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[L] [DarkRider][Lágrimas de uma Vingança]

DarkRider

Só uma torturazinha.
[DarkRider][Lágrimas de uma Vingança]

UM PEQUENO PRÓLOGO


Ele chorava correndo por um longo caminho ingreme e sinuoso. Para falar a verdade, corria por um longo precipício informe que dava curvas bastantes fechadas e mortais. O bando da Cara Vermelha o perseguia. Eles tinham matado seus pais e até agora queriam o testamento, que estava com ele.
O fim do precipicio estava próximo. Os perseguidores começaram a sacar armas e atirar. O garoto rasgou o documento, sabendo que não teria esperança de salvar-se. Olhou para o fim do penhasco e viu o mar (pois o penhasco dava para o mar). Ele assumiu uma posição arqueada e pulou, dando um grande grito enquanto sua emoção se fortificava. Ele dava adeus ao mundo mentalmente, revivendo de maneira rápida cada momento de sua vida e pensando como ficaria tudo sem ele.
Caiu com uma grande pressão dentro do mar, esperando que a Dama da Morte, com seu vestido negro e sua pele cinzenta e bela, tocasse em seu rosto e lhe desse um beijo, para levá-o consigo. Mas não foi isso que aconteceu.
A Dama da Morte sabe muito bem quando deve levar uma pessoa para um descanso eterno em sua cama de pena. Sabe quando não há desejo de viver. Sabe que ele ainda desejava viver. E ele viveu.

O nome dele era Robert Grim.






RENASCIDO


Han Marco estava saindo de seu colégio por volta de 12: 30. Estava indo de volta para casa a pé, pelo mesmo caminho deserto que trilhava toda semana.
As calçadas eram antigas, porém bem-conservadas. A rua ainda não fora toda asfaltada. O aspecto era melancólico, pois os vários prédios que lá estavam eram brancos, mas com muitas daquelas linhas pretas causadas por sujeira. O ar fedia a esgoto.
Foi então que uma coisa estranha aconteceu: um cadaver apareceu na sua frente. O olhos mortos focalizavam o nada e o corpo estava pálido.

Han correu sem olhar para trás, quando tropeçou nos próprios pés e caiu no chão. Ao olhar para trás, o cadaver sumiu, mas no lugar em que ele estivera, se via um grande círculo vermelho, feito de sangue.
Ele não sabia o que isso queria dizer, apenas correu para o mais longe possível daquele sinal.

Lembrou-se de repente de uma tatuagem de sua mãe, e ela era vagamente familiar. Era o horror. Deveria haver uma relação entre o cadaver e o simbolo. O único problema era saber qual era essa relação.

- Os mortos não vivem.
Ele foi repetindo isso para si mesmo, enquanto as mais loucas idéias explodiam em sua cabeça. Havia algo estranho, e ele iria descobrir, pois isso poderia ameaçar seus parentes próximos.
Foi então que ele chegou em casa, e ao entrar, viu sua mãe ao telefone, com um comportamento muito suspeito, sem perceber que Han chegara. Ela sussurrava pelo telefone rapidamente.
- Sim, Paco, sim! Mesmo sem o testamento, o dinheiro deve existir materialmente, só precisamos achá-lo.
Foi quando seus olhos se voltaram para trás e viram Han. Ela desligou o telefone imediatamente. O rapaz notou um círculo vermelho nas costas da mão de sua mãe. Era evidente que tinha algo sobre sua mãe envolvido. Mas o que era?

No dia seguinte, chegou uma carta, sem o endereço do remetente. Ela estava úmida, e depois que a mão de Han a leu, mandou-a para o lixo, e o rapaz, catando, conseguiu recupera-la.
A tinta estava muito borrada, mas era possível ler:

Que o mar estenda as mãos até tu e tua prole
Que ele os coma como petiscos
Que ele me vingue
E que eu sacie minha sede com o seu sangue...


Era a manta de trevas jogada sobre aquela casa. O horror estava prestes a acontecer...

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Continua....
 
Uuuu... Que medo.... Fala sério, cara! Muito show!!! Bem legal mesmo!! Só achei que a história se desenvolveu rápido demais.... Fora isso... :clap: :clap: :clap:
 
Bom, foi mal a demora...

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Lágrimas de uma Vingança - Parte II


SOMBRA DE AÇO E FRIO



Han ficou tocando aquela carta, seus dedos tremendo. Ele sabia que poderia muito bem encarar aquela carta como uma brincadeira de mal gosto de alguns de seus amigos, porém o comportamento estranho de sua mãe e o corpo que ele vira quando voltava o fizeram mudar de opnião. A carta estava com a letra quase ilegível, e rasgava fácil, tanto que se despedaçou quando Han deu um toque mais forte.
Sua mãe estava horrorizada. Tinha retornado ao telefone, com suas mãos esqueléticas tremendo. Falava com a voz rouca ao tal "Paco".
- Será que seria uma brincadeira, Paco? Estava tão molhada a carta. Parecia vir do mar... E você sabe quem está no mar e o que aconteceu a ele... - a partir daqui Han não ouviu mais nada da conversa, pois a mãe continuava falando, porém em forma de sussurros. Um pouco depois, ela desligou o telefone.
- Mamãe... Quem era? - perguntou Han, um pouco nervoso, temendo um grito.
- Err... - foi falando a mãe, sem ter uma resposta convincente bolada na cabeça - Foi... hã... o bancário! Me lembrando da conta que estava devendo...
- Hãã... Certo... - Encerrou Han, com um certo desgosto na voz.
Sua família sempre fora muito pobre, e nunca tivera muito dinheiro. Sempre pagavam as contas com alguma dificuldade.

Na manhã seguinte, de sábado, Han levantou-se para tomar café, mas sua mãe não estava mais em sua casa. Um vento frio escorria pela janela, e uma voz, ao mesmo tempo cavernosa e suave, penetrante ecoou pela sala de estar:
- A dúvida está em perdoar... Perdoar os frutos de uma raíz maldita... O que deverá ser feito com o fruto da raíz vermelha... O que... O que deve ser feito com as ramificações de uma erva daninha... Se as raízes são problemáticas... O resto da planta estará comprometido... O mal se espalha pela descendência...
E no momento seguinte, Han se viu cara a cara com um espectro. Branco e mortal. Com olhos vermelhos penetrantes feito flechas cujos alvos eram definidos. A definição mais parecida com o que ele estava vendo era a da morte. Porém o espectro não era a morte. Mas um de seus mensageiros. E assim como a morte, ele era frio, e nenhum calor lhe aquecia por dentro. Parecia um fantasma de aço derretido.
- A morte não veio mas também veio. Pudia escolher. Não pude mais graças ao rosto maldito. Mas meu ódio pelas raízes malditas e seus frutos continuará enquanto não houver uma vingança.
O espectro, não se sabe como, pôde fazer levitar uma faca de cozinha. Han estava paralisado de medo. O fantasma mirou e atirou.
 
Pra compensar a parte tosca que escrevi anteriormente....


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LÁGRIMAS DE UMA VINGANÇA - Parte III





Han acordou e viu que seu rosto estava voltado para o chão. Não havia espectro algum, e nenhuma faca repousava no piso de azulejo.
Sua mãe realmente tinha ido embora, mas saira com pressa e deixara um tubo spray no chão. Não havia rótulo nele, apenas um desenho, pintado no próprio metal, de uma esfera vermelha. Tinha sido largado por engano, sem a intenção.
- Há alguma coisa de estranho nisso... - Han coçou a cabeça. Lembrou-se daqueles velhos mendigos, que uma vez sua mãe negara esmola, e eles ficavam praguejando. Talvez a morte já os tivesse pego, mas a praga tivesse tido algum efeito. Não. Não podia pensar assim, pensar besteira.
Antigamente ele teria pensado que sua mãe saia para resolver uns negócios. E agora ele começou a suspeitar desses negócios.

Resolveu sair. Pegou uma pequena mochila, um cantil de água, seu celular, dinheiro e comida (o suficiente para alguns dias) e saiu de casa, levando a chave-reserva. Foi andando pelos cantos que ela ia freqüentemente, com bares, boates, e o seu trabalho.
Falou com pessoas confiaveis (e outras não tão confiaveis assim), que disseram que sua mãe saia muito com um homem chamado Paco. Han perguntou onde ele morava, e suas fontes, que sabiam muito bem, já que sua mãe nunca soube controlar a língua, disseram que era na Rua dos Cem Cisnes, 13. E era lá que ficava a escola de Han!

Ele correu para lá, e, quando chegou, só encontrou uns pingos vermelhos (que ele temia que fosse sangue), e entrou (acontecera alguma coisa, que esqueceram de trancar a porta). Um homem estava lá sentado em frente a um computador, terminando o envio de um e-mail. Ele ria histericamente. Ao seu lado estava um corpo - o corpo de sua mãe.
- Huéhuéhué!!!! - ria o louco - Ela não se cala então vou ter de matá-la!!!! - Sua voz era perfurante e histérica. Ele se virou e avistou Han na janela.
E os leitõezinhos vieram mamar com o corpo da mãe! - riu. Sua voz estava perdida. Ele apanhou um revolver e apontou para a janela. Já ia puxar o gatilho, quando inesperadamente virou e atirou contra si mesmo. Morreu lá rapidamente. Os vizinhos se assutaram com o barulho. A polícia foi chamada.
 
