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Paraíso perdido (John Milton)

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Calib

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Resenha extraída da Amazon, usuário Paulo Leite.

O que torna “Paraiso Perdido” único é sua surpreendente fusão de tragédia shakespeariana (Hamlet – Otelo – Macbeth), épico virgiliano (Eneida) e profecia bíblica. Essa combinação afundaria qualquer obra literária a 10 metros de profundidade, mas Milton, cego e moído pela derrota política, era “pouco afundável”. Quando escreveu o poema estava muito chateado por ter perdido seu próprio paraíso. Após defenestrar e matar o rei Carlos I da Inglaterra, o Parlamento de Milton não implementou as reformas desejadas. Isso permitiu a Carlos II, filho do rei, assumir o trono, prender Milton e executar vários de seus colegas. A história de Milton, de certa forma, assemelha-se muito àquela de Satanás, que ele cria em seu poema. Satanás (quando a história começa, acaba de ser esmagado) tentou lançar uma revolução para acabar com Deus, porque O achava um tirano. Deus ao nomear seu filho chefe das hostes celestiais, por conseguinte, causa a rebelião. Satanás é um diabo esperto e ardiloso, que faz o melhor possível para progredir, e o leitor deve oferecer-lhe todo o estímulo. Aliás, a um leitor novato convém ler “Paraíso Perdido” como uma espetacular obra de ficção científica; enxergar “a rebeldia” de Eva com relação ao marido como uma viagem de descoberta, em que ela é o líder, Adão, o seguidor; perceber que a palavra mágica do poema é: “escolha” – virtude não existe se não for testada. Analisei duas traduções deste épico: uma já bem conhecida no mercado editorial brasileiro, de António José Lima Leitão (minha preferência); outra, de Daniel Jonas (Editora 34). Esta última é bem mais completa por ter uma apaixonada apresentação do crítico Harold Bloom, ser bilíngue, e ter notas explicativas dos trechos mais difíceis. Eu diria que as traduções são diferentes, mas não excludentes; são até complementares. Uma coisa é certa, nenhum leitor vai chorar ou se lamentar ao ler as duas traduções.

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** Posts duplicados combinados **
E as informações do site da Editora 34 (já que o site da Martin Claret é pobre demais pra isso rsrs)

Paraíso perdido
John Milton
Tradução de Daniel Jonas
Ilustrações de Gustave Doré
896 p. - 16 x 23 cm
ISBN 978-85-7326-611-5
2015- 1ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Um dos maiores poemas épicos da literatura ocidental - de uma tradição que inclui a Ilíada e a Odisseia de Homero, a Eneida de Virgílio e a Divina Comédia de Dante -, o Paraíso perdido foi publicado originalmente em 1667, na Inglaterra, em um período especialmente turbulento daquela nação. Seu autor, John Milton (1608-1674), foi um dos grandes intelectuais de seu tempo e destemido apoiador da Revolução Puritana inglesa, que depôs e executou o rei Carlos I e proclamou a República em 1649. Com a restauração da Monarquia em 1660, Milton caiu em desgraça e, por um problema de saúde, gradualmente acabou perdendo a visão. Foi nessa condição que ele compôs este espantoso poema de 10.565 versos, inspirado no Gênesis, que narra a rebelião de Satã contra Deus, a Criação do Mundo e a Queda do Homem pela desobediência de Adão e Eva no Jardim do Éden.

Dotado de uma imaginação prodigiosa, por vezes herética, Milton, que havia defendido o divórcio, a liberdade de imprensa e até a poligamia, criou aqui o clássico da literatura cristã do século XVII. Desde então, o autor de Paraíso perdido tem sido aclamado por escritores como Voltaire ("um criador de maravilhas que ninguém jamais havia sonhado antes"), Keats ("seu estilo é dotado de uma extraordinária beleza, sem precedentes") e Borges ("ele sabia que seria um grande poeta mesmo antes de sê-lo").

A presente edição, bilíngue, traz a elogiada tradução do premiado poeta português Daniel Jonas, que segue de perto a versificação e a musicalidade do original. Completam o volume as notas e o posfácio do tradutor, uma apaixonada apresentação do crítico Harold Bloom, e a fantástica série de cinquenta ilustrações de Gustave Doré, publicadas em 1866.

