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O Tópico dos Dinossauros e Outros Animais Extintos

Os ferozes dinossauros predatórios do Saara Cretáceo
(Vídeo legendado)

 
O tubarão 'pré-histórico' com 300 dentes capturado por acidente

"Esse tubarão pertence à única espécie sobrevivente de uma família de tubarões em que todos os outros foram extintos", disse à BBC Margarida Castro, professora e pesquisadora do Centro de Ciências Marinhas da Universidade de Algarve.

"Alguns acreditam que essa espécie remonta ao período Jurássico tardio. Pode ser um pouco mais recente, mas, de qualquer jeito, estamos falando de dezenas de milhões de anos. Por isso, é muito antigo em termos evolutivos. Está na Terra certamente antes do homem", acrescenta.

Castro faz parte do projeto MINOUW, uma iniciativa para minimizar o desperdício de animais que são descartados nos navios de pesca europeus, o que explica a presença de pesquisadores em um barco de pesca comercial."



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Descoberto novo dinossauro que viveu no Brasil há 230 milhões de anos


  • Jorge Blanco/Divulgação
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    Bagualosaurus agudoensis, ou "lagarto bagual de Agudo", viveu há 230 milhões de anos
Pesquisadores brasileiros acabam de acrescentar mais um personagem ao escasso elenco de espécies que figuram nos primeiros capítulos da história evolutiva dos dinossauros. E de relevância mundial. Batizado de Bagualosaurus agudoensis, ou "lagarto bagual de Agudo", ele viveu há 230 milhões de anos, onde hoje fica o Rio Grande do Sul. Tinha mais de 2,5 metros de comprimento e, a julgar pelos dentes, se alimentava de folhas.
Jorge Blanco/Divulgação

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Fóssil foi descoberto em 2007 em um barranco à beira de um açude, em uma propriedade rural de Agudo (a 240 km de Porto Alegre)

"Ele é parecido com o que se espera de outros dinossauros primitivos, mas com algumas inovações anatômicas na estrutura do crânio, especialmente nos dentes, que sugerem que tinha uma dieta quase 100% herbívora", explica o paleontólogo Flávio Pretto, da Universidade Federal de Santa Maria, que descreveu o fóssil para sua tese de doutorado. "É um dos dinos mais antigos do mundo."

Descoberto em 2007, em um barranco à beira de um açude, em uma propriedade rural de Agudo (a 240 km de Porto Alegre), o fóssil ficou mais de cinco anos guardado em um armário do Laboratório de Paleovertebrados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob a tutela do professor Cesar Schultz. "Estava só esperando alguém para estudá-lo, e acabou caindo na minha mão", comemora Pretto. É comum fósseis passarem anos guardados em coleções até serem estudados de fato por algum especialista - não apenas no Brasil, mas no mundo todo. É o que se costuma chamar, carinhosamente, de "paleontologia de gaveta".

A descoberta tem relevância mundial, pois há muito poucos fósseis de dinossauros desse período, no início do Triássico, que foi quando os dinossauros começaram a se multiplicar e se diversificar pelo planeta. Os únicos lugares no mundo onde foram encontrados são justamente no interior do Rio Grande do Sul e no noroeste da Argentina.

"O que sugere que esses bichos surgiram provavelmente em algum lugar próximo daqui", afirma Pretto. "Todo mundo que quiser estudar a origem dos dinossauros tem de vir para cá, olhar os nossos fósseis."

"Todo o resto é mais novo, ou mais fragmentado", diz o paleontólogo Max Langer, da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, que também assina a descrição do fóssil, ao lado de Pretto e Schultz.



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O Bagualosaurus é a sétima espécie de dinossauro do Triássico descoberta no Rio Grande do Sul

O Bagualosaurus é a sétima espécie de dinossauro do Triássico descoberta no Rio Grande do Sul. Ele pertence à linhagem dos saurópodes, aqueles répteis gigantescos, de cabeça pequena (a dele tinha apenas 13 centímetros) e pescoço comprido, que mais tarde produziria espécies com mais de 50 metros de comprimento. Comparado a esses animais "titânicos" do Jurássico e do Cretáceo, ele era pequeno, mas se tratava de um bicho grande para a época. Outros dinos que conviveram com ele mal chegavam a 1,5 metro de comprimento.
Os pesquisadores acreditam, até, que ele já tinha tamanho suficiente para competir por alimento com os herbívoros dominantes daquela época, que eram os rincossauros e os cinodontes (precursores dos mamíferos). Foi só depois que esses outros grupos desapareceram, por volta de 220 milhões de anos atrás, que os dinossauros se tornaram, de fato, a fauna dominante do planeta.
Dieta

