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Panama Papers

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Panama Papers: vazamento de milhões de documentos revela paraísos fiscais de ricos e poderosos
BBC Brasil - 03/04/2016

Um grande volume de documentos confidenciais vazados revelou a forma que algumas das pessoas mais ricas e poderosas do mundo usam paraísos fiscais para ocultar fortunas.

Os 11 milhões de documentos pertecem ao escritório de advocacia panamenho Mossak Fonseca e mostram como a empresa ajudou clientes a evitar sanções e o pagamento de impostos e a lavar dinheiro.

O escritório afirma que opera há 40 anos legalmente e que nunca foi acusado de nenhum crime.

Os documentos mostram ligações com 72 chefes de Estado atualmente no poder ou que já ocuparam o cargo, incluindo ditadores acusados de saquear seus próprios países.

Os dados envolvem pessoas ligadas às famílias e sócios do ex-presidente do Egito Hosni Mubarak, o ex-líder líbio Muammar Gaddafi e o presidente da Síria Bashar al-Assad.

Também levantam a suspeita de haver um esquema de lavagem de diheiro comandado por um banco russo e pessoas muito próximas ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur Gunnlaugsson.

Eles foram obtidos pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung e compartilhados com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês).

O programa BBC Panorama está entre as 107 organizações de mídia que vêm analisando os documentos. A BBC não conhece a identidade da fonte que os forneceu.

Gerard Ryle, diretor do ICIJ, diz que os documentos tratam do cotidiano de negócios do Mossack Fonseca nas últimas quatro décadas. "Acredito que o vazamento será o maior golpe que o mundo de empresas offshore já sofreu por conta da dimensão dos documentos", afirmou.

Esse nome é dado a empresas abertas por pessoas e empresas em um país diferente do que se reside, normalmente com condições fiscais mais favoráveis.

Os documentos indicam a existência de 107 empresas offshore ligadas a pessoas envolvidas na Operação Lava Jato, segundo o portal UOL, que integra o ICIJJ. No Brasil, essa prática não é ilegal se tiver sido declarada à Receita Federal.

Acordos suspeitos

Os documentos lançam suspeitas sobre as atividades do Bank Rossiya, ao qual a União Europeia e os Estados impuseram sanções após a anexação da Criméia pela Rússia, em 2014. Eles apontam pela primeira vez como o banco opera.

Dinheiro teria sido movimentado por meio de empresas offshore, duas das quais tem como dono um dos amigos mais próximos de Putin. Eles indicam que as companhias Sonnete Overseas, International Media Overseas, Sunbarn and Sandalwood Continental lucraram com transações falsas, serviços de consultoria inexistentes e a compra de ativos suspeitas.

A International Media Overseas e a Sonnette Overseas são de propriedade de do violoncelista Sergei Roldugin, amigo de infância do presidente russo e padrinho da sua filha, Maria. Segundo os documentos, Roldugin faturou milhões de dólares em acordos suspeitos.

Mas documentos das empresas de Roldugin afirmam: "A companhia é uma barreira corporativa criada principalmente para proteger a identidade e confidencialidade do verdadeiro beneficiário da companhia".

Conexão islandesa

Os dados da Mossack Fonseca também mostram que o premiê da Islândia, Sigmundur Gunnlaugsson, tinha um interesse não revelado nos acordos de ajuda financeira fechados com bancos do país.

Gunnlaugsson é acusado de esconder milhões de dólares em investimentos aplicados nestes bancos por meio de empresas offshore. Documentos mostram que ele e sua mulher, Anna Sigurlaug Pálsdóttir, compraram a empresa Wintris em 2007.

Ele não declarou sua participação na empresa quando assumiu como primeiro-ministro em 2009 e vendeu 50% da companhia para sua mulher por US$ 1 (R$ 3,6) oito meses depois.

Uma empresa offshore também foi usada para investir milhões de dólares ganhos com herança, segundo um documento assinado por sua mulher em 2015.

Agora, Gunnlaugsson enfrenta pedidos para que renuncie. O premiê diz que não infringiu nenhuma regra e que ele e Pálsdóttir não se beneficiaram financeiramente das decisões tomadas à frente do cargo.

