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Eru possuía um lado mau?

Siëlenor disse:
Hmmm, como Eru era o Deus católico, ele, teoricamente, não teria um lado mau, pois é a representação do Bem. Melkor seria Lúcifer ( se não concordarem com a comparação com a história bíblica, me corrijam ), o anjo que se revoltou e foi expulso do Céu, assim como Melkor, que deixou de ser um Vala.
De acordo com a Bíblia, Deus é o Bem absoluto, e Lúcifer, ou o Demônio, é o mau absoluto. Os dois equilibram o mundo.
Não sou católica, mas estou mostrando o ponto de vista bíblico, que é o qual eu acho mais provável, já que Tolkien era católico.

Pois é.... acontece que eu naum acho o Deus católico a reprentação do bem..... sendo assim, eu também naum acho que Eru o seja....
 
Finarfin disse:
Pois é.... acontece que eu naum acho o Deus católico a reprentação do bem..... sendo assim, eu também naum acho que Eru o seja....

O que vc acha então Finarfin?O que seria Deus senão a representação do bem?
Eu acho que muitas vezes a igreja (naum soh a catolica) coloca Deus como um ditador, naum como um ser que ama..pode parecer caretice eu dizer isso, mas eu digo pq num concordo com td q a igreja diz...ela mts vezes corrompe a palavra de Deus em ordem...!
Se vc pega a bibliapra ler, ela eh mt mais bela do que a igreja mostra...eu sou catolica, ams num concordo cm td da igreja!Na minha opinião Deus é bem masi do que ela mostra...assim como o proprio Eru!
 
Cara, eu adoro esse tema!

Vou dar a minha opinião:

Eru não é bom nem mau. Ele é o princípio. É dele que vem o Bem, é dele que vem o Mal, é dele que vem a luz e a treva.

Melkor não nasceu mau. Ele nasceu do mesmo jeito que todos os outros Ainur, porém a sua vontade de criar, de dar a vida, o levaram a se confrontar com Eru e, assim, desencadear todos os fatos que causaram a sua queda. Chamar Melkor de mau em seu princípio enquanto vontade de dar a vida é como chamar Aulë de mau. A queda de Melkor foi devido à inveja e à frustração de ter buscado a Chama Imperecível por todos os recantos de Eä, quando ela não estava em Eä, mas em Eru. Assim, como Melkor não pode se tornar um Criador, ele se tornou um Maculador.

Agora, ligando esses dois conceitos à proposta do tópico: Eru já sabia de todos os fatos que seriam desencadeados em Arda. A dissonância, a desfiguração de Arda, a guerra das jóias... Mas será que ele fez isso expressando um lado mau? Ou será que esses fatos foram degraus a serem percorridos para se chegar a algum lugar que está presente apenas numa nota da Harmonia que apenas Eru compreende?

Eu não sou católico, tampouco acredito em Deus, mas vou encerrar o meu post com um típico bordão católico que tem tudo a ver com a proposta: "Deus escreve o CERTO por linhas TORTAS".
 
Hm, é meio esquisito também o fato de Ilúvatar não ter interferido nas maldades de Melkor NO INÍCIO, cortando o mal pela raiz. Por que ele não fez isso, já que podia?

Acho que ele quis ver o andamento das coisas.. Não queria ficar interferindo o tempo todo na sua criação (estou falando dos elfos e das suas possibilidades de defesa contra Melkor).

Mas que ele poderia ter interferido, isso ele podia. Não é verdade? Corrijam-me se estiver errada, plz.
 
