• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Existem Raças?

Lordpas

Le Pastie de la Bourgeoisie
Primeiro lugar quero dizer que o post que segue é um apanhado sobre idéias que dizem respeito a origem do racismo, existência ou não de Raças Humanas & conjuntura do assunto no Brasil.

Pouco mudou desde 100 mil anos atrás, naquela época os seres humanos surgiam na África e começavam a se espalhar para o resto do mundo. Esses já eram idênticos aos 6 bilhões de pessoas que habitam hoje a Terra.

"De lá para cá, os únicos retoques que a nossa espécie sofreu foram pequenas adaptações aos diferentes ambientes - mudanças exteriores para lidar melhor com lugares mais frios, secos ou com ventos mais fortes".

Tais adaptações FÍSICAS foram e são usadas para avaliar as pessoas, de forma a designar-lhes virtudes ou defeitos.

Hoje a ciência está prestes a desvendar muitos conceitos que podem provar de uma vez por todas e de maneira irrefutável que o passado nos condena. Digo isso porque certas explicações nos levam a conclusão de que a velha idéia de superioridade de raças que levaram à prática de genocídios por determinadas ideologias.

Mas antes de qualquer posição, deve-se observar como tudo começou.

O homem não possui pelos pelo corpo como os chimpanzés. Tal adaptação surgiu milhões de anos atrás por uma simples mutação, uma simples questão adaptativa em busca de esfriat o corpo de nossos ancestrais que aos poucos íam se tornando mais ativos. A partir daí as células que produziam melanina a uma área restrita do corpo se espalharam por toda a pele. A melanina absorve os raios UV e faz com que esses percam intensidade.

Enquanto o homem estava na África, a sociedade era homogenea. Mas a alguns milhares de anos o homem se alastrou, se difundiu pelos outros continentes.

"Nas regiões ensolaradas, a pele negra começou a bloquear demais ou raios UV. Esse tipo de radiação é nocivo em quase todos os aspectos, mas tem um papel essencial no organismo: iniciar a formação na pele de vitamina D, necessária para o desenvolvimento do esqueleto e a manutenção do sistema imulógico".

Ora, lendo a afirmação acima, não é preciso saber o mínimo de biologia e evolução para saber que era uma questão de tempo para que as pessoas que se deslocaram para regiões menos claras desenvolveram a pele mais branca para poder aumentar a absorção de raios ultravioleta.

Resumindo: a cor da pele é uma forma de regular nutrientes.

A adaptação ao meio afetam imediatamente as caractrísticas externas e superficiais. Ao ocupar o território disponível no Planeta tivemos de nos adaptar a extremos de temperatura, umidade, iluminação e ventos. Isso tudo resulta na formação da APARÊNCIA.

Um exemplo é o corpo e a cabeça dos mongóis, ambos tendem a ser arredondados para guardar calor, o nariz pequeno para não congelar, com narinas extreitas para aquecer o ar que chega aos pulmões, e os olhos, alongados e protegidos do vento por dobras da pele.

Muitos já devem ter ouvido falar da Classificação de Linneu. O mesmo dividiu os humanos em quatro subespécies e coube a sociedade achar suas características:

*vermelho amricanos: "geniosos"
*amarelos asiáticos: "severos e ambiciosos"
*negros africanos: "ardilosos e irrefletidos"
*brancos europeus: "ativos e inteligentes"

A principal consequência desse tipo de divisão se refletem em números, seja do facismo, seja os do KKK, seja os do IBGE.

A comunidade cientifica atual admite que as reais diferenças estão em quesitos culturais e que o conceito de Raça humana não existe, pelo menos não em seu sentido Denotativo.

"Uma equipe de sete pesquisadores dos EUA, França e Rússia comparou 377 partes do DNA de 1056 pessoas de 52 populações de todos os continentes. No final a constatação: entre 93% e 95% da diferença genética entre os humanos é encontrada nos indivíduos de um mesmo grupo e a diversidade entre as populações é responsável por 3% a 5%. Ou seja, em muitos casos, o genoma de um africano pode ter mais semelhança com o de um norueguês com do que alguém de sua cidade".

