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Metamorfoses - Ovídio.

Mavericco

I am fire and air.
Usuário Premium
Gente, estou no estágio então não vou adicionar Wikipédia nenhuma nem nada. Metamorfoses é um longo poema em 15 livros e cerca de 12.000 versos escrito pelo poeta romano Ovídio, um dos centrais da poesia romana e um dos poetas mais importantes da poesia ocidental, que pode ser lido como uma espécie de História de Tudo: da criação do universo até os dias de Ovídio, servindo, portanto, como uma valiosa e belíssima compilação de mitos.

Nós não temos traduções completas do poema em língua portuguesa (temos algumas em prosa e outras em versos livres, baseadas ou não no original), mas vou postar pra vocês algumas parciais já feitas que mantêm uma estrutura poética:

Cândido Lusitano; tradução quase completa
Bocage. Preview da edição da Hedra
Feliciano de Castilho. Tradução parcial. Depois procuro o tomo II
Haroldo de Campos, episódio de Narciso
Raimundo Nonato, 5 primeiros livros

Em inglês, destaco:

Arthur Goulding, tradução elisabetana; o Pound considerava essa tradução um dos textos mais belos de língua inglesa;
Tradução de vários autores, entre eles Garth, Dryden, Addison.
 
Tem o tamanho aproximado da Odisseia. Se nunca o traduziram em verso foi preguiça, fala sério. :lol:

A editora Concreta vai lançar a tradução do Bocage, que é só de uns trechos, em edição comentada pelo Rafael Falcón. Há de ser um bom incremento a essa da Hedra.

A editora Cotovia de Portugal tem uma tradução completa, ou assim penso, mas é em versos livres, mais prosaicos mesmo, parecida com a que o Frederico Lourenço fez para o Homero. Infelizmente, custava R$ 200 quando vi na Cultura. No site tem uma versão por 100 que eu acho que é pocket e vagabundinha...

E o Guilherme Gontijo Flores informou que está em andamento, já pela metade, uma tradução poética completa, por um conhecido dele. Deve ser da faculdade do Paraná ou USP. :P
** Posts duplicados combinados **
Do site da Cotovia:

Sinopse
Depois do sucesso que granjeou na sociedade romana com Arte de Amar e Amores, volumes publicados pelos Livros Cotovia, Ovídio (século I a.C. - I d.C.) lançou-se na escrita de uma das obras mais singulares da literatura de sempre, Metamorfoses. Poucos textos da Antiguidade Clássica exerceram influência tão profícua na história da cultura ocidental, em particular nas artes plásticas, música e literatura. Ovídio conta histórias de transfiguração, de 'metamorfose' de deuses e de homens, em fontes, árvores, rios, pedras, animais num universo abertamente ficcional. (Con)fundindo deliberadamente ficção e realidade, Ovídio leva o leitor a perder-se neste mundo imaginário, e mascara de verosimilhança as suas histórias, que se vão sucedendo de forma contínua, sem quaisquer comentários moralistas ou reflexões teóricas sobre o sentido das 'metamorfoses'. Narciso, Eco, Aracne, Midas, Ariadne, Orfeu e Eurídice, Pigmalião, Píramo e Tisbe, Dédalo e Ícaro… Nos versos de Metamorfoses construiu-se um dos mais deslumbrantes universos ficcionais da cultura ocidental. Pela primeira vez, em versão integral em português, as Metamorfoses foram traduzidas por Paulo Farmhouse Alberto, respeitando fielmente o fluir natural do texto original, e incluem notas, glossário e mapas, para que o leitor desfrute ao máximo da obra de Ovídio.

Imprensa

"Metamorfoses é um livro de mil e uma histórias, a arca de um tesouro inesgotável, um prodígio de invenção e fábula." - Ípsilon

"Farmhouse Alberto conseguiu magnificamente os seus fins." - João Bénard da Costa, Público

"São mais de duzentos e cinquenta os episódios míticos contados por Ovídio nas Metamorfoses, um longo poema em quinze livros, que acaba por ser o mais importante repositório de mitologia que nos legou a literatura latina. […] Uma boa parte deles está presente na obra ovidiana, agora dada à estampa pela Cotovia, em elegante e bem cuidada tradução de Paulo Farmhouse Alberto." - Carlos Ascenso André, Ípsilon
 
Ah bom.
E era da USP o sujeito. :p
** Posts duplicados combinados **
E é impressão minha, ou o Bocage cortou fora os 5 primeiros versos, da invocação, como se nada fossem? haha E a edição da Hedra dá como "canto I, 1-437") :lol:
Mas é um pocketzinho que eu tô considerando comprar quando achar barato.
 
Tem o tamanho aproximado da Odisseia. Se nunca o traduziram em verso foi preguiça, fala sério. :lol:

Mas então, por que nunca traduziram-na por completo para o português? Pelo que eu sei, a percepção e imagem que o Ocidente tem de muitos desses mitos e personagens vêm das representações artísticas estimuladas e inspiradas pelas Metamorfoses.
 
O livro lançado pela Madras Editora, com tradução de Vera Lucia Leitão Magyar, não é completa? E as Metamorfoses da Ediouro na tradução de David Jardim Júnior?
 