Sabe o que eu acho?Tudo tem que ter o equilibrio, inclusive alguem ai atras felizmente ja citou o Yin e o Yang como exemplo!
Eru tinha sim o lado mal eu acho, mas não como algo infernal, poruqe ele precisa de um equilibrio!
Imaginem so:se Melkor nunca tivesse existido,se a maldade nunca tivesse existido...:Nem os Valar teram evoluido, pois naum teriam um grande trabalho a fazer, nem os elfos, eles iam viver de boa pra sempre...alem de chato, monotono, vem a pior parte:No mundo todo mundo num ia ter muitos conhecimentos alem do que lhes era necessario...será que isso seria realmente bom?
O obvio enfim, eh q como os valar surgiram da mente de Eru, ele tinha um lado não mal, mas de cobiça, sede de poder, que originou Melkor, o mal...e eh interessante observar q Melkor era o mais poderoso dentre eles!!! :|
Enfim...eu acho que há o equilibrio, mas não concordo em dizer que Eru não é o bem...sem apanhar ninguem aprende, por isso eh q o mal existe...
E de mais a mais...eu acho que sei la...!!! :roll: ehhehe
 
É gente.. Não tem essa de "bem" e "mal".. Eru era um ser evoluído (perfeito, será?), e era ambas as coisas.. pois só assim poderia ser a totalidade.. Não era 100% bom, nem 100% mau.. Sua grandeza não caberia em definições assim tão simples.

"A mesma mão que abençoa é aquela que amaldiçoa."
 
Eärwen_Eärtári disse:
Finarfin disse:
Pois é.... acontece que eu naum acho o Deus católico a reprentação do bem..... sendo assim, eu também naum acho que Eru o seja....

O que vc acha então Finarfin?O que seria Deus senão a representação do bem?
Eu acho que muitas vezes a igreja (naum soh a catolica) coloca Deus como um ditador, naum como um ser que ama..pode parecer caretice eu dizer isso, mas eu digo pq num concordo com td q a igreja diz...ela mts vezes corrompe a palavra de Deus em ordem...!
Se vc pega a bibliapra ler, ela eh mt mais bela do que a igreja mostra...eu sou catolica, ams num concordo cm td da igreja!Na minha opinião Deus é bem masi do que ela mostra...assim como o proprio Eru!

Na minha visão, o deus Católico/Cristão/Hebraico, tem muito de tirano sim, eu ja li a Bíblia e isso naum mudou a minha opinião, pelo contrário, só fez aumentar.... mas é melhor agente naum discutir isso, pois o tópico naum é sobre religião.... vamos nos ater a Eru, e no máximo, fazer uma analogia entre ele e Deus, mas discutir sobre Deus aqui naum vai dar muito certo....

Bem..... sobre o que eu acho de Eru, já postei bastante sobre isso nos tópicos anteriores.....
 
Skywalker disse:
Melkor não nasceu mau. Ele nasceu do mesmo jeito que todos os outros Ainur, porém a sua vontade de criar, de dar a vida, o levaram a se confrontar com Eru e, assim, desencadear todos os fatos que causaram a sua queda. Chamar Melkor de mau em seu princípio enquanto vontade de dar a vida é como chamar Aulë de mau.

( minha opinião )
A diferença entre os dois é: Melkor queria Arda para si, e como não conseguiu, desviou outros seres para servir a ele e desfigurou e sujou a beleza de quase todas as obras dos Valar . Aulë ficou ansioso com a chegada dos Filhos, e criou os anões, por vaidade. Eru não gostou, mas Aulë se arrependeu e pediu desculpas. Concordou em só dispertarem depois da chegada dos Primogênitos.
Eles são muito diferentes. Melkor é vingativo, egoísta e destrutivo. Aulë foi vaidoso, mas pedindo perdão demonstrou humildade.

O the huntress perguntou por que é que Eru não cortou o mau pela raiz.
Bem, Eru deu livre arbítrio aos seres de Arda. Ele a criou, mas os responsáveis por sua "construção" eram os Valar. Portanto, quem tinha de fazer Melkor parar eram eles.
 
Bom, Eru cria Melkor, e Melkor se torna mal. Pelo livre arbítrio vcs dizem.
Na verdade Eru já sabia q Melkor se tornaria mal, e tudo o q aconteceu foi pelos designios de Eru, pois todas as coisas boas ou más já haviam sido "anexadas" a um plano de existencia e desenvolvimento de Arda, por Eru.
Arda não seria a mesma sem Melkor. A males q vem para bem.
 
