Além dessa imprudência, Saruman cometeu várias outras (vide o ótimo tópico "Saruman, o cego?").
Seus olhos foram longe, e com seus poderes de istari, sua influência, sua fala persuasiva, seus espiões e seu palantír, talvez ele fizesse frente à Sauron no quesito informação.
Mas, ao elevar seus olhos "aos céus", o poder a que aspirava ofuscou sua visão. Ele se preocupava com Harad, com Minas Tirith, com Rohan (e Grima), com o condado (vide seu relativo sucesso no "Expurgo do Condado". Em poucos meses, ele se infiltrou tão bem e dominou de forma tão completa a região, sem exército, algo que só seria realizável com absurdo conhecimento da região, competências e costumes dos hobbits), com o crescente poder em Minas Morgul e Barad-Dûr, com Elrond, e tantos outros de terras distantes. Mas esqueceu o que estava, literalmente, debaixo de seu nariz.
Quanto teve o grande Gandalf em seu poder, poderia ter liquidados as esperanças da campanha para a destruição do Um. Mas quis convencê-lo a se aliar.
Em seu desejo quase que imperialista, destruiu as árvores amigas dos ents, e suscitou ira atroz.
Mas mesmo que tudo isso não tivesse acontecido, Saruman queria, no final derrubar Barad-Dûr. Talvez gostasse de pensar que Sauron era seu instrumento, e que poderia se livrar dele após dominar a TM. Esta sim era uma das maiores cegueiras do velho mago branco: se tivesse se aproveitado melhor do pessoal de Gorgoroth, em vez de subestimar sua utilidade, teria tido muito mais chances de sucesso. O fato de hesitar na expulsão do então necromante de Dol-Guldur, nem ajudou em seu disfarce de "bonzinho", nem fortaleceu sua aliança com Sauron. No entanto, se tivesse "facilitado", acorbertando as ações e fuga dele, teria mantido as aparências por mais tempo e se ligaria mais fortemente a Sauron.
E aí ele teria 10 mil, mais alguns milhares de Sauron. O que provavelmente seria decisivo