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1602

Gostei. Gostei mesmo do final. Do fato do outro universo não ter acabado. Do fato de até mesmo as coisas mais improvaveis ocorrerem (Hulk e Homem Aranha). Do fato de que nem sempre os mesmo personagens em universos paralelos serem a mesma pessoa (como disse o Fury: " Eu não sou ele"). Das curiosidades do final (s acho q o Neil tinha que acrescentar q na vida real a rainha da Inglaterra morreu dois anos depois, em 1604).

Só ficaram três perguntas:

1- O que sai do casamento do homem Aranha com a passaro da neve? :lol:
2- Quem ou o q é o homem purpura? :eek:
3- Vimos o nacimento dos Estados Mutantes Unidos da América? :obiggraz:
 
Heruost disse:
Gostei. Gostei mesmo do final. Do fato do outro universo não ter acabado.

Na verdade, ele acabou. Esse é o ponto. O Vigia pode ver o que aconteceria se ele não tivesse acabado, mas "oficialmente", dentro do Universo Marvel "real" ele acabou. Tinha que acabar, senão as coisas nunca voltariam ao normal.

O que o Gaiman está dizendo é: como são só histórias, se eu quiser dizer que não acabou, não acabou. Não importa o que é ou não "oficial". As histórias são tudo que importa, e nenhuma delas é "real" de fato. Leia meu post na página anterior.

Do fato de que nem sempre os mesmo personagens em universos paralelos serem a mesma pessoa (como disse o Fury: " Eu não sou ele").

Nenhum deles é a mesma pessoa, a questão é que o Nick Fury foi forçado a agir contra tudo que ele acreditava. O único personagem que é o mesmo do Universo "real" é o Capitão América, por isso ele fica doido no final - ele já viu a merda acontecendo, e não quer passar por tudo aquilo de novo.

2- Quem ou o q é o homem purpura? :eek:

http://www.marveldirectory.com/individuals/p/purpleman.htm
 
Spoilers a frente.

O final é interessante, apesar de eu achar que podia ser melhor. Quais são as chances de, do mundo todo, a fenda temporal surgir logo perto da primeira colônia inglesa no que seria os EUA? Eu também achei a presensa do Hulk desnecessária no final.

Mas no geral ficou legal. O Demolidor foi o melhor personagem da série inteira e a última aparição dele foi com certeza a melhor. O Magneto surgindo na fogueira também ficou muito sinistro (apesar de não ter sido surpresa nenhuma porque tava na cara que era o Magneto desde o começo).

Só que o Gaiman cometeu uma gafe estrondosa no final. Quando o Capitão está conversando com o Fury e fala que quer ficar para proteger o seu povo e o Fury responde algo do tipo "proteger um bando de colonos num punhado de cidades?" eu pensei que o Capitão fosse soltar uma frase de efeito do tipo "não, proteger o povo nativo daqui do massacre indígena, porque eles são americanos também!" ou algo parecido, mas não... Pô, o cara tava até vestido de índio e o Gaiman teve a cara de pau de por ele falando, praticamente, que os indigenas não são americanos de verdade! Foi muita falta de visão... :tsc:

V, você está mais que certo na sua comparação. Os leitores são o Vigia. Teoricamente eles não influenciam a história, mas de alguma fora são eles que mantêm o universo dos quadrinhos vivo.
 
Spoilers

Barlach disse:
O final é interessante, apesar de eu achar que podia ser melhor. Quais são as chances de, do mundo todo, a fenda temporal surgir logo perto da primeira colônia inglesa no que seria os EUA?

Quais são as chances disso não acontecer, em se tratando de Universo Marvel?

Se a fenda tivesse surgido em outro lugar, não teria história. Não entendi essa reclamação, eu achei isso perfeitamente aceitável.

Eu também achei a presensa do Hulk desnecessária no final.

A questão é que todo mundo ali inevitavelmente iria chegar no seu estágio super-heroístico, caso o universo não desaparecesse. O que o Gaiman fez com o Hulk e o Aranha foi foda porque ele colocou a origem dos personagens no final da história. Tem tudo a ver com os temas sobre os quais eu falei, etc.