O estudo ao qual o paragrafo acima se refere, e que tenho certeza pode ser encontrado através de um site de pesquiza, ainda esclarece que não existem genes exclusivos de uma população.

Outro fator é que as diferenças que compõe os grupos, são pequenas, reduzidas. Tanto que isso gera confusão na hora de determinar se esses grupos pertencem a determinada raça ou não.

Volto a afirmar, não existe mais, ou melhor não é coerente usar-se da divisão clássica de raças para denominar determinada população, isso a ciência provou: é errado, ilógico.

Chegamos ao ponto mais interessante... O Brasil acredita em raças e age de acordo com elas, não fugimos a regra de que o racismo está ligado a dominação de um povo sobre o outro. Raças são reais na cabeça de determinadas pessoas.

Um exemplo de racismo em comunidades primitivas são alguns grupos indígenas que acreditam que todos viemos da madeira, só que no caso a tribo vizinha veio das madeiras podres e por isso não merecem respeito... Isso alguns explicam levantava o moral de determinadas tribos, ou seja, achar que o outro é pior faz bem.

Muitos confundem preconceito com racismo. Na verdade o preconceito é tão antigo quanto o homem, enquanto o racismo, apesar de não ter origem certa, surge a mais ou menos 500 anos... Antes disso a discriminação é relativa a culturas e ao que era diferente. Um exemplo é que todos os que eram Bárbaros para os gregos, eram aqueles que não falavam grego, agora qualquer um que aprendesse deixava de ser bárbaro.

O problema do racismo começa no final do século quinze, quando a Inquisição Espanhola começa a obrigar os judeus a se converter ao catolicismo. Muitos desses cristãos-novos continuam a praticar seus ritos. Isso leva os Católicos a acreditar que havia algo no sangue judeu que implicava em uma não-conversão.

A solução para isso? Evitar que o sangue judeu se espalhasse pela população. Paralelo a isso ocorrem as Grandes Descobertas e então o índio aparece na vida do europeu que passa a indagar: “Seria pecado eu ter relações sexuais com um índio? Afinal eles não devem ter alma...”

Os europeus vão mais a fundo e chegam a conclusão de que escravizar africanos é natural, para tanto, se embasam na passagem bíblica em que Canaã, filho de Noé, embriaga-se e é condenado à servidão. (Gênesis 9,25)

A partir do século XVIII e XIX, aparecem os argumentos científicos.... Os pesquisadores associavam os traços físicos de cada raça a atributos morais. Em 1855, uma figura de nome Joseph de Gobineau, conclui que a miscigenação causa decadência do homem e que os alemães eram uma “raça superior”. No Brasil os reflexos da maluquice de Gobineau aparecem quando o Raimundo Nina Rodriguez afirma que os ritos de Candonblé são uma patologia da raça negra...

Todas esses teorias não possuem embasamento algum no século XX, mas a sua propagação é fácil, tanto que elas estão vivas por aí até hoje. Os números não mentem, 48% dos negros no Brasil são prováveis pobres antes mesmo de nascer, enquanto entre os brancos esse índice cai para 22%...

O Brasil, hoje, não destina seu preconceito somente aos pobres, mas sim o dirige em maior grau a negros, pardos e índios. Em qualquer comparação entre negros e brancos, os negros levam desvantagens.

Uma razão freqüentemente apontada como causadas desigualdades entre negros e brancos é o passado escravagista. Isso se tornou balela. A pobreza dos negros não e apenas um resquício dos tempos de escravidão, é verdade sim, que os negros foram colocados em uma classe social mais baixa devido ao processo histórico citado. Entretanto muito tempo houve para que a diferença diminuísse. A explicação para a atual conjuntura então se resume: os negros não têm a mesma oportunidade que os brancos.

