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Notícias 1º clássico brasileiro transmitido pela internet gera 3,7 mi de visualizações

Ana Lovejoy

Administrador
A última quarta-feira, 1, marcou um evento histórico para o futebol brasileiro, porque foi quando ocorreu o primeiro clássico com transmissão exclusiva para a internet. Atlético Paranaense e Coritiba se enfrentaram às 20h, no horário de Brasília, pelo Campeonato Paranaense e, embora o primeiro tenha saído vitorioso (com um placar de 2x0), ambas as equipes puderam desfrutar de um momento que agradou torcedores dos dois lados.

Sem apoio da cobertura televisiva, cada clube disponibilizou a transmissão em seus próprios canais no YouTube e em suas páginas no Facebook. É difícil precisar a audiência porque há informações que ficam restritas a quem administra as contas dos clubes na internet, mas os dados públicos revelam que o número total de visualizações ficou próximo de 3,7 milhões.

O Coritiba postou três vídeos diretamente relacionados com a partida — sem contar as coletivas pós-apito final. No Facebook, há um com a escalação (com 16 mil visualizações) e a transmissão da partida (875 mil); no YouTube, a transmissão reuniu mais 241,4 mil views.

Já o Atlético postou quatro vezes no Facebook: um vídeo com a escalação (21 mil), a transmissão (2,1 milhões) e seus dois gols (31 mil e 42 mil). No YouTube, há a transmissão (372,3 mil) e a coletiva, que também foi excluída da nossa contabilidade.

Somados, todos esses vídeos geraram 1,1 milhão de visualizações para o Coritiba e 2,5 milhões para o Atlético. Portanto, juntos, os times passaram dos 3,6 milhões de views — com os quebrados, chega-se próximo de 3,7 milhões.

Era para a partida ter sido realizada no dia 19, mas naquela ocasião a Federação Paranaense de Futebol (FPF) impediu o apito inicial alegando problemas de credenciamento. Já os clubes dizem que a entidade se opunha à transmissão independente, algo corroborado por um dos árbitros presentes.

Mas não foi por apelo ao ineditismo que Atlético e Coritiba optaram pela internet. Os dois clubes informaram no dia 17 que prefeririam jogar em frente às câmeras de YouTube e Facebook por não concordarem com a proposta "absurda" da Globo, que queria fechar contratos de três anos por algo em torno de R$ 1 milhão.

fonte: https://olhardigital.uol.com.br/not...a-internet-gera-3-7-mi-de-visualizacoes/66516
 
Esse pode ser o futuro do esporte, sem o monopólio ou exploração das gigantes da comunicação. Claro que terão que ir atrás dessa renda vinda de outra fonte. Mas a ideia é interessante.
 
O difícil é isso virar tendência. Vamos acompanhar as negociações para as transmissões a partir do ano que vem pro Brasileirão.
 
Esse foi um clássico que até foi adiado por causa da eterna e chata burocracia envolvendo direitos de transmissão, mas é interessante ver que temos um novo parâmetro de medição de audiência (as visualizações) que todos podem acompanhar no momento que o jogo acontece.
 
Esse pode ser o futuro do esporte, sem o monopólio ou exploração das gigantes da comunicação. Claro que terão que ir atrás dessa renda vinda de outra fonte. Mas a ideia é interessante.
Bom.
Youtube (Google) e Facebook não deixam de se tratar dos canais virtuais escolhidos e são empresas gigantescas, bem maiores que a globo inclusive.
E em ambos os casos já há formalidades de como arrecadar grana por video, por canal, etc. Mas continua sendo em suporte de uma empresa mãe maior.

A liberdade seria se eles passassem a transmitir seus jogos pelos seus próprios canais do site oficial deles.
Mas aí teriam que investir em servidores, funcionários especializados, etc.
 
O que eu gostaria de ver, independente da empresa ser uma gigante ou não, é que elas disponibilizem na rede os jogos de todos os times e campeonatos os mais variados possíveis, o que seria a democracia total do torcedor poder ter livre acesso ao campeonato, jogo e time que quiser, sem as enormes barreiras restritivas que a Globo faz, que atualmente é a única emissora que esforça ao máximo pra dificultar o acesso livre a conteúdo regional variado pra todo o país, chegando ao ponto de ter criado a imposição do cartão SATRegional para os receptores novos de Antena Parabólica para que o usuário não tenha acesso a todas as afiliadas regionais, coisa que não acontece com as demais emissoras.
 
Esse pode ser o futuro do esporte, sem o monopólio ou exploração das gigantes da comunicação. Claro que terão que ir atrás dessa renda vinda de outra fonte. Mas a ideia é interessante.
Globo por enquanto manda no futebol e nos clubes. Não tem como viver sem grana.
E como o Fusa falou acima, as outras empresas são ainda maiores.
É tudo muito bonitinho mas ainda somos refém do $.
 
Achei massa, mas isso foi mais lucrativo do que vender para a televisão? A matéria não fala.
 
Sendo youtube, eu diria que não.
E sendo youtube a métrica correta para medir o quanto de grana provinda de adds seria a soma de minutos visualizados e não simplesmente visualizações. É assim que o youtube calcula o add/revenue pro canal.
Visualizações são só pra chamar a atenção e colocar no marketing, mas não entra na conta.
Isso pros vídeos isolados dos gols, etc.
O stream do jogo provavelmente não deve ter tido retorno nenhum ou muito pouco.


Não tem como fugir, por mais que a gente queira.
Dinheiro só entra se for através de inscrições pagas (sócios, etc) ou com propaganda.
Dinheiro não nasce do vácuo.
 
Ninguém investe se não houver algum lucro que consiga agradar a todas as partes envolvidas, mas como está muito no início só resta aguardarmos, pois é algo que ainda tem a melhorar e evoluir.
 
Globo ataca Atlético-PR por ficar sem gols de clássico: “quem perde é você”
UOL Esporte

04/03/2017 04:00
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O clássico entre Atlético-PR e Coritiba foi assunto nos principais programas da Globo no Paraná. Mas, quem quis ver os gols da partida, não pôde. Segundo a emissora, a culpa foi do Atlético.

Desde as primeiras horas do dia, no Bom Dia Paraná, a emissora já informava dos problemas passados para exibir o vídeo do jogo transmitido pela internet. Quase 7 horas depois do duelo, a emissora não havia recebido imagens do clássico.

“Infelizmente, não temos os gols do Atletiba para mostrar porque Atlético e Coritiba não permitiram que emissoras de TV gravassem a partida. E o Atlético se comprometeu a enviar os gols depois do jogo, mas até agora, esse horário pouco depois das 7 da manhã, não mandou ainda. Uma pena porque quem perde é você que acordou para ver os gols da rodada e infelizmente não viu”, disse o canal no programa.

O problema é que não foram apenas as sete horas que impediram a Globo de exibir os gols. Mesmo depois de mandar as imagens para as emissoras, o Atlético-PR decidiu omitir os tentos feitos por seus jogadores no clássico.

Procurado pela reportagem, o Atlético informou ''que enviou a todas as emissoras o correspondente a 3% da partida, conforme determina a Lei Pelé. O clube entende que os highlights são uma propriedade premium, extremamente valorizada em todo o mundo, e que os interessados devem pagar por este produto se quiserem exibi-lo''.

Na hora do almoço, o Globo Esporte da rede falou sobre o assunto na voz da apresentadora Cris Dias, que só informou o resultado do jogo.

“Globo Esporte não está exibindo gols do clássico Atletiba porque os clubes que têm os direitos do jogo, não liberaram as imagens”, afirmou.

Em horário simultâneo, o assunto também entrava em pauta no Globo Esporte Paraná. Na RPC, filiada da Globo, algumas imagens foram mostradas, exceto as dos gols.