E o Banner salvando o Parker foi a segunda melhor referência visual de 1602, atrás apenas do painel baseado na capa de FF#1.

O Demolidor foi o melhor personagem da série inteira

Pra mim os melhores foram Nick Fury, Stephen Strange e Capitão América, mas o Demolidor tava cool mesmo.

e a última aparição dele foi com certeza a melhor.

Foi legal ele ter ido botar medo no rei.

"Mantenha seus dedos longe da Irlanda". Badass. :clap:

O Magneto surgindo na fogueira também ficou muito sinistro (apesar de não ter sido surpresa nenhuma porque tava na cara que era o Magneto desde o começo).

Não creio que a intenção tenha sido surpreender. Tava bem óbvio mesmo.

Só que o Gaiman cometeu uma gafe estrondosa no final. Quando o Capitão está conversando com o Fury e fala que quer ficar para proteger o seu povo e o Fury responde algo do tipo "proteger um bando de colonos num punhado de cidades?" eu pensei que o Capitão fosse soltar uma frase de efeito do tipo "não, proteger o povo nativo daqui do massacre indígena, porque eles são americanos também!" ou algo parecido, mas não... Pô, o cara tava até vestido de índio e o Gaiman teve a cara de pau de por ele falando, praticamente, que os indigenas não são americanos de verdade! Foi muita falta de visão... :tsc:

Você não entendeu. O Capitão América queria recriar a América do zero, mas ele queria que fosse uma América exatamente igual àquela que ele deixou na década de 40. Aquela foi a única época da (enorme) vida dele em que ele se sentiu completo, adequado.

Pensa bem, ele foi de repente tirado desse mundo, que fazia completo sentido para ele, e jogado décadas depois, onde tudo estava diferente e nada fazia sentido. Por mais que ele tenha aos poucos se adaptado, sempre houve um sentimento de inadequação e frustração.

Aí rola aquele futuro terrível que ele descreve, e quando tudo parece perdido ele é novamente lançado a uma época totalmente diferente, e acredita ter a chance de fazer as coisas darem certo dessa vez.

Mas isso não dura muito, e logo coisas estranhas começam a acontecer e toda aquela gente que ele viu morrer diz que ele tem que voltar e ver tudo aquilo acontecer de novo.

Eu não creio que ele estava com todos os parafusos no lugar nessa hora.
 
A última cena do Demolidor,me lembrou e muuuuito uma conversa entre o Demolidor e o Rei do Crime, luzes apagadas, chamando o James de Jimmy(ele chamava Wilson de Willy)....

Açiás, uma citação muito interessante, é algo que Reed diz: " Todavia, postulo que este universo favorece as histórias. Um universo no qual história alguma jamais termina realmente; no qual pode haver apenas continuações."

Realmente. Essa série foi demais.....
 
V disse:
Você não entendeu. O Capitão América queria recriar a América do zero, mas ele queria que fosse uma América exatamente igual àquela que ele deixou na década de 40. Aquela foi a única época da (enorme) vida dele em que ele se sentiu completo, adequado.

Pensa bem, ele foi de repente tirado desse mundo, que fazia completo sentido para ele, e jogado décadas depois, onde tudo estava diferente e nada fazia sentido. Por mais que ele tenha aos poucos se adaptado, sempre houve um sentimento de inadequação e frustração.

Aí rola aquele futuro terrível que ele descreve, e quando tudo parece perdido ele é novamente lançado a uma época totalmente diferente, e acredita ter a chance de fazer as coisas darem certo dessa vez.

Mas isso não dura muito, e logo coisas estranhas começam a acontecer e toda aquela gente que ele viu morrer diz que ele tem que voltar e ver tudo aquilo acontecer de novo.

Eu não creio que ele estava com todos os parafusos no lugar nessa hora.

Ainda assim.... Eu não estou questionando a vontade dele de ficar. Só que naquela hora era para ele ter sido menos preconceituoso.

