• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Demolidor - O Homem Sem Medo (Daredevil, 2003)

Lorien_bsb disse:
O Gil (rei Noldor), como vc parece conhecer bem a hist'ria do Demolidor, poderia ter a gentileza de me responder por que ele não tentou salvar Elektra,, pois se ele estava quase morto, como é q depois consegue subir na torre da igreja, matar o mercenario e depois quase matar o rei do crime? já perguntei isso mas nesse clube do bolinha aqui , ninguém me respondeu.

Eu não conheço muito bem a história...mas o meu palpite é de q ele se recuperou...por causa dos super-poderes q ele adiqriu...mas sei lá...eu nunca tinha ouvido falar de Demolidor antes do filme... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

mais uma pergunta: se o tato dele ficou mais apurado...ele não deveria sentir dor ao invés de ganhar mais equilibio??? :eh:
 
Eu não conheço muito bem a história...mas o meu palpite é de q ele se recuperou...por causa dos super-poderes q ele adiqriu...mas sei lá...eu nunca tinha ouvido falar de Demolidor antes do filme...

Eu conheço o Demolidor a bastante tempo, e que eu saiba ele não tem fator de cura. Na cena da Elektra, ele ouve (ou seja, vê) o seu coração parando. Ele tem certeza de que ela está morta, de que não há mais nada a fazer, por isso a deixa para a polícia, que poderia cuidar do corpo. Quanto a ele subir na cruz da Igreja, não vejo outro motivo para isso a não ser criar uma cena surreal, pois que eu saiba não tem uma porta secreta para ele entrar na Igreja por cima, e em seu estado seria bem mais fácil entrar escondido por baixo, principalmente por causa dos helicópteros da polícia. A sua luta com o mercenário e com o Rei do Crime pode ser encarada como uma metáfora do Boxe, de que enquanto o gongo não tocar a luta ainda está valendo, não importam as suas condições físicas. Pelo menos foi assim que eu entendi.

mais uma pergunta: se o tato dele ficou mais apurado...ele não deveria sentir dor ao invés de ganhar mais equilibio???
Essa parte foi mostrada rápido demais no filme. Nos quadrinhos ele passa a sentir um lençol de hospital, fino e liso, como se fosse uma lixa em sua pele, é uma sensação angustiante, e demora até ele se acostumar com a sensibilidade excessiva da pele. Acho que justamente pelo fato dele ter se acostumado, ele aprendeu a controlar sua dor, como aqueles caras fazem ao deitar em cima de uma cama de prego.
 
Garfield disse:
Puxa, esqueci esta, foi mal. Essa parte foi mostrada rápido demais no filme. Nos quadrinhos ele passa a sentir um lençol de hospital, fino e liso, como se fosse uma lixa em sua pele, é uma sensação angustiante, e demora até ele se acostumar com a sensibilidade excessiva da pele. Acho que justamente pelo fato dele ter se acostumado, ele aprendeu a controlar sua dor, como aqueles caras fazem ao deitar em cima de uma cama de prego.

Valeu pelo esclarecimento...eu me confundi no filme...mas eu ainda não entendo porque ele ganhou mais equilibrio...pq não é um sentido q determina o equilibrio...ou é?? :?
 
O equilibrio está muito ligado a receptores que estão estão localizados no ouvido interno (no labirinto), por isso qaundo se tem labirintite vc fica com falta de equilíbrio. Além do fato da maior consciência dele do sentido de posição do seu corpo no espaço, parado ou em movimento, sem o auxílio da visão, ( ou seja qundo vc fecha os olhos vc pode dizer em que posição se encontra seu corpo, todas as as partes, e pode repetir com um braço a mesma posição do outro braço)esta capacidade chama-se propriocepção ou cinestesia , todos a temos e a dele ampliou( pode ser considerado um sentido)OK!:wink:
Mas ainda Nào entendi poruqe ele não ajudou a elctra com o Mercenário.
 
SPOILERS LÓGICO!!!

