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[Eriadan] Estão me vigiando

Eriadan

Well-Known Member
Sempre tive essa ideia de história, mas nunca pensei no desenvolvimento. Tenho só uma noção do final. Não sei ainda se vai ser curta ou longa. Deem um feedback dessa primeira parte, para eu avaliar o potencial!

Estão me vigiando.

Não sei quem. Não sei por quê. Mas sei que estão.

Há semanas que essa sensação me é diária. Na rua, no ônibus, até no trabalho. É como se eu fosse o alvo de uma sentinela constante, mas etérea – o que a torna pior, pois incerta e ao mesmo tempo irresistível.

É impossível ter paz. A qualquer tempo espero ser agarrado, ou simplesmente assassinado sem sequer ver de onde partiu o tiro. Os últimos dias têm sido tão terríveis que isso tem quase se tornado o meu desejo. Não há nada pior do que esse medo, essa expectativa assombrosa de algo que já me convenci ser inevitável. Encolho a qualquer som inesperado. Rezo cada vez que um estranho olha na minha direção.

Por que não agem de uma vez? Injetar terror na vítima faz parte do negócio? Se for o caso, já cumpriram bem essa parte da missão. Pulem para o final! Caso contrário, podem perder a autoria do desfecho para o meu próprio corpo, que logo não suportará mais tanto pânico e calaf-

Um tremor impediu Antônio de concluir. Tinham ficado frequentes nos últimos dias, mas sempre o pegavam desprevenido. Pegou a caneta que caíra ao chão e olhou em volta, na habitual tentativa vã de identificar alguém que o estivesse encarando - há dias já havia decidido que, se conseguisse, ele próprio se apresentaria ao algoz para acabar com aquilo de uma vez por todas.

O shopping começava a se esvaziar. Antônio vinha evitando ao máximo ficar sozinho, e aquela havia se tornado a sua rotina nas últimas semanas: sair do trabalho direto para qualquer lugar movimentado, voltando para casa só quando tivesse certeza que o colega com quem dividia o apartamento já estivesse lá. Funcionários da limpeza recolhiam as bandejas em volta de sua mesa. Antônio apertou o caderno na axila e levantou-se.

O caderno caiu no chão com um baque.

Um novo tremor. Mais forte que o primeiro, mais forte que qualquer outro. O corpo inteiro de Antônio tremia violentamente. Atordoado, agachou-se e tateou o chão em busca do caderno, os olhos semicerrados devido à enxaqueca súbita. E foi nessa hora.

Foi finalmente nessa hora que Antônio viu.

E Antônio correu.
 
Última edição:
Acredito que nesses quase três anos a história do Antônio já está pronta... :joy:

Mas mesmo assim...
Ele está fazendo um diário?
Não entendi pq vc quer narrar de duas formas...

Acredito que tem potencial sim!
Agora quero saber o final...:roll:
 
Já dever ter morrido...
Só nos resta a esperança de encontrar seu diário e la ter algo novo, ou que seu algoz tenha um diário seu, que possamos ler
 
Este é um belo exemplo do que eu estava falando. Foi a única coisa que eu acabei escrevendo, e não faço ideia de qual terá sido (ou será) o fim de Antônio, nem sequer do que o perseguia. :lol: Eu só tinha a ideia. Sempre tive vontade de escrever sobre perseguição, fuga e esconderijo, esse sempre foi um contexto de livros e filmes que me deixa tenso e bastante entretido, aquela sensação de suspense constante... acho muito envolvente, especialmente se o perseguidor parece ter capacidades sobre-humanas. Mas comecei esperando que a história fosse se desenvolvendo naturalmente, e não rolou. Até escrevi, no papel, o início da fuga, mas logo me desmotivei por não saber aonde chegar.

Ainda assim, vocês até me animaram para, quem sabe, retomar essa história.

Ele está fazendo um diário?
Não entendi pq vc quer narrar de duas formas...
Não, o diário foi só a forma de iniciar a história. A partir daí seguiria em terceira pessoa mesmo, com o narrador íntimo só do protagonista e observador de todo o resto (para preservar o suspense, que é a tônica). =]
 
Escreva sim!!
Parece algo que merece ser lido.

acho muito envolvente, especialmente se o perseguidor parece ter capacidades sobre-humanas.

Confesso que na minha cabeça, já era um anjo caído ou um espectro demoníaco mesmo... hahaha

Não, o diário foi só a forma de iniciar a história.

Entendo, gosto dos relatos em primeira pessoa, me faz sentir que é real!
 
Cof cof,como está o andamento?(mancada parar literalmente quando ele vê algo haha)
 
Última edição:
Então Antônio acordou, ao cair da cama e se atrapalhar com os lençóis.
Suspirou aliviado e deitou-se novamente, estava quase pegando no sono outra vez, mas percebeu um movimento no canto do quarto, antes que pudesse acender alguma luz, ouviu em sua mente a mais terrível voz:
"Nenhum escritor está livre do bloqueio criativo ou das responsabilidades da vida adulta!"
E assim, morreu.

Desculpa, é minha versão de diversão! :anjo:
Ou torturar pessoas, massacrar continentes inteiros ou algo assim, nos RPGs da vida...
 
Então Antônio acordou, ao cair da cama e se atrapalhar com os lençóis.
Suspirou aliviado e deitou-se novamente, estava quase pegando no sono outra vez, mas percebeu um movimento no canto do quarto, antes que pudesse acender alguma luz, ouviu em sua mente a mais terrível voz:
"Nenhum escritor está livre do bloqueio criativo ou das responsabilidades da vida adulta!"
E assim, morreu.

Desculpa, é minha versão de diversão! :anjo:
Ou torturar pessoas, massacrar continentes inteiros ou algo assim, nos RPGs da vida...
Eu só tiraria o "assim," da conclusão.

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Também fiquei querendo saber o final. Sugestão: histórias em que no final todo mundo morre ou em que o protagonista estava só sonhando são bem previsíveis. Evite esses.
"Então Antônio despertou. Aliviado, percebeu que tudo não passava de um sonho.
Até que viu o vulto passando perto da porta.
Antônio estremeceu."
Hahaha...
 

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