Pensa bem, na época e por muitos anos depois os não-europeus eram considerados inferiores, bárbaros. O desejo do Capitão deveria ter sido acabar com essa descriminização. Ele, acima de todas as pessoas, deveria fazer isso, considerando a quantidade de heróis de origem indígena que ele conheceu na sua vida.

E eu não acho que ele quisesse criar um mundo igual ao que ele deixou para trás, porque a melhor maneira de se fazer isso era voltar para o futuro, onde ele deveria estar. Ele claramente queria mudar alguma coisa.
 
Barlach disse:
Ainda assim.... Eu não estou questionando a vontade dele de ficar. Só que naquela hora era para ele ter sido menos preconceituoso.

Pensa bem, na época e por muitos anos depois os não-europeus eram considerados inferiores, bárbaros. O desejo do Capitão deveria ter sido acabar com essa descriminização. Ele, acima de todas as pessoas, deveria fazer isso, considerando a quantidade de heróis de origem indígena que ele conheceu na sua vida.

E eu não acho que ele quisesse criar um mundo igual ao que ele deixou para trás, porque a melhor maneira de se fazer isso era voltar para o futuro, onde ele deveria estar. Ele claramente queria mudar alguma coisa.

Cara, ele não tava raciocinando. Ele foi sim preconceituoso, até egoísta.

E criar uma América igual à que ele deixou pra trás era exatamente o que ele queria, mas não uma igual à América atual que a gente conhece, mas sim a América do Universo Marvel nos anos 40. Lembre-se que na vida dele ele deixou duas Américas pra trás, aquela América romantizada e de valores simples, onde tudo era preto no branco, e aquela América do futuro, onde todos esses valores já não significavam praticamente nada.

Esse é todo o ponto da situação. Você não viu que ele atribui a longevidade dele ao soro do supersoldado com uma ponta de dúvida? É porque ó soro não é a causa da longevidade dele. A causa é o fato dele ser o Capitão América. Dentro daquele universo ele é imortal, enquanto existir a América ele vai existir. Ele deixou de ter um propósito no futuro porque aquela América idealizada dos anos 40 já havia praticamente desaparecido por completo.

Voltar pro presente não ia adiantar nada, porque ele ia esquecer de tudo assim que chegasse e todo aquele futuro ia acontecer de novo.

Colocar ele falando dos índios não ia ter nada a ver com o estado em que o personagem se encontrava. Atribuindo a ele uma atitude egoísta, o Gaiman mostrou a falha do Capitão América, o porquê de, apesar de ser o precurssor dos heróis modernos, ele nunca poder se considerar um deles de fato. É por isso que o Capitão parece um bundão pra maioria de nós: ele se comporta como um herói da década de 40. Ele é um reflexo de uma era onde os heróis não eram personagens complexos, e por isso, na nossa época, ele se torna complexo.

O que o Gaiman fez foi explorar essa complexidade, e por isso que o Capitão foi um dos melhores personagens de 1602. Ele queria recuperar a América perfeita e idealizada dos quadrinhos da Era de Ouro, e pra isso ele precisava daqueles colonos. Por isso ele protege a Virgínia, ela foi a primeira criança descendente de ingleses a nascer no Novo Mundo. Ela representa o embrião daquela América perfeita que ele quer recuperar.

Como ele é imortal, ele pretendia acompanhar o surgimento e desenvolvimento dessa nova América, pra que nada desse errado. O raciocínio dele foi mais ou menos assim: "Ok, vamos fazer tudo de novo, mas dessa vez eu não vou ser congelado por 50 anos."

Ele estava meio doido. Frustrado. Desesperado.

Eu não digo que ele não estava ligando a mínima pros índios, mas falar deles naquele momento não ia ter tanto peso de acordo com os temas da história.
 
V disse:
Colocar ele falando dos índios não ia ter nada a ver com o estado em que o personagem se encontrava. Atribuindo a ele uma atitude egoísta, o Gaiman mostrou a falha do Capitão América, o porquê de, apesar de ser o precurssor dos heróis modernos, ele nunca poder se considerar um deles de fato. É por isso que o Capitão parece um bundão pra maioria de nós: ele se comporta como um herói da década de 40. Ele é um reflexo de uma era onde os heróis não eram personagens complexos, e por isso, na nossa época, ele se torna complexo.

