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Turma da Mônica e afins

  • Criador do tópico Satyr
  • Data de Criação
Ainda não foram apresentadas suas provas. Se acha que eu não mereço esse favor pense nos outros usuários que devem estar querendo vê-las também. Independente do tom do adversário, seu ponto não se faz com afirmações sem provas.
Não força, recebe prova quem merece e só depois de demonstrar que sabe dialogar. Não vi sacrifício e seu histórico não é bom. Isso depois de as partes terem concordado nos termos da conversa. Não é só você que decide se você merece ou não.
 
Pqp! "Recebe prova quem merece", "só depois que sabe dialogar", "não vi sacrifício", "não é só você que decide..."

Parabéns!


Há diferença entre quem busca informação e quem busca conflito. Quando tiver problemas com arbitragem experimente apresentar provas para o carteiro ou para um cozinheiro ao invés de quem merece para notar a diferença de que prova não é para ser prostituída. O simples decoreba "do quero a prova" não exime de outros pontos enquanto manda o mundo ao inferno não é digno mesmo. Merecimento é mistura de comportamento, confiança, conhecimento e mais um monte de coisas.
 
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Gerador de lero-lero
 
Turma da Mônica cai no funk e sobe o morro em releitura de artista da PB
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Imagem: Arquivo Pessoal/Gabriel Jardim

A Turma da Mônica já ganhou diversas versões e tem até seus gibis em que são contadas as histórias de seus personagens como adolescentes. Mas, já imaginou essa galera se eles fossem da favela e curtissem funk? Um artista paraibano fez uma releitura de Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali que ganhou repercussão na internet.

Gabriel Jardim, de 24 anos, é o quadrinista de João Pessoa que criou a “Turma do Morro”. Ele se inspirou em trabalhos de outros artistas renomados, como Gabriel Picolo, que já fez releituras dos Jovens Titãs, da DC, como adolescentes normais, e a série em que rappers brasileiros viraram super-heróis, feita por Wagner Loud e Gil Santos.

Nas mãos de Gabriel, Cascão virou o MC Cascão, com tatuagens, corrente no pescoço e cabelos descoloridos. Magali é Maga Li, também MC, com boné e roupa provocante. Cebolinha é o DJ Cebola, com um boné que imita seus cinco fios de cabelo, como uma logomarca. E Mônica é a dançarina Monicat – com shortinho ousado.

“Essas influências me trouxeram essa ideia de fazer [o projeto]. Por que não juntar dois ícones do Brasil? Um dos quadrinhos, o Maurício [de Souza], e o funk e a cultura de morro, que representam o Brasil inteiro. Foi a partir daí que veio a ideia”, explicou ao UOL Gabriel Jardim.
“Eu quis reinterpretar os personagens nessa releitura do funk e da favela. O Cascão seria o MC, tem mais a cara dele. O Cebolinha seria o DJ, até porque tem o problema da fala. A Magali como outra MC e a Mônica como dançarina. Quis subverter um pouco, com o Cascão sendo protagonista.

Apesar que os quatro são. Só não queria que ficasse em cima da Mônica”, disse o quadrinista.

Uma das soluções interessantes é a do cabelo do Cebolinha, que virou um logo no boné do personagem – se alguém acha que se parece com um pé de maconha, o artista diz que não foi a intenção. Já o Sansão aparece como a mochila de Mônica.

Com desenhos ousados, o paraibano diz que não temeu receber críticas. “Eu fiz pra brincar, fiz como um ato de representatividade, também. O que me assusta é a repercussão, que é maior do que imaginei, mas é um susto bom”, admite ele, que começou a desenhar ainda criança, influenciado por ver a mãe fazer pinturas e o pai esculturas, ambos por hobby. Mais tarde, conheceu Mike Deodato que é da Paraíba e desenha para a Marvel, e resolveu seguir carreira como quadrinista.

