etuerpe disse:
defesa admirável cara Primula.....
uia, vou te ensinar como fazer quotes, OK? senon non vai dar para saber quem falou o que.. primeiro usa o quote="nomedofulano" entre colchetes.
se quiser picotar o texto, você coloca um /quote entre colchetes também.
O outro comentário de outra pessoa faz o mesmo: [ quote ="nome da pessoa" ] comentarios blablablabla [ / quote ]
(só que não coloca o espaço em branco senão nao funciona)
etuerpe disse:
Primula euzinha disse:
claro, sendo o filho, mesmo que Arwen sorrisse ele se agoniaria com o sofrimento da mãe. E ela sendo mãe sabe disso melhor que ninguém. Sim, sofre-se com a ausência da mãe, mas sofre-se mais ainda quando vê-se a mãe miserável e tentando parecer menos miserável para o filho. O filho ficaria aflito, tentaria consolar a mãe e saberia que não lograria muito êxito.
então devo admitir que para uma elfa Arwen foi fraca demais........
fraca por sentir um amor que ,na minha opnião ,não foi correspondido a altura se ele amava a elfa tanto,porque decidir morrer então ,ele não estava bem ao lado da mulher que amava?
Au contraire, mon amie. O amor em si é inconteste, mas ao mesmo tempo também não cabe contestar o tempo de vida de cada pessoa na Terra. Principalmente quando eles sentem que é chegada a hora (que foi diferente para os dois). Como disse, Aragorn podia amar demais Arwen, mas não podia desafiar sua integridade e sua hora. E por amar demais Arwen, preferiu aceitar seu fim do que se tornar um velho rabugento e mesquinho, matando assim o Aragorn que ela amava.
Estar bem é um grande problema. Um drogado tecnicamente está bem quando está chapado. A relatividade de nosso julgamento pode ser facilmente embotada por nossos desejos. O sofrimento vem da abstinência de algo desejado ou necessário (amor, comida, status).
Quando Tolkien afirmou que Aragorn era descendente de Reis e tinha a dádiva da vida longa, podendo escolher seu tempo de vida, ficou meio que implícito que Aragorn estava mais "iluminado" que o resto dos homens mortais e que seu julgamento não podia ser embotado pelo que desejava seu coração apenas. Sim, há de seguir o seu coração, mas não sejamos tolos de somente seguirmos nossos corações.
ps:com tantas defesas vou acabar achando a Arwen uma coitadinha vitima de sua escolha,mas pera i
se ela é vitima da escolha dela então ela não é coitada ,ela é culpada ,e seu filho indiretamente sofreu com sua escolha,há algum registro se Eldarion concordou....eu acho que ele não concordaria...
Mas não é exatamente uma defesa. Mesmo porque onde é que vai ajudar a gente a julgar um personagem fictício?
É apenas uma outra versão de Arwen, algo que nos faz apreciar o personagem sob outro ângulo.
E Arwen nao é coitadinha. Peguemos por exemplo a matriarca de Éramos Seis. Ela non foi perdendo seus entes queridos e sofrendo? Sim, mas mesmo assim, ao final da novela com a estupenda Irene Ravache, não posso deixar de ver que apesar de todo o sofrimento ela não se considera coitadinha infeliz... pois vi em seus olhos a comprensão de que mesmo com sofrimento, foi a ela permitido amar pessoas... mesmo que as perdendo depois.
Arwen foi uma elfa, e carrega a dádiva da mortalidade. Por ser velha, ela entende o pesar de ver quem ela ama sumir nas poeiras do tempo, e por ser mortal, sabe que não será nada fácil para sua criança ver ela sofrer. Mesmo sofrendo a perda de Aragorn, ela sabe que teve a chance de ficar a seu lado, e que novamente poderá estar a seu lado, se tiver paciência, como teve antes de se casar. Mesmo sofrendo, sabe que não é coitada pois foi afortunada por conhecer o amor dessa forma, e ter suas crianças e vê-las crescer em um mundo sem guerra.
Ao mesmo tempo, ela TORNOU-se mortal. Apenas Luthien pode entender o peso dessa escolha. E não deve ser fácil, com toda a tradição e costumes elficos de repente perceber coisas como a própria mortalidade. Também não foi fácil lidar com a mortalidade dos outros, pois quando elfa ela encarava essa mortalidade com tristeza e melancolia pois ela permanecia. Imagine-se uma pessoa muito velha, descobrindo-se criança em um determinado assunto, insegura em sua nova condição do que esperar para si ou para os outros. Não posso afirmar isso, mas imagine-se que sua condição de imortal praticamente intocável para as mazelas do mundo, mudasse para a de mortal suscetível a frio, doenças, febres, assassinatos finais?
Imagine uma pessoa com mais de mil anos (não sei precisar a idade dela) já adulta, descobrindo um novo corpo, sensações de um humano mortal?
Essas sensações nos são familiares pois desde crianças convivemos com a morte, e nossa própria mortalidade. O frio que sentimos pelo corpo, a febre ao chorar, o tremor de pensar em fantasmas, em nossos amados perdidos em algum lugar. Não posso conceber que um elfo saiba isso tudo, sinta isso tudo na pele, mesmo quando são assassinados.
Sim, houve uma fraqueza de Arwen... uma fraqueza humana, quando da primeira vez que ela confrontou a morte como uma mortal. (esqueçam a doença do filme
)
O ponto é que nos é difícil pensar em Arwen como uma pessoa velha e ao mesmo tempo nova. Ou pensamos que é jovem ou pensamos que é velha. Jovem por causa do rosto, velha por ser elfa. Daí ou queremos "dignidade elfica", ou algo menos "infantil" (mas que a meu ver não foi nada infantil considerando-se que apenas uma pessoa no mundo já soube o que ela sentiu. E Luthien teve mais sorte em ter seu destino realmente vinculado a Beren para poder morrer logo em seguida)