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Discussão [1ª temporada] Episódio 8 (com spoilers)

Qual sua nota para o oitavo episódio da primeira temporada?


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  • Votação encerrada .
Esse episódio final aplica bem uma coisa que eu tenho notado a série toda: a imensa maioria dos problemas é consequência dessa compressão temporal e espacial (que, se formos ver, é só outra compressão temporal, mas em uma escala diferente que cria esse efeito de teletransporte em vez do que coloca pessoas separadas por séculos juntas). Foi a compressão que forçou os roteiristas a tomarem as decisões menos felizes (Galadriel pulando do barco ou mesmo ela indo para Númenor, Mithril mágica, transporte expresso entre Númenor e TM, etc.).

Ficaria bem melhor se a série se comprometesse em dar a sensação de passagem de tempo. É uma questão que se resolveria na montagem das cenas, colocando fillerzinhos de gente andando por aí em cortes rápidos, mudando estações do ano, movendo as coisas que entendemos que aconteceram simultaneamente para que acontecessem sequencialmente. A trilogia do SDA fez isso muito bem, eu vivo usando a viagem do Aragorn e dos hobbits para Valfenda como exemplo de como mostrar um bom tempo de história passando em pouco tempo de tela.

Essa foi uma decisão foi tomada em um momento inicial da produção e meio que condenou a série a ter esse passo estranho, mesmo que tenham percebido depois que não foi a melhor das ideias. Fico só imaginando quanta discussão houve lá e que não sabemos.





Cara, isso foi genial. Eu não vi essa palavra vindo e agora não consigo mais parar de referenciar elas dessa forma!

Como diabos Nenya ficou prateado eu não sei. Foi tudo derretido e feito junto, não? Enfim, não entendo nada de forja de anéis.
Eu achei estranho no momento que colocaram o punhal inteiro no cadinho. Por um instante eu até achei que fossem centrifugar o material para separar os metais (naquele momento que a mistureba derretida cai num recipiente girando), mas acabou ficando sem explicação mesmo :think:


Ver anexo 95032

E quanto a minutagem, a diferença é que a HBO Max tem 92 milhões de assinantes e a Amazon Prime 200 milhões
House of the Dragon gastou 200 milhões e Rings of Power 1 bilhão

Menos que a metade de assinantes que o prime, mais que metade em minutagem que rop conseguiu
Gastou bem menos e lucrou bem mais resumindo

A falta de caráter relacionada a números é endêmica entre alguns brasileiros hoje em dia hehehe
Como ainda não assisti e já tomei spoiler (Que eu já sabia) segunda feira volto pra refutar o cueca suja

Aí entra uma ressalva que eu fiz lá pelos primeiros episódios: as opiniões que vemos aí (e no IMDB) são as polarizadas, uma quantidade desproporcional de gente que acha que a série está perfeita ou horrível-nível-pior-que-uwe-boll-dirigindo-crepúsculo vota e as opiniões moderadas acabam afogadas.

As decisões continuam não tendo sentido nenhum, os pais da Nori mandando ela pro mundão com um gigante maluco kkkkkkkkk chega a ser bizarro
E sem a Poppy... eu imaginava elas indo juntas na maior vide de Frodo e Sam (... e muita gente imaginou isto pelo lado zoeiro também, tem até um punhado de fanfics shippando elas no AO3 :rofl: )
 
As análises da Boscov sempre são sobre as partes técnicas do audiovisual, até porque pode se dizer que ela é "leiga" quando a questão são minhas obras no geral.
Ainda assim, não invalida a opinião técnica dela e fatos que expõe sobre a obra, e fatos não ligam para sentimentos.
 
O que a Boscov falou sobre a série não emocionar é muito real pra mim. Não reparei isso enquanto via, mas sentia que tinha algo faltando que eu não sabia o que era. Quando vi o comentário dela (ou do cara que faz o vídeo com ela, não lembro qual dos dois, talvez ambos) deu um estalo: é isso.
A série não cativa pela emoção. O que tem é forçado e soa piegas. Única vez que senti algo foi na cena do Estranho contemplando o céu. Não à toa, foi meu episódio favorito.
 