Gabriel até gostaria de seguir com os desenhos e criar um gibi para a “Turma do Morro”, mas acha complicado. “Faço sem pretensão, pela diversão, pela investigação criativa. Se fosse pra fazer um gibi, teria que ser com apoio e parceria da MSP (Maurício de Souza Produções). Gostaria muito, mas acho difícil passar na linha editorial, e é compreensível. Meu objetivo é só me divertir e postar de graça pro pessoal curtir.”
 
Maurício de Souza apresenta primeira família negra da Turma da Mônica; veja



Os primeiros personagens da Turma da Mônica surgiram há quase 60 anos, mas seu criador, Maurício de Souza, continua criando novos personagens para tornar as histórias ainda mais diversas.

Na edição número 45, o desenhista apresentou aos leitores a primeira família negra da turma: os pais e irmãos de Milena, personagem criada em 2017.

A família formada por cinco pessoas aparece na capa do gibi: a mãe, a veterinária Silvia; o pai, o publicitário Renato; sua irmã mais velha e adolescente, Solange, que é vocalista de uma banda de garagem; e seu irmão mais novo, Fabinho.

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Imagem: Reprodução/Instagram/monicadesouza

Na história, Milena é uma menina de 7 anos que ama futebol e tem uma autoestima forte -- por isso se identifica de cara com Mônica e Magali.
É fundamental que as meninas e os meninos negros possam se reconhecer nas histórias em quadrinhos, desenhos e espetáculos. Nossos personagens podem contribuir para isso", disse Mônica Sousa, diretora executiva da Maurício de Sousa Produções, à "Quem".

O lançamento da personagem é resultado da parceria da Maurício de Souza Produções com a ONU Mulheres, o projeto "Donas da Rua".
Milena não é a primeira personagem negra criada pela empresa. O adolescente Jeremias nasceu ainda antes da protagonista Mônica e os jogadores Pelé e Ronaldinho Gaúcho já ganharam versões infantis em histórias do grupo.
 
Negra e amiga dos animais: Quem é Milena, nova personagem da "Turma da Mônica"
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Imagem: Divulgação

Qual criança não teve dificuldade para se enturmar depois de uma mudança? Embora tenha sido apresentada fisicamente em 2017, foi só agora, em "A Nova Amiguinha", que Milena apareceu nas páginas da "Turma da Mônica" para se integrar ao bairro do Limoeiro.

A primeira aparição da personagem foi no evento Corrida Donas da Rua, em dezembro de 2017, no Parque Ibirapuera. "A personagem ao vivo foi pensada com todo cuidado para já deixar bem claro algumas características da Milena que aparecerão mais detalhadamente nas histórias, principalmente sua autoestima elevada", afirmou Mauro Sousa, diretor da Mauricio de Sousa Ao Vivo, ao UOL.

Cheia de personalidade, Milena participará de grandes aventuras com Mônica, Magali e Marina. Filha de uma veterinária, ela se envolverá bastante em histórias com os bichos de estimação de toda turma, mas também com alguns animais abandonados que irá acolher.
Mauricio de Sousa explica que a concepção da personagem "exigiu um trabalho maior para vir à luz".

Não poderia simplesmente ser desenhada e publicada sem um protagonismo acentuado. Já se fazia necessária há tempos.

"Eu já havia criado personagens negros sem pensar em diferenças. Porque, pra mim, desde criança nunca houve isso. Com essas historinhas vamos demonstrar essa relação da nova família com a turminha, com graça e amor. E espero que os adultos leiam também", completou o autor.

Milena e mais um passo pela representatividade


A ideia de Mauricio de Sousa é dar protagonismo para Milena, e não que seja simplesmente mais uma personagem do elenco. Nas redes sociais, os posts da MSP com imagens da menininha têm gerado boa repercussão, inclusive com pais reagindo positivamente e respondendo com imagens das filhas se reconhecendo nos traços de Milena.

"Desde 2016 venho participando de eventos que discutem a importância da representatividade. É muito importante que as meninas e os meninos negros também possam se reconhecer nas nossas histórias, animações e espetáculos. Nossos personagens podem contribuir para ampliar a representatividade", disse Mônica Sousa, diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções.

Ela acompanhou palestras e se aproximou do tópico para a concepção de Milena, citando reuniões com nomes importantes como a executiva, comunicadora e ex-consulesa da França Alexandra Loras; a jornalista, empreendedora e criadora de conteúdo Monique Evelle; a youtuber Nátaly Neri, do canal Afros e Afins; e a direção da Faculdade Zumbi dos Palmares.

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Imagem: Reprodução

"A principal reivindicação que ouvia nas palestras que dou dentro do Projeto Donas da Rua, em empresas e escolas, era a falta de personagens negras com que as mulheres e meninas pudessem se identificar. Apesar de o Jeremias ter sido lançado em 1960, antes mesmo de personagens como Mônica e Magali, faltavam mais meninas", contou.

"Os personagens da Turminha fazem parte da infância de quatro gerações. É comum crianças e adultos dizerem que se reconhecem na Mônica ou na Magali, por exemplo. Agora podem se reconhecer também na Milena. Representatividade importa e muito", completou Mônica Sousa.
A resposta da chegada de Milena tem sido tão positiva que a própria Mônica tem sido pega de surpresa pelos comentários nos posts, onde está sempre de olho.

"Um comentário que vi e que acho emblemático: 'Já quis tanto me parecer com alguém da Turma da Mônica. Agora chegou'. Outro que me chamou a atenção: 'Representatividade é tudo para nossas crianças fortalecerem suas identidades'. Claro que estaremos atentos a eventuais críticas, pois estamos todos aprendendo com a chegada da Milena".

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Mauricio e Milena na Corrida Donas da Rua, em dezembro de 2017 Imagem: Reprodução
 
Bem, o Maurício já havia lançado o Pelezinho (ele é citado de leve no artigo), com família e tudo, mais de 40 anos atrás.
 
Louco existe ou só é imaginação do Cebolinha? Mauricio de Sousa responde

Louco, personagem da Turma da Mônica, existe de verdade ou é só fruto da imaginação do Cebolinha? Essa é a teoria que corre entre fãs dos gibis e que já chegou inclusive até Mauricio de Sousa. E para esclarecer se é fato ou fake news, fomos até o estúdio do cartunista, em São Paulo, perguntar diretamente ao responsável pela Turma.

"Apareceu uma lenda de que ele é uma figura criada pela mente do Cebolinha num momento meio maluquinho. O Louco chama o Cebolinha de Cenourinha, para desespero dele", diverte-se o cartunista em conversa com o UOL. Mas Maurício de Sousa prefere manter o suspense sobre o personagem, uma criação de seu irmão Márcio Araújo (que também criou o cachorrinho Bugu) e que foi publicado pela primeira vez em janeiro de 1973.

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O personagem Louco Imagem: Divulgação

"Eu tenho dúvida [se ele existe ou não]", diz Maurício. "O Márcio criou [o Louco] e depois caiu na minha mão para eu fazer a história. No início, meio sem querer, a gente punha o Louco só em histórias onde ele aparecia junto com o Cebolinha e mais nada, mais ninguém". Por causa disso, começaram a surgir histórias de que Licurgo Orival Umbelino Cafiaspirino de Oliveira, nome completo do Louco, não existe de verdade.

Eventualmente, o Louco até interage com outros personagens da Turma da Mônica, mas sempre em histórias menores. Seu protagonismo é mesmo com o Cebolinha. "Eu sugeri que os roteiristas ponham o menos possível de personagens nas histórias do Louco com o Cebolinha para ficar essa dúvida", conta. "Um dia, a gente vai descobrir se isso é real ou não. Um dia um bom psicanalista ou um bom psiquiatra vai me explicar tudo isso".

Mais loucuras

O Louco estará no filme "Turma da Mônica: Laços", que estreia em junho deste ano, com atores de carne e osso. Interpretado por Rodrigo Santoro, o personagem apareceu no trailer atazanando apenas o Cebolinha em um galpão abandonado.

Nos quadrinhos da "Turma da Mônica Jovem", o Louco também está presente, mas como o Professor Licurgo, diretor do Colégio do Limoeiro. Ele continua "maluco", mas de uma forma mais controlada. Na sala de aula, por exemplo, ele tem surtos de loucura quando pega algum aluno com celular.

A dúvida sobre a existência ou não do Louco é apenas mais uma das lendas que envolvem o universo dos personagens da Turma da Mônica. Algumas delas já foram respondidas pelo próprio Mauricio. Já sabemos por que só o Cebolinha usa sapatos, por que só o Chico Bento tem os dedos dos pés desenhados e por que a Mônica é chamada de baixinha se ela tem o mesmo tamanho dos outros personagens. Quanta loucura!

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Rodrigo Santoro como Louco em "Turma da Mônica - Laços" Imagem: Divulgação
 
60 anos do Bidu

Como o cãozinho fofo criado por Mauricio de Sousa deu início à Turma da Mônica


Bidu, um dos personagens mais fofos de Mauricio de Sousa, vai completar 60 anos. Ele surgiu pela primeira vez em uma tirinha publicada no jornal Folha da Tarde em 18 de julho de 1959. De lá para cá, o cãozinho azul da raça schnauzer virou a marca registrada do quadrinista e o ajudou a se transformar em um dos maiores autores infantis do país.

A história Bidu e seu melhor amigo, o Franjinha, se confunde também com a própria carreira do quadrinista, já que eles foram os primeiros personagens publicados por Mauricio em um jornal.

Foi também com o Bidu que Mauricio de Sousa atingiu pela primeira vez nos anos 1960 (quando ainda era repórter policial) um público que ele nem imaginava que se interessaria pelo seu trabalho: as crianças.

Após a publicação da tirinha na Folha da Tarde, o jornal recebeu também pela primeira vez cartas de crianças.

Eu não sabia, mas foi ali que eu me descobri um escritor ou desenhista para crianças.

A tirinha contava com nove quadrinhos e nenhuma fala. Na primeira cena, um homem discursava para uma plateia entediada. No quarto quadrinho, apenas um menino continuava ouvindo-o. O homem, ao perceber que não atrairia a atenção de mais ninguém, deixa o lugar praguejando. Apenas no oitavo quadro é que descobrimos porque o menino ficou até o fim: para retirar seu cachorrinho preso debaixo do caixote.

Como o Bidu surgiu?

No final dos anos 1950, Mauricio de Sousa estava decidido a largar o jornalismo para seguir o sonho de ser cartunista, mas não tinha ideia sobre o que desenhar. Para não errar, ele concluiu que poucas pessoas seriam capazes de criticar uma história sobre um menino (inspirado em seu sobrinho) e um cachorro.

O próximo passo era desenhar o cãozinho. Mauricio conta que se inspirou no cachorro da raça schnauzer, que a vizinha da sua avó tinha. Já a personalidade do animal veio do Cuíca, o vira-latas da família, que era muito esperto e brincalhão.

Com a tirinha pronta, Maurício foi incentivado pelo colega Lourenço Diaféria a mostrá-la para os editores. Mas, no dia de entregar o desenho no jornal, ele percebeu que o tinha esquecido dentro do táxi.

"O pessoal perguntou onde estava a charge. Foi aí que percebi que tinha ficado dentro do táxi. Voltei para casa, fiz novamente a tirinha e, adivinha? Esqueci de novo no táxi! O pessoal já estava achando que eu não sabia desenhar. No terceiro dia, eu refiz mais uma vez, só que eu dobrei e guardei dentro do meu paletó. Aí, sim, finalmente consegui entregar a tirinha", lembrou Maurício.

O nome do mascote também foi escolhido na redação do jornal. Maurício pediu ajuda aos jornalistas que deram várias sugestões de nomes e Bidu foi o favorito.

Gostei do nome Bidu. Significa uma gíria da época para 'esperto', 'sabido', 'inteligente'".

Cerca de dois meses depois da primeira publicação, as tiras se tornaram diárias. Depois, o personagem ganhou sua própria revistinha. Dali em diante, Mauricio não parou mais, criando o Cebolinha, a Mônica e o restante da turminha.

"Quando eu vi a tirinha do Bidu publicada pela primeira vez, minha vontade foi de levar todos os jornais para casa. Acho que todo mundo que vê alguma criação publicada pela primeira vez tem essa mesma reação. Comprei um monte e dei para a minha avó, para os meus amigos e para os meus parentes".

Veja a primeira tirinha do Bidu

Bidu nasceu cinza


O Bidu só ganhou sua característica cor azul anos depois de sua criação. Como todas as tirinhas eram em preto e branco, Mauricio de Sousa nunca tinha pensado sobre que cor ele deveria ter.

"Sempre pensei nele com os pelos cinzentos", disse o autor. Mas, quando o jornal começou a publicar tirinhas em cores, Mauricio foi obrigado a decidir que cor pintar o seu animalzinho.

"Se eu pintasse ele de cinza, ele teria a mesma cor cinza do jornal. E eu queria que ele se destacasse. Daí eu pensei no azul claro. Foi assim que a cor dele surgiu. Para ter mais destaque no jornal", afirmou.

Maurício contou ainda que depois do Bidu, outros cachorrinhos ganharam cores diferentes, como o Floquinho, que é verde, e o Bugu, que é amarelo.
Lucas Lima/UOL

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Bidu de carne e osso

Lucas Lima/UOL

O personagem surgiu da imaginação de Mauricio de Sousa mas, na vida real, o cartunista também tem o seu Bidu. Ou melhor, o terceiro Bidu.

Da mesma raça do cãozinho dos quadrinhos, a família Sousa já foi dona de dois schnauzer pretos, todos com o mesmo nome: Bidu, que já morreram. Atualmente, Mauricio cuida de seu terceiro cachorro também chamado Bidu.

"Gosto muito de cachorro. A gente fica adorando, adorando, adorando. E, então, ele vai embora e é uma tristeza danada. Aí, a gente encontra outro e coloca no lugar", disse Maurício.

Sem dúvida, a gente sempre vai ter um Bidu vivendo perto da gente"

E o novo Bidu não é pequeno. Com o cachorrinho pesando 15 kg, Mauricio de Sousa precisa se sentar na cadeira para poder segurá-lo no colo sem cair. "Ele é muito bravo. Late muito", comentou.

O Bidu de carne e osso, aliás, convive com os funcionários do estúdio, correndo para lá e para cá pelos corredores. Além dele, também fica por ali a cachorra Maria da Penha, adotada pela filha de Mauricio, a Marina. "A Penha é bem mais mansa e convive muito bem com todo mundo".

Biduzidos e o futuro

Reprodução/Mauricio de Sousa Produções

Sessenta anos depois Bidu continua inspirando novidades nos estúdios do Maurício de Sousa. Desta vez, é a série animada "Biduzidos", feita com exclusividade para o YouTube.

A série é composta de episódios curtos, com menos de dois minutos, e reúne todos os pets da Turma da Mônica, como o Bidu, a galinha Giselda (do Chico Bento), o gato Mingau (da Magali), o porco Chovinista (do Cascão) e o cachorro Floquinho (do Cebolinha). Nela, os pets se metem em diversas situações típicas dos bichinhos, como brincar com mangueira de água, se esconder no armário, enterrar ossos, etc.

A série foi criada após o sucesso de "Mônica Toy" e não tem falas. "'Mônica Toy' também não tem idioma e foi um sucesso em todo o mundo porque qualquer pessoa conseguiria entender. Com 'Biduzidos' é assim também. O gato daqui mia igual ao do Japão. O cachorro da Alemanha late igual ao da África", contou Mauricio. "E todo mundo gosta de bichos".

Com o Bidu, os Estúdios Mauricio de Sousa também lançaram uma nova logomarca, que foi divulgada com exclusividade ao UOL para comemorar seus 60 anos e pode ser vista nesta reportagem.

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Reprodução/Mauricio de Sousa Produções

Bugu, amigo ou inimigo?


Treze anos depois da criação do Bidu, surgiu seu principal antagonista, o Bugu. O cachorro amarelo em formato de salsicha apareceu pela primeira vez em 1972 e foi criado por Márcio Araújo de Sousa, irmão de Maurício.

"O Bugu parece uma salsicha mesmo. E ele é muito engraçado. Sempre faz aparições surpresas", disse Mauricio. "Ele é metido e se intromete na vida do Bidu. Acho que ele tem ciúmes do Bidu", completou o cartunista.

Mauricio diz que muitos fãs acham que o Bugu é irmão do Bidu porque ele sempre diz nas tirinhas "Alô, Mamãe" ou "Adeus, Mamãe". "Mas ele está sempre ao lado do Bidu, talvez querendo um carinho e um espaço para ele também".
 
"Nasceu de um esfregão": Mauricio de Sousa revela como criou o Floquinho

Floquinho, o cãozinho verde do Cebolinha, ganhará as telonas em junho deste ano no filme "Laços", adaptação com personagens reais da Turma da Mônica. No enredo, Floquinho desapareceu e a turminha se reúne para encontrá-lo.

Mas, como um cãozinho tão diferente como o Floquinho surgiu? "Ele é o único cachorro da turma que não nasceu canino. Ele nasceu de um esfregão. Sinto muito", disse Mauricio de Sousa.

O criador da Turma da Mônica explicou que se inspirou em um esfregão de faxina para criar o pet. "O esfregão estava encostado num canto e tinha aquelas cerdas. Eu olhei e vi que isso dava um bichinho".

Ele desenhou o esfregão, cortou o cabo e imaginou um cachorro escondido na pelagem. "De fato, ele parecia um floco, um floquinho", explicou. "Ás vezes, das coisas mais estranhas, diferentes e inéditas, a gente tira ideias de personagens. O Floquinho nasceu dessa maneira", completou.

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O cãozinho Floquinho no filme "Laços" Imagem: Divulgação

Mauricio disse ainda que a pelagem do cachorro ajuda a criar também situações inusitadas. "Será que ele está indo ou voltando? De que lado é o focinho? Além de esconder vários objetos dentro de seus pelos, que a turminha encontra perdida lá dentro".

O personagem surgiu em 1963 mas foi só em 1995 que Mauricio contou aos leitores qual era a raça do animal. A revelação ocorreu em uma historinha do Cebolinha em que ele diz que a raça do pet é a tibetana Lhasa Apso.

Mauricio disse que só foi notar que a Lhasa Apso era uma raça parecida com a do Floquinho quando um leitor enviou uma carta com uma foto de seu bichinho. O Floquinho no filme "Laços" também é da mesma raça, só que a cor característica cor verde dos quadrinhos foi adicionada depois, por meio de efeitos especiais.
 
Sítio do Picapau Amarelo ganha versão ilustrada por Mauricio de Sousa





"Até hoje recebo, de jovens e adultos, os cumprimentos e agradecimentos por ter feito parte da infância deles, o que me dá enorme alegria. Enfim, Monteiro Lobato cumpriu lindamente sua missão como autor de uma obra tão importante para a formação de gerações. Que bom ver 'O Sítio do Picapau Amarelo' ilustrado pelo Mauricio de Sousa".

É o que escreve a atriz Nicette Bruno na orelha da versão ilustrada pelo pai d'A Turma da Mônica para o clássico de Lobato, que acaba de chegar às livrarias numa parceria entre a Girassol e a Mauricio de Sousa Editora. Tendo atuado em 53 peças de teatro, 32 novelas, 11 filmes e 17 séries, um dos papéis interpretados que fizeram com que Nicette se tornasse uma figura marcante junto ao grande público foi justamente o de Dona Benta numa das versões globais de "O Sítio".
  • Com texto adaptado por Regina Zilberman, especialista em literatura infantil e responsável por limar passagens eventualmente polêmicas presentes no original, "O Sítio do Picapau Amarelo" sai com tiragem de 10 mil exemplares e é o segundo livro de Lobato ilustrado por Mauricio e protagonizado também por personagens como Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali. O primeiro, "Narizinho Arrebitado", foi lançado no começo do ano e já vendeu mais de 20 mil exemplares. A promessa da Girassol é que o terceiro volume da série seja lançado entre agosto e outubro, mas o título ainda não foi divulgado. Não custa lembrar, neste 2019 a obra de Monteiro Lobato se tornou de domínio público, provocando uma enxurrada de novas edições e adaptações de seus livros.

Veja algumas ilustrações dessa nova versão de "O Sítio do Picapau Amarelo":

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Mauricio de Sousa faz revolução com Mônica insegura e Sansão falante

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Reprodução

Os fãs da Turma da Mônica estão vivendo um ano de intensas emoções. Depois do elogiadíssimo filme live action que está fazendo marmanjo chorar largado no cinema, chegou às bancas um novíssimo mangá protagonizado pelos personagens do Mauricio de Sousa.

"Turma da Mônica Geração 12" mostra a rapaziada com 12 anos, no meio do caminho entre a versão original e as aventuras do selo "Jovem". A premissa é muito interessante: Astronauta Pereira, aquele da roupa que parece um ovo, montou uma escola para formar novos aventureiros espaciais. Como se fosse CEFET intergaláctica, toda a turminha está matriculada lá, no afã de enfrentar alienígenas e singrar o cosmo.

Além da trama rocambolesca, outras revoluções chamam atenção. Mônica não lembra em nada a garota cheia de si que dava uma sova nos bullies Cebolinha e Cascão. É como se a puberdade tivesse deixado o coração do Cebolinha mais peludo e a Mônica muito mais sensível, triste e insegura com qualquer obstáculo que apareça pela frente.

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Um homem chamado Astronauta Pereira (aqui em sua versão mais antiga) / Reprodução

Essa mudança de personalidade me lembrou um pouco o que aconteceu com Maria da Paz em "A Dona do Pedaço" depois da primeira fase. Não faz muito sentido, mas tudo bem, vamos em frente. Ao contrário da novela, pelo menos o gibi é divertido.

E a Mônica começa a voltar ao normal quando reencontra o coelhinho Sansão. Como é uma história mais viajandona, inspirada na obra de artistas como Osamu Tezuka, o animal de pelúcia ganha vida e se torna o maior tagarela –inclusive reclamando dos violentos arremessos da proprietária.

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A nova versão do Cebolinha parece vilão de série teen da Netflix / Reprodução

O visual do Astronauta Pereira remete às graphic novels de autoria do Danilo Beyruth. Como o personagem está sumido depois de uma missão, é de se esperar que em algum momento a turminha vá empreender seu resgate.

Trata-se de uma interpretação muito criativa e até inesperada dos personagens. O primeiro arco tem 6 volumes que serão publicados bimestralmente ao longo do próximo ano. Gostei bastante e recomendo para crianças de todas as idades e outras pessoas tão imaturas quanto eu.
 
O Mauricio, capitaneado pelo Sidney Gusmão vem revolucionando mesmo o mercado de quadrinhos e da cultura pop no geral por começar a explorar novas vertentes e gêneros de historias com a Turma da Mônica.
Após o sucesso de Turma da Mônica Jovem e das Graphics Novels dos personagens ele passa pra uma vertente mais criativa explorando uma variedade grande das possibilidades que os mangás proporcionam.
 
É um grande sonho dele realizado. Felizmente ele teve vida longa para colocar em prática tudo isso e torço muito para que assim como o Stan Lee que passou dos 90 anos, o Maurício possa realizar ainda mais.
 

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