas pessoas mais ricas, mas facilitou a vida de muita gente, inclusive a nossa.

Ou vocês acham que todos os componentes dos computadores são feitos no Brasil? Esse transporte, mudança, capacidade de encontrar coisas de qualquer lugar do mundo em qualquer outro lugar... isso é a globalização.

E eu gostei desse tal país. Pena essa taxa de 40% quase transforma o sexo em roleta-russa.
 
Só uma prova de como a globaçização é ineficiente. Ninguém sabia que esse país existia.
É muito desigual qual informação chega. Todo mundo sabe quantos mortos tiveram no furacão Katrina mas não se sabe quantos morrem de malária em Roraima todo ano.
Globalização é algo pequeno demais ainda.
 
Mas mesmo antes da globalização, sempre soubemos mais informações de países ricos do que de algum estado ou país menor e menos "poderoso" , o poder econômico sempre foi o crítério de importância, basta ver os noticiários dos maiores jornais do nosso país.
 
Eu já ouvi falar desse país.

Tive de puxar pela memória.

A primeira vez foi um colunista. Esse artigo foi dífícil de achar.
http://universidadecorporativa.caixa.gov.br/arquivos_publicos/artigos_fernando_nogueira.htm

Pensei que Suzilândia (ele foi corrigido agora) era algum lugar do interior do Brasil. A única coisa que dava a entender que era no mínimo muito ruim estarmos no mesmo patamar que esse país.

A segunda vez foi fácil. Fiz busca ESTUPRO e Suazilândia e pronto:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u76859.shtml

Um cobrador que disse se chamar apenas Licandza disse à agência de notícias Reuters: "Mulheres que usam minissaias querem ser estupradas, e nós daremos a elas o que elas querem"

Corajoso o rapaz, não? Tipo, estar pronto para cometer um crime, mas não o suficiente para encarar qualquer um que revide. Observe que não é uma exceção, é uma regra, um cidadão comum.

O terceiro veio de lambugem... tem um que alarmista, mas comparado a outra coisa é pasteurizado.
http://www.solavanco.com/artigos/artigo12.html

pasteurizado, porque nada tira de minha mente um túmulo simples de criança de um documentário que vi.

Uma voluntária mostrava os parentes que enterrara. "Eu pensei que estava acostumada a morte e que nada mais me abalaria. Mas estava errada. Eu vejo este túmulo, e descubro que a indiferença e frieza não me atingiu. Minha sobrinha. Morreu com 14 anos. Eu cuidava dela e de seus irmãos, depois que minha irmã morreu. Ela na verdade era saudável. Mas foi estuprada. Com 8 anos. E morreu"

Ela então mostra todos os sobrinhos sob seu cuidado "muitos deles tem o vírus. Meu salário é uma fortuna comparado ao de muita gente. Mas mesmo assim eu teria de escolher se quisesse salvar algum deles, mesmo assim morreria, porque não teria como alimentá-los!"

Não dá para ficarmos tendo dor na consciência por isto ou aquilo que o ocidente fez. Há uma grande parcela do que o ser humano faz para seu próximo, estando o próximo a apenas 2 metros e não um oceano de distância, ou seja, ontem e hoje, o negro também ajuda detonar o seu próprio povo (assim como nós). Esse "costume" está destruindo o povo africano, a tal ponto que o filho de Nelson Mandela também morreu por causa da doença. Está fora de controle novamente, principalmente com a postura de negação dos governantes (o presidente da Africa do Sul fala que AIDS não existe)

Da mesma forma que a birra contra camisinha, os radicais talebans que tiranizam os seus, etc., não é uma questão de respeito a esses costumes que são CLARAMENTE nocivos. Se respeitamos um marginal, com ele frequentando nossa casa normalmente, ele vai deixar de lado o lado negro da força? Se respeitamos um monarca que só pensa em si e esbanja a riqueza do país dele, enquanto o povo morre, não somos uns grandes FDPs interesseiros?

Intervenção? Não creio. Por mais que fiquemos ultrajados, isso é algo que eles próprios tem de arrumar, senão nós seremos americanos. E eles vão continuar a elejer merdas.