Protocolos

A Mossack Fonseca diz ter sempre cumprido os protocolos internacionais e tomado as medidas necessárias para garantir que as empresas que auxilia não sejam usadas para evasão fiscal, lavagem de dinheiro, terrorismo financeiro e outros propósitos ilícitos e lamenta qualquer uso indevido de seus serviços.

"Há 40 anos, a Mossack Fonseca opera acima de qualquer suspeita em nosso país e em outras jurisdições onde temos operações. Nossa empresa nunca foi acusada de cometer ou ter conexão com um crime", afirma a companhia.

"Se detectamos uma atividade suspeita ou ato indevido, o relatamos rapidamente às autoridades. Assim como, quando as autoridades nos trazem evdiências de uma possível conduta errada, cooperamos totalmente."

Mossack Fonseca diz que empresas offshore existem em todo o mundo e são usadas para uma série de fins legítimos.


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Links adicionais:

 
‘Panama Papers’ atingem políticos de ao menos sete partidos brasileiros

PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB são as legendas cujos integrantes aparecem na lista


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O deputado federal Newton Cardoso (PMDB-MG). L. Macedo Ag. Cam.​

Políticos de ao menos sete partidos brasileiros têm contas em empresas offshores no exterior abertas pela companhia panamenha Mossack Fonseca, especializada em camuflar ativos usando companhias sediadas em paraísos fiscais. PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB são as legendas cujos integrantes aparecem na lista batizada de Panama Papers, onde constam milhares de nomes de titulares de offshores. Os documentos foram obtidos peloConsórcio Internacional de Jornalismo Investigativo. No domingo, UOL, Estadão e Rede TV, veículos brasileiros ligados ao Consórcio, começaram a divulgar os nomes dos correntistas, com destaque para expoentes do PMDB: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o senador Edison Lobão (MA) – ambos investigados pela Operação Lava Jato. Ao menos 57 brasileiros já relacionados à investigação da Polícia Federal aparecem nos documentos, ligados a mais de cem offshores criadas em paraísos fiscais. Cunha e Lobão negam a titularidade das empresas.

Ainda é cedo para saber o impacto que estes vazamentos - e os que virão nos próximos dias - terão no já convulsionado cenário político brasileiro, uma vez que não está claro se as offshores localizadas são irregulares ou não. Isso porque ter conta ou empresa no exterior não é um crime de acordo com a legislação brasileira, mas os valores e operações financeiras precisam ser informados à Receita Federal para a tributação devida. Ainda não se sabe se os citados nos Panama Papers declararam estes ativos em outros países às autoridades. Frequentemente este tipo de operação envolvendo offshores é utilizada para pagamento ou recebimento de propina e lavagem de dinheiro por parte do crime organizado, empresários e políticos corruptos.

Até o momento, o PMDB do vice-presidente Michel Temerfoi a legenda com mais integrantes mencionados nos documentos da empresa panamenha. O fato é que, ao menos por enquanto, o PT e o Planalto podem respirar aliviados, uma vez que nenhuma offshore no exterior foi atribuída até o momento a seus correligionários.

Nesta segunda-feira vieram à tona os nomes de outros políticos com contas no exterior. Novamente o PMDB ocupa lugar de destaque entre os dados divulgados. O deputado federal Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) e seu pai, o ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso teriam usado empresas offshores abertas com a ajuda da Mossack Fonseca para comprar um helicóptero com valor estimado em 1,9 milhão de dólares (cerca de 8 milhões de reais) e um flat em Londres ao custo de 1,2 milhão de libras (6,3 milhões em valores corrigidos). Em nota ao Consórcio de Jornalistas, a assessoria dos Cardoso negou "veementemente" a titularidade de empresas ou contas no exterior.

Luciano Lobão, filho do senador Edison Lobão, também aparece na relação do Panama Papers. Ele teria usado uma offshore para comprar apartamento em Miami no ano de 2013. O imóvel foi adquirido por 600 mil dólares, e vendido um ano depois por 1 milhão de dólares. A mulher de Luciano, Vanessa Fassheber Lobão, também aparece nos documentos como dona da empresa. Além de ser dono da VLF International, o filho do senador é sócio de uma empreiteira é responsável por obras do Programa de Aceleração do Crescimento no Maranhão - a Hytec.