Muito tempo se passou até que percebêssemos que não éramos uma democracia racial, Gilberto Freyre defendeu isso, bem como que a distinção era feita por classe social e não por cor, mas então como explicar as estatísticas? Como explicar que a renda média de Negros e Pardos é de cerca de 205 Reais e a dos Brancos é de 482 Reais? Como explicar que os negros estudam cerca de 4,7 anos, enquanto a população branca estuda 6,9 anos?

O Geneticista da Universidade Federal de Minas Gerais, Dr. Sergio Pena afirma: “No Brasil a miscigenação sempre foi intensa, mas porque então o racismo é tão forte? Estudos comprovam que um Branco do Centro-Sul ou do Nordeste possui em média, cerca de 30 % de Genes com origem Africana. Já os negros, possuem cerca de 55%, ou seja, apenas um pouco mais. Na aparência, no entanto, as pessoas continuaram a parecer brancas ou negras, com traços como cabelo encarapinchado, nariz largo e pele escura sempre andando juntos. Enquanto os genes se misturavam parece ter havido uma seleção para que a aparência permanecesse igual. As pessoas no Brasil tendem a escolher parceiros da mesma cor que elas”.

O Brasil tem a particularidade de não ter lutas entre brancos e negros, como evidência do racismo. Tal ocorre em pequenas ações, nossos políticos são maioria branca, um negro tem 3% de chance de ser empregador no Brasil, os meios de comunicação, não raramente, retratam os negros como que em situação inferior.

Ta na hora do país mudar de uma vez por todas a imagem de que negro é bom em futebol e música, entretanto incapaz de assumir um cargo de diretor.

Enfim, chego ao fim perguntando: Qual a solução para o racismo em nosso país? Digo isso pq virou moda as pessoas dizerem: “Tá mudando”... Infelizmente não existem estatísticas que comprovem tal mudança e isso é sem dúvida preocupante...

Existem Raças?

Está na hora de abrirmos espaço para que essa discussão ocorra no seio da sociedade educada e com capacidade intelectual...

Fiz o post acima com base em uma pesquiza a sites como: www.palmares.com.br; www.ipea.gov.br; www.ceert.org.br & www.afirma.inf.br/home. Também usei como referência um artigo de Rafael Kenski da Abril.
 
Muito bom o texto.



Raças não existem, apesar de ser inegável a existencia de etinias diferenciadas, e mesmo assim só na casca mesmo.

Ora, lendo a afirmação acima, não é preciso saber o mínimo de biologia e evolução para saber que era uma questão de tempo para que as pessoas que se deslocaram para regiões mais claras desenvolveram a pele mais branca para poder aumentar a absorção de raios ultravioleta.


eu discordo disso. Nas regioes menos calras, com menos presença de sol, as pessoas desenvolveram a pele mais branca...



Não há uma solução para o racismo, não um caminho único e definido. É mentalidade mesmo. Estamos evoluindo aos poucos, quem sabe um dia o racismo não acaba, ou é pelo menos reduzido a só alguns casos aqui e outros lá (porque acabar não vai)? No início do século XX era bem pior, por exemplo. É só conversar com o seus avós, ou alguém nessa faxia etária. Você vai encontrar muito mais pessoas racistas do que se entrevistasse alguém com a nossa idade, por exemplo.
 
Pra mim, a maior parte do problema se resume na educação. Mas é a educação familiar, não a das escolas (já que, mesmo em países mais desenvolvidos neste aspecto, há muito racismo).

É mais ou menos como o Ogden disse. Quanto mais nos separamos do regime de escravidão e da segregação entre as etnias, mais a mentalidade das pessoas evolui, como conseqüência de uma maior aproximação.

Outra coisa é a tradição na questão que envolve dinheiro. Como a maioria dos pobres são negros (consequência história), o resto das pessoas passa a pensar que a maioria dos bandidos é negra, que não têm educação, etc. Aí, a separação aumenta ainda mais, economicamente e socialmente. Então, a educação parece ser uma boa solução.
 