Eu acho que o grande problema dessa discussão é exatamente o que o Deriel falou ainda na primeira página: nós não podemos colocar as nossas opiniões pessoais, e sim entender a obra em si. Não devemos discutir religião realmente, mas ela, até determinado ponto, é pertinente ao tópico, mas apenas no sentido de dogma, de conceitos teológicos cristãos, e não precisamos (e não devemos, na verdade) envolver fé aqui.

Ilúvatar é sabidamente o Deus cristão, e pelo conceito da Igreja Católico, Deus é Bom. Os Ainur foram criados com liberdade de pensamento e de ação, o tal livre-arbítrio, e poderiam agir como bem entendessem. Melkor acabou corrompido pela própria cobiça, mas poderia não ter sido, ou se arrependido posteriormente, já que era livre para isso.

Não havia na figura de Ilúvatar uma idéia de "equilíbrio" como pensamos entre Bem e Mal; ele era Bom, uma existência com caráter absoluto e Boa em essência.
 
Na verdade o bem é Eru. O que é o bem? A vontade de Eru. Portanto Eru só pode ser bom. Simples, simples.

O mal vem do desequilíbrio e do mal uso do livre-arbítrio, como é dito no Mythopoeia:

"Mal não verá, pois este está imerso
não no que Deus fez, mas no olhar perverso,
não na fonte, mas em escolha errada,
e não no som, mas na voz quebrantada.
No Paraíso não estão mais confusos;
criam novo, sem mentira nos usos.
Criarão, é certo, não estando mortos,
poetas terão chamas como votos,
e harpas que sem falta tocarão:
do Todo cada um terá quinhão."
 
Maglor disse:
Não devemos discutir religião realmente, mas ela, até determinado ponto, é pertinente ao tópico, mas apenas no sentido de dogma, de conceitos teológicos cristãos, e não precisamos (e não devemos, na verdade) envolver fé aqui.

O único conceito religioso que devemos admitir aqui é a perfeição de Eru Iluvatar. Tolkien sabia que seu Deus era perfeito então assim ele criou em seu mundo um Deus perfeito. É irrelevante a definição atual da Igreja Católica para com a natureza de Deus. Tolkien era católico fervoroso, entretanto ele não tinha nenhum vínculo oficial com a igreja. Não tinha nenhuma obrigação para com ela. Ele vez algo que para alguns pode ser tido como uma grande blasfêmia, a criação de um mundo com seus próprios deuses e com seus próprios valores. É claro que isso é ridículo mas é real.

Então, partindo do único princípio que com certeza Tolkien estabelecera, o da perfeição de Eru Iluvatar, não podemos dizer que ele não representava o perfeito equilíbrio. Se dissermos isso, se dissermos que Eru Iluvatar não possuia o mal ou não entendia o mal ou não criou o mal, então estaremos dizendo que ele é imperfeito, logo limitado (o oposto de absoluto), logo falho, logo indigno de adoração.

Pensemos, para um ser que é perfeito como Eru Iluvatar, a idéia de cometer um erro ou uma injustiça é inexistente. Ele é perfeito, logo seu julgamento é perfeito. Pois tendo ele um conhecimento absoluto de todos os fatores e de todas as consequências (onisciência), somente ele é capaz de tomar uma decisão perfeitamente justa. Para ele (e até para alguém como Manwë) todos os seus atos são atos de uma justiça absoluta e perfeita. Ou seja, são atos de uma perfeita bondade porque aquilo é bom. Frise-se, aquilo é bom PARA ELE. Aquilo é bom PARA O SEU plano geral. Aquilo é bom para OS SEUS PROPÓSITOS. Pode não ser bom para um fulano x de um povo y em um momento z, na vardade para esse fulano xyz pode ser um verdadeiro ato de maldade, mas para a consciência absoluta isso não importa.

