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[20/09] Dia do nome de George R.R. Martin

Siker

Artista Comercial / Projetista Gráfico
Hoje, George Raymond Richard Martin faz 64 anos, a terceira temporada da série de TV Game of Thrones está sendo gravada, e o sexto livro da série As Crônicas de Gelo e Fogo ainda por vir, mas apesar do grande reconhecimento pelas crônicas, não é só de Westeros que Martin é feito. Neste tópico de comemoração eu pensei em reunir informações interessantes sobre a vida pessoal e profissional deste grande autor que muitos aqui adoram, vou começar com alguns dados de alguns blogs que homenagearam ele hoje, e quem mais souber de algo interessante ou quiser apenas "dar os parabéns" contando o que mais gosta na sua escrita/estilo, fique à vontade para participar. :mrgreen:

Leia também George Martin no Autor da Semana.

  • Mesmo antes de As Crônicas de Gelo e Fogo, Martin já era reconhecido por seu trabalho de roteirista e pela obra A Morte da Luz, lançada em 1977.
  • Entrou no mundo da fantasia pela obra Sword & Sorcery, mas também era fã dos heróis da Marvel, Martin (ainda no colégio) escreveu uma carta que foi publicada em uma edição de nº 20 do "Quarteto Fantástico" e respondida pelo próprio editor da revista. O autor atribui isto o efeito de um gatilho para começar a escrever contos, unida à pólvora da sua paixão pela leitura. Existe também uma carta dele que foi publicada em 1965, na revista Avengers #12.
  • Um dos primeiros contos dele foi rejeitado 42 vezes por várias revistas.
  • Fugindo da temática fantástica das suas histórias de maior sucesso, escreveu uma obra política-militar chamada Night of the Vampyres, republicada mais tarde no livro The Best Military Science Fiction of the 20th Century.
  • Em 1985, a CBS trouxe de volta o programa de contos de terror e ficção científica que fez sucesso nos anos 50 e 60, Além da Imaginação, em que cada episódio traria uma ou mais histórias diferentes e impressionantes. George Martin adaptou histórias diversas para alguns episódios e foi editor de tantos outros durante o ano de 1986.
  • Em 1987 viu sua novela "Nightflyer" transformar-se em um filme.
  • Quando se casou, em 15/02/2011, ele e sua cara-metade trocaram alianças inspiradas em anéis célticos, feitas sob encomenda.
  • Em 2011, George Martin foi eleito pela revista TIME um dos 100 nomes mais influentes do mundo.
  • "A Bela e a Fera": a série de 1987 estrelada por Linda Hamilton e Ron Perlman teve vários episódios escritos por Martin. Uma modernização do conto clássico, o programa mostrava o relacionamento platônico entre uma linda mulher de Nova Iorque e um homem que nasceu com estranhas características de um leão (como o rosto parecido com o de um felino e garras nas mãos), que vivia no subsolo da cidade com uma sociedade escondida dos demais.
  • "Cartas Selvagens": até mesmo no meio dos super-heróis, George R.R. Matrin já se aventurou. O escritor editou inúmeros livros deste universo que é escrito por vários autores diferentes, além de fazer uma ou outra história também. O mundo de "Wild Cards" apresenta pessoas que ganharam superpoderes após um evento único, diferenciando-os entre os que foram abençoados com habilidades fantásticas (os ases) e os que ganharam também alguma deformidade (os coringas). Aqui no Brasil, o universo das Cartas Selvagens foi divulgado através do RPG "GURPS" e da minissérie publicada pela editora Globo, baseada nos livros.

A MTV perguntou ao escritor na Wondercon 2012 qual personagem ele toparia escrever para a Casa das Ideias:

"Eu não sei qual seria o ângulo da minha história. O personagem que eu me divertiria mais escrevendo seria o Dr. Estranho, o mestre das artes místicas, que sempre foi um dos meus favoritos.. mas antes de escrever algo, meus advogados se encontrariam com os advogados da Marvel e trabalhariam num contrato de ferro que diria que qualquer coisa que eu fizesse na história continuaria para sempre e nunca seria revista, rebootada ou reimaginada quando algum escritor decidisse ‘brincar um pouco com as coisas’… eu sempre odiei reboots e reinícios e o fato de um novo escritor chegar e desfazer o que o escritor anterior fez e trazer personagens mortos de volta à vida, matar novos personagens… mas eu amo o Dr. Estranho e se eu fosse escrever um personagem da Marvel, seria ele. Eu o separaria do resto do Universo Marvel e não faria com que ele fosse parte de nenhum time. Ele não se encaixa em nada disso, ele deveria ser o cara que os outros nem conhecem, vivendo no limite do Universo Marvel e protegendo o mundo e nossa dimensão e plano dos perigos e forças do lado de lá, perigos que personagens como Homem-Aranha e Os Vingadores nem sonham que existem. Ele é a nossa muralha contra o Cthullu e os Anciões e o Dormammu. Foi nessa época em que o Dr. Estranho tinha suas melhores histórias, quando o Stan Lee e o Steven Ditko o escreviam dessa maneira."

Blog pessoal

Fontes:
http://caindodeboca.com.br/2012/09/aniversariante-de-hoje-george-r-r-martin
http://blogs.pop.com.br/nerd-e-geek/feliz-aniversario-george-r-r-martin-2
http://interney.net/blogs2/melhoresdomundo/2012/09/20/marvel-of-thrones
 
Alguém já leu os outros trabalhos do Martin? Desses todos citados eu só assisti alguns capitulos de Além da Imaginação e sempre adorei.

