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O Tópico dos Dinossauros e Outros Animais Extintos

Clara

Perplecta
Usuário Premium
Estranhamente parece que não existe mesmo, aqui no Valinor, nenhum tópico especifico sobre dinos, répteis, seres marinhos, mamíferos e aves que caminharam (nadaram, voaram) em nosso planeta e agora (in)felizmente não existem mais, seja porque foram extintos ou porque evoluíram.

Então, aqui está um tópico para discutir e trocar informações sobre esses seres fascinantes: como eram sua vida e aparência; os motivos de terem desaparecido; além de notícias sobre novas descobertas, detalhes, curiosidades e, se possível, fotos (de fósseis ou do animal quando ainda vivia) ou ilustrações das criaturas.

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Começo com um exemplar do período Mioceno (cerca de 24 milhões de anos atrás) ancestral do elefante, o Platybelodon.
Fósseis desse mamífero foram encontrados na América do Norte, Europa Oriental, África e noroeste da China.
O Platybelodon media cerca de 6 metros de comprimento e 2,8 de altura, pesava em torno de 4,5 toneladas e possuía uma estranha mandíbula com dentes chatos nas pontas, provavelmente usados como uma "draga" em terrenos pantanosos e aquáticos e/ou para cortar vegetais mais resistentes.

WPHubeiPlatybeladon.jpg



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17.jpg
 
Tiranossauro com peeeeenas :pula:

Ver anexo 65241

E o site de um paleoartista muito bem conceituado na área, para quem quiser curtir seu trabalho. Tem uma galeria bem grande de imagens.

http://csotonyi.com/

Eu já tinha visto vários trabalhos desse ilustrador no Tumblr e sabia que ele tem livros publicados, mas não sabia que ele tinha um site próprio tão bacana, que é formado em ciências biológicas e faz trabalhos de ilustração para livros e museus de ciência.
E, já que trabalha com cientistas e é um deles, as ilustrações não são produtos de sua imaginação, mas de estudos e diretrizes científicas. :yep:
Tem um livro dele que está na minha "Lista de Desejos" na Amazon, faz um tempão: “The Paleoart of Julius Csotonyi”
PaleoArt of Julius Csotonyi Cover_front.jpg

Mas no site dele tem muitas ilustrações, de várias eras.
Que maravilha de trabalho, um mais lindo que o outro. :amor:

Olha esse aqui, um pterossauro do período Cretáceo (Dsungaripterus weii):
pteros.jpg

E o fóssil no museu paleontológico da China:
pteros2.jpg
 
Algum vestígio (mesmo que mínimo, mesmo que uma reles possibilidade remota) de penas, nos fósseis encontrados?

Especificamente do tiranossauro? Ou de dinossauros em geral?
Sei que teve vários já confirmados com penas; inclusive parentes próximos do t-rex, o que leva alguns cientistas a concluir que ele muito provavelmente também tivesse.

"While there is no direct evidence for Tyrannosaurus rex having had feathers, many scientists now consider it likely that T. rex had feathers on at least parts of its body,[32] due to their presence in related species of similar size. Mark Norell of the American Museum of Natural History summarized the balance of evidence by stating that: "we have as much evidence that T. rex was feathered, at least during some stage of its life, as we do that australopithecines likeLucy had hair." (Wikipedia hehe)

 
Uma notícia recente de descoberta de fóssil aqui do Brasil (acho que o tópico pode servir pra isso também, né?)

Paleontólogos acham esqueleto que pode ser do maior dinossauro do país
Fóssil de titanossauro teria vivido há 80 milhões de anos. Por enquanto, foram encontradas suas costelas, tíbias e vértebras nas obras de um condomínio.


Imagino que o dono da empreiteira não tenha ficado muito feliz com isso... Não sei como não esconderam e passaram por cima. (juridicamente o fóssil será da empresa também ou pertence à União?)
 
