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"1984" (George Orwell)

Logan, ele não tras tantas novidades pra hoje. Vale lembrar que quando o livro foi escrito, a tecnologia da televisão estava engatinhando, a internet como a conhecemos hoje não era nem sonho, e uma tecnologia como a das teletelas era algo inimaginável. Era um livro de pura ficção. Se hoje o futuro que ele tras é óbvio, por muito tempo o futuro que ele descreve era algo impensável, mesmo para muita gente que não foi muito idealista.

Bem... esse livro, quando o li, me fez pensar. Aliás, foi um dos poucos livros até hoje que eu fui parando pra refletir. Porque, ao contrário do que acontece em A Revolução dos Bichos, em 1984 Orwell não critica o socialismo, o comunismo chinês ou o capitalismo ocidental. Na realidade, não importa a ideologia, pois todas são sucetíveis a um regime totalitário, e é este que o livro critica.
Muito boa, a leitura, apesar de ser muuito pessimista. Acho que eu tive uma esperança como a do Lembas, quando terminei de ler. De que o regime não se sustentaria por muito tempo. Afinal, a Terra tem limites (e nesse caso eu diria: ainda bem! )
 
:clap: :clap: :clap:

Tem algum fanclube seu por aí?

Realmente, hj não seria muito dificil para nós imaginarmos uma era em que um regime possuisse tamanha capacidade de controle e espionagem, realmente um controle com tamanha intensidade como no livro esta longe de aparecer, mas indicios de controle e espionagem estao por aí, bem claros pra quem quizer ver, há também a manipulação da imprensa por uns e outros para se satisfazerem....... eu por exemplo nao sei em que acreditar quando leio um jornal, revista, ou assisto a noticias na tv,.....cada um apresenta a sua verdade distorcida. :tsc:
 
Duhh...esse livro é um dos melhores livros que já li...eu tinha escrito isso ano passado em uma resenha que fiz...bem, aih vai minha opinião:

O livro retrata, de certo modo, a sociedade em que vivemos. Afinal, existe um Grande Irmão que zela por nós, que é a mídia. A mídia que nos manda o que vestir, como nos comportar e do que gostar. No livro, o poder sobre a sociedade está nas mãos de um partido, na nossa realidade, poderíamos dizer que está nas mãos dos publicitários que, diariamente, fazem com que captemos informações e as usemos em nosso dia a dia, sem mesmo noção de que o estamos fazendo. As semelhanças entre o real e a ficção não param por aí. Diariamente, quando vemos o noticiário, vemos notícias distorcidas para que tenhamos todos uma visão de mundo igual ao que nos propõe a emissora. Não sabemos o fato real, não somos informados. Tudo já chega a nós de modo distorcido. Assim como no livro, a empresa onde trabalha Winston modifica o passado. Nós temos o nosso modificado, e nem sequer percebemos. Inspirado na opressão dos regimes totalitários das décadas de 30 e 40, o livro não se resume a apenas criticar o stalinismo e o nazismo, mas toda a nivelação da sociedade, a redução do indivíduo em peça para servir ao estado ou ao mercado através do controle total, incluindo o pensamento e a redução do idioma. O livro nos mostra que, muitas vezes, se é necessário fazer de todos ignorantes para suprir o desejo da classe mais alta. O livro nos faz refletir sobre o nosso papel da sociedade, nos faz ter o senso crítico sobre o que está acontecendo hoje em dia, e sobre o que sempre aconteceu. Os mais ricos manipulando os mais pobres, como se fossem pequenas marionetes em suas mãos. Marionetes feitas só para abastecer o bolso dos que as governam. Marionetes iludidas, governadas tão atentamente que qualquer pensamento que vá contra o Partido significa morte. E, que a esperança está na classe mais baixa. Sempre na classe mais baixa, e mais estúpida. Mantida na ignorância. Logo, se há ignorância, porque a maioria pobre há de se revoltar? Eles não têm com o que se comparar. Eles não sabem que podem possuir uma vida melhor. Muito bem escrito, tem uma forma interessantíssima de falar sobre um certo tema. Tema que pode ser aplicado em diversas fases da nossa história. Tema que causou muitas revoltas, muita polemica. Iludidos somos, e nem percebemos. Aceitamos tudo o que nos é imposto. Daqui a pouco nos vai ser colocado que dois mais dois são cinco e iremos aceitar também. “Liberdade é poder escrever que dois mais dois são quatro”.
 