Citação:

Ora, lendo a afirmação acima, não é preciso saber o mínimo de biologia e evolução para saber que era uma questão de tempo para que as pessoas que se deslocaram para regiões mais claras desenvolveram a pele mais branca para poder aumentar a absorção de raios ultravioleta.




eu discordo disso. Nas regioes menos calras, com menos presença de sol, as pessoas desenvolveram a pele mais branca...


Na verdade foi um lapso... um erro de digitação... Já editei. :)
 
Tecnicamente o conceito de raça não existe! A gente não é cachorro, não tem raça! O conceito de etnia é mais plausível até por pesquisar a ancestralidade. Quanto ao preconceito, somente a educação pode mudar um pouco essa realidade, que jamais deixará de existir. Esse é um assunto complicado, que divide opiniões e gera mais polêmica do que resultados ou soluções realmente efetivas.
 
...

Excelente texto. Muito bom mesmo. Li-o inteiro.

É um texto que muito diz respeito a mim.

Eu sou um ser humano, assim como vocês. Somos iguais, somos irmãos.

No entanto, somos todos consumidos pelas malditas diferenças que criamos para nós mesmos, ao longo dos anos.

A cultura alheia, africa e americana, não foi respeitada, foi considerada inferior; assim, o 'mais forte', ou seja, aquele com a arma de fogo, 'venceu'.

Deve-se falar mal do outro antes que ele o faça a você. Você se sente superior quando menospreza o outro, quando o faz acreditar que ele é realmente inferior.

lordpas disse:
Resumindo: a cor da pele é uma forma de regular nutrientes.
Fato ignorado solenemente.

lordpas disse:
*negros africanos: "ardilosos e irrefletidos"
*brancos europeus: "ativos e inteligentes"
Pensamento ainda hoje se proliferando como um câncer maldito; vide as comunidades Orkut de nomes Orgulho Branco, 100% Branco, etc.

A propaganda é algo poderoso; é necessária muita força de vontade para superar anos de infância escolar debaixo de adjetivos como 'negro feio', 'negro nojento', 'macaco', 'suco de asfalto', etc. E isso quando tinha as notas mais altas da classe, e, mesmo assim, não reconhecido nem pelos professores.
 
Estava esperando que alguém dissesse isso. 8-)

Não é a mesma coisa.

O homem negro encontra-se na condição desfavorável, privado de sua auto-estima e orgulho. O que o homem negro vê é seu semelhante implorando esmolas nas ruas, roubando e matando. Sua cultura é depreciada, sua religião é maldita.

As comunidades 100% Negro, Orgulho Negro e semelhantes são muito diferentes em conteúdo do que suas contrapartes brancas. Nas comunidades negras, prega-se a igualdade de condições, o que não existe; nas comunidades brancas, declara-se abertamente o racismo, ódio a negros, repugnância, segregação.

Se duvida do que falo, entre nessas comunidades e tire suas conclusões. Compare os posts das pessoas das comunidades negras com os das comunidades brancas.

É engraçado esse argumento de que a cultura branca 'está acabando'; a cultura branca é celebrada todos os dias; a cultura branca é a dominante. Ou alguém ainda não notou isso?
 
Tens razão Kabral e eu concordo contigo. Toda a gente diz que não há racismo, que está tudo bem, negros são respeitados, mas na realidade não é assim! A discriminação não é tão evidente e muito menos os brancos a sentem, mas os negros sentem sim. As pessoas tapam os olhos, fingem a normalidade de uma sociedade pseudo-evoluída onde todos são tratados por igual... mas no dia-a-dia, as pessoas sentem discriminação, racismo, xenofobia... E hoje em dia quem sofre mais são os negros, sem dúvida.

As coisas não estão de longe equiparadas e o negro continua a ser "maltratado" por uma sociedade que já devia há muito ter aprendido com os erros do passado.
 
Ka Bral o Negro disse:
É engraçado esse argumento de que a cultura branca 'está acabando'; a cultura branca é celebrada todos os dias; a cultura branca é a dominante. Ou alguém ainda não notou isso?


Isso é verdade, mas de certa forma, não é somente a cultura branca em si, nesse caso é algo mais... específico - é celbrado todos os dias o dinheiro, o consumismo e etc. Racismo é, infelizmente, consequencia disso, por motivos já citados acima.


Não é negável que a situação está evoluindo. Antes as pessoas eram racistas abertamente, não hvia nenhum problema. Hoje, no meio em que vivo, e em que muitos de nós vivemos, quem é racista geralmente é discriminado, excluído. Diga-me se não está melhorando?
Claro, há sim muito preconceito ainda, não estou falando disso, e gente dessa corja que se acha melhor. Sempre vai haver, enquanto houver o equívoco de que há alguma diferença entre os seres humanos, quaisquer que sejam.

*Heri* disse:
mas no dia-a-dia, as pessoas sentem discriminação, racismo, xenofobia...

Não sei como é a situação aí em Portugal, mas na maior parte do mundo a xenofobia é muito ligada ao racismo. Europeus, loiros, de olhos azuis, pele clara e altos sofrem muito pouco de xenofobia, e sim de xenofilia.
É impressionante como é aqui no Brasil e no resto da América Latina. É sinal de status você contar aos seus amigos que "pegou" uma holandesa ou tem aquele amigão da Alemanha. O mesmo não acontece (ou acontece, só que em escala muito menor) quando se fala de Indianos, Chineses, Peruanos ou Cambojanos.



Lordpas disse:
Na verdade foi um lapso... um erro de digitação... Já editei. :)

:wink:
 
Do ponto de vista genético a diferença entre raças é muito pequena, redundante. Então cientificamente falando, não existem raças.

Não é a mesma coisa.

O homem negro encontra-se na condição desfavorável, privado de sua auto-estima e orgulho. O que o homem negro vê é seu semelhante implorando esmolas nas ruas, roubando e matando. Sua cultura é depreciada, sua religião é maldita.

As comunidades 100% Negro, Orgulho Negro e semelhantes são muito diferentes em conteúdo do que suas contrapartes brancas. Nas comunidades negras, prega-se a igualdade de condições, o que não existe; nas comunidades brancas, declara-se abertamente o racismo, ódio a negros, repugnância, segregação.
Nessas comunidades 100%Branco ou Orgulho Branco é costume exaltar a suposta superioridade da raça ou menosprezar outras. É um treco bem nazista mesmo. Enquanto nas comunidades 100%Negro ou Orgulho Negro as pessoas apenas mostram o orgulho que possuem por ser negro.
Mas não deixa de ser uma forma de segregação.
O problema é que as pessoas tem costume de ligar o conceito de "raça" com passado histórico, criando uma identidade cultural específica para a "raça".
Aí fica nessa de 100%Branco ou 100%Negro. Se eu nasci no Brasil; branco ou negro; eu sou brasileiro.



Preconceito é uma coisa que nunca vai deixar de existir. Todos possuem preconceitos, o que não significa ser necessariamente uma pessoa preconceituosa. É a forma que o ser humano tem para lidar com as diferenças. Quanto mais as pessoa compreenderem isso, menor vai ser o preconceito.
 
Não é negável que a situação está evoluindo. Antes as pessoas eram racistas abertamente, não hvia nenhum problema. Hoje, no meio em que vivo, e em que muitos de nós vivemos, quem é racista geralmente é discriminado, excluído. Diga-me se não está melhorando?

Sinceramente?

As coisas estão estagnada, os números mostram isso, enquanto a mentalidade não mudar, de nada adianta o aval científico...

Excelente texto. Muito bom mesmo. Li-o inteiro.

Pode ter certeza que esperava seu comentário nesse tópico.

E é exatamente os pontos que queria que polarizassem a discussão: na diferença entre as manifestações de orgulho negro e orgulho branco, bem como na falsa impressão de que estamos respeitando o negro... Estamos estagnados e nisso entram uma série de fatores, como ações de governo e sociedade, Cotas e leis contra o preconceito, pensamento e ação... e por aí vai...
 