O senador Lobão, que já é investigado pela Lava Jato por suspeita de ter sido beneficiado com o pagamento de propina para a construção da usina de Angra 3, aparece nos documentos vazados da empresa panamenha, mas suas supostas operações no exterior ainda não foram detalhadas. O que se sabe até agora corrobora parte da delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras que disse à Justiça ter recebido ordens de Lobão para não "atrapalhar" um investimento do fundo de pensão da estatal petroleira no banco BVA. Um amigo do senador, José Augusto Ferreira dos Santos, é um dos donos do BVA, de acordo com o delator. Segundo os Panama Papers, Ferreira, por sua vez, é sócio de João Henriques, considerado operador do PMDB na Lava Jato, em uma empresa offshore e em uma conta na Suíça. A defesa do parlamentar afirmou ao jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, que Lobão nunca foi acusado de ter contas ou empresas no exterior.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que é réu no Supremo Tribunal Federal por seu envolvimento na Lava Jato e é acusado pela Procuradoria Geral da República de ter contas secretas no exterior, aparece nos Panama Papers como titular de ao menos uma offshore. Trata-se da Penbur Holdings, supostamente controlada pelo parlamentar mas que usaria dois panamenhos como 'testas de ferro' de forma a ocultar seu nome dos documentos. O peemedebista teria contado com a ajuda do empresário David Muino, ligado ao BSI, para abrir as contas. Por meio de sua assessoria, Cunha negou ser proprietário de qualquer empresa offshore, negativa que tem sido repetida pelo deputado desde que as autoridade da Suíça enviaram documentos assinados por ele que provam o contrário. “O presidente Eduardo Cunha desmente, com veemência, estas informações. O presidente não conhece esta pessoa [David Muino, intermediário de uma companhia que se chama Stingdale Holdings Inc] e desafia qualquer um a provar que tem relação com companhia offshore”.

O tucano Sérgio Guerra, ex-senador e ex-presidente nacional do PSDB morto em 2014 também aparece na lista da Mossack Fonseca. Ele já foi citado por delatores da Lava Jato como destinatário de propinas relacionadas ao esquema de corrupção da Petrobras. Segundo os documentos divulgados nesta segunda, Guerra adquiriu uma empresa offshore com a mulher, Maria da Conceição, e um dos filhos, Francisco. As atividades financeiras da companhia não foram detalhadas. O PSDB afirmou que não iria comentar as acusações.

O ex-deputado João Lyra (PSD-AL) é outro político que utilizou uma empresa offshore para abrir e manter uma conta no banco suíço Pictet Asset Management. Lyra foi eleito deputado federal em 2010 pelo PTB, e posteriormente se filiou ao PSD. A declaração de bens entregue pelo parlamentar à Justiça Eleitoral no ano em que ele disputou o pleito não fala sobre os ativos no exterior, mas apenas o cruzamento destes dados com as informações da Receita podem apontar se houve de fato alguma irregularidade.

Paulo Octávio, ex-vice-governador de Brasília pelo PP, também é citado nos documentos. Ele teria usado uma offshore aberta com ajuda da Mossack Fonseca para comprar um apartamento de 2,9 milhões de dólares em Miami em 2011. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o empresário.

Alguns políticos que aparecem no banco de dados dos Panama Papers divulgaram para o Consórcio os documentos informações de suas declarações de imposto de renda como forma de atestar que as offshores em seus nomes foram devidamente declaradas. É o caso de Paulo Octávio, que foi vice-governador de Brasília pelo DEM na gestão de José Roberto Arruda, em 2006; e Gabriel Junqueira Pamplona Skaf, filho do presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf (PMDB).
 
Era mais que esperado que não faltariam brasileiros nessa lista, mas esperar que alguém daqui seja punido rapidamente é a mais pura utopia

Mas por outro lado, em país de primeiro mundo sério onde corrupção é algo raro e quando acontece é algo que pode decretar fim de carreira de política pra quem a comete, as coisas funcionam rapidamente. Só poderia esperar isso vindo lá da Ilha do Gelo.
Premiê da Islândia renuncia por escândalo dos "Panama Papers"
 
PANAMA PAPERS
Macri e o secretário de Kirchner também estão nos ‘Panama Papers’
Dados vazados revelam que 570 argentinos operaram em paraísos fiscais

O atual presidente argentino, Mauricio Macri, e o secretário particular do ex-presidente Néstor Kirchner, Daniel Muñoz, estão entre os 570 nomes argentinos dos 'Panama Papers', um grande vazamento de dados do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, especializado na criação de sociedades de fachada.

