O jogo do vôlei feminino deu raiva. Elas tiveram, ao todo, oito match points, todos desperdiçados. A Rússia teve dois e aproveitou um.
Mas o negócio é o seguinte, houveram dois pontos aí: o Brasil não soube matar o jogo (faltou cabeça) e a Rússia teve. Mas que não se diga que nem muitos por aí, que a Rússia foi fria e coisa e tal. A Rússia teve é muita raça. Muita raça mesmo. Se fosse o Brasil que tivesse feito isso, a gente iria cansar de ouvir a notícia o ano todo.
Não se pode esquecer que havia do outro lado um excelente time. Mas o que deu raiva é que o nosso time também o é, e caiu por bobeira própria. De castigo, não merece nem o bronze.
E o basquete repetiu hoje o erro dos últimos jogos: afobação. Não sei o que passa pela cabeça delas de arremessar de qualquer jeito. Tanto que no começo do jogo o time estava jogando direitinho, trabalhando a bola e jogando no garrafão. Não foi à toa que a Alessandra foi a cestinha.
Mas depois o Brasil parou. Começou a ficar tentando de longe e foi presa fácil para o bom time da Austrália, que teve grande regularidade durante o jogo todo. Tanto que nos três primeiros quartos o placar delas foi o mesmo: 21 pontos. E o brasil só errando. Era Cíntia Tuiu que não acertava bandeja, era Helen que tomava toco, era Janeth (nem a Janeth) que não acertava arremesso...
Fora que a marcação estava muito recuada. O time da Austrália é famoso por ter boa pontaria, então o time não podia ficar tão passivo como ficou. Aí elas fizeram a festa. Claro, elas estavam um pouco "iluminadas" mesmo também. Mas a sorte tende a ajudar mais quem tem mais competência.
Agora pega a Rússia para defender o bronze. Na primeira fase foi um baile do time das jogadoras com nome de vodka, vamos ver agora.
No início da Olimpíada falou-se muito da delegação feminina, da esperança de medalhas, e vitórias, e não sei o que. Não sei pra vocês, mas pra mim, com exceção das meninas da natação (que em Pequim deverá dar muitas alegrias), da dupla Adriana Behar/Shelda (que jogaram sem compromisso de vencer) e da Seleção feminina, as grandes decepções vieram das mulheres.
Esperava-se muito da Vãnia Ishii e da Edinanci. Uma tomou ippon logo de cara e caiu fora (aliás acho que ela luta mais com o nome do pai do que com a competência dela mesma). A outra perdeu na repescagem e não viu nem bronze, quando se esperava bronze.
Ana Paula e Sandra não sabiam do regulamento, acabaram perdendo de bobeira, e o que poderia ser uma final verde-amarela acabou sendo um confronto de quartas-de-final.
Da Daiane, do vôlei e do basquete, não vou nem falar pra não passar nervoso.
Tudo bem, os homens também deram decepções. Mas de quem se esperava ouro está conseguindo. Scheidt ganhou, Ricardo/Emanuel ganharam, Torben Grael/Marcelo Ferreira ganharam, o vôlei tem tudo pra ganhar (inclusive a lição do feminino).
Desculpem... é que eu tô nervoso hoje.