O fato de o Bagualosaurus já ter uma dentição bem adaptada ao consumo de vegetação é especialmente importante para a história evolutiva dos dinossauros. Pretto explica que todos os saurópodes têm duas características em comum: o gigantismo e o herbivorismo. "Mas não sabemos exatamente o que veio primeiro", afirma.
O Bagualosaurus sugere que a dieta de folhas surgiu primeiro, e pode ter sido a fonte de energia para o gigantismo. O estudo está publicado no Zoological Journal of the Linnean Society.


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As fascinantes novas espécies de dinossauros descobertas recentemente

Úmero de um Soriatitan golmayensis, nova espécie de dinossauro da família Brachiosauridaea descoberta por paleontólogos espanhóis Imagem: Fundação Conjunto Paleontológico de Teruel-Dinópolis
 
Gostei do nome desse dinossauro brasileiro. Devia ter um comportamento bastante peculiar (tanto em relação aos seus compatriotas quanto aos dinossauros estrangeiros). Fico imaginando se entre os dinos veganos havia pressão pra comer carne.
 
Os primeiros cães das Américas - que desapareceram com a chegada dos europeus


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  • Primeiros cães vieram para as Américas apenas por volta de 10 mil anos atrás, segundo achados arqueológicos

A relação de amizade e dependência entre cães e homens remonta a pré-história, em que a aproximação de um animal que buscava restos de comida era interessante, pois podia significar proteção.

Portanto, é natural que, com a chegada dos primeiros seres humanos à América, provavelmente há pelo menos 16 mil anos, os cães também viessem para o continente.

Mas registros paleontológicos mostram que os primeiros cães a pisar em solo americano vieram apenas por volta de 10 mil anos atrás.
Com base em informações genéticas de 71 restos de ossadas de cães da América do Norte e da Sibéria, uma equipe internacional de cientistas, liderados por pesquisadores da Universidade de Oxford, Universidade de Cambridge, Universidade Queen Mary de Londres e Universidade de Durham, concluiu que o cão "nativo" - ou pelo menos o cão que existia nas Américas antes do contato com o europeu, que veio após a "descoberta" do continente no final do século 15 - tinha um genoma completamente diferente dos lobos norte-americanos ou mesmo de outras linhagens de canídeos.
A pesquisa, publicada pela revista Science desta quinta-feira, mostra ainda que o DNA desse ancestral praticamente desapareceu, quando comparado com espécies contemporâneas.

Acredita-se que os europeus tenham trazido suas raças de cães e, ao menosprezar o cão local, acabaram por fazer com que a reprodução fosse evitada ou até mesmo combatida.

Sim, o cão americano original era um herói, de uma linhagem que provavelmente cruzou o Estreito de Bering ao fim da era glacial e espalhou-se por toda a América, do Norte ao Sul. Mas, para o europeu colonizador, foi tido com um reles vira-lata sem valor - e tal juízo decretou sua extinção.
Uma outra hipótese é que tais cães ancestrais tenham sucumbido a pestes trazidas a solo americano pelo europeu - e seus cachorros. Assim como muitos índios morreram por doenças desconhecidas de seu sistema imunológico, fenômeno parecido pode ter ocorrido no mundo animal.

"Fato é que estudos de DNA sugerem que a população de cães americanos anterior à chegada dos europeus foi ampla e rapidamente substituída", afirma a pesquisadora Máire Ní Leathlobhair, do departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Cambridge.
"Dados obtidos por análise genética mostram que os cães contemporâneos são de um grupo filogenético diferente dos cães anteriores ao contato com os europeus."

Ní Leathlobhair e sua equipe compararam os genomas dos 71 cães ancestrais com o material genético de 45 raças diferentes de cães contemporâneos.

Illinois State Archaeological Survey
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Os cães ancestrais americanos podem ter sido extintos por pestes trazidas por europeus com seus cachorros

Genética


Os pesquisadores concluíram que esse cão pioneiro das Américas era de um filo único originário do Ártico. Tal animal acompanhou diversas migrações humanas pela Ásia, sobretudo na Sibéria, até conseguir chegar ao continente americano.

A primeira vez que paleontólogos encontraram vestígios desses cães ancestrais foi ainda nos anos 1930. Desde então, se acredita que as primeiras levas migratórias desse animal tenham ocorrido há cerca de 10 mil anos.
A novidade do estudo publicado nesta semana, portanto, é o fato de que as ossadas foram analisadas geneticamente. E esse material foi comparado com os dos cães contemporâneos.

Aí, além da surpresa de que praticamente nada deles restou nos cachorros atuais, veio ainda outra descoberta: um câncer conhecido há centenas de anos e que ainda hoje afeta populações caninas em todo o mundo pode ser o elo perdido a conectar os animais de hoje com esses cachorros ancestrais.

Trata-se do tumor venéreo canino transmissível. É uma neoplasia exclusiva dos cães, o mais comum tumor genital entre esses animais - ocorre mais frequentemente em zonas de clima temperado, mas está presente em todos os continentes.
"Este câncer, contagioso, se manifesta com tumores genitais. E se espalha entre os cães por transferência de células cancerígenas vivas, geralmente durante a cópula", explica a veterinária Ní Leathlobhair.

Essa doença foi documentada por veterinários há centenas de anos, mas, de acordo com o estudo publicado hoje, pode ter surgido, na realidade, há muito mais tempo.

Mais precisamente há 8,2 mil anos. O levantamento genético concluiu que a doença não surgiu em solo americano. Veio de uma matriz comum, ou seja, o ancestral asiático siberiano que deu origem ao cão nativo americano.

Mas a julgar pelas análises efetuadas nas ossadas, originou-se justamente no lado que "ficou" na Ásia e, de lá, se espalhou por todo o mundo, inclusive para a Europa.

Quando chegaram à América, os cães europeus traziam uma doença que os cães americanos já tinham - pois ambos a "receberam" de um antepassado comum.

Legado


Contudo, mesmo que o cão americano ancestral tenha sido extinto, algo dele sobrou? Não há um consenso entre os cientistas, mas muitos acreditam que certos tons de pelo dos lobos norte-americanos sejam resultado do cruzamento, em tempos remotos, com esses canídeos.

"Além disso, alguns estudos anteriores sugeriam que algumas populações modernas de cães americanos possuem uma carga genética de cães ancestrais", relata Ní Leathlobhair.

"Para testar essa hipótese, resolvemos realizar exames em mais de 5 mil cães modernos - incluindo exemplares de aldeias americanas. Encontramos de 7 a 20% de ancestralidade desses animais pré-colombianos."
 
O mistério científico solucionado pelo fóssil de animal 'mais antigo do mundo'


  • Ilya Bobrovskiy/Universidade Nacional da Austrália
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    Fóssil de Dickinsonia encontrado na região do mar Branco, na Rússia

Uma criatura de formato oval, com 558 milhões de anos de idade, 1,4 metro de comprimento e aparência similar à de uma água viva segmentada é, segundo uma nova pesquisa, o animal mais antigo do mundo já identificado.

Cientistas descobriram na Rússia fósseis do animal, chamado de Dickinsonia, que estavam tão bem preservados que ainda continham moléculas de colesterol.

A descoberta está sendo considerada o fim de um mistério científico. Até então, estudiosos não tinham conseguido confirmar se o Dickinsonia era de fato um animal - alguns o identificavam como fungos ou protozoários, por exemplo. Foram as moléculas de gordura encontradas no fóssil que deram a resposta.

"A gordura é uma espécie de carimbo da vida animal", disseram os responsáveis pela descoberta, que foi publicada na revista Science.
O Dickinsonia pertencia a um enigmático grupo de seres do período Ediacarano conhecidos como biota ediacarana. Eles são considerados os primeiros organismos multicelulares complexos a aparecerem na Terra.

Mas, até então, eram considerados extremamente difíceis de classificar. Identificar a posição desses organismos na escala de tempo geológico se transformou em um dos maiores mistérios da paleontologia.

Diferentes equipes de cientistas classificam esses organismos como liquens, fungos, protozoários e até mesmo como um estágio intermediário entre plantas e animais.

A nova análise divulgada nesta semana classifica o espécime encontrado no noroeste da Rússia dentro do reino animal por causa da gordura encontrada nos fósseis.

"As moléculas de gordura que encontramos provam que os animais eram grandes e abundantes há 558 milhões de anos, milhões de anos antes do que se pensava", disse Jochen Brocks, um dos autores do estudo e professor associado da Universidade Nacional Australiana (ANU).

O 'Santo Graal' da paleontologia


"Os cientistas lutam há mais de 75 anos para descobrir o que eram o Dickinsonia e outros fósseis bizarros", explicou ele, acrescentando: "A gordura que encontramos confirma agora que o Dickinsonia é o mais antigo fóssil animal conhecido, resolvendo um mistério de décadas que tem sido o Santo Graal da paleontologia".

Esses organismos apareceram há cerca de 600 milhões de anos e floresceram por dezenas de milhões de anos, antes do evento chamado de explosão cambriana, quando grande parte das espécies do período Ediacarano desapareceu.

A enorme diversificação da vida na Terra ocorreu há cerca de 541 milhões de anos, quando a maioria dos principais grupos de animais pode ser identificada por meio de registro fóssil.

Os organismos pluricelulares "deixam para trás" moléculas estáveis chamadas esteranos, que podem ser preservadas em sedimentos - ou seja, nos fósseis - por milhões de anos. A estrutura molecular e a abundância desses componentes podem ser específicas para determinados tipos de organismos, facilitando sua identificação.

Ilya Bobrovskiy, da ANU, extraiu e analisou moléculas de dentro do fóssil do Dickinsonia. Ele descobriu elevados níveis de colesterol nelas, acima de 93%. A título de comparação, os sedimentos ao redor do animal apresentavam taxas de 11% desse tipo de gordura.
Além disso, o fóssil não apresentava tipos de moléculas estáveis que às vezes são deixadas para trás pelos fungos.

"O problema que tivemos que superar foi encontrar fósseis de Dickinsonia que retivessem alguma matéria orgânica", disse Bobrovskiy.

"A maioria das rochas que contêm esses fósseis, como as da Ediacara Hills, na Austrália, sofreram muito calor, muita pressão, e foram desgastadas com o tempo - essas são as rochas que os paleontólogos estudaram por muitas décadas, o que explica por que eles estavam presos na questão da verdadeira identidade de Dickinsonia".

 
Interior de SP identifica nova espécie de dinossauro de 80 milhões de anos
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Thanos simonattoi, um abelissaurídeo encontrado em cidade próxima a São José do Rio Preto Imagem: Museu de Paleontologia Pedro Candolo/Divulgação


Ellen Lima
Colaboração para o UOL, de São José do Rio Preto (SP)
04/12/2018 04h01

Pesquisadores do Museu de Paleontologia Pedro Candolo, da cidade de Uchoa, a 500 quilômetros de São Paulo, comemoram o registro de uma nova espécie de dinossauro que viveu há 80 milhões de anos: o Thanos simonattoi, que tinha cerca de cinco metros de comprimento e disputava com os megaraptores o topo da cadeia alimentar.

A espécie foi descrita pelos paleontólogos Fabiano Iori e Rafael Delcourt, que analisaram fósseis de sítios arqueológicos de Ibirá e Uchoa, cidades próximas a São José do Rio Preto. O animal pertencia à família dos abelissaurídeo, caracterizados como animais carnívoros e bípedes.

"Trata-se do primeiro dinossauro formalmente descrito do período cretáceo. Estava entre os principais predadores da América do Sul", disse Delcourt, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Desde a década de 1960, sabe-se que há fósseis na área. Pesquisadores da cidade de Uchoa e professores de diversas universidades se dedicaram, nas últimas décadas, a coletar material.

Em 1994, a equipe do Museu de Paleontologia de Monte Alto começou a busca por fósseis e teve apoio do sitiante Sérgio Luis Simonatto -- homenageado no 'batismo' da nova espécie. Ele sabia onde havia restos de dinossauro na região e brincava dom dentes dos gigantes quando era criança. Ele se tornou um importante colaborador para a descoberta paleontológica.

Em 1995, foi encontrado parte do fóssil em uma parede rochosa, mas a vegetação abundante impedia a busca do restante do material.