Dez erros que cometemos ao falar sobre os dinossauros

Junior Lago/UOL
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Nossa percepção e nosso entendimento sobre os dinossauros mudaram significativamente desde que os primeiros fósseis foram encontrados -- e continuam a mudar, à medida que surgem novas descobertas.
A seguir, veja dez equívocos comuns sobre os dinossauros que foram sendo corrigidos pelos avanços da ciência:

1. Penas da discórdia

Ainda bem que o Tyrannosaurus rex não está por aí para testemunhar o abalo em sua fama após descobrirem que ele tinha penas quando jovem.
Até então se pensava que os dinossauros tivessem apenas escamas, mas nos últimos 20 anos cientistas se convenceram de que muitos carnívoros tinham pelugem ou penas.
"Muitos -- se não todos -- os dinossauros tinham penas", disse à BBC Radio 4 o professor Mike Benton, da Escola de Ciências da Terra da Universidade de Bristol.

2. Esquentando

No passado, pesquisadores apostavam que os dinossauros deveriam ter sido animais de sangue frio, como lagartos e cobras. Para além de alguma divergência no século 19, essa visão permaneceu até os anos 1970, quando novas pesquisas apontaram que os dinossauros eram bichos de sangue quente e sedentos por energia, como os mamíferos.
Em 2014, cientistas sugeriram que eles tenham sido mesotérmicos -- algo entre sangue quente e frio.

3. Pinça com dedão

Investigações sobre os dinossauros do Crystal Palace -- uma série de esculturas em tamanho real em um parque no sul de Londres, reveladas ao público em 1854 -- causaram certa confusão após a descoberta de um fóssil pequeno e pontudo.
Pensou-se que era um chifre, e uma réplica foi colocada na ponta do nariz de um Iguanodon.
Mais tarde, quando espécimes mais completos foram achados, a conclusão mudou: tratava-se na verdade um osso de dedo polegar, responsável pelo movimento de pinça.

4. A polêmica sobre o fim dos dinossauros

Há inúmeras hipóteses sobre o fim dos dinossauros.
A teoria mais aceita -- e que circula desde as últimas décadas -- é de que um enorme meteorito atingiu a Terra e exterminou a maioria deles. Mas isso não explica por que o choque não acabou com outros bichos, como pássaros, crocodilos e mamíferos.
Hipóteses mais antigas focavam em mudanças climáticas e formação de montanhas, enquanto alguns pesquisadores do século 20 defendiam que os dinossauros perderam fôlego como espécie e desistiram da luta.

5. Não tão velhos assim

Você deve imaginar que levava um bom tempo até que os dinossauros maiores atingissem o tamanho de adulto.
Isso, ao lado da hipótese de eram répteis de sangue frio e crescimento lento, levou cientistas a estimar o tempo médio de vida deles em mais de cem anos. Mas hoje sabemos que essas feras cresciam muito rápido, e que poucos dinossauros superavam os 40 ou 50 anos.

6. Falha nossa

O filme Jurassic Park - Parque dos Dinossauros, de Steven Spielberg, lançado em 1993, lotou os cinemas e atiçou a imaginação do público com descrições -- imprecisas -- dos dinossauros.
Para a maioria dos cientistas, os velociraptors do filme, por exemplo, eram grandes, rápidos e espertos em excesso, distanciando-os da realidade. Mas os animais caçavam em grupos, como o filme mostra.
E desde quando Hollywood deixa os fatos entrarem no caminho de uma boa história?

7. Teoria à prova d'água?

Uma década atrás, especialistas diziam que os maiores dinossauros existentes circulavam apenas em ambientes aquáticos.
O peso monstruoso e a cauda gigante do Diplodocus, por exemplo, não teriam favorecido o trânsito em terra, afirmavam cientistas, sugerindo que eles devem ter vivido em pântanos ou lagos.
Uma década depois, essa teoria naufragou. Cientistas hoje concordam que os herbívoros gigantes viveram em terra firme.

8. Voo da discórdia

Eles dividiram o planeta com o T.Rex e cia., mas os pterossauros não eram dinossauros como todos pensavam.
Esses répteis voadores dos períodos Triássico e Cretáceo -- primeiros vertebrados a voar -- eram um grupo diferente de animais, assim como os répteis marinhos da época, como os ictiossauros e os plesiossauros.