O mal, como muito bem diz o trecho do Ringil, não está na fonte, porque a fonte é superior a isso, mas sim nos olhos do observador. O mal é relativo, é um conceito criado pelos homens, o que para nós parece maldade, para Deus não o é.

Simples assim.
 
Elrond Meio-elfo disse:
Frise-se, aquilo é bom PARA ELE. Aquilo é bom PARA O SEU plano geral. Aquilo é bom para OS SEUS PROPÓSITOS. Pode não ser bom para um fulano x de um povo y em um momento z, na vardade para esse fulano xyz pode ser um verdadeiro ato de maldade, mas para a consciência absoluta isso não importa.

Sim, mas o plano de Ilúvatar é Bom para todos, em idéia e na realidade. Os propósitos de Ilúvatar, em sua perfeição e bondade, são Bons, em nível e valor absolutos.

Tolkien não possuía vínculo oficial com a Igreja, mas fez questão de colocar dogmas da sua fé cristã católica na sua obra, e deixou claro que Eru Ilúvatar são apenas nomes de Deus, o Deus cristão da sua fé.

Eru estabelecia o equilíbrio em Eä sim, de fato, mas não o equilíbrio da oposição Bem X Mal. Ilúvatar criou um plano perfeito para a sua criação, e esse plano seria alcançado, pois era essa a Sua vontade, o bem-estar de todos os Seus Filhos; o Mal não foi sua criação direta, foi a manifestação de Melkor, que exercendo a liberdade que lhe foi concedida, desobedeceu ao plano inicial de Ilúvatar. Essa oposição ao ideal de Ilúvatar é que Tolkien chama de Mal, e foi despertada inicialmente por Melkor.

Eru, onisciente que de fato era, compreendia perfeitamente o Mal, e sabia que a liberdade que dava aos Seus Filhos dava margem a isso, mas tudo fazia parte de Seus planos, e no final Seu desejos seriam completados. Entretanto, compreender e admitir a possibilidade de surgir o Mal, a oposição à Sua vontade perfeita, não significa que Ilúvatar fosse parte malvado, apenas confirma a sua perfeição, pois a tudo compreende.
 
Maglor disse:
Sim, mas o plano de Ilúvatar é Bom para todos

Aqui você está novamente limitando a idéia de bondade para esse "todos" que você coloca na frase. Para álguém que morava em Númenor, a destruição da ilha NÃO era um ato de bondade. Diabos, por que seria???

Os propósitos de Ilúvatar, em sua perfeição e bondade, são Bons, em nível e valor absolutos.

São bons PARA ELE, mas não necessariamente para seus filhos entende? A vida de seus filhos é grandemente limitada dentro do mundo e eles não possuem a capacidade de compreender a justiça perfeita de Iluvatar.

Para Iluvatar, não existe mal ou bem... ele é o juiz perfeito.

e deixou claro que Eru Ilúvatar são apenas nomes de Deus, o Deus cristão da sua fé.

A fé dele não era necessariamente a mesma fé do papa, concorda? Fé não é uma lei, uma regra ou um conjunto de determinações. Vem de dentro.

[...]o Mal não foi sua criação direta, foi a manifestação de Melkor, que exercendo a liberdade que lhe foi concedida, desobedeceu ao plano inicial de Ilúvatar[...]

Se Melkor desobedeceu Iluvatar, então Iluvatar é limitado, logo falho, logo imperfeito, logo indigno de adoração.

Não houve desobediência mas sim a realização exata dos planos de Eru. Em cada vírgula e em cada ponto.

Essa oposição ao ideal de Ilúvatar é que Tolkien chama de Mal, e foi despertada inicialmente por Melkor.

Não, Tolkien chama de Mal a oposição ao ideal dos Valar. Não existe oposição ao ideal de Iluvatar.

