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[L] [Cibele] [Desvende o Crime - Contos absurdos]

Cibele

Usuário
[Cibele] [Desvende o Crime - Contos absurdos]

Minha idéia é a seguinte:

Durante a semana estarei mandando um conto sobre um assassino contando seu homicídio. Esse assassino mandará uma carta por dia explicando como tudo aconteceu. No final do conto, ou seja, sexta feira, vcs têm que descobrir quem ele matou... essa de descobrir assassino já está batida demais...

Se der certo eu faço outro conto semana que vem...
 
Carta I - Introdução ao absurdo

A arma ainda está quente...
O som manso de uma música antiga toca melancólica esses meus ouvidos cansados. Os gritos que vêem ao longe se abstraem na temperança do que sinto. E tudo o mais é apenas o cenário indiferente dessa trama errônea que sigo.
Desculpe-me caso manche de cinza seu céu azul, mas a verdade é um fardo muito grande para se carregar sozinha. Quando as máscaras caem, os rostos aparecem... no ato final os personagens se revelam atores. E aqui todos os inimigos estendem seus olhares orgulhosos sobre a minha derrota absurda. Então o verde já não é tão vivo, todas as palavras me abandonam mudas sorrindo. E eu sou o Vazio.
E nesse vácuo de Ser procuro um sentido real... mas antes que rasgue essa carta deixe-me mostrar-lhe a mulher e a verdade por trás de seus olhos, o que existe de vivo naquele que dá a morte...
 
puts... muito interessante a idéia...

por enquanto naum da pra saber nada, claro, mas ja to ansioso por uma ocntinuação

ficou mto bom, parabéns
 
Carta II

Existia uma arma preta sobre a mesa. Ao toque o metal era gélido. Tão gélido quanto o meu coração que batia indiferente. A arma era mais preta do que deveria ser, o metal era mais vil do que lhe era suposto , meu coração mais impassível do que acreditava. E minhas mãos apenas brincavam com a arma sem se dar por isso. Assim como uma criança acaricia o seu brinquedo. A arma era apenas preta, o metal era apenas gélido, meu coração apenas mais um músculo.
Exitia um sorriso para os meus lábios. Eu não o encontrara. Procurava em vão na escuridão do meu ser aquele adorno. E como a viúva veste seu longo vestido negro chorando as mágoas de uma virgindade perdida... eu vestia meus lábios com aquela amargura penosa. Aqui eu errava entre sentimentos estranhos... andando solitária em um estrada erma onde ninguém saberia quando parar ou onde terminar.
Existia uma vidraça. A noite por trás da vidraça segurva um espelho à minha frente. E no espelho uma mulher me olhava. Como criança brincava com uma arma preta, gélida ao meu parecer. Tão preta e tão gélida quanto os olhos que me observavam. E os olhos eram o portal de seu coração. E ali, observando o que era ela... e ela vendo o que era eu, descobrimos em expressão conjunta a verdade cruel: ambas éramos uma. E sendo a mesma sorrimos nossa amargura juntas.
 

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