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"A Borboleta Tatuada" (Philip Pullman)

OMFG, lançou!

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O novo livro do Philip Pullman, autor da trilogia Fronteiras do Universo. :D A sinopse é:

"Em "A Borboleta Tatuada", Philip Pullman mostra o seu talento como ficcionista apresentando uma narrativa arrebatadora tanto para jovens quanto para adultos. Chris Marshall é um garoto de 17 anos, que vive em Oxford com a mãe e trabalha em uma loja de aparelhos eletrônicos durante as férias escolares. Ajudando seu chefe, Barry Miller, a produzir a iluminação de uma festa de formatura, conhece inesperadamente Jenny, uma garota linda e cheia de segredos, por quem Chris se apaixona perdidamente. Vindos de duas realidades totalmente diferentes - Jenny fugiu de casa e mora nas ruas de Oxford e em terrenos abandonados - os dois jovens começam uma relação turbulenta e assombrada pelo passado que Jenny reluta em revelar por completo. Numa trama brilhantemente construída os destinos de Chris, Jenny e Barry irão se cruzar de forma irreversível, criando mal-entendidos e fazendo com que um inocente caso amoroso enverede por um caminho sinistro de perigo e traição. Nesta história de amor trágica e contemporânea, Chris descobrirá que os ideais de verdade e a confiança não são tão simples como ele sempre acreditou."

Compre: Saraiva

Vou comprar hoje :babar:
 
Parece excelente... fiquei mto tentado a comprar, se já não tivesse tantas coisas pra comprar antes eu já estaria pegando o cartão de crédito. Bem, talvez eu tenha q rever minhas prioridades de compra...

Falando Em Philip Pullman, eu acabei de reler hj a Faca Sutil :grinlove:
 
Que bom que a capa tá bonitinha, a capa catalã é nojenta. :?

Espero que esteja bem editado, etc mas só vou poder ler quando terminar Fronteiras do Universo e Sally Lockhart. :|
 
Terminei de ler! Vou tentar falar um pouco sobre o livro, apesar de estar completamente dominado por um sono horrível. :eek:

Bom, o primeiro erro do livro surge logo na primeira frase: "Chris Marshall conheceu a garota que iria matar numa noite quente (...)". Pronto, já sabemos desde o princípio o fim da história; já sabemos que Chris mata Jenny, a garota pela qual ele se apaixona perdidamente. Eles se conhecem enquanto ele fazia um trabalho de instalações elétricas numa festa de formatura de uma faculdade, onde a garota se encontrava. Ela fugia de três rapazes bêbados, e Chris, para salvá-la, os enfrenta (seriam os "adolescentes rebeldes", coisa bem estereotipada, diga-se de passagem).

Enfim, voltando a falar da tal frase. Não é um recurso inovador informar o leitor sobre o destino (muitas vezes a morte mesmo) de um determinado personagem. É até interessante, pois apesar de sabermos o que vai acontecer, não sabemos como. E o melhor disso é que quanto mais o personagem é desenvolvido, mas a sensação de melancolia vai crescendo dentro da gente pelo fato de conhecermos o destino infeliz do indivíduo. Pois bem, não foi exatamente o caso aqui.

Creio que o principal responsável por esse recurso não ter funcionado em "A Borboleta Tatuada" foi o baixo número de páginas. A história é curtíssima. Nada contra livros pequenos, ao contrário - existem ótimas narrativas de 60 páginas e por aí vai. Mas o teor deste livro, por se tratar de um romance trágico e algumas outras pitadas de gênero policial e suspense, deveria ter tido um maior desenvolvimento. Era essencial. Há diversos personagens e subtramas, muita coisa em pouco espaço, não há tempo para que nos apeguemos aos personagens. Não a Jenny. Ou pelo menos não o suficiente para que a sensação supracitada ganhe vida. Além disso, o romance entre o casal protagonista é superficial. Não há profundidade, não há exploração entre a relação de ambos. Na verdade, passam pouqíssimo tempo juntos. Ele apenas se apaixona perdidamente por ela a primeira vista, e o estímulo ao romance se limita a descrever os sentimentos de Chris, o que não é suficiente. Faltaram situações, contextos que ampliassem a impressão de amor entre eles. Sim, fica bem claro que eles se amam, mas a gente não sente isso, entende?

De qualquer maneira, tô falando mal demais. Não, o livro não é ruim, apesar dessas falhas.

O estilo de narrativa é o "pullmaniano" que conhecemos. Ele tem características bem definidas. Eu poderia ler o livro sem saber o autor que sem dúvida saberia que era do Pullman.

Não há um narrador onipresente. Casualmente somos transportados para um outro contexto e ficamos sabendo de outras sub-tramas (que mais tarde se entrelaçam, é claro) e o que está acontecendo na vida de outros personagens, de modo que estes, porém, não saibam dos segredos entre eles. É uma jogada interessante, pois num diálogo, por exemplo, sabemos exatamente quem está enganando e quem está sendo inocente. Mas ainda assim, no fim sempre há uma revelação para nos surpreender.

E, bem, ele é um ótimo escritor. Não há nada de extraordinário neste livro (que foi seu primeiro romance a ser publicado), mas a narrativa é dinâmica porém bela, e está bem clara e formada de modo que consiga prender a leitura. E, vejam só, tem até uma passagem sobre Jardim do Édem e a perca da inocência, que inevitavelmente me lembrou de Fronteiras do Universo. É um diálogo bacana, visando explicar que às vezes é preciso não ser ortodoxo a democracia para que ela aconteça. Bem, só lendo para entender.

Eu só senti falta da mulher-má-mas-foda, como a Coulter em "FdU" e Holland em "Sally Lockhart". :mrgreen:

Além do romance, como já dito, há outras sub-tramas que envolvem traição e corrupção. Tudo misturado, acabam levando a um clímax de acelerar o coração e a um final trágico - que eu preferia que fosse um impacto de momento, e não que eu já soubesse desde a primeira frase.

Hum, peraí... romance trágico, morte... isso não lembra de uma outra história? :think: Ah, sim, Pullman mesmo confessa, usando uma referência: num certo capítulo, Chris e Jenny estão vendo uma peça de teatro, uma peça de Shakespeare. Qual? Romeu e Julieta, é claro!
 

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