9. Marcha lenta

No final do século 19, a maioria pensava que o T.Rex era um exímio corredor, alimentando os piores pesadelos. Mas essa visão ficou ultrapassada por volta da metade do século 20, quando o monstro passou a ser considerado como lento e vagaroso.
Hoje, modelos biomecânicos indicam que um meio termo deve ter sido o cenário mais provável.
Enquanto dinossauros do tamanho de galinhas poderiam até assumir o lugar dos cachorros nas corridas atuais, os T.Rex tinham velocidade média estimada em cerca de 29 km/h.

10. Beco sem saída

Por muito tempo consideramos os dinossauros como criaturas que não tinham o padrão evolutivo necessário para sobreviver em meio a mudanças no ambiente.
Nos últimos 20 a 30 anos, contudo, um novo consenso surgiu, apontando que eles foram espécies fantasticamente diversas e resistentes, e que podem se gabar de ter tido milhares de descendentes na forma dos pássaros atuais.

Três coisas que ainda não sabemos sobre dinossauros...

Não se sabe muito sobre os ruídos que os dinossauros faziam, embora haja provas que sustentam uma noção dos anos 1970 de que o Parassaurolofo usava seu peito como uma câmara de ressonância, permitindo a comunicação em longas distâncias.

Não sabemos as cores dos dinossauros, mas pesquisas recentes identificaram a cor das penas em dinossauros como o Sinosauroptreyx, que tinha anéis laranjas e brancos na cauda.

Não sabemos o quão inteligentes eram os dinossauros, porém seus cérebros pequenos em relação à massa corporal sugerem uma capacidade intelectual reduzida.
 
Marching Dinosaurs - Animated Size Comparison
Alguns caracterizados com penas e nas mais diversas cores.


Shuvuuia
Sinosauropteryx
Compsognathus
Microraptor
Caudipteryx
Microceratus
Hypsilophodon
Ornitholestes
Masiakasaurus
Psittacosaurus
Velociraptor
Laeallynasaura
Stegoceras
Troodon
Oviraptor
Protoceratops
Dromaeosaurus
Stygimoloch
Coelophysis
Dracorex
Dryosaurus
Deinonychus
Scelidosaurus
Herrerasaurus
Ornithomimus
Kentrosaurus
Gigantspinosaurus
Pachycephalosaurus
Dilophosaurus
Gastonia
Concavenator
Utahraptor
Euoplocephalus
Sauropelta
Miragaia
Chasmosaurus
Magyarosaurus
Einiosaurus
Camptosaurus
Diabloceratops
Styracosaurus
Cryolophosaurus
Tuojiangosaurus
Ceratosaurus
Edmontonia
Plateosaurus
Ankylosaurus
Baryonyx
Wuerhosaurus
Gallimimus
Neovenator
Pachyrhinosaurus
Carnotaurus
Ichthyovenator
Maiasaura
Iguanodon
Dacentrurus
Gigantoraptor
Gorgosaurus
Melanorosaurus
Majungasaurus
Ouranosaurus
Stegosaurus
Olorotitan
Triceratops
Deinocheirus
Corythosaurus
Amargasaurus
Allosaurus
Parasaurolophus
Therizinosaurus
Albertosaurus
Suchomimus
Edmontosaurus
Saurophaganax
Acrocanthosaurus
Lambeosaurus
Tyrannosaurus
Carcharodontosaurus
Giganotosaurus
Shantungosaurus
Spinosaurus
Cetiosaurus
Diplodocus
Camarasaurus
Apatosaurus
Giraffatitan
Alamosaurus
Dreadnoughtus
Brachiosaurus
Sauroposeidon
Mamenchisaurus
Puertasaurus
Argentinosaurus
 
Extinção de dinossauros começou milhões de anos antes de queda de asteroide


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Um estudo feito por cientistas das universidades de Reading e de Bristol, ambas na Inglaterra, e publicado na revista científica da Academia Americana de Ciências (PNAS), sugere que a extinção dos dinossauros começou 40 milhões de anos antes do impacto do asteroide Chicxulub, no México.