Eu falei assim como nós. Ao respeitarmos esse costume, isso quer dizer que se o Rei de Suazilândia vier a nosso país eu lambo o sapato dele enquanto cuspo na cara de meus compatriotas? Isso é o que ele faz, isso é o que nós fazemos: respeitamos o de fora, mas não respeitamos os nossos aliados, antes gostamos de fazer os trouxas de trouxas.

Se é para respeitar a cultura negra, Kabral, indiscriminadamente sem qualquer avaliação, então temos como resultado coisas toscas como xingar um americano que é educado com você (como o Curunir descobriu) só porque há esse maniqueísmo de pensar que o lado perdedor necessariamente era bom. Esse apoio que das aos costumes africanos está sendo usado CONTRA o povo africano, pelas elites que só pensam em ganhar dinheiro e gastar em Vegas. Como o tal Rei que espero que morra de hemorróidas.

Não gosto do Rei de Suazilândia, e abomino essa cultura que destrói a eles próprios. Não acho que são dignos de respeito, ou de pena. O que não significa que eu vá brincar de G.W. Bush indo "consertar": necessário que o próprio povo perceba a idiotice da coisa.

ViVhs disse:
Só uma prova de como a globaçização é ineficiente. Ninguém sabia que esse país existia.
É muito desigual qual informação chega. Todo mundo sabe quantos mortos tiveram no furacão Katrina mas não se sabe quantos morrem de malária em Roraima todo ano.
Globalização é algo pequeno demais ainda.

Eu não sei quem são todas as pessoas que estão com unha encravada no mundo, Vivs... Querer toda informação existente de que adianta?

Eu já falei uma vez, e repito: o problema não é o "Big Brother" selecionando toda a informação que o povo pode ver. Os caras que são poder também precisam saber o que se passa no mundo, e ler jornal ainda é o melhor meio de fazer isso. Ficar pagando espiões pelo mundo todo é muito chato e ineficiente, quando jornalistas podem fazer isso melhor.

O problema é ALGUÉM aqui se interessaria por um país chamado Suazilândia? Eu li, a informação está aí a pelo menos dois anos.

Alguém leu que o filho do Nelson Mandela morreu aidético e que o presidente da Africa do Sul disse que AIDS é ficção?

Tudo isto está aí para qualquer um ler se quiser. E claro que quem tem poder e dinheiro lê sobre isso para saber as flutuações e crises econômicas, etc. O resto do mundo não se interessa por essas coisas chatas.

Agora o 'resto" só interessou porque é virou algo do tipo showbizz, Ratinho, coisa bem trash de mal gosto, disgusting, etc.. deve haver algo que mereça minha atenção em outro lugar.
 
Última edição:
Shantideva disse:
Concordo com o Ka Bral. Não é "imoral", já que faz parte da cultura deles.
Ah, então se um país tem o costume de matar as pessoas negras, segundo a sua lógica, assim que chegam aos 5 anos, isso não pode ser considerado imoral já que faz parte da sua cultura. Ou seja, desse ponto de vista, nenhuma pratica pode ser considerada imoral, só entre o próprio povo. Não faz sentido.

Shantideva disse:
Mas é uma pena que eles(tanto o rei quanto as moças), ignorem o perigo do HIV.
Você ignoraria ouro achado no esgoto, por medo de pegar tétano ou leptospirose? É a mesma coisa.
 
Eu tb já tinha ouvido falar desse pais, mas basicamente pela pobreza extrema mesmo.

BTW, cada um na sua, respeito a cultura deles, apesar do problema da Aids...:tsc:
 
Última edição:
Pra quem nunca ouviu falar esse país é mais ou menos do tamanho estado do Sergipe e fica entre Moçambique e Africa do Sul.

Porém desconhecia que ainda tinha monarquia, sistema que se mostrou totalmente ineficaz em todos os países africanos.
 
str1ker disse:
Ah, então se um país tem o costume de matar as pessoas negras, segundo a sua lógica, assim que chegam aos 5 anos, isso não pode ser considerado imoral já que faz parte da sua cultura. Ou seja, desse ponto de vista, nenhuma pratica pode ser considerada imoral, só entre o próprio povo. Não faz sentido.