Acabei d ver o filme e naum parava d pular e falar do filme... fiquei eufórica.
Naum achei q o filme iria ser metade daquilo! serio! naum esperava um filme decente!

Naum entendo nada d hq e muito menos do comic de Daredevil. Entaum posso acabar falando algumas besteiras e nem posso comprarar o filme com o hq.

As coisas q mais gostei do filme foi o estilo do Demolidor, ser meio anti-heroi. Naum sei... os herois sempre saum certinhos e partem do principio d naum matar ninguem e ele naum... ele naum tem pena.. tem eh raiva dos bandidos e mata sem perdão.
Achei isso otimo pq naum imaginava q ele era assim.

Tb gostei muuuito do Mercenário. Naum eh soh pq ele eh o Colin q eh o amor da minha vida... nem eh... :grinlove:
Ele tem um jeito de vilão, estilo de vilão, mas sem todas as palhaçadas d usar fantasias com caras demoniacas ou super poderes incríveis.... eh apenas um bandido com uma mente um tanto malvada... hehe
(naum podia deixar d falar do sotaque... ai ai. o ingresso jah tinha valido soh pelo sotaque...)

A Elektra sinceramente achei um tanto apagada. Ela acabou naum tendo uma utilidade no filme... Naum foi nem tanto a atuação da Jennifer, foi q a personagem naum teve espaço.

E fiquem ateh o final dos créditos! Vale a pena! Eh bem legal....
 
O Gil (rei Noldor), como vc parece conhecer bem a hist'ria do Demolidor, poderia ter a gentileza de me responder por que ele não tentou salvar Elektra,, pois se ele estava quase morto, como é q depois consegue subir na torre da igreja, matar o mercenario e depois quase matar o rei do crime? já perguntei isso mas nesse clube do bolinha aqui , ninguém me respondeu.

Olá... Senhora de Lórien... a tempo não nos falamos!!

Pelo que sei.. o Demolidor conquistou muitos fãs... assim como o Aranha... por ser "quase" normal... ou seja.. apesar dos poderes... existem as limitações e muita coisa os dois conquistaram pelas virtudes de serem humanos... ou seja... por garra, raiva, amor e em vários momentos... ódio (Quem não lembra do Aranha arrancando os tentáculos do Octopus com uma raiva tão grande que impressionou!)!! Alí naquela cena, nos quadrinhos o Demolidor tinha levado um pau da Elektra e estava ferido (pelo que me lembro... não tenho mais essa revista e faz tempo que li) e ela descobre que o Mercenário é o culpado... depois leva tempo para o Demolidor se recuperar... mas ali no filme aconteceu tudo rápido...o Demolidor não tem fator de cura... o que ele tem é um treinamento em artes marciais que entre eles ensinam a ignorar a dor até a morte... isso talvez explique!! Se alguém tiver uma melhor... eu agradeço!!

Mas nas HQs não é tão exagerado, é?
Ele arremessa o Demolidor tantas vezes como se este fosse uma bolinha de papel. Pelo menos para o filme, ficou forçado.

É incrível... até a saga "A Queda de Murdock" pouco sabíamos sobre Wilson Fisk e quando mostra ele fazendo exercícios com pesos imensos é que percebemos que aquilo tudo era musculo e denso... O Rei do Crime é muito forte e na briga com o Demolidor ele arrebenta com o herói cego e somente quando Matt apaga as luzes é que ele passa a ter alguma vantagem e mesmo assim não foi fácil... acho que foi a luta mais difícil do Demolidor, eu cheguei a pensar que Wilson Fisk era um mutante... esse assunto estava em moda na época! E é aquilo mesmo.. ele arremessa o Demolidor na parede várias vezes... depois disso Matt fica um bom tempo em recuperação... a freira que supostamente é a sua mãe desaparecida é que cuida dele!! Pelo que me lembro, gente... li isso a muito tempo!!
 