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Dinossauro paulista: ilustração mostra provável habitat em que vivia o dinossauro carnívoro Imagem: Museu de Paleontologia Pedro Candolo/Divulgação

Em 2006, o paleontólogo argentino Fernando Novas viu a peça exposta no Museu de Monte Alto e disse se tratar da segunda vértebra cervical de um dinossauro carnívoro.

Desde então, o paleontólogo Fabiano Vidoi Iori passou a buscar o que faltava no quebra-cabeça. Em 2014, uma forte ventania derrubou algumas árvores no sítio paleontológico e revelou ali, na parede de origem do fóssil, o restante da vértebra.

A descoberta resultou na criação do Museu de Paleontologia Pedro Candolo, em 2016. No início de 2018 o professor Rafael Delcourt, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), do interior de SP, analisou o fóssil e observou características não presentes em nenhum outro dinossauro. Concluiu, assim, que estava diante uma nova espécie.

A parceria de Delcourt e Iori resultou num estudo publicado neste mês na revista Historical Biology. O nome do bicho traz, além da homenagem a Simonato, uma referência a Tânato, a personificação da morte na mitologia grega, e também nome de personagem da Marvel.

Na próxima quinta-feira (6), o Thanatos simonattoi será apresentado publicamente pelos pesquisadores do Museu de Uchôa. A pequena cidade de 10 mil habitantes está orgulhosa de ter, agora, um dinossauro para chamar de conterrâneo.
 
Dinossauro adolescente pode ser o carnívoro mais antigo do Brasil

Possível membro primitivo do grupo do T. rex foi achado em Santa Maria (RS) e tem 233 milhões de anos


14.fev.2019 às 16h00
Reinaldo José Lopes
São Carlos

Um dinossauro adolescente, que media pouco mais de 1 m de comprimento quando morreu, pode ser o mais antigo representante brasileiro da linhagem que deu origem ao célebre Tyrannosaurus rex e outros carnívoros de tamanho descomunal.

Por seu tamanho modesto e pelas patas aparentemente adaptadas à corrida, o animal bípede de 233 milhões de anos lembra um pouco uma ema, o que levou seus descobridores a batizá-lo de Nhandumirim waldsangae. O significado do nome científico, uma mistura de tupi e latim, é “ema pequena de Waldsanga”, como é conhecido o sítio de origem dos fósseis, na zona rural de Santa Maria (RS).

Antepassado do Tyrannosaurus rex


Waldsanga, também chamado de Cerro da Alemoa, já era um local conhecido pela presença de fósseis de dinossauros e parentes distantes de crocodilos e mamíferos. O mesmo vale para alguns outros sítios paleontológicos do interior gaúcho. Suas rochas do período Triássico, junto com camadas geológicas similares da Argentina, documentam boa parte das origens dos dinossauros, tanto herbívoros quanto carnívoros.

Escavados originalmente durante o Carnaval de 2012, os ossos fossilizados do Nhandumirim foram descritos formalmente em artigo que acaba de ser publicado na revista científica Journal of Vertebrate Paleontology. A pesquisa é assinada por Júlio Marsola e Max Cardoso Langer, do Laboratório de Paleontologia da USP de Ribeirão Preto, junto com colegas do Brasil e do Reino Unido.

Por enquanto, as escavações revelaram diversas vértebras do animal, como as do tronco e da cauda, e ossos dos membros inferiores, como a tíbia, o fêmur e falanges dos dedos. A anatomia da pata, típica de outros dinos primitivos de tamanho modesto, explica a comparação com as emas atuais (que, a rigor, também são consideradas dinossauros do ponto de vista evolutivo, assim como todas as aves).

“A proporção do membro, com a canela maior que a coxa, bem como os ossos bastante delgados, sugerem que se trata de uma espécie cursorial [corredora]”, explicou Marsola à Folha.

Há 233 milhões de anos, os dinossauros ainda estavam longe de se tornar os vertebrados terrestres dominantes do planeta. Nessa época, até os ancestrais dos gigantescos herbívoros pescoçudos conhecidos como saurópodes ainda eram onívoros ou predadores de tamanho modesto como o N. waldsangae, o qual provavelmente se alimentava de pequenos animais.

Apesar dessa aparência relativamente genérica, a comparação dos detalhes do esqueleto do bicho com o de vários outros dinossauros primevos sugere que ele é um membro do grupo dos terópodes, que inclui os tiranossauros e outros carnívoros famosos, como o Velociraptor (ambos surgiram mais de 150 milhões de anos depois do nanico gaúcho).

Uma série de pistas presentes no fóssil indicam que se trata de um animal que ainda não chegara à idade adulta quando morreu. Seus ossos ainda eram muito vascularizados (com forte presença de vasos sanguíneos), característica que vai desaparecendo conforme o bicho envelhece. Além disso, em algumas vértebras, há sinais da presença de cartilagem, como a que existe em crianças cujos ossos ainda estão crescendo.
 
Massa de ossos: fósseis de 220 milhões de anos são achados na Argentina

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Foto divulgada pelo Instituto e Museu de Ciências Naturais (IMCN) da Universidade de San Juan de um fóssil de 220 milhões de anos no Parque Nacional Ischigualasto, em San Juan, Argentina Imagem: HO/IMCN/AFP

Um cemitério de dinossauros de 220 milhões de anos foi descoberto no oeste da Argentina, com fósseis de ao menos uma dezena de exemplares, anunciou nesta quarta-feira uma fonte científica.

"Trata-se de um bloco, uma verdadeira acumulação de ossos, há cerca de dez indivíduos. É uma massa de ossos contra ossos acumulados, praticamente não há sedimentos. É como se tivessem feito um poço e enchido de ossos. É realmente impressionante", contou o paleontólogo argentino Ricardo Martínez.

Segundo Martínez, pesquisador do Instituto e Museu de Ciências Naturais da Universidade de San Juan (IMCN), "estes fósseis pertencem à bacia de Ischigualasto, corresponde a 220 milhões de anos, uma época da qual não se conhece muito da fauna".

O cemitério foi encontrado em setembro do ano passado na província de San Juan (1.100 km ao oeste de Buenos Aires).

A descoberta "tem dupla importância porque há pelo menos sete ou oito indivíduos de dicinodontes, que são os antecessores dos mamíferos, do tamanho de um boi, e outros arcossauros (répteis) que não sabemos ainda o que são, podem ser dinossauros ou um antecessor dos crocodilos de grande tamanho", explicou o cientista.

A descoberta desta "cama de ossos" de cerca de dois metros de diâmetro e que pode ter um ou dois metros de profundidade foi divulgada pela Agência de Ciência, Técnica e Sociedade da Universidade de La Matanza (CTyS-UNLaM).

Os pesquisadores acreditam que "pode ter havido uma época de grande seca e que ali havia um corpo de água, um pequeno lago em que os herbívoros se amontoavam para beber e, à medida que a água evaporava, iam enfraquecendo e morrendo no local".
 
Dia da Terra: 4 animais que sumiram da América Latina nos últimos 15 anos

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Ararinha-azul Imagem: Getty Images


Há muitas ações humanas que contribuem com a extinção dos animais.

Em 1992, a ONU declarou 22 de abril como o Dia Internacional da Mãe Terra e dedicou o ano à preservação de espécies afetadas pelo impacto ambiental causado por humanos na Terra.

Várias organizações internacionais disseram que reforçarão suas ações para proteger os animais em risco de extinção.

No entanto, para alguns animais, é tarde demais.

Estas são quatro espécies que viviam na América Latina e sumiram por causa do ser humano.


A ararinha-azul

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Ararinha-azul Imagem: Getty Images
Essa ave azul, que ganhou fama com a animação Rio, foi extinta de seu ambiente natural em 2000, 11 anos antes da estreia do filme. A espécie, que só existe no Brasil, foi afetada pelo desmatamento e pela caça para ser vendida como ave exótica por sua beleza peculiar, segundo um estudo de setembro de 2018 da organização Bird Life.

A pesquisa diz que, embora esteja extinta na natureza, entre 60 e 80 ararinhas-azuis sobrevivem em cativeiro.

Em 2016, uma ararinha-azul solta foi vista na zona rural de Curaçá, no extremo norte da Bahia. A origem da ave é um mistério.

A tartaruga gigante de Galápagos

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Tartaruga gigante de Galápagos Imagem: Getty Images
O último exemplar dessa espécie vivia nas ilhas Galápagos, no Equador. Era conhecida como George Solitário e morreu em 24 de junho de 2012 de velhice, com mais de cem anos.