Por favor Str1ker, não vamos esse tipo de comparação, há uma grande diferença entre transar com jovens virgens e matar crianças de 5 anos. O primeiro é problema deles, e o segunda é uma aberração. Eu não disse que apóio qualquer tipo de manifestação cultural, acho algumas muito nocivas e violentas, que parecem mais fruto de preconceitos e concepçoes distorcidas. Mas em ambos os casos nós não temos o direito de interferir, esse é o tipo de coisa que eles mesmos têm que resolver. Forçar a barra só vai fazer a situação piorar, não se pode querer apagar séculos e séculos de uma prática cultural só pq vc acha errado. Na antiga grécia era costume matar crianças que nascescem com algums tipo de deficiência ou que tivesse uma saude frágil, Vc acha que els deixaram de fazer isso pq? Será que chegou alguem lá e disse: "Não faça mais isso, pq é errado e eu não concordo" ? Não, isso foi o tipo de coisa que eles foram modelando em sua cultura através dos séculos, esse tipo de "consciencia" nasceu deles mesmos.
 
Última edição:
Ow, problemas morais sao diferentes de problemas éticos.

O pensamento pose ser simples com base naquela cncepção de que o homem é um-ser-no-mundo. Sendo muito usada aquela alegoria da teia de aranha com gotículas de água que ao menos movimento de um dos fios fica suscetível a uma reação em cadeia, tudo isso para dizer que nossas ações afetam o próximo muito mais do que podemos supor. Ou melhor, do que queremos enxergar, nem todos querem, mas eu creio que a grande maioria conseguiria.

Você não mata ou pelo menos se o faz sabe que não deveria faze-lo. Isso é normalidade, é algo automático que está na cabeça de cada um, uns com receios maiores, inclusive. Nesse ponto alguns dizem que o código cultural nos protege, mas isso é julgar que determinado código é certo, mas afinal o que é certo ou errado, huh?

Basicamente são essas normas que caracterizam os valores da moralidade, é fato que muito se recorre a moral hoje em dia. Imoral, amoral, moral... tsc... Moral é basicamente o costume, o hábito, a etmologia explica isso. Aprofundar a análise moral se baseando em valores sociológicos, históricos e antropológicos seria entrar no campo da ética.

De qualquer forma isso envolve alguns conceitos marxistas de ideologia também, mas é complicado falar de ideologia em um país que lê Veja, revista que praticamente acabou com a papiza da Filosofia brasileira, Marilena Chaui. Credibilidade não tem sido fator qualitativo da nossa imprensa (isso porque até Caca Rosset andou chamando a mulher de Burra em rede nacional, eu pergunto quem é Caca Rosset, huh?)

Mas o conceito da bagaça é muito válido a Suazilândia (sim, eu já conhecia o país, sabia que era um dos mínusculos que estavam encravados na Africa do Sul). Afinal a ideologia seria meio básico de esconder a luta de classes, ela é o embasamento da dominação da minoria (Todo Estado é uma Ditadura).

Confesso que não lembro agora se é um conceito estritamente marxista, mas alguém, certa vez desenvolveu bem uma tese sobre a ideologia ser o fator primordial rumo a alienação, enfim, cuidemos do nosso rabo. Deixei o Rei com a sua moralidade tosca mas nem por isso estritamente imoral dentro daquele contexto.
 
VihVs_ disse:
Só uma prova de como a globaçização é ineficiente. Ninguém sabia que esse país existia.

Eu sabia. Tinha visto numa tabela, tem uma distribuição de renda semelhante à do Brasil.
 
Lukaz Drakon disse:
Wow. Pera lá. Globalização não foi tão ruim assim quanto vocês estão pregando. Dizer que ela só enriqueceu a Europa e corruptos é uma visão minimalista e negativa da coisa. É claro que a globalização deixou poucas pessoas mais ricas, mas facilitou a vida de muita gente, inclusive a nossa.

Ou vocês acham que todos os componentes dos computadores são feitos no Brasil? Esse transporte, mudança, capacidade de encontrar coisas de qualquer lugar do mundo em qualquer outro lugar... isso é a globalização.