Foi a compressão que forçou os roteiristas a tomarem as decisões menos felizes (Galadriel pulando do barco ou mesmo ela indo para Númenor, Mithril mágica, transporte expresso entre Númenor e TM, etc.).
discordo. Decisões ruins não estão atreladas a compressão temporal.
Precisava de Mithril magica? Não, apenas que era raro e a origem contada é mitológica. e deixar bem claro isso, contado a MESMISSIMA história, mas do ponto de vista dos: o que era um Elfo vs Balrog, viraria uma lagrima de Aule antes do perdão de Eru. Pronto, aqui já tem motivo religioso pros dois lados quererem o raro metal.
Galadriel indo para Númenor, outra ideia ruim, não problema de compressão temporal. Mandasse ela como emissária de Lindon para o outpost de Southlands. A treta nem muda tanto, você já teria forças numenorianas na região, só precisa colocar a bota a Galadriel chegando com uma comitiva elfica bem na explosão do Orodurim, mesmo caos, mas ela precisa enviar pedido de reforço, com isso ela despacha a Leticia Sabatela e o Arondir para Númenor como testemunha do holocausto que Sauron vai causar.
Ao longo do nucleo numenoriano você poderia desenvolver a impulsividade do Isildur, a fidelidade do Elendil, todo o plot do Pharazon anti elfo e a Miriel e um decrépito e doente Tar-Palantir pró retorno a tradição antiga.

Da até para botar o Halbrand como uma figura conselheira do Celembribor com a ausencia do Elrond, que tava em Khazad-dun, ensinando a magia e o poder necessário para refinar Mithril como Feanor fez.

nessa ai eu já comprimi quase 2000 anos e nem parece uma série de ideias ruins.

A trilogia do SDA fez isso muito bem, eu vivo usando a viagem do Aragorn e dos hobbits para Valfenda como exemplo de como mostrar um bom tempo de história passando em pouco tempo de tela.
Ou os 17 anos do Gandalf pesquisando sobre o Um em Minas Tirith. Novamente, a compressão não é o problema, até mesmo o tempo de tela. É a escrita.

Falando de quem gostou honestamente da série, aquele dialogo inicial do Halbrand e do Celebrimbor, terminando com um "consider it, a gift", eu achei que o Halbrand ia olhar para a camera e dar uma piscadinha, de tão preguiçoso que foi o texto.

O veneninho do Sauron e ele envolvido nas forjas assim, OUT OF THE BLUE, são sinais de roteiros preguiçosos. Me incomoda? D+, mas não diminui o quanto eu gostei de voltar para a terramédia.
 
Falando de quem gostou honestamente da série, aquele dialogo inicial do Halbrand e do Celebrimbor, terminando com um "consider it, a gift", eu achei que o Halbrand ia olhar para a camera e dar uma piscadinha, de tão preguiçoso que foi o texto.
Isso seria top. Pena que os horrorshow runners não ousaram quebrar a quarta parede. :(
 
Quando viram a oportunidade de se livrarem da filha chata, não pensaram duas vezes. Próxima pergunta.
palestrinha-me-vejo-obrigado-a-concordar.gif
 
As análises da Boscov sempre são sobre as partes técnicas do audiovisual, até porque pode se dizer que ela é "leiga" quando a questão são minhas obras no geral.
Ainda assim, não invalida a opinião técnica dela e fatos que expõe sobre a obra, e fatos não ligam para sentimentos.
Entretanto 60% da crítica dela, nesse caso em particular, foi o comentário de que "ela não conseguia se identificar com nenhum dos personagens" o que é um critério bem mais subjetivo e menos imparcial e derivado de "fatos" mensuráveis, ainda que possa ter defluído de um acumulado de apreensões técnicas que, para ela, comprometeram a experiência.

Mas ela mesma dá a impressão de estar ciente de que a parte "técnica" da resenha está em falta já que, por exemplo comete gafes como não sacar que o corte da Eärwen foi na hora dela tocar o palantír, fato deduzível pra quem viu o capítulo 4 mas não tem NADA a ver com o livros, ao contrário do que ela e Sadowski falaram. Também não se deu ao trabalho de averiguar pra ver que Celeborn nunca foi portador de anel algum e que, por essas e outras, por "sobrar" na história de Eregion e dos Anéis, é que ele fica de fora do primeiro ano da trama. Ele e Galadriel passaram mesmo períodos extensos da Segunda Era separados um do outro.

