O Sétimo Selo (Det sjunde inseglet, Suécia, 1957)

[Morfindel Werwulf Rúnarmo]

​

Sinopse: Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.

Direção: Ingmar Bergman

Elenco: Gunnar Björnstrand, Bengt Ekerot, Bibi Andersson

Trailer

IMDb

Curiosidades

- A Igreja que Jöns e Antonius Block chegam aos 15 minutos de filme é, na verdade, apenas uma estrutura cenográfica montada em cima de uma árvore morta.

- Ingmar Bergman se inspirou nos filmes de época de Akira Kurosawa para realizar O Sétimo Selo, que se passa na Idade Média. Bergman era um grande fã do diretor japonês.

- Ingmar Bergman baseou toda a iconografia do filme nos murais da igreja que seu pai, que era um pastor luterano, costumava ir e pregar.

 

[Neoghoster Akira]

Há anos assisti esse filme (aluguei junto com Morangos Silvestres). Algumas tomadas se pareciam com o estilo de diretores japoneses que trazem influência do cinema europeu de anime como o Mamoru Oshii e o Hideaki Anno. Percebem-se momentos com um trabalho intenso misturando luz, sombras e impacto de cenas.

A morte é representada de um jeito mais lento, diferente de um filme como "Premonição" em que se morre principalmente com clima violento, nesse o condenado consegue trocar palavras com ela antes de morrer e há tempo inclusive para correr por algum tempo oferecendo oportunidades de julgamentos...

Inclusive uma das cenas do filme me lembra de um conto hindu em que um homem não queria sair de casa porque a morte estava sentada do lado de fora casa para matá-lo. Sabendo disso a esposa dele vai buscar ajuda e encontra um grande santo. E então o santo vem e dá um golpe tão forte na morte que ela morre... E o filme é nesse estilo, olhando de longe a morte é tipo só uma pessoa a mais, ela vem, pode ser de dia ou de noite, pode querer tomar um café antes e depois sai por aí arrastando a alma com a corrente num estilo meio grego de Hades de condenação.

 

[Bruce Torres]

E o filme é nesse estilo, olhando de longe a morte é tipo só uma pessoa a mais, ela vem, pode ser de dia ou de noite, pode querer tomar um café antes e depois sai por aí arrastando a alma com a corrente num estilo meio grego de Hades de condenação.

 

[Bruce Torres]