Segundo publicação do jornal La Nación, o atual presidente argentino, seu pai Francisco e seu irmão Mariano administraram a sociedade Fleg Trading LTDA, constituída nas ilhas Bahamas em 1998 e dissolvida em janeiro de 2009. Os documentos não esclarecem se Macri fazia parte da empresa de fachada quando eleito prefeito de Buenos Aires, em 2007, ou se desvinculou antes. Em suas declarações de imposto de 2007 e 2008 não consta nenhuma ligação com a Fleg Trading. Ele declarou, por outro lado, uma conta bancária do Merrill Lynch nos Estados Unidos com 9,1 milhões de dólares (32,35 milhões de reais) em 2007 e 5,9 milhões de dólares (20,98 milhões de reais) na mesma conta em 2008. Também declarou 500.000 dólares (1,78 milhão de reais) em ativos no estrangeiro em 2008, mas não especificou sua origem e localização.

A Presidência argentina informa em um comunicado que “Macri nunca teve, nem tem, participação no capital dessa sociedade”. Segundo o texto, a Fleg Trading “tinha como objetivo participar em outras sociedades não financeiras como investidora e holding no Brasil, foi vinculada ao grupo empresarial familiar de modo que o Senhor Macri foi ocasionalmente designado como diretor, sem participação acionária”. A Presidência argentina esclarece que a empresa não aparece nas declarações de Macri porque “só devem ser registrados os ativos e ele nunca foi acionista dessa sociedade, por isso não é preciso incluí-la”.

Um porta-voz do Governo argentino disse ao EL PAÍS que as contas que aparecem absolutamente não são de Mauricio Macri, mas do grupo familiar Socma e afirma que o grupo “declarou essas contas”, de modo que descarta que o presidente argentino tenha sonegado impostos em alguma ocasião. De qualquer forma o porta-voz afirma que são assuntos anteriores à entrada de Macri na política e sempre ligadas ao seu grupo familiar, um dos mais importantes da Argentina.

Vários funcionários e empresários ligados ao kirchnerismo também aparecem ligados a paraísos fiscais nos últimos anos. Entre eles destaca-se o nome de Daniel Muñoz, um dos homens mais próximos a Kirchner, investigado três anos atrás em uma acusação de suposta lavagem de dinheiro. De acordo com os documentos vazados pelo site Wikileaks e pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla em inglês) Muñoz participou em uma sociedade das Ilhas Virgens Britânicas a partir de 2013, quando já havia se retirado do cargo público. Ele e sua esposa, Carolina Pochetti, tornaram-se acionistas da empresa de fachada Gold Black Limited, dirigida pelo empresário argentino Sergio Todisco. Este declarou ao jornal La Nación que sua função era “administrativa” e figurativa” e afirmou ter aceito o cargo na diretoria por sua “amizade” com o ex-secretário presidencial.

Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/03/internacional/1459718087_864244.html
A lua de mel do Macri durou pouco.:lol: Será que ele vai renunciar?
 
Me surpreende ter só 570 argentinos nessa lista. A situação argentina nos tempos dos Kirchner (controle de câmbio, economia engessada artificialmente, dados mascarados, etc.) é um apelo para tirar qualquer dinheiro do país o mais rápido possível.
 
a mossack fonseca é a 4ª maior, então devem ter outras fazendo o que ela faz, assim como alguma vai assumir o que ela faz. e isso é uma merda.
 