Adorei isso Gil! quer dizer q no lugar do padre q ajuda ele é uma freira? q supostamente é a mãe dele? Mas por que é q o povo gosta de tirar coisas legais como essa dos filmes adaptados? :wall: isso sim tem muito mais lógica do q um padre acobertar ele (já q ele mata o caras), e nem explicam isto direito no filme (fica parecendo q ele é um católico , penitente, q quer o perdão de Deus pelo q faz. Ou ele é assim mesmo?
Acho q me tornei fã dessa história agora! Apesar do filme ter sido legal, as HQS parecem se bem melhores! :clap:
 
Tb gostei muuuito do Mercenário. Naum eh soh pq ele eh o Colin q eh o amor da minha vida... nem eh...
Ele tem um jeito de vilão, estilo de vilão, mas sem todas as palhaçadas d usar fantasias com caras demoniacas ou super poderes incríveis.... eh apenas um bandido com uma mente um tanto malvada... hehe
(naum podia deixar d falar do sotaque... ai ai. o ingresso jah tinha valido soh pelo sotaque...

Verdade Vihv's!! O Colin é tudo...podem me chamar de flooder não tô nem aí!
 
O gente vi o filme do demolidor hoje e achei demais os efeitos especiais são muito bons , o mais legal é como eles demonstram a formação de "imagens" na cabeça do demolidor , outra parte boa é quando ele encontra a elektra (que no filme é linda !!!!!!) muito bom nota 9,5
 
Achei muito bom o filme, tá certo que ele é muito sombrio e isso facilita um pouco o trabalho, mas os CG's estão muito melhores do que o do Homem-Aranha. Eu particularmente adorei o filme e recomendo. Claro, sempre existem alguns lapsos e a história nunca é completamente fiel (e qual adaptação é?) Mas como filme não tenho do que falar, quanto adaptação faltou só o stick pra ficar legal! (não esqueçam, o filme não é sobre a Elektra, ela não ficou parecida com a Elektra dos quadrinhos, mas fazer o que? O filme é sobre o Demolidor, não é? Se pensarmos assim, nem iriamos assistir AdT, porque reinventaram o Faramir... :roll: )
Nota 9,0!!!

P.s.: O pessoal tá se superando!!! Seguindo esse ritmo, Hulk vai ser muito phod*!!! :mrgreen:
 
O Demolidor não é um filme ruim, mas também não é "nossa, como é maravilhoso esse filme".

-----(SPOILER)-----

Ouvi muita gente comparando com O Homem-Aranha, e eu não gosto de comparar filmes, mas o filme do Cabeça de Teia me apeteceu mais. Achei que a transição de Peter Parker em Homem-Aranha foi mais profundamente ilustrada do que o do Matt Murdock em Demolidor.

Mas gostei da atmosfera sombria do filme, e adorei o efeito "radar" da audição/visão do Matt Murdock. Aliás a cena do menino Matt se descobrindo cego e com super audição é tocante e humana.
Ben Afflec estava bem e Jennifer Garner fez uma Elektra muito interessante.
Sem querer bancar a purista, eu senti um pouco a falta da roupa ninja vermelha dela, mas fiquei feliz porque o violento golpe final de sua luta com Bullseye foi fidelíssimo ao dos quadrinhos!

Outro ponto fraco do filme foi que o Rei do Crime foi facilmente vencido. O Demolidor logo que percebe a identidade do seu inimigo e o seu confronto com ele é rápido e não muito excitante.
Já o Collin Farrel fez um Bullseye bem mais legal.

O meu namorado criticou muito os "super-pulos" do cara, mas eu gostaria de acrescentar que é um filme de super heróis portanto verossimilidade (se é que essa palavra existe) não é bem o forte aqui.

Enfim, achei que foi na média. Nota 7.

Pra falar a verdade, o que realmente me preocupa é X2.
Tomara que não detonem com os Filhos do Atomo.
 
Adorei isso Gil! quer dizer q no lugar do padre q ajuda ele é uma freira? q supostamente é a mãe dele? Mas por que é q o povo gosta de tirar coisas legais como essa dos filmes adaptados? isso sim tem muito mais lógica do q um padre acobertar ele (já q ele mata o caras), e nem explicam isto direito no filme (fica parecendo q ele é um católico , penitente, q quer o perdão de Deus pelo q faz. Ou ele é assim mesmo?
Acho q me tornei fã dessa história agora! Apesar do filme ter sido legal, as HQS parecem se bem melhores

Senhora de Lórien... deixa eu ser mais claro!!

