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TV Game of Thrones (8ª temporada) - CONTÉM SPOILERS

Bran rei é uma boa ideia? Não me parece. Misturar magia com política parece má ideia. Perigoso. Bran provocou Jon e Sansa e dany para que se chegasse a esse ponto. ELE SABIA DE TUDO. E PROVOCOU A IRA DA DANY AO CONTAR AO JON QUEM ELE ERA. BRAN CAUSOU A LOUCURA DA DANY DE PROPÓSITO. BRAN CAUSOU A DESTRUIÇÃO DA CIDADE DE PROPÓSITO. BRAN QUERIA ISSO. Bran causou tudo isso de propósito. Ele é o maior perigo de westeros. Pior que a Dany. No mínimo conivente. No máximo o pior personagem da série.

essa decisão foi orquestrada de forma tão desastrada na série, mas tão desastrada, que sinceramente não dá pra ter a menor ideia do q ele sabe ou do que ele deixa de saber, ou então do papel dele no desdobramento dos eventos. mas assim, muito ruim. de longe é o personagem pior desenvolvido e utilizado na série, tendo em vista o poder dele e o que de fato vimos na série.

ou melhor dizendo: a importancia de bran está dentro da cabeça dos roteiristas, pq sinceramente eu nao consegui entender até agora qual a relevancia pratica dele, ou pq ele foi a melhor escolha ou pq caralhos ele tem "a melhor historia". mt bosta...
** Posts duplicados combinados **
Mulheres representam 75% das mortes em King's Landing
 
Não consigo entender como alguém pode ficar medindo e comparando segundos de fala entre mulheres e homens e imaginar que isso de alguma forma seja relevante para qualquer análise de uma obra cinematográfica. No filme Valhalla Rising o Mads Mikkelsen não diz uma só palavra e nem por isso é menos protagonista nem menos fodão. A correlação entre fala e importância é no mínimo ingênua e reducionista. Se pensarmos que é um mundo de inspiração medieval, seria verossímil até que elas tivessem menos importância política do que desempenharam na série. E afinal, tempo de fala por tempo de fala, Tyrion, como foi dito, falou mais que todos mas não era nem de longe o personagem que ditou os rumos da história. Isso só faz dele um falastrão inofensivo (ainda que muito querido). Entretanto, se as mulheres queriam ver empoderamento feminino, não faltou mulher na trama em posição de destaque e de poder, nem mulheres carismáticas. A queixa de que Cersei morreu esmagada toscamente e Daenerys ficou louca, como quem diz "Mataram dois coelhos com uma cajadada só, que horror, jogaram duas personagens femininas no lixo como modess usados", só faz algum sentido numa óptica míope que ignora justamente o fato principal que tornou isso possível: que as duas peças-chave na grande guerra dos tronos eram precisamente... mulheres (com a Sansa correndo por fora, somando três), enquanto os homens comiam mosca. E se não bastassem essas três, Arya salvando a noite contra os mortos e a Melisandre dando uma mãozinha indispensável engrossam o caldo. Para não falar da Brienne, que deu um pau no Cão e matou Stannis...

Já os homens contaram com os dois personagens mais odiados da série, muito mais que a louquinha da Dan (Ramsay e Joffrey) e toda uma gama de incompetentes: Ned, Renly, Robb, Stannis, Theon, Jaime... tudo banana. Parece que os melhores personagens masculinos não eram os guerreiros, como se imaginaria numa série que promete conflitos armados, mas os que se valeram da inteligência: Mindinho, Varys, Tyrion. E quanto ao Jon Snow... Bem, ele não sabia nada, morreu, voltou a viver, continuou sem saber nada, não matou ninguém importante além da própria rainha numa ação desonrosa. Tinha todo um segredo por trás de si que não serviu para nada além de induzir Varys a morrer em vão. Prometia ser o Chosen One, mas fuém... O personagem que uma semana atrás parecia pôr em risco o trono de Daenerys terminou no ostracismo como um zé-ninguém. Foi mais frustrante do que um coito interrompido.

As mulheres falaram 25% das falas mas roubaram a cena. (Tudo bem que Bran roubou o trono, mas né... Kkk... ninguém viu nisso um mérito dele.)
 
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Reactions: fcm
Sério mesmo que vocês acham que got é feminista? A série é extremamente machista. Essas Mulher Foda™ convenceram vocês? É uma solução barata para pegar personagens femininas e dar poder a elas (isto é, violência, nem propriamente poder...) achar que o problema está resolvido. Prefiro mil vezes uma personagem feminina sem esse poder todo bem desenvolvida do que, por exemplo, a Arya psicopata, a Sansa jogando o Ramsay aos cachorros etc.
 
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Reactions: Bel
Até o Zizek resolveu se pronunciar:

Feminilidade tóxica em “Game of Thrones” | Žižek escreve sobre o desfecho da série
Publicado em 21/05/2019

A última temporada de Game of Thrones ensejou um grande alarde público, que culminou em uma petição (assinada por quase um milhão de espectadores indignados) exigindo que se desqualificasse a temporada inteira e regravasse uma nova. A fúria que marcou debate é, por si só, indício de que há bastante em jogo, em termos de ideologia.

A insatisfação girou em torno de dois pontos principais: enredo ruim (sob pressão de encerrar rapidamente a série, a complexidade da narrativa ficou prejudicada) e psicologia ruim (a transformação de Daenerys em Rainha Louca não se justifica em termos da trajetória da personagem). Uma das poucas vozes inteligentes no debate foi a do escritor Stephen King, que assinalou que a insatisfação não teria sido provocada pelo final ruim, mas pela própria existência de um final – em nossa era de séries, que a princípio continuam indefinidamente, a própria ideia de um fechamento narrativo torna-se intolerável. É verdade que, no célere desfecho da série, impera uma estranha lógica – mas trata-se de uma lógica que viola não tanto a verossimilhança da psicologia, mas as próprias pressuposições narrativas de uma série televisiva. Afinal, a última temporada resume-se aos preparativos para uma batalha, o pesar e destruição que se seguem à batalha, e o próprio combatente diante de toda essa falta de sentido – algo muito mais realístico para mim do que os habituais enredos melodramáticos góticos.

O universo de Game of Thrones (assim como o de O senhor dos anéis) é espiritualizado mas desprovido de Deus: há forças sobrenaturais, mas elas fazem parte da natureza, e não há deuses mais elevados tampouco sacerdotes as servindo. No interior desse quadro, o desenho da oitava temporada é profundamente consistente: ela encena três lutas consecutivas. A primeira é travada entre a humanidade e seus Outros inumanos (representados pelo Exército da Noite do Norte, liderado pelo Rei da Noite). Em seguida, a disputa se dá entre os dois principais grupos de humanos (os malvados Lannister e a coalizão contra eles liderada por Daenerys e pelos Stark). Por fim, tem-se o conflito interno entre Daenerys e os Stark. É por isso que as batalhas da oitava temporada seguem um caminho lógico que parte de uma oposição externa para chegar à cisão interna: a derrota do inumano Exército da Noite, a derrota dos Lannister e a destruição de King’s Landing, até chegar no último embate entre os Stark e Daenerys – em última instância entre a “boa” e tradicional nobreza (representada pelos Stark), que protege lealmente seus sujeitos das garras de tiranos maus, e a figura de Daenerys, como uma líder forte de novo tipo, uma espécie de bonapartista progressista atuando em prol dos menos privilegiados. O que está em jogo no conflito final é, para resumir de maneira simples, o seguinte: a revolta contra a tirania deveria se dar no marco de uma mera luta pelo retorno à versão antiga, mais bondosa, da mesma ordem hierárquica, ou deveria evoluir no sentido de uma busca por uma nova ordem necessária?

Os espectadores insatisfeitos têm um problema com esse último embate – não é de se espantar, visto que ela combina a rejeição de uma transformação radical com um velho tema antifeminista verificado nas obras de Hegel, Schelling e Wagner. Em sua Fenomenologia do Espírito, Hegel introduz sua famosa noção da feminilidade como “a eterna ironia da comunidade”: a mulher “transforma por suas intrigas o fim universal do Governo em um fim-privado, converte sua atividade universal no produto de algum indivíduo particular, e perverte a propriedade universal do Estado em patrimônio e adorno da família”1 Essas linhas se encaixam perfeitamente com a figura de Ortrud, da ópera Lohengrin, de Richard Wagner: para ele, não há nada mais horrível e repugnante do que uma mulher que intervém na vida política, motivada por um desejo de poder. Diferentemente do que ocorreria com a ambição masculina, a mulher, incapaz que é de apreender a dimensão universal da política estatal, almejaria o poder a fim de promover seus próprios interesses familiares estreitos – ou pior, seus caprichos pessoais. Como não lembrar da passagem de F. W. J. Schelling segundo a qual “o princípio que funciona e nos sustenta com sua ineficácia é o mesmo que nos consumiria e destruiria com sua eficácia”?2 – o poder que, quando mantido em seu lugar adequado, pode ser benigno e pacificador converte-se no seu oposto radical, na fúria mais destrutiva, tão logo incide num patamar mais alto, patamar que não é o dele. A mesma feminilidade que, dentro do círculo fechado da vida familiar, configura o próprio poder do amor protetor transforma-se em frenesi obsceno quando se manifesta no patamar dos assuntos públicos e do Estado. O ponto mais baixo do diálogo é o momento em que Daenerys diz a Jon Snow que se ele não consegue amá-la enquanto rainha, que reinaria o medo – o arquétipo embaraçosamente vulgar da mulher sexualmente insatisfeita que explode em fúria destrutiva.

Mas mordamos agora nossa maça azeda: o que dizer das explosões assassinas de Daenerys? A chacina impiedosa de milhares de pessoas comuns em King’s Landing poderia realmente ser justificada como um passo necessário para a liberdade universal? Trata-se de algo de fato imperdoável – mas nesse ponto, é preciso lembrarmos de que o enredo foi escrito por dois homens. A figura Daenerys como rainha tresloucada é rigorosamente uma fantasia masculina (os críticos acertaram ao apontar que sua descida à loucura não se justificava psicologicamente). A cena em que ela, tomada por um olhar de fúria e loucura, sobrevoa a cidade seu em dragão incendiando casas e pessoas é simplesmente a expressão da ideologia patriarcal e seu medo de uma mulher politicamente forte.

O destino final das protagonistas mulheres em Game of Thrones se encaixa nessas coordenadas. É central a oposição entre Cersei e Daenerys, as duas mulheres ligadas ao poder, e a mensagem do conflito delas é claro: ainda que a boa vença, o poder corrompe a mulher. Arya (que salvou todos eles quando matou, sozinha, o Rei da Noite) também desaparece, embarcando em uma viagem a oeste do Oeste (como se para colonizar a América). A que permanece (como rainha do reino autônomo do Norte) é Sansa, um tipo de mulher amada pelo capitalismo contemporâneo: ela reúne delicadeza e compreensão femininas com uma boa dose de intriga, e assim se encaixa plenamente nas novas relações de poder. Essa marginalização das mulheres é um momento chave da lição liberal-conservadora geral do último episódio: as revoluções precisam dar errado, elas ensejam novas tiranias.

O mesmo não poderia ser dito de Batman: o cavaleiro das trevas ressurge, o último filme da trilogia do Batman dirigida por Christopher Nolan? Embora Bane seja o vilão oficial, há indícios de que ele, muito mais do que o próprio Batman, configura o autêntico herói do filme, distorcido como seu vilão: ele está disposto a sacrificar sua vida pelo seu amor, pronto para colocar tudo em risco por aquilo que ele entende por injustiça, e esse fato básico é ofuscado por sinais superficiais e francamente ridículos de maldade destrutiva. Também no filme Pantera Negra, não seria o personagem de Killmonger o verdadeiro herói? Ele prefere morrer livre do que ser curado e sobreviver na falsa abundância de Wakanda – o forte impacto ético das palavras finais de Killmonger imediatamente estragam a ideia de que ele seria um vilão simples… Mas, voltemos ao final de Game of thrones. A lição liberal-conservadora transparece mais claramente nas seguintes palavras ditas por Jon Snow a Daenerys:

“Eu nunca imaginei que os dragões existiriam de novo; ninguém imaginava. As pessoas que te seguem sabem que você fez algo impossível acontecer. Talvez isso as ajude a acreditar que você pode fazer com que outras coisas impossíveis ocorram: construir um mundo diferente da merda que eles sempre conheceram. Mas se você os usa [os dragões] para derreter castelos e queimar cidades, você não é nada diferente. É só mais do mesmo.”

Assim, Jon mata por amor (salvando de si mesma a mulher amaldiçoada, conforme a velha fórmula chauvinista) o único agente social da série que realmente lutou por algo novo, por um mundo novo que daria um fim às velhas injustiças. Então não é de se espantar que o último episódio da temporada foi bem-recebido: a justiça prevaleceu – mas que tipo de justiça? Cada pessoa é alocada a seu devido lugar: Daenerys, que perturbou a ordem estabelecida, é morta e levada para longe por seu último dragão. O novo rei é Bran: aleijado, onisciente, que não quer nada – com a evocação da sabedoria insípida segundo a qual os melhores governantes seriam aqueles que não querem o poder. Em um desfecho supremamente politicamente correto, um aleijado governa, agora auxiliado por um anão, e eleito pela nova elite sábia. (Um belo detalhe: o riso que se segue quando um deles propõe uma seleção mais democrática do rei). E é impossível não notar que aqueles que se mostram fieis a Daenerys até o final têm a pele mais escura – o grande comandante militar dela é negro – e são mais do Oriente, ao passo que os novos governantes são claramente todos nórdicos brancos. A rainha radical que queria mais liberdade para todos independentemente de posição social e raça é eliminada, as coisas voltam ao normal, e tempera-se a miséria deles por sabedorias.

Notas

1 “Essa feminilidade – a eterna ironia da comunidade – muda por suas intrigas o fim universal do Governo em um fim-privado, transforma sua atividade universal em uma obra deste indivíduo determinado, e perverte a propriedade universal do Estado em patrimônio e adorno da família.” G. W. F. Hegel, Fenomenologia do Espírito, trad. Paulo Meneses, com a colaboração de Karl-Heinz Efken e José Nogueira Machado (Petrópolis, Vozes, 2003), p. 329.

2 F. W. J. Schelling, Die Weltalter. Fragmente. In den Urfassungen von 1811 und 1813, ed. Manfred Schroeter, Munich: Biederstein 1946 (reprint 1979), p. 13.

Fonte: https://blogdaboitempo.com.br/2019/...ones-zizek-escreve-sobre-o-desfecho-da-serie/

Tradução: Artur Renzo
 
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Sério mesmo que vocês acham que got é feminista? A série é extremamente machista.

Calma lá, moça. Ninguém disse que a série era feminista. Não distorça o que foi dito.
Eu só afirmei o que deveria ser óbvio: elas tiveram um papel preponderante no desenrolar dos eventos, enquanto os homens eram frouxos ou desimportantes. Mas estou aberto à argumentação em contrário.
 
Última edição:
eu não consigo entender o bran.


Bran coloca os fins à frente dos meios. Foi conivente com tudo que aconteceu. Pode vigiar plenamente o reino inteiro. Acredita sem questionar que tudo que ele vê deve acontecer.

Sigo achando que ele é perigoso e não deveria ser rei.
 
Bran coloca os fins à frente dos meios. Foi conivente com tudo que aconteceu. Pode vigiar plenamente o reino inteiro. Acredita sem questionar que tudo que ele vê deve acontecer.

Sigo achando que ele é perigoso e não deveria ser rei.

tb acho, mas esse é q é o ponto. me parece meio ridiculo uma tema dessa importancia ser uma questao de opiniao e a serie nao ter dado uma satisfação. ele é um grande heroi pq manipulou o mundo para garantir a derrota do rei da noite? ou ele é apenas um filhadaputa? surreal nao sabermos...
 
Furos de roteiro acontecem em séries grandes e pretensiosas como essa. Acontece. Foda é o furo de roteiro justo na conclusão da trama fundamental da série. :rolleyes:
 
e o fato do Jon ser um Targaryen que não serviu pra p@rra nenhuma.. kkkkkkkkk
 
A série já era, falou, valeu. Resta discutir: será que Bran vai acabar no trono nos livros? Olhando somente os livros, eu diria que não, mas acho difícil que os roteiristas tenham tirado essa solução da cartola e inserido na série... faz mais sentido que GRRM tenha indicado isso para eles, mas eles não souberam encaminhar a história para esse final.
 
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Reactions: Bel
Acho que existe a possibilidade de que muita coisa no final seja tirada da cartola, mesmo. Talvez o Martin não tenha querido comprometer a surpresa de seus leitores. E quando a diferença entre livro e série ficasse escancarada, muitos anos lá para adiante, os produtores já teriam obtido toda a audiência desejada. Ninguém mais se dignaria a condená-los por uma série velha e esquecida. :lol:
 
faz mais sentido que GRRM tenha indicado isso para eles, mas eles não souberam encaminhar a história para esse final.
Exato. E Martin deu a entender, lá atrás, que as coisas mais importantes do final seriam iguais. Essas coisas eu diria que são:
- Daenerys queimar a cidade
- Daenerys ser traída por seu amor (seja Jon ou outro)
- Bran "vencedor" da Guerra dos Tronos

Tudo isso acho que vai acontecer, mas tenho certeza - ou muita esperança - de que se desenvolverá de forma muito mais convincente.

A última eu até preferia que fosse assim: "Pessoal, o dragão queimou o trono e não temos dinheiro pra construir outro. Bota o cadeirante que aí não vai fazer falta".
 
Última edição:
Daenerys queimando Porto Real acho que está claro que será canônico mesmo.... Sobre Jon matar Daenerys.... Torço para que Aegon VI tenha se fundido com Jon na série, e que nos livros ele vá exercer o papel de sobrinho e aliado de Daenerys em Westeros... Faz muito mais sentido.

Agora Bran rei de Westeros é foda, não vejo como isso vá fazer sentido....
 

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