Eu simplesmente detestei esse livro!!!! Achei completamente monótono e chato! Tão chato que não consegui acabar de ler até hoje!
Ele é fácil de achar em Sebos tb, mas o meu eu comprei em livraria mesmo... agora só no lembro qual foi...
 
Arandelis disse:
Acho que eu tive uma esperança como a do Lembas, quando terminei de ler. De que o regime não se sustentaria por muito tempo. Afinal, a Terra tem limites (e nesse caso eu diria: ainda bem! )

Cara, não sacaneia. É A Lembas... nenhum homem usaria um nick desses... :mrgreen:

Uma vez numa prova de colégio eu li uma crônica sobre o programa Big Brother (que apareceu de novo, ugh), dizendo que nem mesmo Orwell poderia prever o que se sucederia nesse início de milênio. Que o mundo já não se importa com o que pensamos uma vez de que nos convencemos que resistir é inútil (e é mesmo, só o que podemos fazer é tomar rumpo de nossas vidas e tocar a dos outros), por isso as pessoas estariam tão carentes, tão dispostas a se expor com blogs, webcameras, biografias picantes e coisas como as da novela das oito e o programa. A gente ficou tão nivelado pelo sistema (cara, não creio que usei essa palavra... mas uma eu me filio a um partido de esquerda) que ninguém está nem aí, não foi necessário um Big Brother pra impedir-nos de cometer crime-idéias, uma vez que elas não se concretizam. Isso é talvez ainda mais sombrio que o livro...
 
Eu simplesmente detestei esse livro!!!! Achei completamente monótono e chato! Tão chato que não consegui acabar de ler até hoje!
Ele é fácil de achar em Sebos tb, mas o meu eu comprei em livraria mesmo... agora só no lembro qual foi...

Eu tb odiei! Acho que não passei de umas 20 pp. mais ou menos...
Horrível
Na minha opinião... Sem querer ofender
 
Uma vez numa prova de colégio eu li uma crônica sobre o programa Big Brother (que apareceu de novo, ugh), dizendo que nem mesmo Orwell poderia prever o que se sucederia nesse início de milênio.

Foi por causa de uma critica , tvz essa mesma, que eu li 1984.
Mmas pelo jeito eu achei a critica melhor que o livro.
 
Ae Duana eu tbm nao gostei muito nao hehe
O pessoal ae gostou muito, sei la, vai ver eh essa onde de Big Brother is watching you hehe

Entre essas distopias todas sao legalzinhas pq eh bem diferente, mas a unica legal mesmo eh "Nós" - Zimatin

Mesmo assim tem tanto livro melhor para ler :D
 
Acho que eu tive uma esperança como a do Lembas, quando terminei de ler. De que o regime não se sustentaria por muito tempo. Afinal, a Terra tem limites (e nesse caso eu diria: ainda bem! )

Como diria Churchill, você pode enganar a poucos por muito tempo, você pode enganar muitos por pouco tempo, mas não dá pra enganar todo mundo o tempo todo.


Só faço uma ressalva em relação ao texto da Arandelis.

Vale lembrar que quando o livro foi escrito, a tecnologia da televisão estava engatinhando, a internet como a conhecemos hoje não era nem sonho, e uma tecnologia como a das teletelas era algo inimaginável. Era um livro de pura ficção.

Nos EUA a televisão já era comercializada. Aqui no Brasil, ela chegaria no ano seguinte a publicação da primeira edição do livro, de 1949. Computadores existiam na forma de máquinas da IBM de fitas perfuradas, mas realmente eram mais próximas das geringonças do Babbage do que dos modernos micro-computadores.

A idéia do 1984 me parece uma releitura de material estudado na filosofia dos séculos XVII e XVIII com uma dose inegavelmente visionária de tecnologia "de ficção" a serviço do controle. Não obstante, o mundo tinha passado, pouco tempo antes, pelo fenômeno impressionante da máquina de propaganda nazista via rádio, cinema, e mesmo televisão (pasmem, as primeiras tvs do mundo foram as Spiegel Tvs experimentais da Alemanha Nazista desde 1935). Na Inglaterra chegaram acho que em 1939 e nos EUA, na metade dos anos 40, já eram milhares de aparelhos.