Apesar de inúmeros cientistas argumentarem que os dinossauros se extinguiram devido ao impacto de um grande asteroide sobre a Terra há 66 milhões de anos, o novo estudo afirma que os dinossauros sofreram um declínio gradual.
Analisando três grandes conjuntos de dados de dinossauros, o cientista Chris Venditti e colegas estudaram o comportamento desses animais antes do impacto do asteroide.

Segundo os cientistas, os dinossauros perderam gradualmente a capacidade de substituir espécies extintas por novas, o que pode ter favorecido o surgimento de outros animais.

Mais extintos que novos


Os dados revelaram que as taxas de extinção de espécies de dinossauros superavam as de criação de novos animais. Segundo o estudo, esse fenômeno começou quase 24 milhões de anos antes do impacto do asteroide.

O que provou a dificuldade da espécie formar outra ou se dividir em duas ainda é um mistério, mas os especialistas acreditam que fenômenos ecológicos como a erupção de vulcões e a separação dos continentes possam ter influenciado nessa mudança.
O estudo também revelou um aumento no nível do mar durante este período, reforçando a hipótese de que isso poderia provocar uma fragmentação do habitat, deixando alguns animais isolados e reduzindo a capacidade de reprodução.

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As fascinantes novas espécies de dinossauros descobertas recentemente

O paleontólogo Steven Jasinski, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descreveu a nova espécie Saurornitholestes sullivani, em 12 de maio. Ele teria vivido há aproximadamente 75 milhões de anos, na região do Novo México, nos EUA. O nome da nova espécie homenageia o paleontólogo Robert Sullivan, que encontrou parte do crânio do dinossauro, em 1999. A nova espécie, acredita-se, tinha um faro muito bom, o que a levava a ser uma boa caçadora. O Saurornitholestes sullivani é considerado um parente do velociraptor Imagem: Divulgação
 
Cientistas anunciam descoberta do maior dinossauro do Brasil, com 25 metros

Museu de Ciências da Terra/Divulgação
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    Titanossauro Austroposeidon magnificus tinha 25 metros de comprimento

Cientistas anunciaram na manhã desta quarta-feira (5), no Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro (RJ), a descoberta do que anunciaram ser o maior dinossauro já encontrado no Brasil, com 25 metros de comprimento. O público poderá ver a partir desta quinta-feira (6) a reconstrução do braço do dinossauro em tamanho natural no museu.

Fósseis do dinossauro batizado de Austroposeidon magnificus foram encontrados em Presidente Prudente (SP), ainda na década de 1950, pelo paleontólogo Llewellyn Ivor Price (1905-1980) e depois reencaminhados para o museu onde foi foram estudados por todo este tempo.

Museu de Ciências da Terra/Divulgação
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Fósseis de vértebras do pescoço e da coluna vertebral foram encontrados

A conclusão foi feita depois de analisarem os fósseis encontrados do animal: vértebras do pescoço, da coluna vertebral e do braço.

Com base nas características anatômicas, o Austroposeidon magnificus pode ser classificado no grupo dos titanossauros, herbívoros de corpo bem desenvolvido, pescoço e cauda longos e um crânio comparativamente pequeno.


Os titanossauros tiveram bastante sucesso durante o período Cretáceo, sobretudo no supercontinente do Gondwana, que no passado reunia América do Sul, África, Índia, Antártica e Austrália.

Museu de Ciências da Terra/Divulgação
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Fóssil da região do pescoço foi encontrado

No Brasil, já foram descobertas nove espécies de titanossauros. Até agora, o maior destes era o Maxakalisaurus topai, com mais de 13 metros de comprimento. As suas características são muito semelhantes às espécies argentinas também gigantes, como Mendozasaurus e Futalognkosaurus.
Parte do material da nova espécie foi analisada com auxílio de um tomógrafo, visando acessar a parte interna dos ossos. Esse estudo revelou a presença de características completamente novas para os titanossauros, tais como anéis de crescimento intercalados com um tecido ósseo mais denso, cujo significado ainda não é bem compreendido.

A descoberta de Austroposeidon não apenas contribui com novas informações anatômicas e evolutivas para os dinossauros, mas também mostra que espécies gigantes também habitavam a região onde hoje é o Brasil, há milhões de anos.
 