Sobre o autor
John Milton nasceu em Londres, em 1608. Estudou em Cambridge e na década de 1620 inicia sua carreira literária, escrevendo poesias, ensaios e peças teatrais. Em 1638 publica Lycidas, considerado hoje um dos mais belos poemas em língua inglesa, e viaja para a França e a Itália, onde conhece Galileu Galilei. Com o início da guerra civil na Inglaterra, entre os defensores da Monarquia e os puritanos burgueses, Milton retorna a seu país e se engaja no lado puritano. Nos anos 1640 publica uma série de ensaios sobre temas polêmicos do momento: o governo, a igreja e o casamento, e em 1646 lança a coletânea Poems of Mr. John Milton, both English and Latin, and, A Maske of the Same Author. Em 1649 a Revolução Puritana é vitoriosa, o rei Carlos I é preso e executado, e a República é instaurada. Milton assume cargos oficiais e torna-se o principal intelectual do novo governo, mas, por um problema de saúde, sua visão vai progressivamente se deteriorando. Em 1660 a Monarquia é reinstaurada na Inglaterra e o rei Carlos II sobe ao trono; Milton cai em desgraça e só escapa da condenação à morte devido a seu grande prestígio na época. Já praticamente cego, começa a trabalhar na composição de sua obra-prima, o Paraíso perdido, um poema épico de mais de 10 mil versos sobre o Gênesis e a Queda do Homem, que é finalmente publicado em 1667. Em 1671 lança uma sequência da obra, Paraíso reconquistado, e três anos depois publica um segunda versão do Paraíso perdido, com o acréscimo de alguns versos e a mudança de dez para doze cantos. Falece em 1674 em sua casa de Bunhill Fields, no norte de Londres.

Sobre o tradutor
Nascido em 1973 no Porto, Daniel Jonas é hoje reconhecido como um dos nomes mais inovadores da poesia portuguesa contemporânea, sendo ainda autor de diversas traduções, de Shakespeare a Auden, incluindo uma elogiada versão do Paraíso perdido, de John Milton, lançada em 2006 (fruto de seu mestrado em Teoria da Literatura pela Universidade de Lisboa). Em 1997 publicou o seu primeiro livro de poemas, O corpo está com o rei, ao qual se seguiram Moça formosa, lençóis de veludo (2002), Os fantasmas inquilinos (2005), Sonótono (2007), Nenhures (2008), Passageiro frequente (2013) e (2014, vencedor do Grande Prêmio Teixeira de Pascoaes, da Associação Portuguesa de Escritores). Em 2015 foi eleito um dos finalistas ao prêmio de Poeta Europeu da Liberdade. Vive na cidade do Porto.

Sobre o ilustrador
Pintor, gravador, escultor e desenhista, Gustave Doré nasceu em Estrasburgo, na França, em 1833. Em 1847 muda-se com o pai para Paris, e nesse mesmo ano, ainda adolescente, publica seu primeiro álbum, Os trabalhos de Hércules, precursor das histórias em quadrinhos. Jovem prodígio, dedica-se então a ilustrar os clássicos da literatura, como Gargântua e Pantagruel de Rabelais (1854), A Divina Comédia de Dante (1857), A tempestade de Shakespeare (1860),Contos de Perrault (1862), D. Quixote de Cervantes (1863), Paraíso perdido de Milton (1866), O conto do velho marinheiro de Coleridge (1870) e Orlando furioso de Ariosto (1877), criando, com o auxílio de uma bem treinada equipe de gravadores, imagens que se tornaram emblemáticas dessas obras. Consagrado como um dos maiores ilustradores do século XIX, Gustave Doré morreu em Paris, em 1883.
 
Clara, infelizmente li muito pouco dessa tradução do Daniel Jonas... E nem achei nenhum trecho que desse pra comparar de maneira suficiente. Foi resultado da dissertação de mestrado dele (puta trabalheira não deve ter dado, hein?) e foi bem premiada. Mas tenho interesse em depois conferir. Pena que as livrarias de Goiânia não prestam nem pra isso: você poder dar uma espiada no livro...
 
@Clara , se ainda estiver interessada, estou estudando Milton com um grau de seriedade um pouco maior e sim, a tradução do Daniel Jonas é muito boa. Busca seguir de perto a sintaxe miltoniana, muito da sua musicalidade e até mesmo alguns detalhezinhos etimológicos que são importantes. Não sei se compensa comprar pois o preço é muito absurdo e a tradução do Targini é também muito competente, mas, se achar numa promoção, vale demais.
 
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