Não... não é bem assim!! Na saga "A queda de Murdock" acontecem várias coisas e cito ela como uma das principais... a Elektra não faz parte dessa saga...!! Nessa saga uma freira encontra Matt as portas da morte, todo ferrado, sujo, ferido por um papai noel assaltante... e ele se lembra do cheiro dela... e passa a crer que ela é a sua mãe, mas não fica claro isso na saga!! A suposta amizade com o padre não fica exposto em nenhuma saga do Demolidor... não existe isso... esse filme foi uma junção de coisas... uma história que não existe nas HQ´s... as referências é que sim... tipo a morte de Elektra... a descoberta da identidade de Matt por Ben Urich... !!

Vai um texto sobre o Demolidor sobre a fase mais importante na minha opinião.. só pra vc conhecer um pouco mais!!



Fonte: www.omelete.com.br


O Demolidor, em uma de suas mais antológicas passagens

Os tempos não andam bons para o Demolidor. Heather Glenn, uma de suas antigas paixões, suicidou-se. Sua firma de advocacia - em parceria com o agora não tão sorridente Foggy Nelson - faliu após a má publicidade de um caso recente. Glorianna O’Breen, a irlandesa ex-militante do IRA e sua nova namorada, não entende suas mudanças abruptas e freqüentes de comportamento. Além disso, sem que, ao menos, desconfie uma mulher de seu passado está prestes a vender seu maior segredo por uma mísera dose de heroína. Como vêem, basta uma gota d’água para Matt Murdock tornar-se um homem em frangalhos.

Digamos que o Rei do Crime tenha uma mangueira...

Era esse o cenário da revista Daredevil no início de 1986 que esperava Frank Miller, o autor que, de 1979 a 1982, havia levado o Demolidor ao estrelato das HQs, e que agora voltava às suas páginas disposto a virar a personagem de cabeça para baixo. Acompanhando-o em sua nova investida na vida do herói cego, Miller contava com o então novo e promissor desenhista: David Mazzucchelli.

O CENÁRIO ANTES DA QUEDA

O ano era 1985. A época final de algumas das grandes obras dos quadrinhos americanos. A revista Daredevil ainda tentava se recuperar da perda de Frank Miller, que havia deixado suas páginas em 1982. Denny O’Neil, o então roteirista do título, não vinha mantendo o clima gerado por seu predecessor, apesar de contar com a grande ajuda do novato David Mazzucchelli.

Daredevil era o primeiro título regular que Mazzucchelli havia assumido na Marvel após desenhar histórias soltas do Mestre do Kung Fu, Indiana Jones e Guerra nas estrelas. Impressionado com seu trabalho, Bud Budiansky, o editor do Demolidor na época, convidou-o para ilustrar a personagem. Como O’Neil estava de férias, sua primeira história - "The deadliest night of my life" - foi escrita por não outro senão Harlan Ellison, o renomado escritor de ficção científica, autor de Spider kiss, e apaixonado por HQs. Sem dúvida alguma, um ótimo sinal.

A cada edição, ficava evidente o crescimento artístico de Mazzucchelli, mas seu ponto de virada foi a edição 220, cuja história, Fog (Brumas, no Brasil) incitou-o a simplificar seu desenho, arriscando composições experimentais e designs mais fortes. Era o início de sua tendência a abrir mão do detalhamento supérfluo que atingiria o clímax, muitos anos depois, em obras como Cidade de vidro e Rubber blanket. Na época, embora de maneira mais tímida, o desenhista já estava se deixando influenciar pela escola impressionista de pintura.