O que o Gaiman fez foi explorar essa complexidade, e por isso que o Capitão foi um dos melhores personagens de 1602. Ele queria recuperar a América perfeita e idealizada dos quadrinhos da Era de Ouro, e pra isso ele precisava daqueles colonos. Por isso ele protege a Virgínia, ela foi a primeira criança descendente de ingleses a nascer no Novo Mundo. Ela representa o embrião daquela América perfeita que ele quer recuperar.

Como ele é imortal, ele pretendia acompanhar o surgimento e desenvolvimento dessa nova América, pra que nada desse errado. O raciocínio dele foi mais ou menos assim: "Ok, vamos fazer tudo de novo, mas dessa vez eu não vou ser congelado por 50 anos."

Ele estava meio doido. Frustrado. Desesperado.

Eu não digo que ele não estava ligando a mínima pros índios, mas falar deles naquele momento não ia ter tanto peso de acordo com os temas da história.
:clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap:



sim isso foi um flood, mas eu precisava fazer isso.
 
V disse:
O que o Gaiman fez foi pegar essas idéias, subvertê-las, virar elas de cabeça pra baixo, jogar no liquidificador e depois reconstruir tudo ao contrário.

O V já disse tudo! Gaiman usou metalinguagem tão profunda que acaba passando despercebida pela maioria e fica camuflada na ótima história que ele criou.

:amem: Gaiman Forever!!! :amem:
 
PS: as referências, tanto gráficas (Banner salvando Peter) quanto escritas (grande parte nas falas de Reed Richards), são um tempero maravilhoso nesse "caldo primordial" de Universo! :mrgreen:
 
Gaiman foi fantastico.... :amem:

:clap: :clap:

Depois dos posts doV não há muito oque se dizer apenas que a historias foi fabulosa e que as referencias são magnificas.

Sem batalghas homéricas, sem vilões cosmisco...
Mas sim um roteiro amarrado de forma mgistral e conduzindo a um final brilhante.

A melhor mini que eu li no ano... :mrgreen:


O Hulk de bigodinho foi engraçado... :mrgreen:
 
Sim, foi bizarro o Hulk de bigode. Mas no fim, toda a realidade se ajustou, com as pessoas se tornandso aqu8ilo que eram no mundo real.

Ps: Será q isso quer dizer q o tio do Peter seria assassinado lá na iNglaterra, mais cedo ou mais tarde? :think:
 
Depois dos posts do V eu acho que nem tenho muito o que falar sobre a história em si.

A série é magnífica em todos os pontos, mas ainda assim eu aidna rpefiro a SH: Entre a Foice e o Martelo, mas por um único motivo: eu simplesmente não sabia o que deveria esperar da mini, já 1602, por saber que o Gaiman não costuma sair muito do seu estilo de roteiros, eu esperava por algo próximo do que ocorreu. Não foi uma grande surpresa.
P/ mim esse é o único defeito de ler qq coisa escrita pelo Gaiman. Eu sei o que esperar (pelo menos algo bem perto disso). Estraga um pouco o elemento surpresa, mas não deixa de ser algo magnífico e extremamente bem feito. :obiggraz:
 
Só uma pergunta: a mulher do Strange (me foge o nome dela agora...),ela representaria alguma heroína tbm? tp... Ela abriu um portal louco do nada e sumiu!
 
A Cléa realmente existe, apesar de eu só ter visto ela antes no Terra X... mas eu não conheço a história dela muito bem...
 
A Cléa realmente existe, apesar de eu só ter visto ela antes no Terra X... mas eu não conheço a história dela muito bem...
Ela foi uma das únicas q ñ apareceu no final... Aí eu fikei meio perdida... :osigh:
 
A Cléa foi amante do Dr. Estranho no Universo convencional, e se não me engano acabou traindo ele pra obter mais poder mistico...(não to lembrado ao certo se é isso :) )
 

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