Não acho! :nope:
Não vejo diferença de conteúdo entre 100% Negro/Orgulho Negro e 100% Branco/Orgulho Branco. Mas cada um tem o direito de achar o que quiser. :D

Aí fica nessa de 100%Branco ou 100%Negro. Se eu nasci no Brasil; branco ou negro; eu sou brasileiro.
Sim, MUITO mais importante do que você ser negro (branco ou amarelo) é o fato de você ser um brasileiro! :mrgreen:
 
Não acho!
Não vejo diferença de conteúdo entre 100% Negro/Orgulho Negro e 100% Branco/Orgulho Branco. Mas cada um tem o direito de achar o que quiser.

Diferença básica existencial:

O Orgulho Negro é obrigado a existir devido as circustâncias sociais a qual estamos inseridos. O Orgulho Branco existe em busca de ser superior a qualquer grupo social, com direção apontada nitidamente para a comunidade negra.
 
O post do 655321 é bom, exceto pela parte em negrito:
655321 disse:
Enquanto nas comunidades 100%Negro ou Orgulho Negro as pessoas apenas mostram o orgulho que possuem por ser negro.
Mas não deixa de ser uma forma de segregação.
Há o Clube Português, há o Bairro Japonês, o Clube Hebraico. Reservado apenas às pessoas correspendentes às etnias supracitadas. E não falam que é 'segregação'. Por que?

Se as comunidades 100% Negro, Orgulho Negro e afins fossem segregacionistas, o que estão fazendo lá aquelas pessoas de pele branca que conversam conosco cordialmente? Pessoas de opinião muito semelhante às do nosso camarada Lordpas.

Ecthelion disse:
Não acho! :nope:
Não vejo diferença de conteúdo entre 100% Negro/Orgulho Negro e 100% Branco/Orgulho Branco. Mas cada um tem o direito de achar o que quiser.
Pelo visto, você não se deu ao trabalho de entrar nas comunidades citadas para comprovar a discrepância gritante que há entre elas.

Nas comunidades negras, vejo posts que falam de orgulho de nossas ra´zes negras, destruídas ao longo dos anos, mas também de união com nossos irmãos de pele mais clara, e de um respeito absoluto com gostos alheios. Há muitas pessoas de pele branca nessas comunidades negras.

Nas comunidades brancas, vejo posts de intolerância, preconceito e incitação ao ódio. Chamam o negro de macaco, involuído, atrasado, animal, delingüentes, e coisas piores. Não acredita? Entrão, procula pelas comunidades 100% Branco e Orgulho Branco. Leia lá. Leia. Veja como vêem o negro. Leia.

:evil:

De qualquer maneira, não se enganem com essa de 'somos todos brasileiros, somos iguais'. Não somos não. A madame na rua sempre me olha com desconfiança, o vigia está sempre de olho em mim, no banco me param sempre, nas festas estão todos me olhando, etc. Isso para citar as situações mais brandas de preconceito. Mesmo quando estou trajando roupas bonitas, não há diferença de tratamento; assim, cai por terra o argumento de que "o preconceito é social, e não racial".

E ainda há os que falam que o paranóico sou eu, que o racismo está em minha cabeça... :doh:

Sim, somos brasileiros, mas não somos iguais.
 
A madame na rua sempre me olha com desconfiança, o vigia está sempre de olho em mim, no banco me param sempre, nas festas estão todos me olhando, etc. Isso para citar as situações mais brandas de preconceito. Mesmo quando estou trajando roupas bonitas, não há diferença de tratamento; assim, cai por terra o argumento de que "o preconceito é social, e não racial".

Exato.

Como falei a mentalidade mediocre da sociedade é algo muito interessante.

Veja os índices das pesquisas sobre a porcentagem da população que se considera racista, é mínimo... Agora veja a realidade das ruas...

É o velho problema brasileiro, a sociedade hipócrita brasileira composta por aqueles que juram de pé junto não ser racista, mas ao mesmo tempo olham enviasado para um negro, ou simplesmente seguem caminho oposto quando enxergam um na rua...

Realmente essas pessoas me dão pena, absoluta pena, afinal são símbolos da ignorância do século XXI...
 
