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Livros de Jornalistas

Ana Lovejoy

Administrador
Faz algum tempo que eu estou para comentar sobre isso aqui e sempre acabo esquecendo. Eu não estou falando de livros de jornalista no sentido "romances escritos por jornalistas", mas naqueles conjuntos de crônicas que vira e mexe algum mais renomado (e iluminado) e escreve.

Na época que eu era uma xóvem xúniar sonhando em ser jornalista, ganhei "Crônicas de Repórter" do Pedro Bial. Eu, que odiava o Bial que via na TV (na época ele tinha acabado de começar a apresentar o Fantástico), comecei a levar em conta o Bial do papel. Ele consegue dar uma visão bem poética de fatos crus como uma guerra.

Outros livros que tive a sorte de conhecer foram "Olhar Crônico", do César Tralli, e "A Invasão das Salsichas Gigantes", do Arnaldo Jabor. No caso do primeiro, foi interessante principalmente porque nunca tinha prestado muita atenção no Tralli até ler o livro. Não chega a ser tão bom quanto o Bial, mas levando-se em conta que o cara vive de palavras, dá para ver que aqui o nível é alto e não ser "tão bom quanto" não significa ser ruim ou medíocre.

O caso do Arnaldo Jabor é complicado. Eu sou completamente apaixonada por ele, principalmente porque ele consegue envolver arte com qualquer outro assunto. É um baú de boas referências, digamos assim. O problema é que os textos dele têm muito de um teor pessoal, que nem sempre é o que procuramos em um texto para jornal. O fato se torna apenas uma ponte para as reminiscências.

Bom, no caso dos três livros vale a pena dar uma lida, principalmente pela questão histórica. O do Bial, por exemplo, tem várias lembranças da guerra do... hihihihi... vcs lembram que ele falava "cuêiti"? Eu sempre invoquei com isso :mrpurple:
 
Eu li, um tempo atrás, um livro do Carlos Dorneles.O livro é muito bom.É uma crítica aos meios de comunicação_O nome do livro:Deus é inocente.
 
Eu gostei muito do "Olhar crônico" do césar tralli por causa dos vários lugares que ele esteve,e eu acho que por ele ter orado uito tempo e londres ele adiquiriu o faoso "humor ingles"

Alias... as melhores crônicas do livro sao aquelas que se passa na inglaterra,como qnd ele descreve a frieza dos vizinhos ingleses.Uma ótima tb é a do expresso oriente.O tralli fala que é "o trem mais luxuoso do undo...mas não tem nenhu chuveiro![...]daquele dia em diante eu passei a entender porque os franceses são tão bons em perfumes..." Demais neh?
 
puxa, puxa, puxa! eu tenho que comentar isso aqui!

não é um livro de jornalista, mas sim o que chamam de jornalismo literário (:eh:). ele foi escrito pelo mesmo cara que escreveu a obra na qual foi baseada o filme "Bonequinha de luxo", o Trumam Capote. O Livro se chama "A Sangue Frio" e conta a história do assassinato da família Clutter, um caso que realmente aconteceu lá nos EUA. É muito interessante mesmo, e fazia tempo que não lançavam edição nova aqui no Brasil, e você só encontrava (com muita sorte) em sebos.

imagem.dll


não percam a oportunidade de dar uma lida :grinlove:
 
eu gostei da biografia de Rommel e de um livro escrito sobre uma invasao de uma cidade alema ... ambos os livros sao de jornalistas...


Dwarf
 
Indico aqui o livro "Waaal - O Dicionário da Corte" de Paulo Francis. Ele tem uma visão bem diferente dos fatos que nos cercam, mostrando que aquilo que parece óbvio para nós, às vezes pode ter um significado bem diferente. Vale a pena!!!
 
Um livro de jornalista que eu adoro e recomendo é Cidade da Alegria de Dominique Lapierre. O livro está esgotado, mas vale a pena procurar em sebos porque é muito bom. :clap:

Esse livro infelizmente recebeu uma adaptação para o cinema com Patrick Swayze chamada Cidade da Esperança. :puke:
 
e esses livros ajudam para quem quer ser jornalista....ou como eu que ainda não sabem o que vão ser ajundam a saber se é essa a profissão que agente quer....
 
Meu pai tem "olhar cronico" mas eu nunca me interessei...

do que se trata?

e... coisa idiota: lovejoy, quem eh mesmo ajudante de papai noel? é o o cachorro do doug?
 
Olhar Crônico são crônicas escritas pelo César Tralli baseadas em reportagens que ele fez. Vale a pena, o cara tem uma sensibilidade muito boa na hora de escrever

E Ajudante de Papai Noel é o cachorro do Bart :grinlove:
 
Bueno...

Recomendo a série de livros do Elio Gaspari sobre o período em que o Brasil foi comandado pelos militares: A Ditadura Envergonhada, A Ditadura Escancarada e A Ditadura Derrotada.

Além destes, cito duas biografias: Minha Razão de Viver, do Samuel Wainer (esta, uma auto-biografia póstuma) e Chatô, Rei do Brasil, versando sobre o maior jornalista que este país já viu, Assis Chateaubriand.
 
Láthspell disse:
Recomendo a série de livros do Elio Gaspari sobre o período em que o Brasil foi comandado pelos militares: A Ditadura Envergonhada, A Ditadura Escancarada e A Ditadura Derrotada.

Eu estou lendo essa série sobre a ditadura. Ainda estou no 1º livro mas estou adorando. É realmente muiiito bom!!!!!! :obiggraz:
Pretendo ler todos os outros livros da série.

Livros de jornalistas... eu li e gostei muito dos livros do Zuenir Ventura Inveja, o mal secreto e 1968 - O ano que não terminou. Ambos são romances, mas são escritos por um jornalista e são ótimos!