Entretanto, compreender e admitir a possibilidade de surgir o Mal, a oposição à Sua vontade perfeita, não significa que Ilúvatar fosse parte malvado, apenas confirma a sua perfeição, pois a tudo compreende.

Como você mesmo disse o mal se manifestou inicialmente em Melkor, mas não foi este quem o criou, ele veio de Iluvatar, o único que pode realmente criar algo. Não é questão de dizer que Eru é parte malzinho ou parte bonzinho, é questão de dizer que ele é tudo, ele compreende tudo, ele sabe de tudo, logo ele é perfeito (como muito provavelmente acreditava Tolkien).
Excluir qualquer coisa que seja de Eru implicaria em dizer que ele é imperfeito.
 
Deus, na Bíblia, queimou Sodoma e Gomorra. Deus também criou um grande dilúvio, e salvou apenas Noé e sua família. Tudo isso pode ser considerado maldade, mas não é o caso da nossa discussão. Independente disso, pelo dogma católico que Tolkien sabidamente e comprovadamente seguiu e aplicou na sua obra, Deus é bom - por extensão, Ilúvatar também. Não cabe a nós, não aqui, nesse fórum, discutir o que é bondade ou maldade, ou discutir dogmas cristãos. A obra é de Tolkien, e o Deus da sua obra é o cristão, que é Bom. Isso que eu estou dizendo, não necessariamente corresponde à minha opinião ou à minha fé, é apenas um aspecto da obra de Tolkien.

Não estou dizendo se concordo com Ilúvatar tendo destruído Númenor, apenas que isso era Bom dentro da coerência interna da obra de Tolkien; o plano de Ilúvatar previa a paz entre Seus Filhos, sendo Eä administrada por todos os Ainur. Ilúvatar criou Eä e a liberdade dos Ainur , mas não a maldade em si. Ele criou a liberdade de pensamento e de ação, e aí sim está incluso o pensamento oposto ao de Ilúvatar. Quando Ilúvatar deu liberdade às suas criações, estava ciente da possibilidade de que algum ainu pudesse vir a se opor a ele, afinal, eram livres. Mas o Seu plano perfeito prevê que no final, Sua vontade será realizada.
 
Maglor disse:
Não estou dizendo se concordo com Ilúvatar tendo destruído Númenor, apenas que isso era Bom dentro da coerência interna da obra de Tolkien[...]

Nós basicamente estamos dizendo a mesma coisa, que a vontade de Eru é a vontade de Eru e não pode ser compreendida por ninguém. Entretanto eu digo que por isso Eru é perfeito e ele possui TUDO dentro de si. Vc diz que Eru é imperfeito e não possui a maldade, somente a bondade. Isso me leva a concluir que o que você está dizendo é que o conceito de bondade é um conceito que engloba o conceito de maldade. Até a corrupção dos orcs e o envenenamento de Arda devem ser vistos pelos elfos como atos de bondade. Acho que isso é uma contradição por natureza. Para Eru Iluvatar esses atos eram atos de bondade porque para ele é irrelevante, mas para os elfos, com certeza absoluta, esses atos eram atos de maldade.

[...]o plano de Ilúvatar previa a paz entre Seus Filhos, sendo Eä administrada por todos os Ainur.[...]

O Plano de Ilúvatar previa paz??

Quando Ilúvatar deu liberdade às suas criações, estava ciente da possibilidade de que algum ainu pudesse vir a se opor a ele, afinal, eram livres. Mas o Seu plano perfeito prevê que no final, Sua vontade será realizada.

Cara, isso é uma contradição por si só.... e voce sabe o porque.
 
Elrond Meio-Elfo disse:
Maglor disse:
Sim, mas o plano de Ilúvatar é Bom para todos

Aqui você está novamente limitando a idéia de bondade para esse "todos" que você coloca na frase. Para álguém que morava em Númenor, a destruição da ilha NÃO era um ato de bondade. Diabos, por que seria???