No Brasil aos poucos, mesmo com a atual crise, as pesquisas sobre dinossauros estão avançando. Acredito que ainda virão muitas descobertas boas.
 
Nova análise pretende revolucionar o que sabemos sobre os dinossauros

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  • Tiranossauro rex seria mais parente dos quadrúpedes com chifres do que dos pescoçudos, segundo novo estudo

Estudo publicado na revista Nature nesta quarta-feira (22) pretende revolucionar o que se sabe sobre a divisão das famílias e os parentescos entre os dinossauros.

Matthew Baron e seus colegas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, analisaram 457 características anatômicas de 74 espécies observando diferenças e similaridade de esqueletos, tamanhos e proporções de ossos e dentes, etc.

Eles chegaram à conclusão de que a família dos terápodes (bípedes carnívoros) não seria um grupo dentro da família dos saurísquios, como está classificada atualmente, mas sim um grupo independente. Além disso, os terápodes seriam mais próximos dos ornitísquios (herbívoros) do que dos saurísquios (quadrúpedes pescoçudos).

Ou seja, atualmente, considera-se que tiranossauros rex e velociraptors são mais parentes dos quadrúpedes pescoçudos. O novo estudo diz que, em vez disso, eles são primos mais próximos dos quadrúpedes chifrudos e dos bicos-de -pato.

"O que esse pessoal está fazendo é uma completa revolução. Se for confirmada, mudará não só todos livros técnicos como todos os livros infantis. Classicamente os dinossauros são divididos em dois grandes grupos. Isso é assim há mais de 150 anos", diz Max Langer, pesquisador dos dinossauros brasileiros e professor da USP (Universidade de São Paulo).

"O que eles propõem é que os saurísquios na verdade não existem como um grupo 'natural'", diz Langer. Atualmente, os saurísquios são compostos por dois outros grupos, os terópodes (bípedes carnívoros como t-rex e velociraptor) e os sauropodomorfos (quadrúpedes pescoçudos).

E como fizeram isso?


Essa nova classificação tem por base em 21 características de ornitísquios e terápodes herdadas de um antepassado comum, como cristas afiadas nos maxilares. "Nada muda em relação à anatomia deles, é apenas em relação ao parentesco", explica Juan Carlos Cisneros, professor da Universidade Federal do Piauí. "Eles usaram uma grande amostragem, com dinossauros da África do Sul, da China, da Argentina etc."

Para Cisneros, o estudo destaca a importância de quatro dinossauros brasileiros na base da árvore (ou seja, estão entre os mais antigos): o estaurikossauro, o pampadromeus, o guaibassauro e o saturnalia.

O Brasil tem um papel importante para ajudar a esclarecer a origem dos dinossauros devido ao potencial dos sítios paleontológicos na região sul, onde foram encontradas várias das espécies mais antigas do mundo."

Necessidade de confirmação


Os dois especialistas lembram que a hipótese precisará ser confirmada por estudos posteriores. Pesquisas como essa são feitas há mais de 30 anos e nenhuma delas encontrou esses resultados, explica Langer.

Langer também aponta falhas no estudo. "Mais da metade dos fósseis não foi analisada diretamente. Não sentaram com o fóssil diante deles analisando as características anatômicas. Eles se basearam em artigos científicos. É uma falha grave", diz.

Rodolfo Nogueira
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O dinossauro brasileiro Pampadromaeus barberenai

Nada muda com dinossauros brasileiros


Pode-se dizer que, entre dinossauros mais antigos do mundo, metade está no sul do Brasil (Rio Grande do Sul) e outra metade está no noroeste da Argentina. Nesse rearranjo, os bichos brasileiros são posicionados mais ou menos como sempre foram, dentro da família dos saurísquios.

O modelo também aponta novidades em relação à evolução dos dinossauros. Por exemplo, sugere que os primeiros dinossauros eram onívoros, pequenos, andavam sobre dois pés e tinham mãos capazes de pegar -- isto é, se alimentavam em posição bípede puxando folhas com as mãos.
A análise sugere que os dinossauros tiveram origem no hemisfério Norte em vez de Gondwana. Os autores avaliam que o período em que viveram e a disposição geográfica dos dinossauros também podem necessitar de uma revisão.

"Essa última hipótese é um tanto controversa, pois os dinossauros mais primitivos do mundo são brasileiros e argentinos", avalia Cisneros. "Teremos que aguardar se ela é corroborada ou não por futuras pesquisas. Mas valorizo que os autores estejam questionando os modelos "clássicos", é importante estarmos sempre abertos a novas explicações."
 
Agora é oficial: fóssil de dinossauro superpreservado é uma nova espécie
Um novo estudo sobre o fóssil também sugere que o dino encouraçado possuía camuflagem anti-predadores.

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Durante a vida, o nodossauro tinha mais de 5 metros de comprimento e pesava 1300 quilos. Pesquisadores suspeitavam que ele tinha sido fossilizado por inteiro, mas quando foi descoberto em 2011, apenas a parte da frente estava intacta para ser recuperada.


Há cerca de 110 milhões de anos, onde agora é Alberta, no Canadá, um dinossauro parecido com um abacaxi de 1,2 tonelada acabou morto num rio.
Hoje, esse dinossauro é um dos melhores fósseis do gênero já encontrados – e ele acaba de ganhar um nome.
Eis o Borealopelta markmitchelli, um devorador de plantas também conhecido como nodossauro, que viveu durante o período Cretáceo. Depois de morrer, sua carcaça terminou envolta em lama de uma antiga via marítima, e a parte da frente ficou preservada em 3D com detalhes extraordinários.
Descoberto por acidente em 2011 e revelado no Museu Royal Tyrrell de Alberta em maio deste ano, o fóssil imediatamente ofereceu ao mundo um vislumbre sem precedentes sobre a anatomia e a vida de dinossauros encouraçados.
"É um belíssimo espécime", diz Victoria Arbor, pesquisadora pós-doutora do Museu Real de Ontário que estuda outro dinossauro encouraçado e bem preservado chamado Zuul crurivastator. "É muito bom ter exemplares como esse e Zuul que realmente nos dão uma ideia de como esses dinossauros se pareciam quando estavam vivos".
(...)
Tem sido um longo caminho para o Borealopelta. O isolamento subterrâneo da criatura chegou ao fim em 21 de março de 2011, quando o operador de equipamentos pesados Shawn Funk tropeçou no fóssil em uma mina de areias petrolíferas no norte de Alberta, operada pela empresa de energia Suncor.
O fóssil então viajou ao laboratório de preparação do Museu Royal Tyrrell, onde o técnico Mark Mitchell pulverizou minuciosamente a rocha em volta – uma façanha que levou mais de 7 mil horas, em quase seis anos. Apenas o crânio levou cerca de oito meses para sair.
"Não fosse por seu comprometimento, [Borealopelta] provavelmente nunca teria saído à luz", diz Caleb Brown, pesquisador pós-doutor do Museu Royal Tyrrell e principal autor do novo estudo. "É um esforço gigantesco... os preparadores são muitas vezes os heróis desconhecidos."
Todo o trabalho foi realizado com um orgulho extraordinário. O novo estudo confirma que o dinossauro representa um novo gênero e uma nova espécie, e seu nome formal se traduz em "escudo do norte de Mark Mitchell" – uma homenagem para o libertador do fóssil, sua armadura impecável e a localização onde foi sepultado.

O lado direito da cabeça do nodossauro ainda mantém curiosas placas em formato de azulejo e uma camada de pele fossilizada.
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As placas que são marcas registradas dos dinossauros encouraçados costumam ser as primeiras a cair na decomposição, mas não foi o que aconteceu com este nodossauro. A armadura extremamente bem preservada vai aprofundar o entendimento dos cientistas, revelando melhor como eles eram e como se locomoviam.
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A cabeça e o pescoço do nodossauro se curvam gentilmente para a esquerda. A boca e os dentes sugerem que ele tinha uma mordida fraca e não mastigava os alimentos muito bem.
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Reportagem completa no site da National Geographic Brasil
 
Olhem essa fofurinha que vi no World Museum aqui de Liverpool:

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Daqui uns dias vou pra Londres e vou dar uma passada no Natural History Museum pra tirar fotos dos dinos de lá :D
 

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