LÁGRIMAS DE UMA VINGANÇA - Parte IV.


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As sirenes policiais já eram ouvidas de perto, e seu barulho incomodava bastante o ouvido de Han. O computador que Paco deixara ligado ainda não tinha saído da caixa de e-mails, tendo apenas envidado uma mensagem. Era uma caixa de e-mails diferente, seu fundo era preto e os títulos das mensagens e endereços de remetentes, além das datas em que foram enviadas, estavam escritos em vermelho-sangue. E no topo da página, estava escrito:

AGENTE 111-03 -> Nome: PACO
FILIADO A CARA VERMELHA


Ele havia aberto um e-mail recentemente, e Han foi olhá-lo. Não podia perder muito tempo, pois a polícia já estava próxima. O e-mail aberto estava dando uma mensagem desesperadora:





Prezado Agente 111-03, ou Paco, como preferir,


Temos informações de que você, e sua companheira (ou pelo menos é isso que estamos notando), a Agente 111-06, cujo nome civil é Marta, não estão rendendo o que desejamos. Deixaram o garoto escapar, e juntamente com ele estava a nossa chave... Mas ainda reconhecemos que sua lealdade a Cara Vermelha continua forte, e não foi abalada. Portanto sabemos que vocês têm a capacidade de realizar uma ÚLTIMA missão.
Nossos agentes têm de render, e serem leais, mesmo com o rendimento abaixo do esperado. E sua lealdade está confirmada. O seu revólver, você sabe o que fazer. Convoque-a até aí, e mate-a, e mate-se logo depois.
Reconhecemos perfeitamente que você TEM a capacidade de realizar esta missão com um sucesso de 100%.


LÍDER-1
COMANDANTE







Fazia sentido. O Paco estava histérico porque fora pressionado a matar sua amada. E a MÃE DE HAN. Mas um enigma fora acrescentado. O que era a CARA VERMELHA? E quem era o GAROTO? Seria ele por acaso?
Não podia demorar mais. Saiu pela janela aberta assim que o barulho das sirenes tocou mais alto.
Mas ele sabia que seria chamado ao tribunal, pois encontrariam suas digitais na casa. Mas no momento, seu único pensamento era desabafar a tristeza em forma de lágrimas causada pela perda de sua mãe. Mesmo que ela fosse uma terrorista internacional. Ela continuava sendo uma mãe.

Foi então que um desejo repentino se inflamou dentro dele. O desejo de se vingar. Ele iria até onde fosse preciso, mesmo ao inferno, mesmo ao céu, mesmo a insanidade, não descansaria até que a Cara Vermelha fizesse jus ao seu nome: rostos manchados de sangue.

E agora ele iria procurar por todos os lugares, procuraria por informações. Deixaria de freqüentar a escola. Deixaria para trás todos os seus luxos e confortos.
E foi assim que espectros entraram em sua mente. Espectros ensangüentados, sedentos de vingança. E entre eles estaria um outro, com os mesmos intuitos assassinos que motivavam Han.
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LÁGRIMAS DE UMA VINGANÇA - Parte V

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Han pegara um suprimento de comida para levar em sua jornada. Seu ódio inflamava sua mente como se ela estivesse imunda de óleo. Mas a névoa perante seus olhos foi se dissipando. E ele pensou.
- O que posso fazer? - falou ele, em meio a lágrimas - Não sei onde esse tal Líder-1 mora. Nem sei direito o que é a Cara Vermelha... Nem sei mais o que devo fazer? Será que minha mãe merece mesmo uma vingança? Ela foi uma criatura nojente enquanto vivia. Ainda me lembro... - sua voz foi sumindo, e ele se lembrou de coisas medonhas.
Quando tinha seis anos, sua mãe se ausentava por metade do dia. Ele ficava chorando até engasgar e não poder respirar direito. Sua mãe era decididamente uma megera, e não merecia comparação. Mas ela era uma mãe...

Foi quando outra névoa cobriu seus olhos. Não era de lágrimas, tampouco de ódio. Era real. E ele viu um rapaz, não muito mais velho que ele, e que não possuia rosto. Virou seu rosto e a névoa se dissipou. E ele sentiu frio, e pensava que o ódio era quente.

E uma voz arranhada cantava em seus ouvidos:

Vingança é ódio
Lágrima é sombra
As lágrimas motivam uma vingança
Uma jornada mortal
Que trazemos a morte
Que matamos os vivos
Que trucidamos os fracos
Que acabamos com os tolos
Que fazemos de nossos gritos nossa guerra
Que fazemos de nossas lágrimas uma vingança


A voz ecoou, e Han se sentiu possuído por uma insanidade sem limites. Destruiu tudo em sua casa. Mas, de repente, não parecia haver nada para destruir. Estava tudo branco e ele se via num mar. Depois caiu no chão, e logo após isso flutuou. Caiu novamente, e viu uma mão oferecendo ajuda. Han notou que ela estava vermelha, mas ele apertou. A mesma voz ruidosa saiu, aparentemente de lugar nenhum, do vulto sem feições
- Vermelho é a cor da vingança!
E após isso Han ficou novamente insano. Riu loucamente, e o espectro de Robert Grim riu junto. A voz ecoou na casa, mas não foi ouvida pelo mundo afora. A morte estava criando sua voz...
 
Perdi a conta!

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O dia estava amanhecendo de maneira soturna, com sombras produzidas pelo sol branco que penetrava pela janela. O rosto de Han ainda estava escuro, até que a luz atingiu seu rosto.
- Ai! - gritou ele.
Olhou para a sala e viu que tudo estava desarrumado. Mas, no entanto, nem a porta e nem as janelas mostravam sinais de arrombamento. As pálpebras relutavam em ficar levantadas, e ele foi tomar banho.
Depois disso, olhou mais cuidadosamente para o local. Cadeiras reviradas, mesas rachadas e destruídas, o piso todo destruído. Ele vivia numa reigião com poucos vizinhos, e por isso, ninguem notou nada.

A televisão estava destruída, e por isso não haviam meios de se consegui notícias. Nela estava espetado um bilhete:

Quer se vingar do Rosto Sangrento?
Vá ao Porto de Platina, as 21 : 00.
Esperarei você lá.
Não direi meu nome, pois acho que você me esqueceu. Mas chame-me de Risadinha.
Até mais tarde.

Risadinha


Então Han se lembrou dos cadaveres. E novamente um súbito desejo de vingança tomou conta dele. E isso porque Han não era uma pessoa normal. Já fora chamado de desequilibrado pelos professores de sua escola, já se metera em brigas de rua. Mas por que, por que... Por que sua mãe tivera de se meter em um negócio tão horrível?

Foi quando um pensamento, quase um lampejo, apareceu em seus olhos:

Lembre-se do Morthus...

E depois esse pensamento sumiu.

Chegou a noite, ele partiu. Saiu de sete e meia, pois não poderia usar o carro. Se um guarda o parasse, ele seria pego, e isso atrasaria sua missão. O Porto de Platina era um lugar sujo, onde poucos barcos ancoravam. Com dores imensas nas duas pernas, Han chegou cansado lá.

- Muito bem, Han Marco... Bem no lugar e horário em que combinamos... - disse uma voz. Mas essa não era a voz arranhada que ele repentinamente se lembrou, que pertencia ao espectro.

- Quem é você? - falou Han, de imediato. Seus pés tremiam tanto de cansaço como de medo.

- Creio que eu seja Líder - 1. Da Cara Vermelha. Aaaaaahhh! Seu olhar parece de uma onça assassina. Por que isso? Ora, eu só matei seus pais, porque eles sabiam demais...

- Sabiam demais sobre seus planos sujos, correto? - disse Han.

- Ééééé.... - Falou o terrorista, calmo, como se Han e ele fossem velhos amigos. - Sim, é verdade... E você sabe demais também... Creio que já se perguntou onde estava seu pai, correto?

- Ele morreu - disse Han raivoso. - Morreu. Minha mãe já me contou, não precisa repetir.

- Morreu? A morte é um assunto bastante complexo que pode ser disfarçada como algo simples, não é? Sim, o coração parou de bater, a pessoa não vai mais ver, pensar, ouvir, sentir ou se mexer, estou certo? A morte é muito mais que isso. Uma pena que o que ela contou não seja verdade. E ela sabia o tempo todo... Seu pai é o Paco, o outro que morreu.
Ele era bastante leal. Mas creio que sua mãe não o fosse. Paco a chamou, como se fosse um... hããã.... papinho entre amigos. Ele a matou quando ela chegou, mesmo que ela tentasse fugir. Depois se suicidou. E vocÊ também vai morrer aqui, meu caro. O espectro só aparece ocasionalmente, o filho dos Grim, se você me entende. Estou revelando muita coisa a você. se sobreviver, vai tornar as coisas interessantes, já que a policia não vai ouvir bem a sua palavra, não acha?

E depois, Líder - 1 atirou.
 