Os númenorianos desobedeceram Eru tentando entrar nas Terras Imortais, e como punição, Ele destruiu a Ilha de Númenor. Isso foi um ato de Eru para, digamos, "impor respeito", portanto era bom para Ele próprio.

São bons PARA ELE, mas não necessariamente para seus filhos entende? A vida de seus filhos é grandemente limitada dentro do mundo e eles não possuem a capacidade de compreender a justiça perfeita de Iluvatar.
Para Iluvatar, não existe mal ou bem... ele é o juiz perfeito.


Não concordo, mas respeito sua opinião. Eru é o Bem absoluto e Morgoth é o Mal absoluto. Os dois equilibram Arda.

A fé dele não era necessariamente a mesma fé do papa, concorda? Fé não é uma lei, uma regra ou um conjunto de determinações. Vem de dentro.

Sim, mas, sendo católico, sua religiosidade é muito parecida com a dos demais católicos.

Se Melkor desobedeceu Iluvatar, então Iluvatar é limitado, logo falho, logo imperfeito, logo indigno de adoração.

Lúcifer desobedeceu os planos de Deus ( na Bíblia ) e nem por isso os fiéis católicos deixaram de adorar Deus.

Não houve desobediência mas sim a realização exata dos planos de Eru. Em cada vírgula e em cada ponto.

Sim, talvez até mesmo a revolta de Morgoth havia sido prevista, pois Eru é superior a ele.

Não, Tolkien chama de Mal a oposição ao ideal dos Valar. Não existe oposição ao ideal de Iluvatar.

Existe sim. Qunado Eru imaginou Arda, ele desejou que seus Filhos morassem lá, mas Melkor a desejou para ele.

Como você mesmo disse o mal se manifestou inicialmente em Melkor, mas não foi este quem o criou, ele veio de Iluvatar, o único que pode realmente criar algo. Não é questão de dizer que Eru é parte malzinho ou parte bonzinho, é questão de dizer que ele é tudo, ele compreende tudo, ele sabe de tudo, logo ele é perfeito (como muito provavelmente acreditava Tolkien).
Excluir qualquer coisa que seja de Eru implicaria em dizer que ele é imperfeito.

Eru é o Deus católico, e ele é TOTALMENTE bom. O Mal é representado por Melkor, que foi ambicioso desejando Arda para si. Os dois são opostos.
Um ser mau não é perfeito, é ambicioso e cruel. Eru nunca demonstrou crueldade ou ambição; se o tivesse demonstrado, não seria perfeito.
Eru criou, de seu pensamento, os Valar, que foram responsáveis a criar a coisas belas de Arda. Já Melkor, o Mal, criou as coisas pérfidas de Arda, de sua própria essência, de seu próprio fëa. Portanto, seu espírito, seu fëa, é o Mal.
 
Olha Siëlenor eu também respeito a sua opinião mas basicamente discordo de tudo que você disse. Eu já tive essa discussão uma centena de vezes exatamente com o Maglor e não estou com muita paciência pra reentrar nela. Só me limito a dizer que o seu conceito de bondade não equivale ao MEU conceito de bondade. Para mim, o Deus cristão (e olha que sou tão católico quanto vc, colégio católico e tudo) não é unicamente bondoso. Ele é mais do que isso, ele é perfeitamente justo. Mas isso não vem ao caso. O que eu chamo de bondade ou maldade não vem ao caso. Assim como o que você chama de bondade ou maldade ou crueldade.
O que vem ao caso é o que está realmente escrito nas linhas do Silmarilion. Lá basicamente Eru iluvatar diz aos Ainur que tudo vem dele e eles são nada a não ser amostras de sua vontade. Então, de acordo com O Silmarilion, o mal vem de Iluvatar, assim como o bem. Melkor é mal em sua essência, assim como Manwë é bom em sua essência. Então, eu devo lhe dizer que, a representação do Bem e do Mal no mundo é Manwë e Melkor, os irmãos aos olhos de Iluvatar. A oposição é entre Melkor e Manwë, NUNCA entre alguém e Iluvatar. NÃO EXISTE oposição a Iluvatar.
 