Um livro que tenho na minha lista de livros p/ ler é O abusado e Rota 66 do Caco Barcellos.
 
Devolvendo vida ao tópico...

Li o livro Dias de Ira do jornalista Arrudo Roldão sobre a série de assassinatos atribuídos ao "Maníaco do Trianon", um michê que passou a assassinar seus clientes. O livro é muito bom porque não se restringe a narrar fatos baseados em inquéritos policiais, mas faz uma análise da prostituição masculina do final dos anos 70 pra década de 80 e analisando também um pouco do comportamento homossexual em si.

Agora estou empenhada na leitura do livro Notícias do Planalto, de Mário Sergio Conti, que conta como foi o relacionamento entre o ex-presidente Fernando Collor de Melo e a imprensa. O interessante é que o livro não é só uma síntese de teoria da comunicação e política, mas tb conta a história de veículos (Veja, Folha de S. Paulo, O Globo, Rede Globo, etc) que foram importantes durante a subida e queda de Collor. Livro muito interessante que eu recomendo msm sem ter termindado de ler.
 
Eu vou começar a ler amanha o "Por dentro do Governo Lula" da Lucia Hippolito. O livro é uma compilação de todas as reportagens dela desde o início do governo lula até agora, ou seja, vou ter mais um ano de argumentos pra descer o cacete no barbudo bêbado safado. :mrgreen:

O Lordpas ta ferrado :lol:
 
um que gostei muito foi "Chatô, O Rei do Brasil"... me acabei de rir das travessuras do famoso Chateaubriand (é assim que se escreve?) ...ah, mas falando em livros escritos por Jornalistas, eu gostei muito de um feito pelo Sílio Boccanera, chamado Jogo Duplo...o livro basicamente revela a vida do jornalista em meio a um caos dentro de um país em guerra contra o terrorismo...é meio louco e muito bom de se ler!!!
 
Última edição:
Errr... falando em livro de jornalistas eu prefiro os livro-reportagens. Os tops da minha lista são O Gosto da Guerra, O Abusado e Rota 66. Eles se tornam parecidos pelo jornalismo investigativo, mas cada um tem suas singularidades e riquezas, digamos assim, de informação e esclarecimento. :D
 
Um livro de 4 jornalistas portugueses é "Timor, o insuportável ruído das lágrimas". Um livro que conta os acontecimentos de violência aquando da independância de Timor.
 
Acabei lendo Olhar Crônico por causa do post da Joy. É interessante, larga a linguagem imparcial e fria do jornalismo e lança mão desse olhar sensível, como disse a Joy. E o livro balanceia deliciosamente entre humor e drama, relatando desde as peripécias bizarras das pessoas infectadas pela tal "Síndrome de Jerusalém" até a triste observação de uma área ucraniana desolada pelo maior acidente nuclear da História.

Um que eu recomendaria é O Que é Ser Jornalista, do Ricardo Noblat, que como o nome sugere tem como objetivo incentivar os jovens a seguir (ou não) a profissão. Mas antes de qualquer julgamento, é importante frisar que não possui uma linguagem didática; simplesmente contém relatos de várias situações vividas pelo autor durante o exercício da profissão. Nesse sentido ele se assemelha ao estilo do Tralli, por usar uma perspectiva parcial e sensível, além de misturar frequentemente seriedade com humor. Há um capítulo particulamente tenso em que vemos seu diário escrito durante um momento de tensões políticas em Angola. Li porque já admirava o trabalho dele (atualmente escreve para um blog) e passei a gostar mais ainda.

Mas o mais interessante que lembro agora é A Arte da Entrevista, que é basicamente uma compilação fascinante de entrevistas valiosas e raras com celebridades históricas e etc, como Freud, Oscar Wilde, Marx, Hitler, Madame Satã, Drummond, Hitchcock, Fidel Castro, Tolstói, Lula, entre outros. Esse é foda, mesmo.
 
Gil_Gaer disse:
Agora estou empenhada na leitura do livro Notícias do Planalto, de Mário Sergio Conti, que conta como foi o relacionamento entre o ex-presidente Fernando Collor de Melo e a imprensa. O interessante é que o livro não é só uma síntese de teoria da comunicação e política, mas tb conta a história de veículos (Veja, Folha de S. Paulo, O Globo, Rede Globo, etc) que foram importantes durante a subida e queda de Collor. Livro muito interessante que eu recomendo msm sem ter termindado de ler.

Esse livro é uma maravilha. Demorei séculos para terminá-lo dadas suas 700 páginas e o excesso de informações [o que no fim das contas faz você esquecer qual o nome do vice acessor de imprensa do deputado no governo feito com Malan, já que é um festival de nomes] por ser completo e fundamental na política brasileira.


A Arte de Fazer um Jornal Diário de Ricardo Noblat, que comandou a revolução ocorrida no Correio Brasiliense, tirando-o do limbo e o transformando num dos maiores jornais do país. É fundamental, básico, tem dicas preciosas e encaminhamentos fabulosos de um dos maiores jornalistas do país.


Hiroshima de John Hersey, tido por muitos como a maior reportagem do século XX. Hersey, reporter da revista Time - se não me engano - faz uma matéria sobre a bomba que dizimou Hiroshima baseado apenas nos relatos dos sobreviventes da catástrofe. 40 anos depois, o jornalista retorna ao país e observa o que mudou ali e na vida das 6 personagens escolhidas por ele no pós-cogumelo atômico. É brutal a narrativa de Hersey sobre os horrores da arma de destruição em massa. Os detalhes de um jornalismo quase reflexivo o tornam interessantíssimo.


depois lembro de mais. =]
 

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