Essa não "checagem de fatos", esse relativo desleixo, é típico de quem NÃO QUER pensar em rever posicionamento ou mitigar apreensões de epiderme. Tipo "eu já bati o martelo no episódio quatro, o resto é consequência". Ela dá a nítida impressão de ter sido tomada de antipatia pelos showrunners e pelo fandom em cima de critérios que não são inteiramente objetivos também não.

Porque, ao invés do cuidado técnico que costuma pautar a maior parte das resenhas dela boa parte da review se centra em "deboche," em ficar aludindo, tácita ou frontalmente, em tergiversamento com a Fandom nos comentários, o que costuma ser o biombo atrás do qual ela costuma esconder o ponto em que a subjetividade dela passa a colorir as avaliações. Principalmente essa falta de empatia e paciência com os personagens. Foi nesse mesmo tom que ela passou a resenhar tudo que o Zack Snyder faz ao ponto de agir como se as diferenças entre as duas versões do Liga da Justiça não tivessem impacto algum na avaliação dela.

No caso dessa review do RoP boa parte do vídeo foi ela dando aquela constante risadinha de escárnio paternalista e olhando o Sadowski de soslaio pra ver se ele se mantém na mesma toada, ao passo em que eles enfatizaram só o negativo e omitiram COMPLETAMENTE os pontos fortes do episódio. Porque, a meu ver, ambos apareceram de forma bem clara nessa conclusão de temporada.

Uma coisa que contribuiu foi o fato ao qual ela mesma aludiu: a expectativa EXTREMAMENTE alta de quem, tendo gostado do Senhor dos Anéis, mas não sendo familiarizada com o resto do Legendarium, sai esperando o mesmo "tipo" de emoção proporcionado pela experiência prévia. Ainda mais considerando que a Segunda Era é mesmo o ponto em que o próprio Tolkien, pra conveniência dele próprio, deixou as motivações e relação de causalidade entre as coisas mais esgarçados, nebulosos e fora de foco, descendo menos no nível do "pessoal" e ficando mais no "metafísico-filosófico". Como esse primeiro ano é focado em cima de definir as esteiras e "moldura" do quadro é a partir do Segundo Ano, com os protagonistas já no tabuleiro, que vai dar pra encorpar o "subjetivo" e emocional com maior grau de sutileza ou voltagem sentimental.
 
Última edição:
A Nori é chata justamente porque é uma das personagens mais piegas da série. Tenta passar emoção a todo momento. Mas ao menos a mim, não emociona. Me parece artificial e forçado. O que sobra, no fim, é a chatice.
Foi assim do começo ao fim, culminando naquela despedida insuportável e sem fim.
 
Entretanto 60% da crítica dela, nesse caso em particular, foi o comentário de que "ela não conseguia se identificar com nenhum dos personagens" o que é um critério bem mais subjetivo e menos imparcial e derivado de "fatos" mensuráveis, ainda que possa ter defluído de um acumulado de apreensões técnicas que, para ela, comprometeram a experiência.

Mas ela mesma dá a impressão de estar ciente de que a parte "técnica" da resenha está em falta já que, por exemplo comete gafes como não sacar que o corte da Eärwen foi na hora dela tocar o palantír, fato deduzível pra quem viu o capítulo 4 mas não tem NADA a ver com o livros, ao contrário do que ela e Sadowski falaram. Também não se deu ao trabalho de averiguar pra ver que Celeborn nunca foi portador de anel algum e que, por essas e outras, por "sobrar" na história de Eregion e dos Anéis, é que ele fica de fora do primeiro ano da trama. Ele e Galadriel passaram mesmo períodos extensos da Segunda Era separados um do outro.

