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[L] [Kementari & Forfirith] [Seqüência Vermelha.]

Kementari

É só marca do fogão!
[Kementari & Forfirith] [Seqüência Vermelha.]

Fábula Primeira.

Neon biliar.

A raposa, a raposa. Sagaz e faceira, faceira. Pisava na grama coloquial dos campos idílicos, onde os deuses já tanto pisaram. E tantos mortais.
Cansada de bocejar e esticar os músculos da cara, faceira. A raposa. Faceira.
Aristóteles, ela se questionava. Saiu do buraco para comer morangos. A raposa idílica, faceira.
Lembram-se dela? A raposa. Idílica.
Cansara-se de sua mochila vermelha. Resolveu que deveria ser azul. Por isso foi comer amoras. Country.
A raposa, a raposa. Idílica, faceira. Sagaz.
A raposa.
Country.
A raposa.


Moral: Fizeram lobotomia no meu melhor amigo.
 
Eu sei que vocês estão ansiosos pela 2ª fábula. Faceira.

Ela já está por vir, acalmem-se.
 
Hum... talvez dentro de uma lógica pós-concretista e neo-iconofílica.... :think:]

Até assim tá uma merda. :D
 
Perdoem a demora. A fábula segunda está pronta. A arte tem seu próprio tempo.

Fábula Segunda.

A Marca da Lâmpada.

Era uma vez uma banda. Água Sanitária. A banda. A banda Água Sanitária.
Era uma banda. E como todas as bandas de seu tempo lúgubre, cantavam as árvores caducifólias. Enfeites pregados na parede. Paredes blasés. Paredes. Blasés. Enfeites nas paredes.
Ainda eram uma banda.
Acho que sim.
Caducifólia. Era uma banda. Blasé.
Tocaram naquela noite, à luz do letreiro néon. O cheiro dos cigarros se impregnava em seus cabelos. Blasés.
Cabelos caducifólios. Banda blasé. Cabelos, banda. Blasé, caducifólio.
Água Sanitária. Era a banda. A banda Água Sanitária.
Escondiam os óculos por dentro das blusas. Sanitárias. Caducifólias.
Blusas blasés.
Ósculos.


Moral: fizeram lobotomia no meu melhor amigo.
 
nytime_2001.gif
 
Pontos altos:

NY Times disse:
"(...)it destacs for revolutionating the actual literature(...)"

"(...)by breaking phrases and nouns. Idilic nouns.(...)"

"(...)the world is not prepared for this revolution. Country. For this country revolution.(...)"

:)
 
Bem, já foi liberada a Canção primeira, parte integrante da Seqüência.

Canção primeira.


Ivan III

De tarde eu olho no jornal
E então me sinto um mobral

A banana é cinco reais no Japão.
Banana country do meu coração
Ajude-me a escrever o sermão!
Fumê banana, me dê sua mão.

Porque essa mania de elitizar?
Eu quero, eu quero a banana comprar.

CHORUS

Porque essa mania de elitizar?
Eu quero, eu quero a banana comprar.

Os pobres mendigos da rua choram
“Eu quero banana”, eles imploram.
Banana, banana, banana country
No meu coração mora a banana country
Não me importa quanto ela custa no mercado
No meu coração, o preço não está marcado.

CHORUS

No Brasil, no Japão ou em qualquer lugar
O preço da banana tem que abaixar
Porque tudo que eu quero é uma banana comprar.

CHORUS



Moral: Fizeram lobotomia no meu melhor amigo.

Liberamos essa versão antes para apaziguar os fãs que estavam ansiosos.
Mas a versão definitiva e musicada deve estar sendo liberada ainda nesse mês. É torcer.
 
Incrível. Fascinante como o estilo Bate Prego é reconhecível.

Grande hit internacional do Bate Prego, Phillip Moon já adicionou a música a seu repertório!
 
Ei, amores... Eu estou com MUITO medo de vocês... Mas, ao mesmo tempo, estou achando o máximo!

E ei, estou com ciúmes, Forfis! Você arranjou uma nova parceira! =(

Acho que a melhor foi a primeira, quando apresenta pela primeira vez a moral da história, hauahua... Eu imagino isso publicado, não é impossível, é totalmente nonsense mas é cult! =)

Gostei. Eu preciso ler as outras partes desse troço!
 
Atenção!

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Se você tem entre 12 e 33 anos, mora no Grande Rio, São Paulo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alabama, Coxa Bamba e região, fizeram lobotomia em você e não consegue fazer amigos, esse é o seu cantinho!

Estamos aqui pra te receber de braços abertos! Vamos te ouvir e te oferecer a atenção que sempre lhe fora negada.

O Jack Nicholson pode vir também. Country. Country Nicholson.
 
A raposa veio até mim com uma mensagem. Recentemente, a raposa.
Não era um sapo.
A mensagem me ensinou os desbravamentos dos precipícios da alma, e os mais íntimos segredos do espírito Vulpus vulpus.
Bem, Conto Primeiro.


Ao vivo e à cores

Eles eram um casal. Alguns vizinhos diziam que se amavam, outros, diziam que há muito já não so gostavam. O fato é que nunca tiveram filhos para que os vizinhos soubessem a verdade.
Alguns vizinhos diziam que quem não quisera filhos fora ela; outros, diziam que fora ele. Alguns diziam da esterilidade de um dos dois. Contudo, o médico deles morava em outra cidade, então nenhum dos vizinhos sabia realmente a verdade.
Agora, já velhos, apenas saíam para ir ao médico. Raramente saíram para as compras - uma vez que, todos sabem, velhos comem pouco. Geralmente saíam uma vez a cada dois meses, salvo natal e dias comemorativos.
Ninguém sabia exatamente onde o velho -que já fora jovem - trabalhara. Saía todas as manhãs com seu carro, um thunderbird belíssimo, e voltava apenas de noite. A mulher ficava na casa o dia todo, e era excelente dona de casa - nunca, nenhum vizinho reclamara de nada sobre ela, ou o casal.
Levaram a vida sempre calmamente. Nunca reclamaram ou sofreram reclamações. Ao menos nenhum vizinho sabia.
Apesar de tranquilos, pouco se relacionaram com as pessoas do bairro. Não se sabia de amigos do casal. Sempre ficaram em casa, sozinhos, geralmente. Nada de amigos visitando, nada de visitas aos amigos. Alguns vizinhos tentaram uma aproximação, mas o silêncio que se realizava nos encontros era desconfortável.
A vida dos velhos continuou, eles - e os vizinhos - continuaram a envelhecer. Alguns foram dessa para uma melhor, outros bateram as botas. Foi então que, quando já fazia mais de oitenta anos que os dois se mudaram para a casa, o velho levantou-se do sofá.
_Estou cansado, vamos embora.
A velha não fez as malas. O velho não pegou as chaves do carro. Os dois levantaram apoiando-se nas costas - a artrose os estava matando - e foram para o quintal de trás da casa. Juntos, pegaram o próximo vôo para Júpiter.
 

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