Então, cara, não sei. Portugal só agora há pouco traduziu na íntegra, imagina o Brasil...
Aqui a tradução de grego e latim quase exclusivamente ocorre no âmbito acadêmico: são os professores traduzindo como projeto de pós-doutorado, ou de pesquisa etc.. E Letras Clássicas sofre muito ainda de falta de espaço. Basta ver que doutorado em Letras Clássicas propriamente dito acho que só a USP tem até hoje. Até um ou dois anos, a UFRGS contava só com 1 professor de grego; agora tem 3 (dois deles vieram da USP :lol:), e só agoooora estão planejando um mestradinho da área, etc. É tudo muito incipiente ainda.

Por que um Carlos Alberto Nunes da vida nunca traduziu completo?
Sei lá. :mrpurple:
** Posts duplicados combinados **
O livro lançado pela Madras Editora, com tradução de Vera Lucia Leitão Magyar, não é completa? E as Metamorfoses da Ediouro na tradução de David Jardim Júnior?

"Entre as traduções das Metamorfoses existentes em português, destacamos três completas: uma em prosa , de David Jardim Júnior, da Ediouro, que reputamos como muito útil, porque segue de perto o original latino; uma recente (2007), em prosa, mas com aparência de verso, de Paulo Farmhouse Alberto, da editora Cotovia; e a de Vera Lúcia Leite Magyar, da editora Masdra, também em prosa com aparência de verso e com o agravante de ser de segunda mão, feita a partir do inglês."

(Do trabalho do Raimundo Nonato, citado pelo Mavs: http://www.usp.br/verve/coordenador...unhos/metamorfosesovidio-raimundocarvalho.pdf )


Ou seja, se for pra ser em prosa ou quase isso, a do David Jardim Júnior está de bom tamanho. a da Magyar, sendo pelo inglês, eu fugiria dela :lol:
 
Esse primeiro, Spartaco, é baseado numa tradução inglesa que não é mencionada. Está em versos livres. E a segunda eu não sei se é completa, mas, de todo modo, é em prosa...

É uma boa pergunta, @Bruce Torres. Talvez pelo fato de que Ovídio tenha algumas passagens tidas como eróticas ou lascivas. A tradução do Cândido Lusitano mesmo possui trechos cortados. Mas, como dito, o Raimundo Nonato parece estar bem avançado na tradução dele, que, aliás, é esplêndida!
 
Então vamos aguardar o lançamento das Metamorfoses com a tradução de Raimundo Nonato. :yep:
 
Até um ou dois anos, a UFRGS contava só com 1 professor de grego; agora tem 3 (dois deles vieram da USP :lol:), e só agoooora estão planejando um mestradinho da área, etc. É tudo muito incipiente ainda.
Quando você fala professor de grego diz como uma disciplina ou como um curso? Aqui na UFRN não tem curso de grego, mas tem Língua grega I, II, III, IV, se não tem mais. Assim como tem Língua Latina I, II etc.
 
Última edição:
Acho que todo curso de Letras que se preze sempre tem disciplinas de Grego e Latim, pelo menos as introdutórias, que são para todas as ênfases. Mas eu pensava mais em termos de ênfase autônoma mesmo, que é por onde se fazem pesquisas e se formam mais profissionais da área para dar continuidade à coisa. And so on...
 
Na introdução do prof. Falcón, encontramos dicas preciosas como esta, que certamente enriquecerão sua leitura:

“É sumamente importante observar que este livro não deve ser lido aos galopes, como se seu objetivo fosse chegar ao fim. Nenhum texto bem escrito, como nenhum convidado ilustre, deve jamais ser recebido com pressa, mas essa esta regra nunca é tão verdadeira quanto na poesia – o mais ilustre e elegante dos convidados. O leitor não ganhará nada por apressar-se; se seu objetivo for apenas conhecer a trama dos mitos aqui narrados, poderá lê-la nos resumos do material auxiliar, sem necessidade da poesia de Bocage. Se, porém, pretende usar o livro para estudo sério, a quantidade excessiva de leitura obstará à absorção das muitas lições que se tiram do texto. O melhor é ler pouco, repetidamente e em profundidade. Se possível, até saber cada verso de cor. Lembre-se que está lendo um clássico, e não uma notícia ou romance policial. Ele lhe oferecerá prêmios únicos, mas precisa ser absorvido lentamente: não se bebe um bom vinho do mesmo modo que um suco de laranja, nem se comem as comidas finas como os pratos-feitos.”

https://editoraconcreta.com.br/crowdpublish/como-ler-as-metamorfoses-de-ovidio/
 
Está para ser lançado o livro Metamorfoses de Ovídio, pela Editora 34.
sendbinary2.asp

Segundo a editora:
A presente edição, bilíngue, traz a nova tradução de Domingos Lucas Dias - em versos livres que privilegiam a elegância e fluência do texto, acompanhada de um aparato que inclui introdução e notas do tradutor, uma apresentação de João Angelo Oliva Neto, da Universidade de São Paulo, além de mapas e índices completos dos mitos, nomes e locais citados na obra-prima de Ovídio.
 
Pois é, já tinha ouvido falar nessa tradução portuguesa, mas confesso que me desanimei um pouco com o versos livres... De todo modo, apesar de saber de antemão, pelo próprio design da capa, que isso vai custar o olho da cara, vou me esforçar em comprar, ainda mais considerando que possui um ótimo material de apoio -- o professor João Angelo Oliva Neto é fera!
 

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