“Não temos as imagens dos gols porque Atlético e Coritiba não permitiram a gravação. Já que nenhuma emissora de TV tem direitos de transmissão desse jogo, ela foi feita ontem pela internet. Nesse caso, como clubes são os que têm direito de transmissão. Eles que enviam e autorizam a imagem do clássico. Recebemos três minutos de gravação, dentro dessa gravação, lances como os que a gente viu, mas não os gols. Por isso, como não foi autorizado, não temos gols para mostrar”, completou.

Como a Lei Pelé obriga que cerca de três minutos dos lances sejam distribuídos pelo detentor dos direitos do jogo para as emissoras.

O Coritiba disse respeitar a posição do Atlético-PR, como mandante da partida, em não mandar os gols.

Leandro Carneiro e Napoleão de Almeida
Do UOL, em São Paulo

não entendo como o telespectador estaria perdendo se basta acessar o canal dos times no youtube para ver o jogo inteiro, e os gols. :think:
 
não entendo como o telespectador estaria perdendo se basta acessar o canal dos times no youtube para ver o jogo inteiro, e os gols. :think:

Porque torcedor é tradicional. E não tem nada mais tradicional do que assistir Bate-Bolas na TV após os jogos. :lol:


E sobre o Youtube, não dá milhão. Por isso que, infelizmente, não será tendência.

Por exemplo meu time. O Palmeiras recebe da Globo R$110.000.000,00 por ano pela transmissão do Campeonato Brasileiro. Fora Copa Br, Paulistão, Libertadores e TV paga. Como o time abriria mão de uma grana dessa? Só se outra emissora bancar o valor. Nenhum dirigente largaria essa verba. Se largasse seria um louco, não um visionário.
 
pois é. o coxa e o atlético só embarcaram nessa porque não recebem essa verba toda[1]. é fácil ser inovador quando não tem muita grana na reta. aliás, o maior sintoma de que o modelo não pega é a reação dos times aqui do paraná à confusão do primeiro jogo (que foi cancelado): todos apoiaram a federação paranaense (e, consequentemente, a globo), não compraram a briga dos times da capital. se nem aqui a ideia teve apoio, que dirá onde a grana rola solta como no rio e são paulo.


______________

[1]Globo ofereceu a Atlético-PR e Coritiba um quarto da cota do Madureira

A origem da confusão que gerou o cancelamento do clássico Atletiba foi o fato de os dois grandes do Paraná terem se recusado a assinar um contrato com a Globo pelo Estadual. Isso ocorreu porque a oferta da emissora foi de R$ 1 milhão de cota para cada um de Atlético-PR e Coritiba. Entre outros times de menor expressão, o Madureira ganha R$ 4 milhões líquidos pelo Estadual do Rio.

A negociação do contrato ocorreu em janeiro de 2017. A Globo ofereceu um total de R$ 6 milhões pelo contrato do Paranaense, sendo um terço para os dois grandes clubes. Quando Coritiba e Atlético-PR recusaram, a Globo fechou o restante do Paranaense com os outros dez times por R$ 4 milhões.

''Sei que o Carioca é um campeonato que vale mais do que o Paranaense. Mas se você for ver é 1/20 em relação ao valor do Carioca'', comentou o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, ao ser informado que o contrato do Estadual do Rio de Janeiro vale R$ 120 milhões.

Por meio de arbitral, a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) é quem decide a distribuição das cotas do Rio de Janeiro. Esta destinou cotas de R$ 4,5 milhões brutos (R$ 4 milhões líquidos) para os quatro clubes mais bem posicionados depois dos grandes no Estadual de 2016, Boavista, Bangu, Madureira e Volta Redonda. Cada um levará esse valor como cota, e todos são aliados da Ferj.

