Litzhel
Delirium
[Litzhel] Morte Egoísta
Morte egoísta
Unhas descascadas, mas cabelos lindos e ruivos como o bronze. Ana lembra dos resquícios de felicidade em sua vida, das poucas palavras de afeto de quem amava, dos poucos carinhos e confortos que recebeu. Vestida com um vestido azul ténue, Ana pálida como uma nuvem num paraíso, sente a fome estremecer seu corpo.
Acende um cigarro, e degusta seu ultimo prazer.
Hoje é dia de morte. Hoje é dia do fim da amargura presa no coração de uma menina.
Ana apoia-se no chao do banheiro, levanta-se com um sorriso fraco de tranqüilidade. Seu vestido escorre por seus braços e pernas, lisos como seda. Ela deixa a água levar um mínimo sentimento de medo presente nela, e ainda com seu corpo úmido da água quente, Ana leva a lâmina a seu pulso. Sente aquela dor imensamente prazerosa invadir seu corpo. Pode sentir ajoelhar-se diante a parede.
O sangue escorrendo.. a vida acabando.. Ana revive novamente seus poucos momentos de felicidade. Mas automaticamente revive suas tristes lágrimas deslizarem em seu rosto, naquele dia imundo, naqueles dias mórbidos de dor.
Ana deita no chão molhado, move delicadamente o rosto em direção a sua morte, e sente o sangue escorrendo por seus pulsos.. ouve a lâmina cair no chão e fazer um ruído remoto.
Sua visão nublada, pode ver sua mãe e sua irmã abrindo a boca e pronunciando palavras que ela não podia ouvir,mas que podia adivinhar serem de uma tristeza imensamente forte, mas ela já não sente dor, já não sente arrependimento.
Ana ouve o distante som de água deslizando por seu corpo... Sente o distante abraço desesperado de sua mãe... Ve a distante imagem de sua dócil irmã chorar lágrimas dolorosamente incuráveis...
Ana não se arrepende porque já não raciocína direito. Mas a dor que ela causou as pessoas que a amavam, não era menos forte do que a dor que ela sentia.
Inocentemente egoísta, Ana fecha seus olhos. E pela primeira vez pode ver o que é realmente negro. Ana morre. O dia da dor chegou. Morte egoísta.
Morte egoísta
Unhas descascadas, mas cabelos lindos e ruivos como o bronze. Ana lembra dos resquícios de felicidade em sua vida, das poucas palavras de afeto de quem amava, dos poucos carinhos e confortos que recebeu. Vestida com um vestido azul ténue, Ana pálida como uma nuvem num paraíso, sente a fome estremecer seu corpo.
Acende um cigarro, e degusta seu ultimo prazer.
Hoje é dia de morte. Hoje é dia do fim da amargura presa no coração de uma menina.
Ana apoia-se no chao do banheiro, levanta-se com um sorriso fraco de tranqüilidade. Seu vestido escorre por seus braços e pernas, lisos como seda. Ela deixa a água levar um mínimo sentimento de medo presente nela, e ainda com seu corpo úmido da água quente, Ana leva a lâmina a seu pulso. Sente aquela dor imensamente prazerosa invadir seu corpo. Pode sentir ajoelhar-se diante a parede.
O sangue escorrendo.. a vida acabando.. Ana revive novamente seus poucos momentos de felicidade. Mas automaticamente revive suas tristes lágrimas deslizarem em seu rosto, naquele dia imundo, naqueles dias mórbidos de dor.
Ana deita no chão molhado, move delicadamente o rosto em direção a sua morte, e sente o sangue escorrendo por seus pulsos.. ouve a lâmina cair no chão e fazer um ruído remoto.
Sua visão nublada, pode ver sua mãe e sua irmã abrindo a boca e pronunciando palavras que ela não podia ouvir,mas que podia adivinhar serem de uma tristeza imensamente forte, mas ela já não sente dor, já não sente arrependimento.
Ana ouve o distante som de água deslizando por seu corpo... Sente o distante abraço desesperado de sua mãe... Ve a distante imagem de sua dócil irmã chorar lágrimas dolorosamente incuráveis...
Ana não se arrepende porque já não raciocína direito. Mas a dor que ela causou as pessoas que a amavam, não era menos forte do que a dor que ela sentia.
Inocentemente egoísta, Ana fecha seus olhos. E pela primeira vez pode ver o que é realmente negro. Ana morre. O dia da dor chegou. Morte egoísta.