Frank Miller, por sua vez, vinha traçando uma trajetória meteórica nos quadrinhos. Tendo recebido carta branca da DC Comics, lançou uma mini-série experimental chamada Ronin e tornou-se unanimidade com seu Batman: O Cavaleiro das Trevas. No entanto, embora ausente das páginas de Daredevil, ele não havia se afastado completamente do herói. Nesse período, produziu a graphic novel Demolidor: amor e guerra em parceria com o ilustrador Bill Sienkiewicz, demonstrando um talento especial para obras em co-autoria.

O Demolidor, propriamente dito, não ia bem das pernas. Apesar da experiência do veterano Denny O’Neil, os roteiros não encantavam os leitores, talvez saudosos da genialidade de alguns anos antes. De repente, uma luz no fim do túnel. Frank Miller deu sinais de que pretendia voltar ao título. Escreveu uma singular história fechada, "Badlands", para a edição 219, desenhada pelo veterano John Buscema e colaborou em Brumas. Era o sinal de que, no que dizia respeito ao Homem Sem Medo, o filão do roteirista ainda não havia se esgotado.

O’Neil deixaria a revista no final de 1985, e Miller reassumiria o título apenas por algumas edições, exigindo que Mazzucchelli, por cuja arte se dizia apaixonado, permanecesse. Seu retorno efetivo ao título se deu na edição 226, em uma história escrita a quatro mãos com Denny O’Neil. Ele preparava terreno para "Born again", uma saga em sete edições, que, no Brasil, foi batizada de "A queda de Murdock".

Na edição 227, o primeiro capítulo de "Born again", Miller e Mazzucchelli, trabalhando em perfeita simbiose criativa, não tardaram a estabelecer os principais protagonistas da saga. Além de Matt Murdock, terão destaque o repórter do Clarim Diário, Ben Urich, criado por Miller em 1979 quando descobriu a identidade secreta do herói; Foggy Nelson e Glorianna O’Breen, ele tentando retomar sua carreira no direito e ela na fotografia; Wilson Fisk, o Rei do Crime, na melhor abordagem já feita com a personagem; e Karen Page, a antiga secretária da firma de Foggy e Matt, desaparecida desde os anos 60 quando deixou seu emprego para abraçar a fama em Hollywood... Mas, após uma carreira como atriz pornô, tudo que encontrou foi a ruína e a dependência de drogas. É ela que, ao vender o segredo do Demolidor, derruba o primeiro dominó da seqüência que mudará radicalmente a vida do herói.

QUEDA E ASCENÇÃO

Desde o início, Miller e Mazzucchelli tinham uma idéia muito clara do que pretendiam com "Born again". Era para ser uma fábula de ruína e redenção. Eles testariam todos os limites da personagem, levando-o à miséria, à loucura e, por fim, à beira da morte para, então, trazê-lo de volta purificado, praticamente renascido. Daí o título original da saga "Born again" (Renascido). O nome da versão brasileira, "Demolidor - A queda de Murdock", prioriza apenas a primeira parte desta trajetória.

"Born again" deu a Miller e Mazzucchelli, além da chance de desenvolver novas possibilidades para as personagens de apoio já conhecidos, a oportunidade de elaborar conceitos que os interessavam na época.

Um acréscimo tardio à obra, que não estava no esboço original, foi a personagem Bazuca (Nuke, no original), que faz sua primeira aparição no capítulo 6, Daredevil 232. Desde seu primeiro período na revista e mais claramente com Cavaleiro das Trevas, Miller já havia demonstrado um nítido interesse pela figura do herói, em seu valor mítico e em seu sentido nos dias de hoje. Bazuca, o anabolizado supersoldado dos anos 80, leva o leitor a se indagar pelos mesmos temas e oferece a oportunidade perfeita para introduzir o Capitão América na história. A polarização que se estabelece entre ambos chega a ser tão intensa e impactante quanto o confronto entre Batman e Super-Homem em Cavaleiro das Trevas.