Deu no El País:

'PANAMA PAPER'
Promotor argentino quer investigar Macri por sua empresa nas Bahamas
Após ser citado nos 'Panama Papers', procurador diz que há motivos para abrir ação por “omissão de dados em declaração de impostos”

Quando o governo da Argentina pensava que o escândalo pelos Panama Papershavia passado, um promotor considerou que existem elementos suficientes para abrir uma investigação contra o presidente Mauricio Macri por possível “omissão de dados em sua declaração de impostos” dos anos de 2007 e 2008, quando era prefeito da cidade de Buenos Aires.
O procurador Federico Delgado disse que já pediu ao juiz Sebastián Casanello a abertura de um processo contra o mandatário. “O trabalho do sistema judicial de nosso país é delimitado por limites precisos: os da lei vigente. Nesse caso, é preciso determinar, inicialmente, se o senhor Mauricio Macri omitiu dados de sua declaração de forma intencional”, escreveu Delgado em sua solicitação.

As voltas da política argentina colocaram Casanello, mais uma vez, no olho do furacão. É ele o responsável pelo processo por lavagem de dinheiro contra Lázaro Báez, um poderoso empresário que enriqueceu durante o kirchnerismo e cuja prisão na terça-feira monopolizou as atenções na Argentina. O magistrado não tem limite de tempo para tomar uma decisão, segundo disseram fontes da promotoria ao EL PAÍS. Se por fim ele aceitar o pedido do promotor, o presidente enfrentará um processo judicial menos de 4 meses após assumir o cargo.

O promotor Delgado respondeu ao pedido do deputado kirchnerista Darío Norman Martínez, que apresentou uma ação contra Macri pela “suposta comissão do crime de lavagem de dinheiro e/ou evasão fiscal”. O político pediu à Justiça que investigue se em sua condição de diretor das firmas Fleg Trading Ltda. e Kamusha S.A. (revelada nos Panama Papers) teve conhecimento, aprovou e realizou ações fraudulentas e se o motivo da criação dessas sociedades foi esconder essas manobras.

“Martínez denuncia que é preciso investigar a vida dessas sociedades, o desenvolvimento dos negócios, determinar se existe alguma ação criminosa e eventualmente, caso tenha ocorrido, se o presidente, como sócio, participou dessas ações”, explicou Delgado. “São duas grandes dimensões: a omissão de dados na declaração de impostos, e se durante a existência dessas sociedades existiu alguma irregularidade e se o presidente participou dessas irregularidades”, frisou.

O Executivo argentino manteve Macri fora do foco midiático desde o vazamento, no domingo, dos documentos do escritório panamenho Mossack Fonseca, que revelaram a existência de uma empresa de fachada encabeçada por Franco Macri, o pai do presidente argentino, dono de um dos maiores grupos empresariais do país. O presidente Macri está relacionado como diretor da sociedade.

Por enquanto, o mandatário se limitou a afirmar em uma entrevista de rádio que se tratou de uma “operação legal”, enquanto seu pai e o chefe de Gabinete, Marcos Peña, saíram em sua defesa. O primeiro se disse responsável pela empresa descoberta nas Bahamas, afirmou que estão devidamente declaradas e assegurou que seu filho estava nelas por “uma mera formalidade”, sem ser um dos acionistas e sem receber dinheiro pelo cargo. O ministro Peña, por sua vez, disse que o presidente “declarou todos os seus ativos”.

As explicações não convenceram a oposição. Martínez decidiu apresentar uma denúncia penal por considerar que o Governo não deu explicações suficientes sobre as sociedades offshore: a situação bloqueou o comparecimento do presidente no Congresso e Macri até agora evitou dar entrevistas coletivas. “A grande pergunta é para que criar empresas em paraísos fiscais”, disse Martínez ao EL PAÍS. “Queremos que ele dê explicações que não deu publicamente. A resposta do gabinete e do pai de Macri não fizeram mais do que ratificar sua participação na sociedade”, acrescentou.

O escândalo atingiu a imagem de Macri dentro e fora do país, especialmente porque questiona o discurso de transparência sustentando pelo mandatário. Ainda assim, o discurso governamental recuperou valor nos últimos dias pela prisão do empresário Báez, símbolo da suposta corrupção kirchnerista.
Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/07/internacional/1460037894_577453.html
Já apelidaram de PanaMacri. Bom se não acontecer com o Macri o destino do Fernando de la...Rúa
 
Última edição:
Querem investigar o Macri só porque ele é homem branco cis hétero de olho azul.
Se fosse uma mulher sapiens, diriam que ter conta no exterior é empoderamento.
 

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