Elrond disse:
O que vem ao caso é o que está realmente escrito nas linhas do Silmarilion. Lá basicamente Eru iluvatar diz aos Ainur que tudo vem dele e eles são nada a não ser amostras de sua vontade. Então, de acordo com O Silmarilion, o mal vem de Iluvatar, assim como o bem. Melkor é mal em sua essência, assim como Manwë é bom em sua essência. Então, eu devo lhe dizer que, a representação do Bem e do Mal no mundo é Manwë e Melkor, os irmãos aos olhos de Iluvatar. A oposição é entre Melkor e Manwë, NUNCA entre alguém e Iluvatar. NÃO EXISTE oposição a Iluvatar.

Isso não está descrito desta maneira. Ilúvatar diz que sua vontade e soberana, e portanto, ela será realizada. O Bem absoluto é a vontade de Ilúvatar; todos os ainur foram criados livres, e Melkor opôs sua vontade, com a sua liberdade, à de Ilúvatar. Melkor foi o primeiro ser livre a fazer isso, portanto ele "criou" o Mal. Isso não significa que Ilúvatar não compreenda ou possa prever qualquer atitude ou sentimento de suas criações, nem que ele seja o criador direto da maldade. Mesmo Melkor não pode ser entendido com essencialmente mal, pois no Início ele cantou em acordo com todos os Ainur, e depois despertou a inveja nele.

Eru Ilúvatar é infinitamente justo em seus julgamentos pela sua eterna bondade. Admitir que ele é puramente Bom não é de forma alguma dizer que ele é imperfeito. Muito pelo contrário, a sua perfeição estava na Sua bondade infinita. Ilúvatar não precisa ser[//i] mal para compreender a maldade, e aí está a Sua perfeição, na compreensão de todos, a onisciência. É como o "poder de previsão", que Tolkien diz no Osankë-Kentä se tratar apenas de imensa sabedoria do ser, a ponto de poder "prever" algo que está porvir. No caso do Um, a sabedoria é infinita e perfeita, ele pode compreender algo sem necessariamente sê-lo.

Elrond Meio-elfo disse:
O Plano de Ilúvatar previa paz??

Sim, a paz e a harmonia em Arda Desfigurada, como "deverá" ser algum dia. É aquela Música perfeita de que fala o Ainunlindalë, a única que irá superar em beleza a primeira música dos Ainur, em que até Melkor se afinou a Ilúvatar. Nessa canção futura todos compreenderão, com suas liberdades de pensamento, finalmente, o intento do Um, e dessa maneira Ele tornará todos os pensamentos reais. Por isso eu havia dito que, no final, a Sua vontade seria realizada, e dentro da obra de Tolkien, será.
 
Eru não contém o mal, porque o mal não existe. O mal não é algo, é ausência. Deus é presença, o mal é ausência. Presença é bem, ausência é mal. Eru é bom, Vazio é mau.

Dessa forma, Eru não contém o mal, porque é existência, e é completo porque não contém ausência. O mal provém do erro, "não no som, mas na voz quebrantada", do uso errado do livre-arbítrio, e Eru não contém erro. É por isso que é perfeito e completo, por não ter falha.

O mal surge pela imcompletude de Melkor, e pelo seu direito de agir com erro. As emoções iniciais de Melkor tem paralelo em Eru, mas foi sua imperfeição que as levou à tendência à nulidade, à aberração, ao erro.

Sielenor, Melkor não é, nem em pensamento, equivalente à Eru. O confronto bem X mal é Manwe X Melkor. Eru é infinitamente superior à qualquer confronto, já que qualquer mal "existente" (vindo de criaturas suas) se engloba (mas não está englobado) em sua Bondade suprema.
 

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