Estudos sobre a psicologia das massas pipocavam, e não só a U.R.S.S como a China em meio a uma revolução serviam de material pra análise. Enfim, um mundo de conflitos, totalitarismos e uma mídia de massa que se descobria cada vez mais útil para tiranos, em uma época onde a palavra interatividade não fazia parte do imaginário industrial (lembrem-se que você podia escolher a cor do seu Ford-T desde que ele fosse preto ;) ). E nesse ponto Orwel não anteviu o futuro. A interatividade do usuário com a interface, mais amigável, e a troca livre de informação, eram demais pra imaginação de George, que reconheço eu, já ter atingido um grau visionário notável. E a época não ajudava! Viviam-se tempos de controle estatal da mídia seja no ocidente, seja no oriente. Regimes políticos se chocavam e livre-mercado era ainda uma idéia distante dos keynesianos anos 40.

O mundo mudou de um modo que nem Orwel poderia antever.
A propaganda de lançamento dos Macs, na final do superbowl de 1984, eram cenas do filme 1984 e passavam o slogan "Porque o Mundo Nunca Vai ser como em 1984".

Como Verne, acertou ao imaginar o foguete que guinaria o homem a lua, mas errou no que ele encontraria ao chegar lá. E isso é ruim? Não. Se ele fosse mais preciso teriamos perdido uma obra literária fabulosa.

Nhé, duvido que alguém vá ter saco de ler isso tudo. :P
 
Eu não tenho uma opinião formada no que diz respeito a questão que o mundo pode realmente se tornar o que Orwell descreveu. Eu não sei se chegaremos a esse ponto, mas obviamente dá pra traçar algumas semelhanças e referências entre o livro e a realidade.

Em diversos pontos o mundo atual se assemelha com o universo de 1984, como a falta de privacidade e liberdade, manipulação e até mesmo o imperialismo americano, que demonstra cada vez mais ambicioso em preserver a soberania, usando táticas como o protencionismo e a ALCA (que, involuntariamente, freqüentemente vinha na minha cabeça enquanto lia o livro como a semente que mais tarde viria a germinar uma das "três grandes superpotências" descritas por Orwell :eek:)

Ao mesmo tempo, vejo que estamos numa época complexa demais, tanto em termos geopolíticos e econômicos, como em termos tecnológicos. Podemos obter onformações de qualquer lugar do mundo a hora que nos convém, nos comunicamos constantemente através da internet e telefone; e para que o mundo de George se concretize, esses pontos teriam que ser quebrados e eu não creio que seja tão simples assim. Talvez, um dia, quem sabe, quando eu não estiver mais vivo. :mrgreen:

Portanto, eu não vejo o livro como uma antecipação do futuro, mas uma fonte de semelhanças com a realidade que acaba se tornando um alerta.

De qualquer maneira, esse universo de 1984 é o que eu chamaria de "pensar alto", e poderia considerá-lo viagem se não fosse tão verossível. O autor busca razões plausíveis para que a situação tenha chegado àquele ponto, a ponto de você acreditar mesmo que aquilo esteja acontecendo e fazer com que você se sinta lá; e é justamente pelo fato de você estar lá que faz com que o livro seja tão perturbador.

E o final não é previsível. O problema é que antes de eu ler o livro já tinha ouvido muitos comentários do tipo "O final é muito perturbador", e eu não conseguia imaginar outro desfecho pessimista diferente daquele. Mesmo assim choca. É tenso, inquieto e extraordinário. Provavelmente um dos melhores livros que já li. :clap:
 
O que me indigna é que muito se fala em 1984 "onde as pessoas são vigiadas por cameras de TV"... UAU como se fosse apenas isso.

Uma pequena parte das pessoas tinha as TELETELAS. O resto não era capaz de pensar fora das linhas do duplipensar...

Esse livro é genial. Deveria ser obrigatório nas escolas.
 
