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“Caso Queermuseu mostra que são tempos de intolerância. Da direita, mas também da esquerda”

bom, não sei até que ponto uma criança passar a mão em um homem nu seja alguma formação ou arte.
Uma coisa é ele andar em uma praia de nudismo, a outra é o que ocorreu.
 
bom, não sei até que ponto uma criança passar a mão em um homem nu seja alguma formação ou arte.
Uma coisa é ele andar em uma praia de nudismo, a outra é o que ocorreu.
Mas você acha que existia maldade na cabeça da criança? Aposto em curiosidade sobre o corpo humano, totalmente desprovida de intenção sexual, que não é natural naquela idade. Além disso, acha que existia algum risco de violência sexual à criança naquela situação?

Sobre o naturismo, não me refiro só a "andar em uma praia de nudismo". Vou dar um exemplo. No início do ano, eu estava em uma espécie de retiro, com várias terapias em grupo, rituais xamânicos, isolamento na mata etc. A ideia é uma conexão coletiva profunda com a natureza, no que a nudez é só um detalhe. Um casal que estava lá levou as duas filhas. Uma era bebê e outra devia ter uns 5, 6 anos. Ambos os pais muito amorosos e responsáveis, sempre de olho nas crianças, não permitiam que entrassem em contato com nada que não fosse apropriado para a idade.

Um dia, eu estava lendo deitado numa rede e a menina maior veio deitar comigo, pedindo para eu ler a história para ela. Por acaso era O Senhor dos Anéis em inglês [:lol:], então eu tive que enrolar, disse que era muito difícil para a idade dela e pedi para descansar quietinha. De repente ela mexeu no meu saco: "Por que mamãe e papai não têm isso?". Eu gargalhei. Claro, fiquei desconcertado, mas porque temi o que os pais pudessem pensar da cena, não porque tivesse passado por minha cabeça, sã, qualquer pensamento sexual. "Seu pai tem, sim. Vá lá ver se ele não tem", falei, e ela foi correndo procurar os testículos de papai. O tempo todo a mãe estava ao lado com a bebê no colo, rindo, mas atenta.

Atitude dos pais, na minha opinião, exemplar: 1. Não confundiam nudez com sexo: levaram os filhos a um ambiente saudabilíssimo, de comunidade, amor ao próximo e respeito à natureza (vale dizer que a proibição de comportamentos eróticos é uma das principais normas da ética naturista); 2. Não tentaram censurar a atitude da menina, enfiando em sua cabeça uma maldade que ela nem é capaz de compreender ainda - em último caso, a curiosidade infantil poderia até se manifestar em ambiente menos seguro, colocando-a em verdadeira situação de risco; 3. Apesar disso, reconhecem que os adultos são cheios de perversões e é preciso ficar de junto.

Por isso não condeno, como a princípio acabei condenando, os pais que levaram a criança à exposição. A criança foi levada por uma curiosidade infantil, não corria o risco de sofrer nenhum malfeito e os pais poderiam usar a experiência para educá-la sobre o corpo e os perigos, para preveni-la de eventual ameaça de REAL pedofilia.
 
Última edição:
Acho que a maior dificuldade que se encontra é em distinguir o que é ruim-em-si e o que meramente não faz parte do que a nosso cultura habitualmente entende adequado. Naturalmente, são conceitos que dão grande margem a uma relativização, mas, por regra, acredito que ações que promovam a tolerância devem ser apoiadas. Há muitos preconceitos e muitas repulsas que só são vencidos com um grande esforço de entendimento.

As ações do MBL, no entanto, me parecem se preocupar muito pouco com a essência das coisas, e visam simplesmente a impor uma prevalência do grupo sobre os seus, por assim dizer, inimigos.

Eu tive um professor de ciência política que costumava dizer que as forças da história social ainda não haviam conseguido se livrar do ciclo: repressão-consciência-afrouxamento, reiniciado ao fim de cada série. É simplista, mas talvez não esteja tão distante da realidade.
 
É sonso sim!
Em primeiro lugar, você fala em "vantagem a democracia" como se essa noção fosse autoexplicativa. Sinto informar: não é! Quer usar essa defesa etérea da "democracia" pra pintar as manifestações de junho de 2013 como a caixa de Pandora, dizendo sem dizer que teria sido melhor para a "democracia" se as pessoas tivessem ficado caladinhas em suas casas, que não protestassem contra os aumentos das passagens, que não reagissem à violência policial, que não protestassem contra os Mega Eventos e contra o tratoramento dos direitos mais elementares de famílias pobres no processo, entre outras coisas. Seria, de fato, ótimo pra "democracia" - esse acordo inter-oligárquico teatralizado sob esse verniz formalista.
Aliás, se tem uma coisa para a qual 2013 serviu, foi pra escancarar essa farsa "democrática". Você leu os relatórios produzidos por diversas entidades, nacionais e internacionais, sobre a violência policial nos protestos de 2013? Leu sobre as inúmeras violações às ditas liberdades democráticas? Suponho que "vantagens democráticas" sejam o "Estado Futebolístico de Exceção" que aqui se estabeleceu, batizado de Lei Geral da Copa, que deu base para a repressão a que assistimos em 2014 e que, ainda em 2016, era usada pelo governo Temer como fundamento para reprimir manifestações contrárias ao seu governo por ocasião dos Jogos Olímpicos. Daria pra fazer um inventário de "vantagens democráticas" dessa natureza, cuja responsabilidade não pode ser atribuída a quem estava nas ruas, protestando, em junho de 2013. Mas, repito, você não está interessado em debater. Fica aí reproduzindo subterfúgios...
Não deixei de apontar limites e contradições aqui; não deixei de considerar que aqueles movimentos não evoluíram para um sentido mais orgânico; mas não desprezo a experiência política. Valorizo-a e acho que temos a aprender com ela.
Em qualquer caso, derivar o avanço conjuntural de grupos conservadores daquele contexto de enfrentamentos que havia em 2013 é miopia típica de certas leituras politicamente comprometidas.

Sobre o seu exemplo no que diz respeito à questão da liberdade de expressão, queria que você desse um exemplo recente de gente que tenha pregado, por meio da arte, a "eliminação física de algum grupo". Não me lembro de ter visto nenhum caso assim - em um tal caso, eu fecharia contigo.
De qualquer forma, precisa de muito menos que isso para que certos grupos pretensamente progressistas - de forma análoga aos grupelhos conservadores de que aqui tratamos - organizem as suas cruzadas purificadoras, clamando por censura.
Se acalme, mano! Não, não precisei ver os relatórios de violência policial nessa época. Eu vi os episódios de violência policial. Todos viram. Mesmo quem defende a polícia cegamente viu. Não pensei nesse ponto quando critiquei os movimentos que deram ascensão ao MBL e aos neoconservadores do momento. Essas coisas todas aconteciam e continuam acontecendo, críticas já eram feitas a conduta bestial da polícia e continuam sendo feitas. Mas ao compararmos as cenas de certa forma inéditas na época e hoje, você deve conseguir ver sim a regressão havida.

Sobre o "exemplo", foi apenas um exemplo teórico, não tinha uma obra em mente.
Claro, porque só um lado do espectro político é que é dono da virtude e está interessado no bem das pessoas. O "outro lado" é que é violento e malvado.

É esse tipo de tentativa de monopolizar a virtude que faz com que tantos discursos políticos sejam tão boçais. E que abre espaços para extremismos: se o outro lado é a encarnação do mal, então o meu lado está autorizado a fazer qualquer coisa para combater o mal.
Não, monopolizar não. Falei do caráter do artista. Não disse que ele era de direita. Bem, se ser o que eu disse faz alguém ser de direta a culpa não é minha.

Novamente, a arte servindo de esconderijo para questões sexuais pessoais não resolvidas de ativistas. Do jeito que andam abusando da área cinzenta da arte não vejo alternativa que num futuro próximo suba alguém linha dura, mesmo que ignorante.
Questões pessoais mal resolvidas? Você viu o vídeo, né?
ps: tem um artigo no escola sem partido que fala sobre o "direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções." - e agora geral que apoia o escola sem partido tá criticando a mãe? ué?
São contra algo até esse algo convir.

E tem umas imagens correndo pela internet que é puro mau caratismo. Colocaram uma tarja enorme, como se cobrindo o pau do cara. Quem não viu o vídeo deve mesmo achar, como o Akira, que o cara tava morrendo de excitação ali. Bem, nossa anatomia é meio traiçoeira. Não dá pra esconder uma ereção. Mano, a menina tocou nos dedos das mãos e dos pés. Vi gente dizer que na exposição o cara estava sendo manipulado por crianças. Tem como ser mais mau caráter?
 
Acho que alguma coisa conservadora em mim ainda reluta em acreditar que se tratou de uma exposição tão inofensiva assim. Não vamos nos esquecer que tanto o ECA no art. 1º quanto a Constituição no caput do 227 consagram o interesse absoluto do menor, cujo zelo é dever do estado, da família e da sociedade. Não se pode eximir o museu de culpa apenas pq indicou a faixa etária -- se ela era pra maiores de 18 anos, por exemplo, então a entrada do menor estava proibida mesmo com autorização do pai. Há uma portaria do Ministério da Justiça, salvo engano, que fala a respeito do tema, cumprindo o 74 do ECA.

Estou com preguiça de procurar a portaria, mas, de todo modo, seguindo esse guia do MPF o que se presume é que a indicação era de 16 anos, pois envolvia nudez completa.

Concordo que não houve pedofilia, mas acho precipitado que o afirmemos com tanta ênfase. Há por exemplo quem tipifique a performance de acordo com o 240 do ECA. O Rogério Sanches, que é um nome importante do Direito Penal contemporâneo, chega a fazer isso num artigo. Não concordo com a tipificação dele (que diga-se de passagem foi bem mal fundamentada) pois o que se entende por "cena pornográfica" no final do artigo de lei é explicado pelo próprio ECA no 241-E, a saber: "qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais."

Não me parece ser o caso.

Agora outra história é a do 247, inciso II, do Código Penal: "Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância: (...) II - freqüente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender-lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza". Aqui vai entrar toda uma discussão a respeito de se a criança no meio da performance seria pervertida ou se isto ofende seu pudor. Algo me diz que existe uma chance alta de que seja enquadrada neste artigo.

De todo modo, o Eriadan acabou levantando uma objeção que realmente me fez pensar: é natural que façamos uma correlação automática entre crianças, nudez adulta e inaceitável perversão. Mais do que automático, acho saudável que liguemos o alerta vermelho. Todavia, por estranho que possa parecer levantar esse tipo de hipótese -- e a sorte é que estamos num fórum onde isso é possível --, existem situações onde a situação de crianças diante da nudez adulta não quer dizer necessariamente perversão. Um exemplo seria o de uma praia de nudismo. É possível que crianças frequentem uma?

Minha posição nesse sentido é a do fcm: tudo a seu tempo. Penso que se trata de um risco expor crianças à nudez adulta completa, um risco que não condiz com o texto constitucional: "além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."
 
Ainda que eu more em Porto Alegre, aliás bem perto do Santander Cultural, não visitei a exposição. O que consta, no entanto, é que havia avisos de que a mostra continha nudez, o que me parece mais do que suficiente para alertar pais mais preocupados.

Também me parece claro que houve um componente de choque na curadoria, uma tentativa de chamar a atenção. Pessoalmente, esse tipo de ação mais me repele do que me atrai; prefiro trabalhos mais sutis ou abordagens mais oblíquas. Mas o fato de não me agradar em princípio não pode ser utilizado como justificativa para desqualificar a mostra. O fato é que eu sei que, por exemplo, a figura de um travesti ou de um transexual, ou a sugestão de sexo entre transexuais (ou, ainda, hermafroditas) me é muito mais inóspita do que uma relação entre homem e mulher. É meio natural que humanizemos e desumanizemos grupos de pessoas na medida em que se aproximam mais ou menos de nós ou se parecem mais ou menos conosco (quem de nós se emocionou pelo genocídio em Ruanda e quem se emocionou com o 11/09?). Basta dizer que até hoje me repugna iogurte natural, que eu bebia quando a Buba revelou ser hermafrodita naquela novela. O que, ainda que seja uma sensação que eu não consiga contornar, precisa ser entendida como uma estreiteza de consciência minha, e não um defeito dos hermafroditas.

Uma coisa que me incomoda profundamente, no entanto, é o argumento do pudor, normalmente utilizado para velar preconceito. Nós, me parece, vivemos tão afundados na vida social, que sequer nos ocorre que a nudez é o estado natural do homem, assim como de todo animal. Mesmo que a nossa estrutura social tenha sido construída com base em disfarces e dissimulações, essa não é senão a nossa segunda natureza, e os nossos pudores decorrem muito mais de um estado de neurose coletiva do que de qualquer humanidade essencial.

No fim das contas, como diria Raduan Nassar: seja como for, talvez a gente concorde nisso: nenhum grupo, familiar ou social, se organiza sem valores; como de resto, não há valores que não gerem excluídos. Na brecha larga desse desajuste é que o capeta deita e rola.
 
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Por isso não condeno, como a princípio acabei condenando, os pais que levaram a criança à exposição. A criança foi levada por uma curiosidade infantil, não corria o risco de sofrer nenhum malfeito e os pais poderiam usar a experiência para educá-la sobre o corpo e os perigos, para preveni-la de eventual ameaça de REAL pedofilia.

Ué, vc pode perfeitamente criticar a decisão da mãe e admitir que a escolha foi um direito dela. Eu achei inadequada a decisão, mas vá lá, é como a Ana falou, é a mãe educando a filha de acordo com seu sistema moral - do qual podemos perfeitamente discordar.


"As pessoas que veicularam as imagens, sem borrar o rosto da criança, podem ter que responder na Justiça, se o ato for caracterizado como um crime"

E não está certo? Acho que sim.
 
Ué, vc pode perfeitamente criticar a decisão da mãe e admitir que a escolha foi um direito dela. Eu achei inadequada a decisão, mas vá lá, é como a Ana falou, é a mãe educando a filha de acordo com seu sistema moral - do qual podemos perfeitamente discordar.
Não entendi por que você entendeu que eu falei o contrário. Eu nunca achei que não fosse direito dela, só tinha achado inadequado a princípio. Depois, pensando bem, não achei não.

Edit. Acho que entendi. Falei "condeno" em sentido crítico, não jurídico.
 
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eu ri porque eu disse exatamente isso no meu post anterior: se for crime, o eca também caracteriza como crime filmar e compartilhar imagens. :lol:
Só escancara mais ainda o quão patético seria configurar aquilo como crime.
** Posts duplicados combinados **
De todo modo, o Eriadan acabou levantando uma objeção que realmente me fez pensar: é natural que façamos uma correlação automática entre crianças, nudez adulta e inaceitável perversão. Mais do que automático, acho saudável que liguemos o alerta vermelho. Todavia, por estranho que possa parecer levantar esse tipo de hipótese -- e a sorte é que estamos num fórum onde isso é possível --, existem situações onde a situação de crianças diante da nudez adulta não quer dizer necessariamente perversão. Um exemplo seria o de uma praia de nudismo. É possível que crianças frequentem uma?
É possível, saudável e extremamente comum. Sendo muito franco com você, praias naturistas oficiais, que obedecem à ética naturista, são o local mais seguro e isento de comportamento sexual que eu já frequentei. Além da proibição expressa, a mentalidade das pessoas é diferente. Praias convencionais, por outro lado, são um antro de erotismo.

Mavericco disse:
Minha posição nesse sentido é a do fcm: tudo a seu tempo. Penso que se trata de um risco expor crianças à nudez adulta completa, um risco que não condiz com o texto constitucional: "além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."
Mavericco, só enxerga contradição com o texto constitucional quem está contaminado com essa associação de nudez ao sexo. É válido se preocupar com a exposição a atos ou símbolos que remetam ao sexo, não à nudez. O órgão sexual exposto (flácido), por si, não representa nada à criança que não tem a compreensão de sexo que nós temos, e os pais estão ali para protegê-la de eventual lascívia e educá-la sobre qualquer reação que qualquer psicólogo tema que ela possa ter.
 
Última edição:
Meus filhos crescerão em praias naturistas e saberão distinguir nudez de erotismo desde o primeiro contato que tiverem com o último, bem mais tarde.

Essa é uma exposição à nudez que considero sadia e natural. Creio que se a ideia é quebrar supostos dogmas sobre a naturalidade da nudez, essa seria a forma mais adequada e infinitamente menos traumática.

Na minha opinião pessoal o fato não consiste em crime, mas em um erro crasso por parte dessa mãe. Tanto por expor a criança a uma nudez fora de um contexto real de naturalidade - um homem nu cercado de pessoas vestidas - quanto por envolve-la indiretamente numa polêmica que envolve tanto um tabu, quanto a opinião popular.

A longo prazo, não sabemos como a criança irá lidar com essa exposição e digerir a informação: temos então em mãos a mistura perfeita para gerar um lindo trauma. Tudo isso por vaidade, seja da mãe em suas convicções, seja pelo circo ideológico criado sobre a situação em si. Que desperdício.
 
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Mas @Seiko-chan, não foi a mãe que criou polêmica, né? Até onde eu sei a filmagem e a viralização ocorreram sem a vontade dela. Mas se eu estiver enganado, concordo com você nesse ponto, embora discorde do outro (não vejo nada de mal em a criança interagir com um homem nu na presença da mãe, sem haver conotação sexual).
 
Mas @Seiko-chan, não foi a mãe que criou polêmica, né? Até onde eu sei a filmagem e a viralização ocorreram sem a vontade dela. Mas se eu estiver enganado, concordo com você nesse ponto, embora discorde do outro (não vejo nada de mal em a criança interagir com um homem nu na presença da mãe, sem haver conotação sexual).

Ah, quanto à onda de histeria conservadora, eu já me pus à parte disso. Como artista gráfica seria bem ridículo eu fazer coro à censura. :lol:

Mas você há de concordar que estamos numa era de exposição máxima vinda por todos os lados. Por mais liberais que sejamos ou tentemos ser, precisamos proteger nossos filhos tanto da maldade quanto da exposição, pois sempre há alguém que pode usar isso da forma mais perversa possível. As pessoas hoje gostam de ter razão, não importa que exemplo usem. Querendo ou não, a merda vai espirrar nessa criança, e a responsabilidade é da mãe. Ela deveria ter sido mais prudente, mas não a julgo por isso.

Pessoalmente, acho a atual "arte moderna" apenas fraca e pretensiosa, mas coloco isso como opinião pessoal e não como brado de certeza universal. Não existe um parâmetro real para "o que é arte". Aliás, enquanto arte, essa instalação cumpriu seu papel, que é promover o debate - certo, errado, legal, crime - e a pesquisa - é arte ou não? Porém tenho ressalvas sobre seu objetivo principal, pois envolve uma série de fatores. Minha preocupação não é com o que vem a ser "arte", mas com a falta de critérios para envolver inocentes em questões polêmicas que nada mais são que debates intermináveis sobre autoafirmação ideológica. E isso ocorre num momento de polarização político-ideológica feroz. De um lado o pessoal que não se contenta em dizer "nossa, que merda", e tem de gritar por censura. Do outro, pseudoprogressistas demonizando o pudor. Essas deveriam ser colocações particulares de cada indivíduo, e vemos que ambas as partes pensam e se tratam como gado. Isso é decepcionante.
 
Quero fazer uma pergunta a vocês aqui então.

Se ao invés de um homem nu, uma criança estivesse exposta a uma arma, por exemplo um rifle AR-15? Claro com toda a supervisão de seus pais.
 

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