E eu gostei desse tal país. Pena essa taxa de 40% quase transforma o sexo em roleta-russa.
Outro ow.

Globalização não implica em alguém conhecer o Turcomenistão, por exemplo. Mas sim em cada um de nós poder citar uma dezena de cidades estadunidenses com tranquilidade enquanto a ampla maioria não consegue nem saber 2, 3 cidades argentinas, uruguaias, etc...

Enfim, não é pregar contra a globalização, mas ela é nociva em termos de balança cultural e financeira para o Terceiro Mundo, aliás, para usar um termo globalizado, países subdesenvolvidos ou emergentes.

Mais ou menos como pensar em uma espécie de fetiche da mercadoria. Isso foi previsto, eu diria, embora o termo mais adequado não fosse o "previsto", etc...

Aliás, hoje usamos o termo "cultura de massa".
 
O horror... O horror...

Eu ja vi tópicos cheios de falácias e esse aqui é candidato ao título. Eu já vi tirania ser defendida gratuitamente, mas aqui a defesa é feita com base em premissas falsas.

Como diria Confúcio, melhor chamar as coisas pelos devidos nomes. Tirania é impor a vontade de um. Cultura é uma manifestação coletiva, que emerge de um grupo social, tribo, nação etc. Justificar os atos de um tirano com alegações culturais é, por definição, uma premissa falsa. A reportagem diz que o tirano escolhe as moças daquela forma desde 1999. Em 2001, baixou um decreto, violou-o em seguida e antecipou sua revogação em 1 ano, em vista de interesses pessoais. Vaidade e interesses pessoais não são cultura.

Aquele tirano prefere fazer festas a enfrentar os problemas do país. E, aos que lançam a falácia de apelo à galeria (ou seja, o tal "mas o povo gosta"): é um país miserável, as moças não têm opção real, pra elas é ou ser do hárem do tirano ou morrer de fome ou de Aids. Pão e circo sempre funciona.


Depois vem o Ka Bral desfiando chavões (fora de contexto ou não), com doses de auto-piedade, para defender o tirano. Dois erros não fazem um acerto, a falta de méritos do resto do Mundo não justificam tirania. E no último páragrafo, uma falácia de generalização, tipicamente usada por ricos, poderosos, corruptos para justificar a si mesmos (para evitar que eu também caia numa generalização, leia-se que são ricos e poderosos que cometam maus atos). Poderes implicam responsabilidade. Se o cara é um governante, tem responsabilidade com seu povo.


Primula, pertinente como sempre, abordou muita coisa. Não precisarei repeti-la. Alguém leu? Posso seguir adiante?


Shantideva, você não é disso. O exemplo "Grécia antiga" é inadequado, ainda mais depois de você apontar o ato de matar crianças como aberração. As cidades-estado gregas tinham autonomia e só Esparta preenche o tal exemplo. Em Esparta (um governo despótico), um tirano resolveu que se devia matar os 'defeituosos'. Como eu disse antes, atos de tirano não são cultura (inadequação). E tal prática provavelmente acabou quando Filipe de Macedônia conquistou a Grécia inteira (outra inadequação, pois aqui não se defende invasão da Suazilândia). A cultura grega durou séculos e influenciou o mundo moderno, mas esse caso isolado e não-cultural (aberração, como você chamou), serve apenas como exemplo de como não proceder.


A propósito de invasão: já que eu não preciso explicar os motivos reais da invasão do Iraque nem distingui-los das desculpas esfarrapadas, quem aqui acredita em invasão da Suazilândia? O país é paupérrimo, não tem petróleo, nem recursos naturais, só tem famintos e aidéticos. Fiquem tranquilos (os conservadores), aquilo vai continuar.


Lordpas, não faça isso com você. Eu não sei como dar certas notícias, não me leve a mal, mas não pergunte (nem retoricamente) o que é certo e errado se logo mais vem um parágrafo sobre Veja e Cacá Rosset e no post seguinte, globalização. Aliás, eu creio que não entendi (devo estar cansado) o ponto do seu primeiro post: ideologia aliena, mas ela (nem o tal tirano) não é estritamente imoral?

E, se o problema da globalização fosse o número de cidades dos Estados Unidos de México ( estadunidenses, não? :P ) que podemos citar, seria uma tranquilidade. Sim, sei que você não disse que essa minúcia era o problema, mas o Drakon não falou que a conseqüência da globalização era descobrir a Suazilândia. E fetiche de mercadoria não seria consumismo?

Lordpas disse:
Aliás, hoje usamos o termo "cultura de massa".
Hm, se para os politicamente corretos, qualquer cultura é intocável (sem reflexão, sem avaliação), porque a cultura de massa fica de fora? E, se nem tudo é intocável, se é para passar um cercadinho dividindo culturas, quais os critérios?
 
Olha, sobre globalização:

http://forum.valinor.com.br/showthread.php?t=471&page=2

Eu sou exemplo 1+1+N = algo muito melhor.

Vocês tem tanto medo da globalização porque 1-1-1- N = zero à esquerda devendo um monte.

O fato de a maioria das pessoas não ter força de vontade para se definir, e à sua cultura, para depois apreender outras culturas e escolher o que serve, e com isso achar melhor cada país do mundo virar um autista (aliás já somos autistas e por isso que quando nos encontramos volta e meia todo mundo se mata) gera as tais culturas mortas. Qualquer cultura que pára no tempo morre. Querer que povos sigam o mesmo destino é piada.
 
Engethor disse:
Shantideva, você não é disso. O exemplo "Grécia antiga" é inadequado, ainda mais depois de você apontar o ato de matar crianças como aberração. As cidades-estado gregas tinham autonomia e só Esparta preenche o tal exemplo.

Ok, ok...verificando o lvro de história: só Esparta matava bebezinhos, Atenas era democrática e mais "civilizada". Desculpem.

E sobre o fato de matar criancinhas, respondi ao str1ker dentro das considerações dele, no exemplo:

Ah, então se um país tem o costume de matar as pessoas negras, segundo a sua lógica, assim que chegam aos 5 anos, isso não pode ser considerado imoral já que faz parte da sua cultura.

Ele me deu um exemplo de que matar criancinhas=manifestação cultural. Eu disse que considerva uma aberração e não concordava, continuo achando a mesma coisa. Mas se isso é um costume do povo(povo estranho esse), não é manisfestação cultural? E só pq ela é horrivel e vc não gosta/concorda com ela, pode ser chamada imoral?

E mais uma vez me desculpe pelo exemplo da Grécia, ele foi realmente indequado, mas foi o único que me veio à mente na hora.


Concordo, tirania não é manifestação cultural, mas pelo que entendi do texto enviado pelo Regente, essa cerimônia é sim uma manifestação cultural:

alguns dizem que a cerimônia, que tradicionalmente celebra a feminilidade e a virgindade

E o mesmo texto ainda completa:

se tornou apenas uma vitrine para moças que aspiram a uma vaga na corte. "A cerimônia sofreu abusos por causa da satisfação pessoal de um homem"

Mas ela foi distorcida pelo Rei tirano, ficou mais pobre e disvirtuada, o que não faz com que perca seu valor, pelo menos é o que o povo acha:

Mas o Movimento Popular Democrático Unido, o partido de Masuku, não obtém grande apoio da população, em parte porque muitos cidadãos vêem no rei e em cerimônias como a das virgens símbolos da identidade nacional, ao passo que consideram a democracia em estilo ocidental como algo "antisuazi".
 
Pára tudo, pára tudo!!

Muita gente aqui tá culpando a globalização. Ela tem sua parcela de culpa, admito, mas o principal culpado é o imperialismo, filho da revolução industrial. A globalização é uma prima distante.

Quando os países industrializados realizaram a Conferência de Berlim para dividir a África, fizeram questão de separar grupos aliados e juntar grupos rivais. Essa é a principal razão dos conflitos na África. Agora, o que isso tem a ver com as 50 virgens do rei da Suazilândia, não o sei. Se é da cultura deles, problema deles. Desde que não matem brasileiros, o problema é deles, e quem somos nós para interferir? Querendo ou não, estaremos sendo etnocêntricos. Aos suazis o que é dos suazis e viva o isolacionismo.
 

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