LÁGRIMAS DE UMA VINGANÇA - Parte VII

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Um ondular leve e gostoso de fluído mexia com Han. Ele tremia e se remexia, até que abriu os olhos. Estes estavam protegidos por uma película, para que não fossem afetados pelo líquido. Mas, no entanto, seu corpo estava formigando, e ele não sentia as pernas. Sua cabeça doia com as lembranças, e tudo o que lembrava foi de ter sido atingido por uma bala no porto. Por um instante, pensou que tinha morrido.
- Ele acordou! - gritou uma voz.
Ele sentiu um ondular selvagem no fluído, e este começou a baixar. A sensibilidade voltava as pernas rapidamente, e o vidro onde ele estava confinado baixou, logo após todo o fluído ter sido absorvido.
Ele notou que estava sem camisa, e no lado esquerdo do tronco havia um tipo de calombo preto.
- Bom! - disse outra voz, e Han a reconhecera. Era Líder - 1, aquele que mandara assassinar Paco, que era seu pai, em segredo, e sua mãe. Ambos eram agentes de uma organização chamada Cara Vermelha, da qual Líder - 1 era o comandante. Foram assassinados porque, segundo 1, sabiam demais.
Líder - 1 avançou até onde estava Han. O jovem tentou recuar, mas tropeçou no chão, que estava úmido, devido ao flúido.
- Pensei que você demoraria uma vida toda para despertar! - disse 1. - Acho que o tranqüilizante foi demasiado forte pra você. Esteve adormecido por horas, garoto! - 1 sorria, como se eles fossem velhos conhecidos. Han esboçou um soco, do qual Líder - 1 se desviou facilmente, contra-atacando com um pontapé.
- Por que fala assim comigo? Não sou seu amigo? E porque me escolheu? E onde está o espectro? - disse Han.
- Calma, calma... Uma coisa de cada vez... - ele apontou a arma para Han. - Não em faça ter de tranqüilizá-lo de novo. Huhuhu! Por falar em espectros, eu fiquei surpreso que você tenha conhecido o jovem Robert Grim. Éééé... Pensei que tinha me livrado daquela peste, mas ao que parece, o morthus não foi muito eficaz sobre ele, talvez, por um motivo que você irá saber logo... Ah, sim, ele está aqui, preso.
- Como? Ele é um fantasma, não pode prendê-lo! - gritou Han.

- O interessante é que eu posso, jovem Marco... Claro que não numa prisão comum de ferro, mas numa jaula feita de morthus, eu posso sim...
Dois homens da Cara Vermelha ergueram Han, que deu um pesado suspiro.
- E o que seria esse morthus, que você tanto fala? - perguntou Han, grosseiramente.
- Acho que pelo menos isso você deve saber... Morthus, meu garoto, é a morte.
Han gemeu. Líder - 1 continuou.
- As pessoas dizem que morrer é simplesmente um órgão parar de funcionar, a pessoa não sentir, ouvir, ver, cheirar... A pessoa continua fazendo essas coisas, meu caro, só não pode se mexer... Imagine o tédio que milhares de coitados estão passando, presos numa embolorada caixa de madeira, fedendo a osso. Os corpos se decompoem, mas a pessoa se mistura a terra, e continua sentindo vendo, e cheirando, além de ouvir. Morthus é o material que causa a morte. Os órgãos param de funcionar, claro, mas, sem o morthus, a pessoa não morreria, pois ainda não foi ativada a reação. E não adianta tentar esacapar... Pois a cada instante, mais morthus é absorvido pelo seu corpo. Nós, por exemplo, estamos recebendo milhões de moléculas morthus, descobertas apenas por nós, a Cara Vermelha. E o nosso trabalho, além de, é claro, ter o governo do planeta, é destruir o morthus. E nós conseguimos, mas não totalmente. A pessoa não morre, mas deixa o corpo. Foi o que aconteceu com o jovem Grim.
- O que? - disse Han.
- É. Os pais dele também eram nossos agentes, e, ao descobrirem, roubaram uma parte do material imunizador, pensando em vendê-lo. Ao saberem que estavam sendo perseguidos, passaram o material em Robert, na esperança de salvá-lo. O que aconteceu foi o que aconteceu. Além, de, é claro, o morthus poder aprisionar espectros. E logo criaremos uma arma concentradora de morthus, uma arma química que, ao menos contato com a munição, mata instantaneamente.
- Sim, e por que está me contando todos esses segredos?
- Porque, meu caro, quero você como meu herdeiro.
 
mto legal Dark....continua ai q eu to curiosa.... :D
finalmente consegui postar meu conto tbm.....deem uma passadinha la.... :mrgreen:
 

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