Depois de recusar a oferta da Globo, Atlético-PR e Coritiba procuraram alternativas para arrecadar mais com o Paranaense. ''Tentamos fazer um sistema de pay-per-view para os nossos sócios. Pensamos em fazer uma concorrência para a TV Fechada que tivesse Sportv, Esporte Interativo. Foi negociado um acordo com a Record para a TV Aberta'', explicou Petraglia.

Mas, ao mesmo tempo que os clubes traçavam a estratégia, a Globo fechou um acordo com a federação paranaense para os outros dez times. Na prática, isso inviabilizava qualquer projeto dos dois grandes visto que eles só teriam direito a um jogo, Atlético-PR e Coritiba. ''Ficamos impedidos de vender a maioria dos jogos do Estadual.''

Pela legislação brasileira, os clubes têm a prerrogativa de negociar seus direitos de imagens. Só é possível transmitir uma partida se houver contrato ou autorização dos dois times. Restava assim o Atletiba, jogo de maior valor do Estadual, que seria transmitido via internet.

A versão da Globo é de que ela tentou viabilizar a transmissão de um campeonato paranaense sem os dois grandes. Tanto que tem transmitido em TV Aberta os jogos. A argumentação da emissora é de ser normal uma das partes não aceitar um acordo, e tentar vender de outra forma seus direitos.

Petraglia, no entanto, reclama do modelo. ''Não temos que negociar pela federação. Estamos querendo fazer a negociação diretamente pelos clubes. Por que eu teria de negociar para pagar comissão para a federação?'', argumentou o dirigente atleticano. Pela legislação brasileira, a federação paranaense não tem nenhum direito sobre o direito de televisionamento dos clubes.

O dirigente do Atlético-PR não sabe qual o desenrolar do imbróglio jurídico iniciado com a não realização do clássico. A dupla Atletiba pretende levar o caso ao tribunal de justiça desportiva do Paraná, e depois recorrer ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) se perderem. Em reunião na CBF, nesta segunda, o presidente do Coritiba, Rogério Barcelar, deve levar a questão à confederação.

Ao lembrar da proibição de realizar a transmissão, Petraglia dá uma definição sobre a justificativa da federação paranaense de que os profissionais da transmissão não estavam credenciados: ''É ridículo.''
 
É bem isso mesmo. A ação da dupla de Curitiba foi fantástica. Mas só rolou pela (falta de) grana.

Pô, Madureira ganhar mais que dois times campeões nacionais é ofensivo.
 
Abismo de diferença de cotas no país inteiro nunca foi novidade. Pegando só o universo dos estaduais


As cotas de televisão dos Estaduais 2017, com até R$ 157 milhões de diferença


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Se já é complicado apurar as cifras absolutas pagas aos clubes pela transmissão do Campeonato Brasileiro, no cenário estadual o tema é uma verdadeira caixa-preta. Informações desencontradas (dos clubes, das federações e também da própria imprensa), prazos distintos nos contratos, renovações arrastadas e divisões de cotas não menos questionáveis. Mas, ainda assim, é possível traçar um cenário aproximado da realidade.

Sobre 2017, o blog reuniu as informações mais atuais (jornais, rádios e canais de outros estados) sobre os onze maiores campeonatos estaduais, incluindo o Pernambucano, o Baiano e o Cearense. Esses três apresentam valores bem abaixo, expondo a importância do Nordestão, que distribui R$ 18,5 milhões.

Dos números conhecidos (ainda que arredondados), a diferença máxima entre as competições é de R$ 157,4 milhões (SP x CE). Em dez casos, os acordos envolvem a Rede Globo e suas afiliadas. De acordo com o atlas de cobertura da emissora, existem 200.618.195 telespectadores potenciais. Logo, somando o alcance do Paulista e do Carioca (com 16 estados, considerando a transmissão do ano anterior), chega-se a 100.703.663, ou 50,2% do país.

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Paulistão
Sem surpresa, o torneio de São Paulo é o mais valorizado. Não por acaso, os clubes do estado ainda não aderiram à Primeira Liga (que paga 7 vezes menos). Para um calendário de pelo menos doze partidas (lembrando que o torneio de 2017 terá quatro times a menos em relação a 2016), os quatro grandes recebem, cada um, cerca de R$ 17 milhões. Valores informados em duas fontes, Máquina do Esporte e Veja. Num bloco intermediário, a Ponte receberá 5 milhões, montante superior a todo o Pernambucano (!). Mercados antagônicos, fato, mas não deixa de ser um comparativo poderoso para o restante da temporada.

R$ 160 milhões/ano (16 clubes; de 12 a 18 jogos para os grandes)
Contrato: Globo SP (2016-2019), inclui Sportv e ppv
R$ 17 milhões – Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos
R$ 5 milhões – Ponte Preta
R$ 3,3 milhões – demais clubes (11)
R$ 5 milhões – campeão
R$ 1,65 milhão – vice
R$ 1,1 milhão – 3º lugar
Alcance da TV aberta: SP (43,8 milhões de telespectadores)


Carioca (atualizado em 05/02)
O Carioca foi reformulado, voltando a ter as Taças Guanabara e Rio, com semifinais e finais, num modelo com histórico de audiência. O Estadual do Rio também passa de uma centena de milhões de reais, pois é exibido para o Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Contudo, o contrato ficou a mercê da assinatura do Fla, que inicialmente não aceitou o percentual da Ferj, segundo a repórter Gabriela Moreira, da ESPN. De fato, repassar 10% do contrato geral (R$ 12 milhões) para a federação é inexplicável (apesar da justificativa de custos operacionais). Os dados dos clubes pequenos foram divulgados por Rodrigo Mattos, do Uol. Somando São Paulo e Rio, R$ 280 milhões anuais, incluindo as premiações aos melhores colocados (campeão, vice, semifinalistas etc).

R$ 120 milhões/ano (16 clubes; de 11 a 18 jogos para os grandes)
Contrato: Globo Rio (2017-2024), inclui ppv
R$ 15 milhões – Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo
R$ 4 milhões* - Bangu, Madureira, Volta Redonda e Boavista

R$ 2,2 milhões – Macaé e Resende
R$ 1,826 milhão – Nova Iguaçu e Portuguesa
R$ 4 milhões – campeão

R$ 1,8 milhão – vice
R$ 250 mil – semifinalistas
Alcance da TV aberta: RJ, ES, TO, SE, PB, RN, PI, MA, PA, AM, RO, AC, RR, AP e DF (56,8 milhões de telespectadores).

Mineiro
Em 3º lugar, mas num patamar bem abaixo, vem Minas Gerais, o segundo estado mais populoso. Com o fim do contrato 2012-2016, a competição foi oxigenada financeiramente. No novo acordo, novamente por cinco edições, o Mineiro registrou um aumento de 56%, passando de R$ 23 mi para R$ 36 milhões, segundo Vinícius Dias, do blog Toque Di Letra, do portal Uai. O pacote mantém as tevês aberta e fechada, além do pay-per-view. As cotas anuais de Galo e Raposa passaram de R$ 7 mi para R$ 12 milhões (acréscimo de 71%). Já o América, a terceira força, ganha 3x mais que os grandes do Recife…

R$ 36 milhões/ano (12 clubes; de 11 a 15 jogos para os grandes)
Contrato: Globo Minas (2017-2021), inclui ppv
R$ 12 milhões – Atlético-MG e Cruzeiro
R$ 2,8 milhões – América
R$ 850 mil – demais clubes (9)
Alcance da TV aberta: MG (20,6 milhões de telespectadores)


Gaúcho
No extremo sul, um cenário curioso. Ao menos até aqui, informa-se um acordo de apenas um ano, segundo Gustavo Manhago, da Rádio Gaúcha. O Gauchão – cujo acerto ocorreu só no fim de dezembro – pagará um pouco menos que o Mineiro (diferença de R$ 2,2 mi). Se por um lado a dupla Grenal receberá 1 milhão a menos, os times do interior vão receber R$ 250 mil a mais. No interior, dois subgrupos, com Brasil e Juventude destacados dos demais por integrarem a Série B nacional.

R$ 33,8 milhões/ano (12 clubes; de 11 a 17 jogos para os grandes)
Contrato: RBS TV (2017), inclui ppv
R$ 11 milhões – Grêmio e Inter
R$ 1,5 milhão – Brasil de Pelotas e Juventude
R$ 1,1 milhão – demais clubes (8)
Alcance da TV aberta: RS (11,1 milhões de telespectadores)


Paranaense
No Paraná, os clubes (sobretudo o Atletiba) exigem um piso para a cota geral. Ou seja, que o contrato não seja inferior a estaduais à parte do eixo SP-RJ-MG-RS, via blog De Prima, do Lance!. A negociação segue com a afiliada da Globo, que em 2016 bancou 8,8 milhões de reais, quase a soma do valor previsto no Pernambucano, Baiano e Cearense somados.

R$ 8,8 milhões/ ano* (12 clubes; de 11 a 17 jogos para os grandes)
Contrato: RPC (em negociação)
R$ 2 milhões* – Atlético-PR e Coritiba
R$ 1 milhão* – Paraná Clube
R$ 600 mil* – Londrina
R$ 400 mil* – demais clubes (8)
Alcance da TV aberta: PR (10,7 milhões de telespectadores)
*Valores pagos na edição de 2016, expostos a título de comparação.


Catarinense
Em 2015, Santa Catarina emplacou quatro clubes no Brasileirão, à frente do Rio. Naquele mesmo ano foi firmado um contrato de três anos, incluindo sinal aberto e pay-per-view. Ao contrário do Pernambucano e do Baiano, com um jogo por rodada e oferecidos como “degustação” a assinantes do Paulista e do Carioca, o Catarinense tem um pacote de jogos maior. Daí, mais receita. Somando Globo e Premiere, R$ 7,3 milhões, segundo Tony Marcos, da Rádio Difusora. Com os descontos da federação, arbitragem e outros custos operacionais, sobra 65% para os clubes. Na divisão, três subgrupos, com o último reservado aos times oriundos da segundona.

R$ 4,777 milhões/ano (10 clubes; de 18 a 20 jogos para os grandes)
Contrato: RBS TV (2015-2017), inclui ppv
R$ 673 mil – Avaí, Chapecoense, Criciúma, Figueirense e Joinville
R$ 332 mil – Brusque, Inter de Lages e Metropolitano
R$ 208 mil – Atlético Tubarão e Almirante Barroso
Alcance da TV aberta: SC (6,7 milhões de telespectadores)

Pernambucano
No cenário local, o contrato de quatro anos (com a Globo, detentora dos direitos desde 2000!) prevê um reajuste anual através do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Assim, por mais que o valor-base (de janeiro de 2015) seja de R$ 950 mil para o Trio de Ferro, na prática cada um ganhará R$ 1.125.685 em 2017. Logo, a 103ª edição do Estadual terá um aporte de 4,5 milhões. Vale lembrar que o campeonato estadual oferecia uma premiação ao campeão até 2014 (R$ 400 mil na ocasião), mas, em comum acordo, os grandes preferiram abrir mão do valor, com a verba extra sendo repartida.

R$ 3,84 milhões/ano (12 clubes; de 10 a 14 jogos para os grandes)
Contrato: Globo Nordeste (2015-2018), inclui ppv
R$ 950 mil – Náutico, Santa Cruz e Sport
R$ 110 mil – demais clubes (9)
Alcance da TV aberta: PE (9,6 milhões de telespectadores)

Baiano
No Campeonato Baiano, que terá como particularidade o número ímpar de competidores (lembrando a desorganizada década de 1990), os valores foram revelados pelo balancete do Bahia. No dado do clube foram R$ 893.401 em 2016, numa correção monetária sobre o valor-base de R$ 850 mil (nos mesmos moldes do Pernambucano). A cota é a mesma paga ao rival Vitória. No contrato anterior (2011-2015), a dupla Ba-Vi recebeu R$ 750 mil. Portanto, um mísero aumento de 13%.

R$ 2,71 milhões/ano (11 clubes; de 10 a 14 jogos para os grandes)
Contrato: Rede Bahia (2016-2020), inclui ppv
R$ 850 mil – Bahia e Vitória
R$ 113 mil* – demais clubes (9)
Alcance da TV aberta: BA (14,4 milhões de telespectadores)

* Projeção, considerando o mesmo percentual de aumento sobre a cota anterior para os clubes intermediários, de R$ 100 mil

Paraense
Com Remo e Paysandu, os clubes mais populares da região, o principal campeonato estadual do Norte é o único, desta lista, que não é exibido pela Globo. Desde 2009 é transmitido pela TV Cultura, emissora estatal. O sinal é transmitido para 110 dos 144 municípios do estado, alcançando 71% da população (hoje estimada em 8,2 milhões). Ao todo, o aporte é (desde 2014) de R$ 2,956 milhões, com quase 300 mil repassados a custos operacionais, segundo dados da própria Secretaria de Esporte e Lazer do Pará. Ah, também conta com premiação ao campeão.

R$ 2,70 milhões/ano* (10 clubes; de 10 a 14 jogos para os grandes)
Contrato: TV Cultura (2017)
R$ 827.904* – Remo e Paysandu
R$ 118.272* – demais clubes (8)
R$ 100 mil – campeão
Alcance da TV aberta: PA (5,9 milhões de telespectadores)
*Valores pagos nos triênio 2014-2016

Cearense
O certame alencarino é único, entre os onze, com uma divisão de transmissão – e não compartilhamento, como a Globo costuma fazer com a Band. Isso porque o Esporte Interativo também adquiriu os direitos de uma plataforma (fechada). Após 2015-2016, renovou por outro biênio. Além disso, a Verdes Mares (a Globo cearense) também cede o sinal à TV Diário. As cotas foram aproximadas a partir de informações do jornalista Mário Kempes e do jornal O Povo.

R$ 2,56 milhões/ano (10 clubes; de 9 a 15 jogos para os grandes)
Contrato: Verdes Mares (2016-2019) e Esporte Interativo (2017-2018)
R$ 800 mil – Ceará e Fortaleza
R$ 120 mil – demais clubes (8)
Alcance da TV aberta: CE (8,7 milhões de telespectadores)


Goiano
Entre os estados listados, o campeonato de Goiás foi o mais complicado na apuração de informações, com valores escassos entre 2013 e 2015. Após o acerto exclusivo em 2016, os clubes seguem negociando a receita de 2017. Exibido pela mesma emissora desde 2009 (tendo o compartilhamento da Band em 2016), o torneio no Centro-Oeste conta com três cotas principais, reunindo os clubes da capital.

R$ 2,2 milhões/ano* (10 clubes; de 14 a 18 jogos para os grandes)
Contrato: TV Anhanguera, inclui ppv (em negociação)
R$ 500 mil – Atlético-GO, Goiás e Vila Nova
Alcance da TV aberta: GO (6,2 milhões de telespectadores)
* Estimativa de 2015, com os times intermediários ganhando R$ 100 mil

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Nossa, é bem pior do que eu pensei. Os abismos são surreais. Olha o Bavi, ganhando menos que o 4x menos que o Linense!
 
Infelizmente a triste realidade é essa, não se leva a história e tradição dos clubes individualmente e sim a força de mercado do estado onde ele está localizado o que acaba sendo bem injusto.

Por isso que paralelamente tem o Copa do Nordeste e a Primeira Liga, mas ainda assim mesmo pra quem participe de uma delas, o que se paga nelas não é suficiente pra diminuir muito esse abismo.
 
