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Aquarius (idem; 2016)

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É... não.
Sim, comover é um fato. Hollywood ama filmes comoventes. Mas comoventes comoventes tipo qualquer coisa sobre o Holocausto, não sobre uma criança que vai morrer a qualquer momento - aliás, esse último nicho é uma indústria à parte...

Pois é, já começa ficar preocupante quererem transformar isso virar numa "tradição" a ser respeitada, já que o nome da categoria não é "melhor filme de drama estrangeiro". :o?:

E a primeira crítica que li para "Pequeno Segredo" não foi nem um pouco generosa
 
Pra quem fala de "cara de oscar" sem parecer acompanhar o oscar, a Mariane Morisawa deu uma boa resposta no facebook:

Vamos desenhar:
2016
O Filho de Saul (vencedor) - Cannes
O Abraço da Serpente - Cannes
A War - Veneza
Cinco Graças - Cannes
Theeb - Veneza

2015
Ida (vencedor) - Toronto
Tangerines
Leviathan - Cannes
Wild Tales - Cannes
Timbuktu - Cannes

2014
A Grande Beleza (vencedor) - Cannes
The Broken Circle Breakdown - Berlim
A Caça - Cannes
The Missing Picture - Cannes
Omar - Cannes

2013
Amor (vencedor) - Cannes
War Witch - Berlim
No - Cannes
A Royal Affair - Berlim
Kon-Tiki

2012
A Separação (vencedor) - Berlim
Bullhead - Cannes
Footnote - Cannes
In Darkness
Monsieur Lazhar - Locarno e Toronto

Melhor arrumar outro argumento que não "filme com cara de Oscar". Porque filme com cara de Oscar na categoria produção estrangeira é filme que participou de um dos grandes festivais, de preferência Cannes.

Acho que ela só errou que L'Image Manquante eu acho que foi em Veneza e não Cannes, mas whatever.


E ela ainda completa que já foi o tempo em que o oscar de filme estrangeiro ia pra filmes com crianças fofinhas.




EDITED

Ela tava certa, era Cannes mesmo.
Eu tava lembrando de outro documentário daquele ano.


Só acrescentando também que alguns desses filmes nem sequer estavam na competição principal do festival.
Mas a visibilidade em termos de quantidade de críticos importantes falando sobre seu filme, o fato que esses festivais já tem uma triagem forte pra sequer poder participar (não entra qualquer merda, só se for filme merda de diretor famoso como parece ser o filme do Sean Penn), as melhores distribuidoras de filmes alternativos estarem nesses eventos, etc, faz o argumento de "filme para oscar" que tem sido falado por aí cair por terra.
 
Última edição:
em uma resenha da folha, o substituto de Aquarius foi considerado um dos piores filmes dos últimos tempos.
Será uma indicação totalmente política??
 
em uma resenha da folha, o substituto de Aquarius foi considerado um dos piores filmes dos últimos tempos.
Será uma indicação totalmente política??
Muitas vezes é. Principalmente em períodos especiais como agora (turbulencia politica ou similares).
Tipo o filme do Lula ter sido o candidato brasileiro em 2011 ou 2012 tendo concorrentes como o filme da Muylaert que ganhou quase tudo nos festivais brasileiros, ou o "As Melhores Coisas do Mundo", ou qualquer outro da lista que concorreu e ganhou mais prêmios que o filme do Lula que não levou quase nada do que disputou (eu daria para "Os Famosos e os Duendes da Morte" que inclusive concorreu em Berlin, ou "Sonhos Roubados"). Tá certo que não foi dos melhores anos do nosso cinema, mas claramente teve uma parcela muito forte de partidarismo nessa escolha.
Enfim. Que assumam que a escolha foi para punir o protesto em Cannes. Ponto. Mais bonito e honesto.
 