Em primeiro lugar, gostaria de dizer a minha opinião sobre o livro: Fantástico. Foi o segundo livro do autor que eu li, o outro foi a Revolta dos Bichos que eu gostei ainda mais, e é espetácular, adoro boas metáforas. Os livros dão para mim uma idéia diferente do objetivo principal que o autor queria críticar, o comunismo. Parece que a realidade mostrada ali se mostra concreta hoje de alguma forma forma. Contrário de alguém que escreveu antes acho que os "crime-idéias" são punidos de alguma forma sim, ou são colocados como ridículos pela sociedade ou são incorporados como se sempre fizessem parte dela acabando por perder o seu teor indagador e o seu propósito original.

Em segundo lugar gostaria de deixar uma crítica a uma opinião que li aqui: "Mesmo assim tem tanto livro melhor para ler "????? Tudo bem gente, que este é um fórum e que devemos expor nossas idéias, mas quando fazemos essas críticas, estamos nos assemelhando a todos os "idiotas" que críticam nosso tão cultuado O Senhor dos Anéis, gosto é que nem c*, cada um tem o seu, você não é obrigado a gostar de nada que não te dê prazer, não existe um critério de belo e certo que seja intocável. Sabendo disso acho que não deveriamos fazer esse tipo de comentário... chega até a ser desrespeitoso.

Saudações Cordiais.

"O conhecimento da ignorância é o começo da sabedoria"
-As Brumas de Avalon
 
Nossa, eu já ia começar a falar de A Rev dos Bichos, do livro, do filme.. mas depois vi que se tratava de 1984, que estou pra ler ainda.. mas dequalquer modo é Orwell!
 
Só consegui ler até a metade, mais ou menos até a parte que ele começa a encontrar a moça. Pelo pouco que li, posso dizer: dá medo. Havia horas que eu fechava o livro e tinha a sensação que um teletela ia aparecer na minha frente. Afinal, já somos vigiados na rua, nas partes comuns de um prédio e para ser vigiado em casa, falta pouco.

Se "Revolução dos Bichos" é uma visão do passado, quem sabe 1984 seja uma visão do futuro?

Depois que terminar o livro que estou lendo, juro que lerei "1984" de novo. E faço um post decente.
 
Não é mal adaptado, só sofre do mesmo mal que ocorre em qualquer troca de mídia. Algumas nuances ou divagações de Orwell não podem ser colocadas no cinema.
 
1984 é um livro maravilhoso. Instigante e, ao mesmo, tempo apavorante, sufocante. Imaginar que o mundo pode chegar aquele divisão terrível e se deteriorar daquela maneira é tenebroso.

Nota 10 pro gênio Orwell :clap: :mrgreen:
 
Ana Lovejoy disse:
Não é mal adaptado, só sofre do mesmo mal que ocorre em qualquer troca de mídia. Algumas nuances ou divagações de Orwell não podem ser colocadas no cinema.

Eu já acho q o filme é ruim mesmo, ruim de doer, inclusive.

Injustiça colossal com um dos melhores livros de todos os tempos.
 
Li esses dias e gostei muito pq achei muito interessante, sobretudo, a atualidade do livro. Não sei se foi só eu mas, qd li sobre a questão do manter a população sob uma clima de guerra, não pude evitar de pensar nos EUA. O que me faz pensar: "Será que Bush leu 1984?" (acreditando que ele saiba mesmo ler :P )

De qualquer forma, achei o livro fantático, apesar de...

SPOILERS...
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... apesar de achar que o romance de Winston quebrou um pouco o ar "viajante" do livro. Mas com aquele final, eu desculpei totalmente o romance.

Fiquei passada também com aquela tortura com os ratos 8O, acho q o desenrolar disso foi fantástico!!!
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FIM DOS SPOILERS...

Para quem não leu: Eu recomendo! :D
 
Li esses dias e gostei muito pq achei muito interessante, sobretudo, a atualidade do livro. Não sei se foi só eu mas, qd li sobre a questão do manter a população sob uma clima de guerra, não pude evitar de pensar nos EUA. O que me faz pensar: "Será que Bush leu 1984?" (acreditando que ele saiba mesmo ler )

O filme é citado dessa maneira no filme Farenheint 11 de setembro, do Michael Moore.
 

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