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20 melhores filmes nunca realizados

Morfindel Werwulf Rúnarmo

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Os admiradores de Alfred Hitchcock tendem a apontar "Um Corpo que Cai", "Intriga Internacional", "Psicose" e "Os Pássaros" entre seus melhores filmes, mas pouca gente se lembra de "Caleidoscópio".

O mesmo em relação a Stanley Kubrick: "2001: Uma Odisseia no Espaço" e "Laranja Mecânica" costumam integrar listas de seus filmes mais importantes, mas "Napoleão" é um ilustre desconhecido.

Pode-se dizer coisa idêntica de "Jesus", de Carl Dreyer, "O Idiota", de Andrei Tarkóvsky, "Leningrado: Os 900 Dias", de Sergio Leone, ou "Gershwin", de Martin Scorsese.

Claro: esses filmes jamais foram feitos, embora seus diretores tenham desenvolvido os projetos, em alguns casos, até bem perto de dar início às filmagens.

Eles constam de uma lista com "os 20 melhores filmes nunca realizados", publicada pela revista norte-americana "Film Comment" -- veículo da Film Society do Lincoln Center, de Nova York. É de dar água na boca e fazer a imaginação voar (leia aqui, em inglês).

O primeiro da lista é "O Coração das Trevas", baseado no romance de Joseph Conrad, que Orson Welles e sua turma fariam ao desembarcar em Hollywood. Já havia roteiro, maquetes de cenários e outros detalhes bem encaminhados quando Welles e a produtora RKO desistiram do projeto.

A história do cinema não pode reclamar: o filme nascido desse abandono foi "Cidadão Kane". E "O Coração das Trevas", por sua vez, daria origem a "Apocalypse Now", de Francis Coppola.

Em segundo lugar na lista da "Film Comment", aparece "Gênesis", de Robert Bresson, que seria financiado pelo produtor Dino De Laurentiis. Um dos motivos de Bresson para desistir foi a dificuldade encontrada para fazer com que os animais "interpretassem" seus papeis de acordo com os relatos bíblicos.

Kubrick tem dois filmes na lista: "Napoleão", que seria realizado logo depois de "2001", com Jack Nicholson no papel de Bonaparte, e "Os Documentos Arianos", ambientado durante a II Guerra Mundial e abandonado quando o diretor soube que Steven Spielberg fazia "A Lista de Schindler".

Em ambos os casos, Kubrick sofreu por se ver obrigado a desistir. Hitchcock também, quando a MCA/Universal cancelou "Caleidoscópio", sobre um assasino serial gay. Impressionado por "Blow-up - Depois Daquele Beijo", de Michelangelo Antonioni, o cineasta inglês já havia feito o planejamento para 450 posições de câmera, além de testes de imagem e som.

Como consolo, algumas das ideias de "Caleidoscópio" foram parar em "Frenesi".

Não há consolo, entretanto, para a adaptação que Sergei Eisenstein faria em Hollywood do romance "Uma Tragédia Americana", de Theodore Dreiser, muito menos para a adaptação de "Em Busca do Tempo Perdido", de Marcel Proust, que Luchino Visconti planejou em detalhes.

Pense no elenco: o narrador-protagonista seria feito por Alain Delon ou Dustin Hoffman; Silvana Mangano ficaria com a Duquesa de Guermantes; Laurence Olivier e Marlon Brando estavam cotados para interpretar o Barão Charlus.

Partes da saga memorialística de Proust foram depois adaptados por Volker Schlöndorff ("Um Amor de Swann", com Jeremy Irons como Swann, Ornella Muti como Odette, Alain Delon como Charlus e Fanny Ardant como a Duquesa de Guermantes) e Raoul Ruiz ("O Tempo Redescoberto", com Catherine Deneuve como Odette e John Malkovich como Charlus).

Vêm aí mais filmes de sonho para exercitar a imaginação: a "Film Comment" promete, nos próximos dias, expandir a lista até 100 títulos.

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