Pessoal, a indicação foi política é óbvio, mas eu diria mais do que isso ela é didática. Acompanho o audiovisual catarinense e na época aqui no estado o governo anunciou a criação de um escritório de fomento à industria criativa o nome escolhido para lançar esse projeto foi Catarina Criativa.
No lançamento do projeto os responsáveis anunciaram que sua primeira ação de incentivo seria financiar com um milhão de reais, 2013, o filme O pequeno segredo(Agora o nome faz sentido).
O problema desse financiamento é que ele partiu do governo do estado de Santa Cataria que há anos está em pé de guerra com a classe cinematográfica, pois o mesmo se esquiva de cumprir suas próprias leis de incentivo, negando-se a lançar os editais necessários e depois de lançados atrasa os repasses aos realizadores. Só pra se ter uma ideia de quanto dinheiro isso representava na época isso equivalia a 34,48% do total do edital 2013/2014, lançado em agosto de 2013 e a ser pago no decorrer de 2014.
Digo que este caso é didático, pois ele sinaliza uma inversão possível e próxima dos parametros adotados para o fomento da cultura no país. Não posso falar sobre a qualidade dos filmes, assistirei Aquarius no próximo domingo, porém afirmo que em sua origem o filme de Kleber Mendonça tem a legitimidade de ter sido financiado por meio de edital público com ampla concorrência, (inveja de Pernambuco) enquanto o Segredo foi financiado a portas fechadas num gabinete do estado de SC.

:squid::squid::squid:
 
Questionar se essa escolha foi política era algo que nem precisava de páginas de discussão. Não é a primeira vez e jamais será a última que acontece. É ingenuidade achar que isso não acontece por menor que seja a escala de influência.

Sem falar que o próprio Oscar não é nenhum um exemplo de lisura total em seus critérios. Todos querem conquistar ou no mínimo beliscar uma indicação pelo glamour que representa como vitrine de projeção mundial, mas também não é nenhum fim de mundo estar fora dela. Filme bom sempre conquistará público com ou sem Oscar.
 
Acho que o problema aqui não foi nem a escolha ser política, mas ser tão na cara. Mesmo os críticos do posicionamento de Mendonça não podem negar - embora teimam em fazer - que o filme surpreendeu mundo afora. Enfim, o que vimos é que a briga ideológica passou por cima do mérito artístico.
 
Acabei de ver! É muito bom, mas as expectativas estavam altas demais. Esperei um filme arrebatador e saí com um muito bom. Resenha mais completa no futuro
 
Outro dia reclamei no Facebook que o gênero dramático suburbano (sim, tem gente que chama desse jeito rs) havia meio que desaparecido, mesmo em filmes americanos - estudos de personagem, relações sociais e familiares, acabaram perdendo espaço para a exploração do abjeto social (há uma ponta de verdade nas críticas aos favela movies) e os blockbusters repetitivos. Filmes dramáticos acabaram sobrevivendo aliando-se a uma potencial verve cômica (Sete Dias Sem Fim, por exemplo). Mas Aquarius trouxe isso de volta, de forma poderosa. Mendonça fez um ótimo filme sobre memória afetiva, vontade e resiliência. Clara é uma das personagens femininas mais impressionantes que eu já vi, não só pela audácia de peitar a construtora, mas porque ela sabe o valor que tem e o valor que a memória tem, sem contar que por vezes ela menciona que isso se dá também pela forma como você causa impacto sobre os outros (vide a fala dela sobre Maria Bethânia), algo expresso pelas demais personagens do filme - assim, nenhum sentimento, sensação, é supérfluo, mas faz parte da vida, precisa ser valorizado. E apesar de podermos ler nela uma ponte, considerando como ela une uma ponta do passado de Recife à geração presente, ela tem a força de um totem e quer que todos saibam disso. Por essa presença tão forte, por transmitir tamanha convicção, Braga merecia uma indicação ao Oscar. Para mim, é o segundo melhor filme de 2016.
 
