A Panini Books lançou em maio de 2017 o primeiro volume com as quatro primeiras edições de Providence, de Alan Moore e Jacen Burrows.
É a história de Robert Black, repórter que em busca de ideias para um livro de terror acaba descobrindo estranhos personagens e situações do mundo criado por H.P. Lovecraft.
Engraçado que, até mais ou menos a metade do volume, eu achei o protagonista meio bocó por não se ligar que estava lidando com tantos horrores e monstruosidades, achando tudo no máximo "esquisito".
Isso até estava me irritando um pouco até que, a certa altura em seu diário, ele faz uma análise de como seria se nos deparássemos com um monstro como Drácula, por exemplo, que o mais provável é que ele, Robert, fugisse o mais rápido possível se estivesse naquela situação e que a tendência de todos nós é realmente tentar encontrar um resposta lógica pra certas coisas que não conseguimos entender.
Bem o caso de quando ele se depara com os estranhos habitantes de Innsmouth, achando que o evidente canibal está dando em cima dele, que os moradores estão observando focas nadando até Devil Reef; ou como explica pra si mesmo a situação da mãe dos monstros de Dunwich.
Espero ansiosamente as próximas oito edições que, se mantido o esquema da Panini, sairão em dois volumes com quatro edições cada um.
Aqui parte de um artigo (que pode ser lido inteiro neste endereço) sobre a publicação e uma entrevista com Alan Moore:
"Eu tenho trabalhado em Providence, especificamente, há três ou quatro anos e isso é algo que, provavelmente, começou quando eu e comecei a fazer meu trabalho sobre as culturas Yuggoth, nos anos 90. O fato de tudo isso vir à mente agora é tão oportuno que quase me assusta. Eu estou muito satisfeito com o resultado."
Moore lembrou que, em 2015, Lovecraft completaria 125 anos, e salientou que, mesmo esse fator foi uma grande convergência de fatores que fez com que Providence tivesse iniciado sua publicação agora, em 2015. “Mesmo se tivesse saído há um ano, não teria alcançado o interesse que eu sinto nesse momento em relação ao público que, mesmo que ainda não saibam, estão famintos por uma reavaliação de Lovecraft”.