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Whiplash: Em Busca da Perfeição (Whiplash, 2014)

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SPOILERS

Whiplash transborda emoção. Com o decorrer do filme a comparação com Cisne Negro é inevitável, a relação entre a pressão psicológica imposta com o desejo pessoal de superação, sendo representado externamente com dor física e diversos limites sendo quebrados, porém aqui temos um diferencial que foi a característica que mais chamou minha atenção, não temos um herói e um vilão ou um conflito entre o bem e o mal, como eu li em uma crítica e concordei 100%: "Os dois personagens se completam dentro das suas próprias imperfeições."

Discordo sobre a maldade clichê do Fletcher que comentaram acima, até porque em nenhum ponto o filme aborda a questão "maldade" mas sim as atitudes que nos distanciam da nossa humanidade. Desde o início nós vemos um professor que só procura pelo melhor, é extremamente exigente, e agride psicologicamente e fisicamente seus alunos que cometem algum tipo de erro, é uma cena inicial que nos surpreende e já determina os tipos de conflitos que Neiman vai passar naquela classe. Logo no primeiro intervalo Fletcher conta a história de Charlie Parker e Jo Jones, já justificando uma certa crença nos seus métodos, coisa que ele apenas reafirma próximo do final do filme. Quando nós o vemos transtornado com a morte de Sean Casey, enquanto músico, conseguimos ver de forma bem explícita como funciona sua visão distorcida, que não demonstra em nenhum momento algum nível de sadismo, mas sentimentos específicos de valorização e desprezo baseados apenas nas habilidades musicais da pessoa, isso se comprova quando ficamos sabendo mais tarde como realmente aconteceu a morte de Casey.
Fletcher realmente não recebeu tanto tempo em cena quanto Neiman, mas o desenvolvimento de seu personagem foi muito bem estruturado junto com o desenvolvimento da história, todos os acontecimentos e contrastes o apresentaram como uma figura de excelência inumana, que ignorava valores mais básicos da sociedade como respeito e empatia, por exemplo.

Na outra ponta temos Neiman, que apesar de passar o filme inteiro "sofrendo" nas mãos de Fletcher, também carrega uma boa dose de arrogância e um sentimento de querer ser superior, algo que aos olhos de Neiman Fletcher já havia alcançado, o que o tornou um professor perfeito para ele. Um adesivo do quarto de Neiman dizendo algo como "Quem não é bom o suficiente acaba tocando Rock." deixa claro a personalidade desse personagem, que conforme segue quebrando seus limites físicos e recebe aprovações do professor, se distancia cada vez mais das suas relações humanas, deixando de lado um namoro, amizades e sua família, como se fossem coisas menores diante de sua capacidade de grandeza. O ponto de virada do 2° Ato traz uma cena bem forte que encerra tudo o que foi construído até então, a superação pessoal, sua obsessão e o fracasso.

Todo o terceiro Ato, na minha opinião, se classificaria como o filme em si, onde tudo o que aconteceu antes foi uma construção necessária dos personagens, tanto do relacionamento entre eles como o nosso entendimento deles. Temos Neiman sofrendo as consequências de suas escolhas e sua busca pela excelência, e Fletcher reafirmando sua crença e apresentando algumas informações extras que ajudam a embasar o que acontecerá no encerramento. Assim como a cena inicial se conecta com o futuro desenrolar da história, mostrando de forma resumida o conflito que veremos, toda a cena final é uma revisitação resumida de tudo o que acabamos de acompanhar de forma mais detalhada, nós temos o professor no topo destruindo seu aluno, o sentimento de fracasso, a reafirmação pessoal de superação e o conflito para superar seu professor, até então chegarmos na conclusão onde ambos os personagens, dentro de suas próprias distorções da realidade e crenças pessoais, alcançam o que mais ansiavam.

Para mim o melhor foi justamente esse contraste mostrando uma superação/realização de personagens que não são bons exemplos, o que transparece o clima pesado que abraçou o filme em todos os momentos. Eu diria que enquanto o final pode ser trágico para os personagens, é extremamente reflexivo para o público, e talvez seja disso que a maioria das pessoas extraíram algo de positivo do final.

Enfim, filme mais do que perfeito, achei épico, melhor filme que vi nesse ano, comparo com a mesma perfeição de Cisne Negro, e ainda não consigo tirar as músicas da cabeça. Excelente.
 
Que filme!

vivia por uma nova estrela e ela brilhou!

O derradeira expressão do mestre vai muito além de "- Você fez um bom trabalho, jovem."

A busca do mestre chegou ao fim, o pai emocionou-se e a platéia explodiu durante minutos (embora isso tenha ficado de fora da edição por motivos óbvios).

Vou repetir o final do filme todo dia quando chegar do trabalho até cansar.
 
Eu achei até que, por ser percussionista amador e um entusiasta de bateria, ia gostar mais do filme, mas acabei não gostando taaanto assim para dar 10. É um filme excelente, mas, não por nenhuma falha que tenha, mas por meu gosto mesmo, não me empolgou muito. Nota 8.
 

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