Essa não "checagem de fatos", esse relativo desleixo, é típico de quem NÃO QUER pensar em rever posicionamento ou mitigar apreensões de epiderme. Tipo "eu já bati o martelo no episódio quatro, o resto é consequência". Ela dá a nítida impressão de ter sido tomada de antipatia pelos showrunners e pelo fandom em cima de critérios que não são inteiramente objetivos também não.

Porque, ao invés do cuidado técnico que costuma pautar a maior parte das resenhas dela boa parte da review se centra em "deboche," em ficar aludindo, tácita ou frontalmente, em tergiversamento com a Fandom nos comentários, o que costuma ser o biombo atrás do qual ela costuma esconder o ponto em que a subjetividade dela passa a colorir as avaliações. Principalmente essa falta de empatia e paciência com os personagens.

Boa parte do vídeo foi ela dando aquela constante risadinha de escárnio paternalista e olhando o Sadowski de soslaio pra ver se ele se mantém na mesma toada, ao passo em que eles enfatizaram só o negativo e omitiram COMPLETAMENTE os pontos fortes do episódio. Porque, a meu ver, ambos apareceram de forma bem clara nessa conclusão de temporada.
Sua opinião cara, cada um vê da forma que quer, eu sinto que você quer desmerecer a análise dela da forma que você fala, como eu disse, o comentário dela foge da minha obra, na qual ela é leiga e não sabe nada, tanto que a mesma disse "posso estar falando besteira, mas Celeborn...".
A mesma assumiu a ignorância na questão da lore e que poderia estar errada na parte em que joga um "palpite" sobre a lore.
Na questão técnica, não vi nada errado no que ela ou o outro rapaz falaram, os personagens são mal explorados, você não consegue sequer descrever as características de cada personagem, é um amontoado de nada, o que faz com que você não tenha apego a nenhum, e eles te jogam de um núcleo ao outro de forma desorganizada e amadora.
Não há também a distinção entre o bem e o mal como em toda minha obra, eles fizeram questão de quebrar esse conceito desde o diálogo na cabana com Adar, você também não sabe quem é o protagonista, é uma grande salada, onde misturaram todos os ingredientes, mas não temperaram, nem colocaram molho.
Eu fiquei anos no maior hype do mundo com essa série, e logicamente estou frustrado com o que está acontecendo, somente um fã muito imbecil torceria para o fracasso de algo que ama, mas eu não vou passar pano para todas essas coisas ridículas que estão acontecendo, por um saudosismo ou o sentimento raso de "pelo menos estamos vendo algo da terra média", foram anos de hype e espera, para entregarem um produto final fraco e preguiçoso, com algumas frases de efeito e poemas adolescentes, e frases de referências a antigas obras de sucesso da mesma franquia.
Mas ei, é somente minha opinião...
 
Última edição:
Não há também a distinção entre o bem e o mal como em toda minha obra, eles fizeram questão de quebrar esse conceito desde o diálogo na cabana com Adar, você também não sabe quem é o protagonista, é uma grande salada, onde misturaram todos os ingredientes, mas não temperaram, nem colocaram molho.

Mas a Segunda Era é JUSTAMENTE o ponto onde a "divisão entre o bem e o mal "na obra do Tolkien é mais "tênue" mesmo, com todo mundo errando naquele meio....

Os Numenorianos imperialistas, o Sauron Fascista, os Eldar "embalsamadores" "aristocráticos feudais". Não vou dizer que vc ou qualquer pessoa sejam OBRIGADOS a gostar mas achar que algo assim não ia comparecer na narrativa meio que é já começar no pé errado.

Como o próprio Tolkien comentou a respeito dos elfos na Segunda Era (carta 131):


Mas os Elfos não
são totalmente bons ou têm razão. Não tanto por terem
flertado com Sauron, já que com ou sem sua assistência eles eram
“embalsamadores”. Queriam fazer uma omelete sem quebrar alguns ovos:
viver na Terra-média histórica e mortal porque se afeiçoaram a ela (e talvez
porque lá possuíam as vantagens de uma casta superior), e assim tentaram
deter a mudança e a história desta, deter seu crescimento, mantê-la como um
santuário,
mesmo que em grande parte fosse um deserto, onde poderiam ser
“artistas” — e ficaram sobrecarregados pela tristeza e pelo arrependimento
nostálgico
A própria cena do Adar com a Galadriel foi feita pra ilustrar essa passagem do ensaio sobre os Orcs:

Mas mesmo antes dessa perversão de que Morgoth era suspeito, os sábios nos Dias Antigos sempre ensinaram que os orcs não foram feitos por Melkor e, portanto, não eram malignos na sua origem. Eles podiam ter se tornado irredimíveis [pelo menos por elfos e homens], mas eles continuavam dentro da Lei. Isto é, que embora sendo necessário [sendo os dedos da mão de Morgoth] serem enfrentados com a maior severidade, eles não deveriam ser tratados com os seus próprios termos de crueldade e traição. Cativos, não deviam ser atormentados, nem mesmo para descobrir informações para a defesa das casas de elfos e homens. Se quaisquer orcs se rendessem e clamassem por misericórdia, ela seria concedida, a qualquer preço. Este era o ensinamento dos sábios, embora no horror da guerra isto não fosse sempre considerado.
Sua opinião cara, cada um vê da forma que quer, eu sinto que você quer desmerecer a análise dela da forma que você fala, como eu disse, o comentário dela foge da minha obra, na qual ela é leiga e não sabe nada, tanto que a mesma disse "posso estar falando besteira, mas Celeborn...".
Quando ela dá a impressão de usar esse fato que ela não chegou a conferir como uma base pra criticar o que ela acha que é o entrelaçamento da história dos Anéis no sentido "técnico" de determinar o que vai acontecer ou deveria ter acontecido ou sido mostrado em tela ela deixa uma apreensão lacunosa do que ela pensa ter sido cânon predeterminar a apreciação do roteiro.

Isso é errar em avaliar um elemento "técnico" por pura má-vontade do mesmo jeito que ela tb não parece ter se dado conta de que a Eärwen ia ver no palantír a mesma coisa que a Galadriel viu, o afundamento "clarividente" de Númenor, fato mostrado na série e não pertinente aos livros. Ela não precisava ser versada em "lore" pra sacar isso caso estivesse realmente prestando a atenção justamente por causa disso.

Tb me pareceu que ao comentar os erros "técnicos" do episódio eles se concentraram só em enfatizar o que sabemos que NÃO funcionou mas sem dar crédito pra NADA do que foi feito de mais acertado ou correto. O que, pra mim, foi um bocado de extremismo e falta de objetividade. É mesmo minha impressão do que me pareceu destoante da média dela mas é um traço que é lhe é recorrente nesse tipo de contexto.
 
Última edição:
Mas a Segunda Era é JUSTAMENTE o ponto onde a "divisão entre o bem e o mal "na obra do Tolkien é mais "tênue" mesmo, com todo mundo errando naquele meio....

Os Numenorianos imperialistas, o Sauron Fascista, os Eldar "embalsamadores" "aristocráticos feudais". Não vou dizer que vc ou qualquer pessoa sejam OBRIGADOS a gostar mas achar que algo assim não ia comparecer na narrativa c meio que é já começar no pé errado.

Como o próprio Tolkien comentou a respeito dos elfos na Segunda Era:
Mas o discurso todo de Adar sobre os orcs na cabana já passa uma quebra de distinção entre o bem e o mal em minha obra, e essa linha tênue acaba não existindo, joga a imagem de ser apenas um "ponto de vista", 'os dois lados da guerra acham que estão certos".
Outra coisa que me incomodou muito foi a influência de Annatar sobre Celebrimbor nesse último episódio, exploraram tantos arcos totalmente inúteis, e algo canônico na história foi feito as pressas, 5 min de papo de bar e pronto, influenciou.
Sem contar que o que passou, é que você poderia trocar o Celebrimbor por qualquer pessoa, que teria êxito no processo.
Foi um monte de fanfic de tempo de tela, quando chegou na história principal, entregaram qualquer coisa.
 
Eu achei estranho no momento que colocaram o punhal inteiro no cadinho. Por um instante eu até achei que fossem centrifugar o material para separar os metais (naquele momento que a mistureba derretida cai num recipiente girando), mas acabou ficando sem explicação mesmo :think:
Bicho, Celebrimbor não sabia nem que dava pra misturar metais, muito menos separá-los.