Ah, e parabens Martin! Ve se maneira no Milk Shake e acelera essa escrita que a gente ta ansioso pelos próximos livros :lol:
 
Autores comentam importância de George R.R. Martin na literatura fantástica

Raphael Draccon, autor de "Dragões de Éter" (LeYa), editor do selo Fantasy/Casa da Palavra e curador da série "Wild Cards" no Brasil
"Enquanto Tolkien tornava real a proximidade com a mais alta fantasia, Martin torna a fantasia o mais próximo da nossa realidade. Para Tolkien a fantasia dá o sentido, para Martin ela é um detalhe dentro de uma história que fala por si só. Seus personagens fazem sentido em um universo fantástico, tanto quanto fariam sentido na Europa medieval. Seu cenário não possui um protagonista, seus diálogos são mais filosóficos do que alguns livros de filosofia, e a árvore genealógica das famílias que acompanhamos os pontos de vistas é tão vasta que a princípio suas obras parecem preparadas por equipes gigantescas de escritores, não por uma mente capaz de superar sozinho todas elas."

Ana Cristina Rodrigues, historiadora e escritora, assina o conto "Anta das Virgens" na coletânea "Crônicas de Espada & Magia" (Arte & Letra), que também inclui conto de GRRM
"George R.R. Martin representa a consolidação da maturidade da literatura fantastica, que definitivamente deixa de ser sinonimo de literatura infanto-juvenil. Pode não ter sido o primeiro a tratar de temas adultos nesse gênero, mas foi o mais bem sucedido."

Braulio Tavares, roteirista e escritor, autor de "A Espinha Dorsal da Memória" (Rocco)
"Vejo a série de TV, mas uso os livros apenas para conferir as cenas que não entendi bem, ou que gostei e quero curtir melhor. A série consegue compactar bem a narrativa. Às vezes um capítulo complexo é resumido em um minuto, mantendo intactos a tensão dramática e o encaminhamento da história. Não acho que seja um divisor de águas, acho que é uma síntese de um esforço atual (de numerosos autores) de instilar realismo psicológico e político na Fantasia Heróica, que em Tolkien (p. ex.) tinha um certo maniqueísmo ingênuo, um mundo mítico, dividido entre bons e maus. Em Martin, as coisas são mais misturadas, mais realistas. É um mundo onde não importa muito ser bom ou mau, e sim ser esperto ou ingênuo. A fantasia heróica vai aos poucos se transformando em fantasia política."

Carolina Munhóz, autora de "A Fada" (Fantasy/Casa da Palavra)
"O Martin é uma inspiração para qualquer escritor focado em personagens femininas. Em uma época em que o cinema e os videogames descobriram o potencial das mulheres protagonistas, suas mulheres já dominavam há tempos tanto o jogo dos tronos, quanto a organização da família e, sem dúvidas, a cama. Não há como não admirar a personalidade, imponência e força de cada uma delas. Como uma escritora de fantasia me sinto desafiada a tentar o meu melhor para criar perfis psicológicos como ele."

Roberto Causo, escritor e editor de ficção científica, autor de "Anjo de Dor" (Devir)
"O Brasil perdeu a evolução da fantasia desde a explosão de Tolkien na década de 1960. Stephen Donaldson, Robert Jordan, Guy Gavriel Kay e outros passaram em branco. O que Martin faz é aprofundar a alta fantasia no pós-modernismo: mostra um mundo sem centro e grupos de poder buscando cinicamente seus objetivos, enquanto o apocalipse da despersonalização zumbi paira sobre a muralha. Mas, ao sacrificar o trágico para manter o leitor na incerteza, transforma pathos em patético numa escala que faz dele um Mr. M da literatura --torna difícil a outros autores realizarem seus efeitos. Por isso aposto em Robin Hobb como o melhor da fantasia hoje. Nela, os efeitos do maravilhamento e do sentimento trágico continuam vivos, iluminando a condição humana."

Affonso Solano, autor de "O Espadachim de Carvão" (Fantasy/Casa da Palavra)
"Como um Abraão da literatura fantástica, o americano de rosto simpático jamais temeu sacrificar os filhos mais queridos em prol da boa história, chocando leitores acostumados com o paradigma da justiça deus ex machina, que sempre puniu o vilão e poupou o herói. Enquanto a mãe de Harry, Ronny e Hermione chorou com cada personagem derrubado, George parece saborear cada decapitação em Westeros com a certeza de que um universo crível e cativante está sendo tecido. A popularização de seu trabalho elevou o fantástico a patamares inovadores, provando que trazer o fantástico para o real é - ao contrário do que se pensava - uma excelente estratégia."

Leonel Caldela, autor de "O Código Élfico" (Fantasy/Casa da Palavra)
"George R.R. Martin escreve sobre batalhas, intrigas, magia. Mas isso tudo é pano de fundo: ele escreve sobre pessoas. Dizer que os habitantes de Westeros têm defeitos é clichê; dizer que qualquer um deles pode morrer a qualquer momento não chega a arranhar a superfície dessa inovação. Eles têm defeitos porque são reais. Podem morrer porque estão vivos. No meio das lutas, das traições e jogos de poder, Martin nos apresenta heroísmo verdadeiro, compaixão genuína, amor incondicional. Obriga-nos a questionar o significado desses sentimentos. George R. R. Martin criou um grande problema para escritores e leitores de fantasia --agora queremos mais. E nunca queremos voltar ao que era a literatura fantástica antes."

Fonte
 
Parabéns ao George Martin e que ele tenha muita saúde e força de vontade para escrever o sexto livro das Crônicas de Gelo e Fogo o mais rápido possível. :D
 

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