Mazzucchelli aproveita para experimentar propostas narrativas derivadas do impressionismo. É impressionante a seqüência em que, ao telefone, Ben Urich acompanha um assassinato. Em três fortíssimas páginas com grade de cinco tiras, alternando quadros do repórter ao centro na iluminada e movimentada redação do Clarim com outros de uma enfermaria sombria e silenciosa, o ilustrador cria um dos momentos mais fortes da narrativa em quadrinhos. No quadro final, a face de Urich reproduz ipses litteris a expressão da personagem do quadro O grito de Munch, um dos grandes nomes do expressionismo alemão.

É também em "Born again" que se dá a solução parcial de um dos principais mistérios propostos por Miller durante seu primeiro período em Daredevil: o verdadeiro destino da mãe de Matt Murdock. Meses antes, Denny O’Neil chegou a discutir com Mazzucchelli a criação de uma saga para abordar o assunto, mas, com sua saída, a idéia não foi levada adiante, mesmo porque não havia ficado claro qual deveria ser a tônica. É Miller, porém, que sugere a mais inusitada revelação sobre esta personagem.

O fim de "Born again" não encerrou a parceria de Miller e Mazzucchelli. Eles voltaram a trabalhar juntos em Batman: Ano um. Depois, Miller ingressou na Dark Horse e passou a criar histórias para personagens próprias, enquanto Mazzucchelli dedicou-se mais e mais à ilustração, embora tenha criado obras-primas como Rubber blanket e a adaptação do conto A Cidade de vidro de Paul Auster.

Born Again foi publicado pela Abril Jovem em 1986, na revista SuperAventuras Marvel e mais tarde reeditada na edição especial Demolidor: A queda de Murdock. Em 1999, a mesma editora trouxe de volta esta série espetacular, desta vez, não mais em formatinho, mas em seu tamanho e cores originais. Quem leu ambas as versões brasileiras pôde acompanhar uma saga que tratava dos limites de um homem, e do que acontece quando eles são testados. Afinal, quando perdemos tudo, o que nos motiva? O que faz com que acreditemos que ainda há esperança? Demolidor: A queda de Murdock, como nos deixam claro Miller e Mazzucchelli, não trata de dor e perda, mas sim de renascimento.
 
Isildur disse:
(não esqueçam, o filme não é sobre a Elektra, ela não ficou parecida com a Elektra dos quadrinhos, mas fazer o que? O filme é sobre o Demolidor, não é? Se pensarmos assim, nem iriamos assistir AdT, porque reinventaram o Faramir... :roll: )
Tendo em vista que essa vai ser a mesma Elktra do filme da Elektra, acho que essa desculpa não cola muito... :roll:
 
Muito bom o texto, Gil-galad!!! Muito bom mesmo!!!
Ashram... Nesse caso o lixo provavelmente será o filme da Elektra... Como eu disse, no Demolidor o foco não é ela... Se no filme dela usarem a Jennifer ( :grinlove: ) e seguirem a mesma linha, será realmente mal-feito se comparada a personagem de quadrinhos... Vamos aguardar!
Continuo com a minha opinião, Demolidor é um filmão, e eu já achava o Mercenário phod* (junto com o Venon, fazem meus dois vilões favoritos!) depois do filme então... Ele ficou muito bem retratado!!! :mrgreen:
 
Gil-galad Rei Elfo disse:
Vc já viu o trailer?? O Hulk está muito legal... mas achei que tem muita CG... sei lá...!!
É... Talvez essa seja a única coisa que mate um pouco... Mas ficaria dificil achar alguém do tamanho do Hulk... Alias, eles chutaram o pau: O Hulk do filme tem mais de 3 metros!!! 8O
 
Isildur disse:
Ashram... Nesse caso o lixo provavelmente será o filme da Elektra... Como eu disse, no Demolidor o foco não é ela... Se no filme dela usarem a Jennifer ( :grinlove: ) e seguirem a mesma linha, será realmente mal-feito se comparada a personagem de quadrinhos... Vamos aguardar!

Bom, no filme do Demolidor, ele usa um uniforme não muito semelhante ao dos quadrinhos também ... comentava-se que no filme da Elektra ela usaria um uniforme mais fiel ao vermelho dos quadrinhos. Mas pelo menos no filme do Demolidor, tal uniforme não faria sentido... :roll:
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo