• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Primeira imagem real de um buraco negro é revelada

Fúria da cidade

ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ
comissao-europeia-apresenta-primeira-imagem-de-um-buraco-negro-no-universo-uma-descoberta-do-telescopio-event-horizon-telescope-1554902608781_v2_900x506.jpg


Comissão Europeia apresenta primeira imagem de um buraco negro no universo, uma descoberta do Telescópio Event Horizon Telescope Imagem: Divulgação/Twitter National Science Foundation

A Comissão Europeia apresentou, na manhã desta quarta-feira (10), a primeira imagem de um buraco negro no universo, uma descoberta do Telescópio Event Horizon, com as equipes da National Science Foundation, uma agência governamental dos Estados Unidos.

Em outras situações, um buraco negro era retratado com imagens conceituais ou animações. Desta vez é uma imagem real captada pelo telescópio. Ele foi encontrado no centro da galáxia M87.

"Estou muito feliz em informar que pela primeira vez nós vimos o que pensávamos ser invisível. Tiramos a primeira foto de um buraco negro", disse Shep Doeleman, diretor responsável pelo telescópio Event Horizon.

O que vemos na imagem é um anel de fogo criado pela deformação do espaço-tempo, com a luz sendo sugada pelo fenômeno. Seu diâmetro é de aproximadamente 100 bilhões de quilômetros.

https://noticias.uol.com.br/ciencia...eira-imagem-de-um-buraco-negro-e-revelada.htm


-----------------------------------------------------------------------------------------------------

Finalmente uma imagem.
 
E pra chegar a essa foto, houve todo um percusso a ser percorrido.

Conheça Katie Bouman, a cientista responsável pela imagem do buraco negro

O assunto mais popular nas rodas de conversa nesta quarta-feira (10) é a imagem real do buraco negro no universo, uma descoberta feita pelo telescópio Event Horizon.

Entre os 200 pesquisadores responsáveis pela descoberta, um nome chama a atenção: o de Katie Bouman. A cientista, de 29 anos, foi quem liderou a criação de um algoritmo que permitiu aos demais estudiosos capturarem a imagem do buraco negro pela primeira vez. No Facebook, ela compartilhou a felicidade com a descoberta.

"Observando, incrédula, a primeira imagem que eu já fiz de um buraco negro enquanto estava em processo de reconstrução".

Para conseguir armazenar a imagem, que reservaram um total de 5 petabytes de informação -- que equivalem a 5 milênios de músicas MP3 tocando ou selfies tiradas por 40 mil pessoas ao longo de toda a vida --, foi preciso uma "pilha de discos rígidos de dados de imagem", manuseada por Katie, que os abraçou para essa foto, no mínimo, icônica:

K.jpg

O MIT (Massachusetts Institute of Technology), uma das instituições de tecnologia mais respeitas do mundo, comparou a criação de Katie à pesquisa que permitiu aos astronautas pousarem na lua, colocando sua imagem ao lado de Margaret Hamilton, que recebeu o crédito por ter escrito o código de software crucial que permitiu à Nasa tornar possível uma missão à Lua.

Os estudos feitos pela jovem começaram em 2016, quando começou a liderar o desenvolvimento do algoritmo. Katie conquistou o bacharelado em engenharia elétrica pela Universidade de Michigan em 2011, o mestrado em engenharia elétrica e ciência da computação pelo MIT em 2013 e doutorado na mesma área e mesma instituição em 2017.

Em entrevista ao "MIT News", Katie explicou que tentar tirar uma foto de um buraco negro é comparável a "fotografar uma laranja na lua, mas com um radiotelescópio. Imaginar algo tão pequeno significa que precisaríamos de um telescópio com 10 mil quilômetros de diâmetro, o que não é prático, porque o diâmetro da Terra não chega a 13 mil quilômetros".

Para contornar este desafio, o algoritmo de Bouman não depende de um único telescópio. Em vez disso, reúne dados de radiotelescópios em todo o mundo.

Atualmente, Katie Bouman está lecionando no Caltech (California Institute of Technology), em Pasadena. Seu foco de pesquisa é "projetar sistemas que integram fortemente algoritmo e design de sensor, tornando possível observar fenômenos anteriormente difíceis ou impossíveis de medir com abordagens tradicionais".
 