Outro dia reclamei no Facebook que o gênero dramático suburbano (sim, tem gente que chama desse jeito rs) havia meio que desaparecido, mesmo em filmes americanos - estudos de personagem, relações sociais e familiares, acabaram perdendo espaço para a exploração do abjeto social (há uma ponta de verdade nas críticas aos favela movies) e os blockbusters repetitivos. Filmes dramáticos acabaram sobrevivendo aliando-se a uma potencial verve cômica (Sete Dias Sem Fim, por exemplo). Mas Aquarius trouxe isso de volta, de forma poderosa. Mendonça fez um ótimo filme sobre memória afetiva, vontade e resiliência. Clara é uma das personagens femininas mais impressionantes que eu já vi, não só pela audácia de peitar a construtora, mas porque ela sabe o valor que tem e o valor que a memória tem, sem contar que por vezes ela menciona que isso se dá também pela forma como você causa impacto sobre os outros (vide a fala dela sobre Maria Bethânia), algo expresso pelas demais personagens do filme - assim, nenhum sentimento, sensação, é supérfluo, mas faz parte da vida, precisa ser valorizado. E apesar de podermos ler nela uma ponte, considerando como ela une uma ponta do passado de Recife à geração presente, ela tem a força de um totem e quer que todos saibam disso. Por essa presença tão forte, por transmitir tamanha convicção, Braga merecia uma indicação ao Oscar. Para mim, é o segundo melhor filme de 2016.

Qual seria o primeiro?
 
O filme é bom, não chega a excelente.
Talvez um editor com uma orientação diferente tirasse alguns minutos do filme, mas não vejo necessidade disso. O filme flui com naturalidade. Consegue imprimir uma certa tensão em momentos chaves, mas não o suficiente para caracterizar o filme como um suspense. A trilha sonora é extraordinária. Poderíamos dizer, me atrevo a isto, que a personagem de Sônia Braga é feita de música. Já que mencionei o nome dela, o filme é ela. Difícil imaginar Aquarius sem a força de SB. Kleber Mendonça manja MUITO de enquadramentos e movimentos de câmera. Quanto a censura 18 anos, podia ser 16, mas também o diretor poderia mostrado o mesmo tanto de forma menos explicita.
Este é um filme que recomendo, seja pela questão humana, feminista, econômica ou cinematográfica. Um filme que vale a pena ser visto e debatido.

:squid::squid::squid:
 
Aquarius entrou no top 20 da Sight and Sound de 2016, que é uma das listas anuais que mais respeito.

http://www.bfi.org.uk/best-films-20...l&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer



E adorei a escolha do primeiro.
Toni Erdmann é digno.
Em outros anos a maioria teria vindo pra cá pro festival do Rio em horários decentes. Uma pena. Vou ter que caçar pra ver.


1. Toni Erdmann
2. Moonlight
3. Elle
4. Certain Women
5. American Honey
6. I, Daniel Blake
7. Manchester by the Sea
8. Things to Come (L’Avenir)
9. Paterson
10. The Death of Louis XIV
=11. Personal Shopper
=11. Sieranevada
=13. Fire at Sea
=13. Julieta
=13. Nocturama
=16. Cameraperson
=16. La La Land
18. Love & Friendship
=19. Aquarius
=19. Victoria
=21. Embrace of the Serpent
=21. Everybody Wants Some!!
=21. Evolution
=21. Hell or High Water
=21. O.J.: Made in America
=26. Lemonade
=26. Nocturnal Animals
=26. The Ornithologist
=26. Raw
=26. Neruda
 
Saiu a da Cahiers du Cinéma tbm, e nessa Aquarius ta em quarto.
Deu vontade de rever Julieta, porque parece que foi tão amado.
Ainda não vi só esses antepenúltimo e últimos.

1. “Toni Erdmann” directed by Maren Ade
2. “Elle” directed by Paul Verhoeven
3. “The Neon Demon” directed by Nicolas Winding Refn
4. “Aquarius” directed by Kleber Mendonça Filho
5. “Ma Loute/Slack Bay” directed by Bruno Dumont
6. “Julieta” directed by Pedro Almodóvar
7. “Rester Vertical/Staying Vertical” directed by Alain Guiraudie
8. “La Loi de la jungle” directed by Antonin Peretjatko
9. “Carol” directed by Todd Haynes
10. “Le bois dont les rêves sont faits” directed by Claire Simon
 

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