655321 disse:
Enquanto nas comunidades 100%Negro ou Orgulho Negro as pessoas apenas mostram o orgulho que possuem por ser negro.
Mas não deixa de ser uma forma de segregação.
Há o Clube Português, há o Bairro Japonês, o Clube Hebraico. Reservado apenas às pessoas correspendentes às etnias supracitadas. E não falam que é 'segregação'. Por que?

Se as comunidades 100% Negro, Orgulho Negro e afins fossem segregacionistas, o que estão fazendo lá aquelas pessoas de pele branca que conversam conosco cordialmente? Pessoas de opinião muito semelhante às do nosso camarada Lordpas.

Em primeiro lugar: é muito diferente pessoas se agruparem por terem nacionalidades em comum do que por terem a mesma "raça".
Há o "clube" dos americanos, dos australianos, dos egipcíos, dos iranianos. Da mesma forma que aqui no Brasil existem clubinhos de cearenses, paulistas, gaúchos, bahianos. Isso é regional, e não racial.

Em segundo lugar: porquê as pessoas tem que estar sempre procurando formas de se separarem?
 
Ka Bral o Negro disse:
é necessária muita força de vontade para superar anos de infância escolar debaixo de adjetivos como 'negro feio', 'negro nojento', 'macaco', 'suco de asfalto', etc. E isso quando tinha as notas mais altas da classe, e, mesmo assim, não reconhecido nem pelos professores.

O que quer que se diga sobre raças (*), isso não se pode admitir. Isso é difícil até para um adulto, conviver com esse sentimento de ter qualidades e estar consciente delas, e mesmo assim não ver essa capacidade trabalhar a seu favor. Simplesmente não se pode admitir algo assim.

(*) Não que tudo o que se diga sobre raças seja correto. Mas é que, às vezes, tem verdades que acabam saltando aos olhos adiante de tudo o mais.
 
Lordpas disse:
Como falei a mentalidade mediocre da sociedade é algo muito interessante.

Veja os índices das pesquisas sobre a porcentagem da população que se considera racista, é mínimo... Agora veja a realidade das ruas...

A mentalidade evolui muito sim (era pra eu estar citando um post seu acima, mas tudo bem. Esse também vai me servir).

Para mudar tal realidade nas ruas eu acho que o melhor caminho é dar à população negra oportunidades melhores - pois a percentagem de negros em escolas particulares, universidades e etc. é realmente menor. Com o sistema de cotas, por exemplo, a convivência entre negros e brancos aumenta, o que com certeza vai gerar um melhor entendimento e diminuir o preconceito. É sim um problema muito mais social, nesse caso. Não que o preconceito seja social.

655231 disse:
Em segundo lugar: porquê as pessoas tem que estar sempre procurando formas de se separarem?

Como foi dito no post inicial, as pessoas se sentem melhor rebaixando as outras.
 
6555231 disse:
Isso é regional, e não racial.
Não vejo diferença. no fim, não são todos seres humanos, separados por discrepâncias que só existem no papel?

"Ah, mas um negro tem pele escura, e um branco, pele clara! Duh!"

...e um japonês tem pele 'amarela', e outros traços característicos; um branco europeu é facilmente distinguível de um 'branco' brasileiro, na maioria daz vezes, pelo menos. Etc.

Swanhild disse:
Isso é difícil até para um adulto, conviver com esse sentimento de ter qualidades e estar consciente delas, e mesmo assim não ver essa capacidade trabalhar a seu favor. Simplesmente não se pode admitir algo assim.
Assim é. Três alternativas: 1) Se matar; 2) Pegar uma arma e matar todo mundo; 3) Levantar a cabeça e continuar lutando.

Opção 3. :obiggraz:

Ogden disse:
655231 disse:
Em segundo lugar: porquê as pessoas tem que estar sempre procurando formas de se separarem?

Como foi dito no post inicial, as pessoas se sentem melhor rebaixando as outras.
:)
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.404,79
Termina em:
Back
Topo