Última edição:
Cientistas por trás da primeira imagem do buraco negro ganham prêmio de US$ 3 milhões


A Breakthrough Prize Foundation concedeu US$ 21,6 milhões aos vencedores dos prêmios Breakthrough 2020, incluindo um prêmio de US$ 3 milhões a 347 membros da equipe de imagem do buraco negro do Event Horizon Telescope.

O Prêmio Breakthrough foi financiado pelo bilionário russo-israelense Yuri Milner e anualmente premia pesquisadores em ciências da vida, matemática e física fundamental. É considerado o prêmio de ciência mais bem pago.

“Obter um prêmio como esse significa que a imagem é um grande marco para muitos”, disse Shep Doeleman, astrônomo de Harvard, ao Gizmodo. “Estamos ansiosos para fazer um pouco mais de ciência com isso e entrar em contato com cientistas em muitos campos”.

Em 10 de abril de 2019, cientistas de todo o mundo anunciaram que haviam ligado oito instalações de radiotelescópios na Terra para produzir a imagem de um buraco negro. Especificamente, a imagem mostrou um buraco negro a 55 milhões de anos-luz de distância, com uma massa 6,5 bilhões de vezes a do Sol, no centro da galáxia M87. Buracos negros são objetos tão grandes que a maneira como sua gravidade distorce o espaço-tempo impede que a luz escape além de uma região chamada horizonte de eventos.

A colaboração do Event Horizon Telescope contou com um método chamado interferometria de linha de base muito longa, ou VLBI. Quanto maior o telescópio, maior a resolução das imagens produzidas. O VLBI permite que os pesquisadores combinem informações de diferentes telescópios para criar imagens de alta resolução do que os observatórios poderiam produzir individualmente – essencialmente, transformando muitos telescópios menores em um único telescópio muito maior. Com a ajuda de algoritmos de processamento de imagem, os pesquisadores criaram uma imagem da sombra que o buraco negro deixou na poeira atrás dele.

Essa colaboração exige coordenação transfronteiriça e os esforços de centenas de pessoas, muitas das quais são cientistas e estudantes de pós-graduação, disse Doeleman. O dinheiro do prêmio será dividido entre os muitos ganhadores – diferentemente do Prêmio Nobel, que concede apenas três cientistas por prêmio, o Prêmio Breakthrough não tem essa limitação.

Mas o prêmio reconhece mais do que apenas física. Alex Eskin, da Universidade de Chicago, levará para casa o prêmio de matemática por seu trabalho com a matemática iraniana Maryam Mirzakhani sobre “a geometria dos espaços de módulos dos diferenciais abelianos, incluindo a prova do teorema da varinha mágica”. De acordo com um comunicado da Breakthrough Prize Foundation, uma das consequências do trabalho é uma demonstração de que, se um feixe de luz rondasse uma sala espelhada, para certas salas com certas restrições, apenas um número finito de pontos não seria aceso. Mirzakhani faleceu em 2017 devido a um câncer de mama.

Os quatro prêmios de ciências da vida serão concedidos aos cientistas por uma série de descobertas. Jeffrey M. Friedman, da Universidade Rockefeller e do Instituto Médico Howard Hughes, ganhou um prêmio por trabalhar na compreensão do sistema endócrino que regula quanto e quando comemos. David Julius, da Universidade da Califórnia, em San Francisco, foi reconhecido por seu trabalho nos mecanismos de sinalização celular para produzir dor – por exemplo, ele descobriu que pimenta chili e mentol produzem reações nos mesmos receptores que reagem ao calor e ao frio.

Virginia Man-Yee Lee, da Universidade da Pensilvânia, venceu por seu trabalho sobre como o comportamento das proteínas se relaciona com doenças neurológicas como a doença de Parkinson e esclerose lateral amiotrófica. F. Ulrich Hartl, do Instituto Max Planck de Bioquímica e Arthur L. Horwich, da Escola de Medicina de Yale e do Instituto Médico Howard Hughes, foram premiados por seu trabalho sobre como problemas com o dobramento de proteínas podem potencialmente levar a aglomerações que causam câncer ou outras doenças.

Um prêmio Breakthrough especial no início deste ano reconheceu os físicos Sergio Ferrara, Dan Freedman e Peter van Nieuwenhuizen pelo trabalho em supergravidade.

Os homenageados receberão seus prêmios em um evento no dia 3 de novembro no Centro de Pesquisa Ames da NASA em Mountain View, Califórnia, que será televisionado pela National Geographic.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo