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Mãe! (Mother!) - 2017

Sua nota para o filme:

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Sem twists shyamalanescos, podem ir despreocupados, hehe

Post esses comentários no fb (é sem spoiler, tudo muito alusivo, só coloquei na caixinha de spoiler pq ficou bem grande)
Comentários breves e aleatórios (sem spoilers, eu acho... ) pq minha mente tá girando e preciso falar desse filme.

- bem menos complicado do que achei que seria, o que não quer dizer que seja simplista, apenas que por todas as suas contradições (propositais, mais sobre isso depois) o filme se move de forma fluida.

- é, como esperado, uma experiência estética extática, descendo (elevando?) a momentos de um caos glorioso no final.

- pelo tanto que ouvi falar alusivamente do caráter alegórico e simbólico do filme sendo tratado de forma subversiva, perversa, fui levado a pensar que seria mais explícito e escatológico... De certa forma achei que fosse ser mais gory e "chocante" por isso (estilo nova onda de terror francês, principalmente o filme À l'intérieur) . Mas o filme é bem esperto em tratar as alegorias bem inscritas dentro das ações de maneira que não seja tão gratuito (com exceção de um instante, que falarei a seguir) ou pouco trabalhado. Não, há sutileza aqui, contendo coisas impossíveis de pegar de uma vez.

- o desconforto do filme está então mais naquilo que fica subentendido, da linha de pensamento que ele propõe, do que no que ele mostra mesmo. E claro, na forma que ele mostra, com uma sensação inquieta muito fácil de todo mundo se relacionar (a invasão do seu domicílio) presente desde o início, primeiro mais velado, até romper num caos barulhento absurdo (e o que é mais legal, o som é todo diegetico, com a balbúrdia sonora da multidão dentro da casa, e não uma trilha sonora que te diga como sentir).

- é um filme que é uma amálgama de milhares de fontes inspiracionais diferentes, que, por mais contraditórias e excessivas que possam parecer ser, funcionam para fazer sua força como símbolo reconhecível ressoar e ter uma ressignificação e utilização próprias dentro dessa história. Assim os personagens não são necessariamente uma incarnação de um isso ou aquilo fixos (de algo do nosso mundo, da nossa realidade, das nossas histórias) mas antes uma abstração de forças de existência.

- me lembrou um pouco The Tree of Life com aquela dicotomia Grace X Nature

- É tomada com liberdade a utilização de símbolos religiosos, históricos etc subversivamente fora da ordem que as conhecemos no melhor estilo saramaguiano (inclusive a visão dele se assemelha muito a de O Evangelho segundo Jesus Cristo, com a qual eu não concordo, óbvio), embora, como disse, não sejam empregados tão explícitamente nem usados com o propósito maior de se comentar sobre o próprio símbolo, mas, como disse, para que este seja reconhecido e tenha seu potencial aproveitado em prol do enredo original de Aronofsky. Há sim uma recriação de histórias antigas e sobre elas é tomado um posicionamento, e nele papéis claros são percebidos, mas elas permitem essas interpretações mais plurais, não sendo algo mono-semântico.

- basicamente uma coisa só me incomodou lá pelo final, na forma como o Aronofsky dá um diálogo ao Bardem que pareceu muito escrachado o que ele estava querendo dizer e com pouco contexto do personagem, algo que pareceu ter saído do nada para que um ponto do diretor fosse feito. Pareceu forçado e óbvio na tentativa do diretor dizer suas poucas e boas sobre religião mas faltou sutileza.

- o final com as sucessões de cenas rapidamente evoluindo e apressadas, sem que haja tempo pra se estabelecer causa/efeito ou continuidade funcionou muito bem para mostrar a ideia de como as coisas têm ido de mal a pior num piscar de olhos ultimamente. O que nos leva a dizer que:

- sucintamente, poderíamos chamar mãe! De A história do mundo por Aronofsky.

- tem uns pontos da história, principalmente dos personagens, que eu tenha umas opiniões fortes mas que ainda assim sustentam umas dúvidas, e eu adoraria conversar com spoilers com alguém.

- ah, sim: a J-Law sustenta bem o filme, melhor no início, poderia ter se esforçado um pouquinho mais no final, mas foi bem boa sim. Personagem do Bardem, como falei sobre uma tal cena lá, poderia ter marcado melhor um aspecto dele, mas tá bem tbm. Michelle Pfeiffer rouba a cena em todos os minutos que ela aparece, cada olhar dela é ouro (Oscar de coadjuvante por favor!). Adorei ver uma mulher lá quase no final, adoro ela e pelo pouco que ela apareceu foi perfeita; não vou revelar quem é pra vcs descobrirem sozinhos, mas de todo modo ela consta na lista de atores do filme no imdb.

- como ficou claro lá no início, a estética do filme é um dos (muitos) pontos fortes. Aquela câmera balançando (adoro! sei que alguns não curtem, no entanto) é tão gostosinha!

- acho que não precisa dizer que é um filme que exige MUITO da participação ativa do espectador, então se vc quer relaxar enquanto se encanta com a presença da J-Law, apenas não vá ver esse filme.

- pra quem se interessou e vai querer ver alguma hora ou outra eu urjo que vão ver no cinema. Esse sim é um filme que (por mais que acredito se sustentar bem assistindo em casa, ao contrário de um Gravidade) a experiência é muito mais enriquecedora e foi mesmo feito para ser visto na telona com o melhor som possível.

- Já quero (preciso) ver esse filme de novo.

Por enquanto fica uma nota 9 cheinha <3

BTW, esse é pra entrar naquelas listas de "Melhores filmes rodados em uma só locação" :)
 
Última edição:
vi ontem também. Entendi foi nada, tive que ir no google pra tentar entender.
Depois disso entendi um pouco mas creio que não sou o público para esse filme.
Apesar de tudo ele consegue nos prender a atenção do início ao fim. Agonia total junto com a protagonista.
 
Acabei de assistir. Gostei, mas não é pra todo mundo. Como o @fcm falou, ele consegue te prender, mas nem sempre pro lado bom.

Um pouco confuso, mas é bom que gera discussão depois que acaba. :)
 
Minha interpretação 100% unbiased (não li uma linha, uma palavra uma vírgula antes de assistir o filme) foi

um amálgama de relacionamento abusivo com críticas à fama e à idolatria de artistas (primeira etapa de interpretação) com algo mais genérico sobre criadores que possuem uma musa / fonte de inspiração / fonte de apoio e justamente por possuírem essa inspiração, sua forma criativa exaure a pessoa que está ali apoiando até que não sobre mais nada (em resumo: o poder destrutivo do processo criativo). Como não sou ligada em religião as alegorias bíblicas me passaram batido
 
Minha interpretação 100% unbiased (não li uma linha, uma palavra uma vírgula antes de assistir o filme) foi

um amálgama de relacionamento abusivo com críticas à fama e à idolatria de artistas (primeira etapa de interpretação) com algo mais genérico sobre criadores que possuem uma musa / fonte de inspiração / fonte de apoio e justamente por possuírem essa inspiração, sua forma criativa exaure a pessoa que está ali apoiando até que não sobre mais nada (em resumo: o poder destrutivo do processo criativo). Como não sou ligada em religião as alegorias bíblicas me passaram batido

Quando eu saí do cinema minha interpretação foi bem parecida...

era a trajetória de um escritor afim de criar uma obra que fosse digna.
Eu fiz umas associações aqui e ali com a bíblia, mas nada a ponto do que o filme verdadeiramente é.
 

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