Vermont contou aos outros o que sabia sobra a nave:
Tratava-se de um transporte orbital leve classe Defiant, não preparado para vôo atmosférico ou pouso planetário. Semelhante a um reboque espacial, a nave possuia uma seção principal de cerca de 108 metros de comprimento, onde ficavam os principais sistemas mecânicos e de propulsão, e uma área independente de cerca de 54 metros nos deques superiores onde a tripulação circulava e se estabelecia, local esse onde os três estavam. Atracado ao módulo principal que continha os pesados motores de tração e dobra, uma verdadeira "carreta" ou "trem" de módulos de carga desacopláveis era rebocada pelo módulo principal da nave, estendendo-se por cerca de 200 a 600m.
Se considerada a "salsicha" que a nave rebocadora carregava, a classificação da nave podia ser elevada para constitution (300 m) a Galaxy (600m).
Os outros setores nos decks inferiores da nave estavam despressurizados devido à ruptura de casco, e possivelmente coalhados ou não de necropatas. Danbaldar, no entanto, não havia encontrado nenhum no seu caminho para o ambiente pressurizado, sugerido que, se existissem, talvez eles tivessem sido ejetados para o espaço durante a descompressão ou estavam concentrados em outra região. Talvez um misto dos dois, com os membros ejetados da equipe de engenharia que estaria perto dos motores quando ocorreu a ruptura do casco sendo poupados de uma transformação póstuma em necropata.
O sistema de suporte de vida, felizmente, deveria ficar na área de habitação onde eles estavam, para facilidade de manutenção em emergências, provavelmente no deque de bombordo ou no centro da nave, logo abaixo do deque principal.
Havia um elevador de acesso ao deque inferior no convés (main lift), que poderia levar ao setor de suporte de vida. No entanto, não havia como dizer se o ambiente estava pressurizado, pois a indicação luminosa de pressurização não estava funcionando. Também era provável que o sistema de acionamento do elevador não estivesse funcionando, dada a energia de emergência não ser projetada para isso.
O hub de comunicação principal provavelmente se situava no deck inferior, junto à seção de engenharia do setor de maquinário pesado da nave, que estava despressurizado ou danificado. Se houvesse esperança de uma emissão de um pedido de socorro, ele teria que ser feito desse hub, com roupas espaciais pressurizadas.
Havia também a questão da energia. O gerador principal do setor dos motores (gue geraria a potência bruta para mover todo o transporte e seu reboque) provavelmente estava inutilizado. O campo de contenção de antimatéria não havia sido rompido, pois ainda estavam vivos, mas quanto tempo ele iria durar?
O gerador secundário da seção de habitação que Danbaldar havia visto parecia estar operando com capacidade limitada. Talvez houvesse um modo de cortar a energia dos setores danificados e limitar a perda de energia que era observada aqui e acolá pelo frequente faiscar de curto-circuitos que iluminava a penumbra das luzes de emergência.
Outro detalhe que ocorreu a Vermont foi que havia um hangar a bombordo, onde o transporte planetário que os trouxe atracou e provavelmente estaria operacional. Apesar de não ter motor de dobra, os motores de manobra seriam capazes de transportar os três com facilidade para os sistemas da Aliança terrestre, se eles não fossem explodidos pelo misterioso inimigo.
Ainda assim, era melhor que se ejetar em uma cápsula de fuga.