A população da espécie diminuiu até chegar à extinção por causa da caça desmedida para a venda de sua carne e de seus cascos.

Na época dos piratas do século 18, descobriu-se que tartarugas podiam sobreviver em navios por muitos meses, sem comida nem água.

Os navegadores que frequentavam Galápagos no século 19 começaram a extrair grandes quantidades de tartarugas vivas e armazená-las nos barcos como fonte de carne fresca em suas longas viagens, segundo Linda J. Cayot, da organização Galapagos Conservancy.

O sapo dourado

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Sapo dourado Imagem: Getty Images
Esse tipo de anfíbio foi vítima das mudanças climáticas. Para sua reprodução era necessário certo nível de umidade, mas a alteração do clima em seu habitat fez com que a espécie se extinguisse.

O sapo vivia nos pântanos da floresta nublada em Monteverde, na Costa Rica. Os pântanos secaram por causa da mudança drástica na temperatura na região, o que impediu a formação da neblina que protegia a espécie, segundo o Centro Científico Tropical da Costa Rica.

O anfíbio foi visto pela última vez em 1989. Em 2008, foi realizada uma expedição em busca de sobreviventes da espécie, mas nenhum foi encontrado.

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Foca-monge-do-caribe Imagem: NOAA
Esse mamífero marinho que nadava pelas correntes do Golfo do México foi declarado extinto em 2008.

A Administração Nacional Atmosférica Oceânica (NOAA, na sigla em inglês) afirmou que seu desaparecimento se deveu a causas humanas.

Essa espécie de foca era caçada pela indústria pesqueira, que vendia sua pele e gordura.
 
Nova espécie de dinossauro carnívoro é encontrada na Argentina


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Os restos de dinossauro carnívoro, Tralkasaurus cuyi, que viveu na Patagônia Argentina há 90 mil anos Imagem: AFP/Museu Argentino de Ciências Naturais

Buenos Aires, 13 Fev 2020 (AFP) — Os restos de uma nova espécie de dinossauro carnívoro que habitava a Patagônia Argentina há 90 milhões de anos foram encontrados por uma equipe de paleontologistas. Com quatro metros de comprimento, esse dinossauro terópode é muito menor que seu parente distante, o colossal Tyrannosaurus rex.

A descoberta ocorreu em fevereiro de 2018 a noroeste da província argentina de Río Negro (centro), e os cientistas batizaram as novas espécies de dinossauro abelisáurido como Tralkasaurus cuyi, informou quinta-feira a Agência Nacional de Divulgação Científica (CTyS) de La Matanza.

Tralkasaurus significa "réptil do trovão" na língua mapuche, enquanto Cuyi se refere ao local onde foi encontrado, o planalto de El Cuy.
Os abelissauros são uma família de dinossauros terópodes. O famoso Tyrannosaurus rex, um tiropossauro da América do Norte, atingiu 14 metros de comprimento.

"O tamanho do corpo do Tralkasaurus é menor que o de outros carnívoros de seu grupo, os abelissauros, pois tem cerca de quatro metros de comprimento, enquanto os anteriormente conhecidos têm entre sete e 11 metros", disse o pesquisador Federico Agnolín, do Museu Argentino de Ciências Naturais (MACN) e do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica (CONICET).

Isso "revela que o grupo de terópodes abelissauros englobava um nicho ecológico muito mais amplo do que se pensava", explicou seu colega Mauricio Cerroni.

Os pesquisadores encontraram o crânio da nova espécie, e o focinho ainda tem os dentes preservados. Eles também encontraram costelas cervicais e parte da coluna vertebral, do quadril e da cauda.

Embora o tamanho do Tralkasaurus cuyi seja muito pequeno comparado ao Tiranossauro ou Carnotauro (uma espécie que possuía chifres), este novo dinossauro compartilha com eles as características de ser bípede, de pescoço curto e musculoso, com quatro garras em cada perna traseira, enquanto os braços também eram muito curtos em relação ao corpo e os ossos dos membros eram leves e ocos.