Estou eu e minha amiga aqui engrossando o coro do Ilmarinen... Em uma coisa todos concordamos com relação a esta série.
Acho que já está na hora de criarmos o tópico "Eu pegava" para a série.
 
Mas o discurso todo de Adar sobre os orcs na cabana já passa uma quebra de distinção entre o bem e o mal em minha obra, e essa linha tênue acaba não existindo, joga a imagem de ser apenas um "ponto de vista", 'os dois lados da guerra acham que estão certos".
Outra coisa que me incomodou muito foi a influência de Annatar sobre Celebrimbor nesse último episódio, exploraram tantos arcos totalmente inúteis, e algo canônico na história foi feito as pressas, 5 min de papo de bar e pronto, influenciou.
Sem contar que o que passou, é que você poderia trocar o Celebrimbor por qualquer pessoa, que teria êxito no processo.
Foi um monte de fanfic de tempo de tela, quando chegou na história principal, entregaram qualquer coisa.
O lance de Celebrimbor ter sido "escanteado" e sua interação com Annatar ter ficado nos bastidores da notícia, no background, provavelmente tem a ver com o fato do ator do Celebrimbor ter sido MUDADO no meio das filmagens.... Com uma mudança de roteiro importante aparentemente tendo acontecido aí.

Alguém ou achou que os innuendos da interação entre Celebrimbor e Annatar não eram um vespeiro com o qual a série queria ter que lidar... Ou então, o Tolkien Estate NÃO quis negociar essa parte específica detalhada no Contos Inacabados e eles foram forçados a fazer algo vincadamento diferente por conta disso....Mas que, salientemos, ainda NÃO terminou.

 
Última edição:




Estou eu e minha amiga aqui engrossando o coro do Ilmarinen... Em uma coisa todos concordamos com relação a esta série.
Na hora que eu vi o paralelo evidente desse gif animado do Halbrand com essa imagem abaixo eu pensei....Vixe, já era pro Homem do Meteoro ser Sauron... A mesma posição do corpo trocada vai lá mas a mesma expressão facial e inclinação de queixo já é demais.... Ainda mais considerando a cena em que Halbrand entra em câmera lenta num shot em Númenor com um fundo diretamente evocando esse outro aí que foi de onde pegaram a imagem da Entertaiment Weekly...

1665871127785.png

E, a propósito:

 
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Mas o discurso todo de Adar sobre os orcs na cabana já passa uma quebra de distinção entre o bem e o mal em minha obra, e essa linha tênue acaba não existindo, joga a imagem de ser apenas um "ponto de vista", 'os dois lados da guerra acham que estão certos".
A intenção parece ter sido dar o eco com esse comentário de Tolkien no ensaio sobre os Orcs:

Mas mesmo antes dessa perversão de que Morgoth era suspeito, os sábios nos Dias Antigos sempre ensinaram que os orcs não foram feitos por Melkor e, portanto, não eram malignos na sua origem. Eles podiam ter se tornado irredimíveis [pelo menos por elfos e homens], mas eles continuavam dentro da Lei. Isto é, que embora sendo necessário [sendo os dedos da mão de Morgoth] serem enfrentados com a maior severidade, eles não deveriam ser tratados com os seus próprios termos de crueldade e traição. Cativos, não deviam ser atormentados, nem mesmo para descobrir informações para a defesa das casas de elfos e homens. Se quaisquer orcs se rendessem e clamassem por misericórdia, ela seria concedida, a qualquer preço. Este era o ensinamento dos sábios, embora no horror da guerra isto não fosse sempre considerado.

Justamente pra enfatizar que os elfos não são exatamente os "santinhos" que ficam aparentando ser na Terceira Era. E onde a preocupação evidente do Tolkien com os Orcs como seres sencientes dotados de alma pra mim ficou patente.

E seu comentário sobre o ponto de vista, ironicamente, evoca JUSTAMENTE uma longa explanação que o Tolkien fez a respeito das Guerras no geral e sobre a definição de quem é herói e vilão falando do Mundo Primário mas dando a entender que se aplica tb até certo ponto ao seu Mundo Secundário:

Na “vida real”, é claro, as causas não são nítidas — ainda que apenas
porque os tiranos humanos raramente são totalmente corrompidos em puras
manifestações de vontade maligna. Pelo que posso julgar, alguns parecem ter
sido muito corruptos, mas até mesmo estes precisam governar pessoas das
quais apenas parte é igualmente corrupta, enquanto muitos ainda precisam que
“bons motivos”, reais ou simulados, sejam-lhes apresentados. Como vemos
hoje. Não obstante, há casos claros: como por exemplo atos de absoluta
agressão cruel nos quais, portanto, o certo está desde o início totalmente de um
lado, qualquer que seja o mal que o sofrimento ressentido pelo mal possa
eventualmente gerar nos membros do lado certo. Há também conflitos sobre
coisas ou idéias importantes. Em tais casos, fico mais impressionado pela
extrema importância de se estar do lado certo do que perturbado pela
revelação da selva de motivos confusos, propósitos particulares e ações

individuais (nobres ou vis) na qual o certo e o errado em verdadeiros conflitos
humanos estão comumente envolvidos. Se o conflito na realidade for sobre
coisas propriamente chamadas de certas e erradas, ou boas e más, então a
probidade ou a bondade de um lado não é provada ou estabelecida pelas
reivindicações de cada lado; ela deve depender de valores e crenças acima e
independentes do conflito em particular. Um juiz deve determinar certo e errado
de acordo com princípios que ele considera válidos em todos os casos. Assim
sendo, o certo permanecerá uma possessão inalienável do lado certo e
justificará sua causa por toda a parte.
(Falo de causas, não de indivíduos. E claro que, para um juiz cujas
idéias morais possuem uma base religiosa ou filosófica, ou de fato para
qualquer um que não seja cego pelo fanatismo partidário, a probidade da
causa não justificará as ações de seus apoiadores, como indivíduos, que sejam
moralmente torpes. Mas apesar das “propagandas” poderem ser aceitas por
eles como provas de que a sua causa na realidade não estava “certa”, isso não
é válido. Os agressores são eles próprios os primeiros a serem culpados pelos
atos de maldade que se originam de sua violação original da justiça e das
emoções que sua própria malícia era naturalmente (pelos seus padrões)
esperada que estimulasse. De qualquer forma, eles não têm o direito de exigir
que suas vítimas, quando atacadas, não exijam olho por olho e dente por
dente.)
De maneira similar, boas ações por aqueles no lado errado não
justificarão sua causa. Podem haver feitos no lado errado de coragem heróica
ou alguns de nível moral mais elevado: feitos de piedade e abstenção. Um juiz
pode conceder-lhes honras e alegrar-se ao ver como alguns homens podem
erguer-se acima do ódio e da raiva de um conflito, ao mesmo tempo em que
ele pode deplorar os atos de maldade no lado certo e afligir-se por ver como o
ódio, uma vez provocado, pode arrastá-los para baixo. Isso, porém, não
alterará seu julgamento sobre qual lado estava com a razão, nem sua indicação

da culpa primária por todo o mal que se sucedeu no outro lado.
Na minha história não lido com o Mal Absoluto. Não creio que haja
tal coisa, uma vez que ela é Nula. Não creio, de qualquer modo, que qualquer
“ser racional” seja completamente mau. Satã caiu. Em meu mito, Morgoth
caiu antes da Criação do mundo físico. Na minha história, Sauron representa
uma aproximação do completamente mau tão próximo quanto possível. Ele
seguiu o caminho de todos os tiranos: começando bem, pelo menos no nível
que, apesar de desejar ordenar todas as coisas de acordo com sua própria
sabedoria, ele no início ainda levava em consideração o bem-estar

(econômico) de outros habitantes da Terra. Mas ele foi além dos tiranos
humanos no orgulho e na ânsia pela dominação, sendo em origem um espírito
(angelical) imortal*. Em O Senhor dos Anéis o conflito não é basicamente sobre
“liberdade”, embora ela esteja naturalmente envolvida
 
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