Como o Atlético-PR se tornou o maior obstáculo nos planos da Globo
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Após fechar contratos de TV Aberta com mais de vinte clubes, a Globo tem como desafio acertar acordos de TV Aberta e de pay-per-view com os times que estão com o Esporte Interativo. E, nesta negociação, o Atlético-PR tornou-se o maior obstáculo para a emissora porque articulou para que os times negociem em grupo e questiona o sistema de pay-per-view montado após fazer contas. Se o grupo não assinar o ppv, pode tornar o pacote pouco atrativo para a Globo e reduzir significativamente as vendas.

No ano passado, a emissora global acertou contrato com mais de vinte clubes para a TV fechada do Brasileiro da Série A, além da TV aberta e ppv. Já o Esporte Interativo assinou com outros 15 agremiações só para o canal a cabo que poderiam negociar as outras plataformas com a Globo.
Na TV aberta, Atlético-PR, Coritiba, Santos, Bahia e provavelmente o Palmeiras (o alviverde ainda não confirmou), que formam o novo grupo, devem ter uma negociação facilitada já que as cotas são divididas com critérios iguais para todos. A questão é o ppv onde há discordância forte.

A Globo determinou que a divisão é pelo número de assinantes que declaram torcer para cada clube em um critério de pesquisa. Mas garantiu um mínimo para o Flamengo de 18,5% do total a ser distribuído, e cota similar para o Corinthians, mesmo que não atinjam esse percentual (há outra versão de que a garantia é em número absoluto de dinheiro correspondente a esse percentual, mas é fato que ela existe). Os dirigentes do Atlético-PR fizeram a conta e viram que o clube carioca ganharia R$ 6,4 milhões, contra R$ 300 mil do Furacão por jogo, e consideram a vantagem exagerada.

A posição dos paranaenses é radical de que, com esse modelo, não assina até por que sua perda financeira (sua receita anual total deve ficar próxima de R$ 200 milhões) não será grande e pode criar um canal de streaming. Entende que a Globo tem que usar o percentual que ela tem direito para melhorar a oferta para os clubes do Esporte Interativo. Isso porque a emissora fica com 62% do total arrecadaado com o ppv, e os clubes ficam com 38%. Eles têm um mínimo garantido que será de R$ 700 milhões em 2019, ano do início do contrato.

A Globo argumenta que já mudou a distribuição das outras cotas para tornar tudo mais igual. E que o critério do ppv tem que ser mantido porque é justo por ser medido de acordo com a participação de cada torcida. Além disso, alega que não dá para ter um salto radical do modelo antigo para o modelo inglês que é com critério igual para todos. Além disso, por lá não há ppv.

Outro argumento do Atlético-PR é de que o custo da Globo para operar o ppv é bem baixo, isto é, não se justifica ela ficar com pouco menos de dois terços da renda do ppv, o que chegará a R$ 1,1 bilhão só com o canal pago. A emissora, em contrapartida, alega que as despesa operacional é alta, sim, com pagamento a operadoras, em material jornalístico para o canal e na produção das transmissões.

O grupo de clubes tem a intenção de contratar uma empresa ou um executivo somente para discutir os contratos com a Globo. A emissora estava um pouco confusa porque esses times, inicialmente, estavam conversando em separado e juntos ao mesmo tempo. E, por exemplo, clubes como o Bahia teriam bem maior perda financeira sem o ppv já que tem maior participação de torcedores. Agora, o clubes unificaram o grupo e devem falar em uma voz.
Já é a segunda vez que o Atlético-PR adota posição forte e atrapalha os planos da Globo. A emissora lhe ofereceu uma cota de R$ 1 milhão para o clube e para o Coritiba pelo Estadual, e foi recusado. Dali, resultou na tramissão online do clássico que gerou uma adiamento de jogo e uma grande discussão sobre o assunto. Apesar das divergências, as duas partes continuam conversando para tentar chegar um acordo.
 

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