"Esta nova descoberta nos ajuda a definir os hábitos ecológicos tanto dos dinossauros carnívoros quanto dos herbívoros", afirmou Cerroni.
Segundo os pesquisadores, é possível que o Tralkasaurus tenha se alimentado dos pequenos dinossauros herbívoros conhecidos como iguanodontes, que foram encontrados pela mesma equipe de paleontologistas em locais próximos, juntamente com outras espécies, como tartarugas e lagartos.
 
Menor dinossauro do mundo é encontrado preso em âmbar de 99 milhões de anos


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O menor dinossauro do mundo tinha o tamanho de um beija-flor Imagem: Reprodução

A menor espécie de dinossauro do mundo foi descoberta pelos cientistas graças a um crânio preso em um âmbar de 99 milhões de anos. A descoberta foi publicada hoje na Nature.

Segundo o estudo, o dinossauro era do tamanho de um beija-flor — o menor pássaro do mundo — e pesava apenas 2 gramas. A descoberta pode lançar luz sobre como os pequenos pássaros evoluíram dos dinossauros.

"Os animais que se tornam muito pequenos precisam lidar com problemas específicos, como encaixar todos os órgãos sensoriais em uma cabeça muito pequena ou manter o calor do corpo", disse o professor Jingmai O'Connor, da Academia Chinesa de Ciências de Pequim.

A nova espécie ganhou o nome de Oculudentavis khaungraae e surpreendeu os cientistas pela estrutura de seu olho.

Os pássaros têm um anel de ossos que ajuda a sustentar o olho. Na maioria das aves, os ossos individuais, chamados ossículos esclerais, são simples e razoavelmente quadrados.

Porém, na nova espécie, eles são em forma de colher, uma característica anteriormente encontrada apenas em alguns lagartos vivos. Os ossos do olho formavam um cone, como os ossos dos olhos nas corujas, indicando que o dinossauro tinha uma visão excepcional.

Além disso, os olhos da criatura teriam saído da cabeça de uma maneira que não é vista em nenhum outro animal vivo, dificultando a compreensão exata de como os olhos funcionavam.

"É o fóssil mais estranho que já tive a sorte de estudar", explicou O'Connor. "Adoro como a seleção natural acaba produzindo formas tão bizarras. Também temos muita sorte que esse fóssil tenha sobrevivido e sido descoberto 99 milhões de anos depois".

A mandíbula do animal consistia de inúmeros dentes, o que sugere é que, apesar do tamanho, ele se alimentava de insetos.

Os cientistas ainda declaram no estudo que a descoberta destaca o incrível potencial do âmbar em preservar espécimes fósseis que, de outra forma, não teriam sobrevivido.
 
Spinosaurus faz história como primeiro caso conhecido de dinossauro que nadava
Uma cauda recém-descoberta do predador pré-histórico de 16 metros de comprimento amplia nosso entendimento sobre como – e onde – os dinossauros viviam.

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Maior que um Tyrannosaurus rex, o predador de 16 metros de comprimento e 7 toneladas tinha uma enorme vela nas costas e uma narina alongada que parecia a boca de um crocodilo, cheia de dentes cônicos. Por décadas, reconstruções de seu volumoso corpo mostravam uma cauda longa que se afinava até a ponta e que se assemelhava às de muitos dos seus primos terópodes.
(...)
Descrita hoje na revista científica Nature, a cauda é a adaptação aquática mais extrema já vista em um dinossauro de grande porte. Sua descoberta no Marrocos nos proporciona mais informações sobre como viveu e prosperou um dos grupos de animais terrestres mais dominantes do planeta.
Estruturas delicadas, com quase 60 cm de comprimento, projetam-se de várias vértebras que compõem a cauda, dando-lhe a aparência de um remo. Na parte final da cauda, as protuberâncias ósseas que ajudam no encaixe das vértebras adjacentes praticamente desaparecem, permitindo que a ponta da cauda ganhe um formato ondulado, de forma a impulsionar o animal na água. A adaptação provavelmente o ajudou a percorrer o vasto ecossistema fluvial que chamava de lar — ou até mesmo a perseguir os enormes peixes que provavelmente caçava.
“Este era basicamente um dinossauro tentando desenvolver um rabo de peixe”, diz o Explorador da National Geographic Nizar Ibrahim, pesquisador principal do estudo do fóssil.

Animação em 3D mostra o comportamento do Spinosaurus embaixo d'água:

 

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