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Spotlight - Segredos Revelados (Spotlight, 2015)

Nota para o filme

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Tisf

Delivery Boy
Direção: Tom McCarthy
Roteiro: Josh Singer e Tom McCarthy
Elenco: Mark Ruffalo, Michael Keaton, Rachel McAdams, Liev Schreiber, Stanley Tucci etc

O filme narra como uma equipe do Boston Globe chegou até as provas que comprovaram os casos de pedofilia da Igreja Católica na cidade e a ciência por parte do Cardeal, que nada fez.

O filme é bem conduzido, com muito diálogo e cenas internas na redação do jornal. Não esperem nada de novo, o formato é bem convencional e, afinal de contas, se trata de um filme investigativo. Eu gostei da maneira como eles tratam de um tema super espinhoso sem serem sensacionalistas.
 
To com uma preguiça de ver esse filme. É o único que falta pra mim dos indicados ao Oscar de melhor filme. Toda vez que começo a ver me entedio nos 20 min. Parece sem carisma, meio insipido, talvez mude com o tempo. Só não conseguiu me cativar nesse inicio...
 
eu achei bem sem alma. aquela coisa que você vai vendo e pensa "bom, não tem nada aqui que eu possa realmente apontar para dizer que está errado ou ruim, mas ao mesmo tempo ele simplesmente não está ganhando meu coraçãozinho".

(notei que jornalistas em geral amaram o filme. deve ser nostalgia de um tempo em que a mídia impressa era relevante)
 
Pois é, é meio que um filme quadradinho mesmo, mas o assunto dele é super importante. As pessoas meio que precisam ver esse filme.

A Igreja ameaçou processar os produtores, mesmo com todas as provas existentes mostradas no filme.

No fim das contas, o Oscar de Melhor Filme pra ele aconteceu por conta do sistema de preferência na votação: como os votantes fazem um ranking dos filmes, muita gente deixou O Regresso por último ou simplesmente não votou nele; Spotlight sempre tava na simpatia do pessoal, se não colocavam ele em primeiro, colocavam ele em segundo ou terceiro.
 
Concordo plenamente com a Anica. E olha que o assunto muito me interessa, pois estudo a Igreja Católica (séculos antes, mas mesmo assim). Filme correto, mas dramaturgicamente achei meio mé.
E concordo bem que os jornalistas adoraram por ver uma reportagem relevante. Estão há muito tempo noticiando memes, coitados :lol:
 
Uma análise facebookiana:

Vendo Spotlight pela terceira vez, agora por acidente rs, reparei em quão brilhante o roteiro é ao determinar de forma meio sinuosa quem é a protagonista da história e como ele espelha uma trama de redenção. Como diria o saudoso Goulart de Andrade, "venham comigo". Assistindo ao filme, temos a impressão de que Ben Bradlee, Jr. (John Slattery) receia fazer parte da história por motivos escusos ou meramente por temer a reação da cidade, predominantemente católica. No começo do filme ele mesmo questiona a decisão do recém-chegado Marty Baron (Liev Schreiber) de definir a pauta da Spotlight - afinal, é uma equipe que escolhe suas próprias pautas, uma liberdade que a torna diferente das redações de outros jornais. Mas Baron vê uma oportunidade e define isso, pronto, acabou-se. No entanto, quando avançamos mais no filme, testemunhas e vítimas declaram que já tinham entrado em contato com o jornal antes pra denunciar os abusos, mas eles não fizeram nada. Por uma questão de hierarquia, Bradlee está acima de Walter Robinson (Michael Keaton), e Robby até ouve pessoalmente isso duas vezes e mesmo Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams) conta pra ele que havia encontrado um trecho de reportagem que se perdeu no passado e que não teve prosseguimento. O espectador, treinado por décadas de tramas mirabolantes, suspeita que haja um infiltrado no jornal! Oh! O roteiro manipula essa leitura de Bradlee até o ponto do aceitável, afinal o próprio filme mostra ele tão empenhado quanto os demais em descobrir a verdade - não só ele ajuda a encontrar as fontes bibliográficas como ainda visita Rezendes (Mark Ruffalo) e se mantém do lado de Robby com relação à continuidade da reportagem. Mas aí vem o twist perto do fim: o próprio Robby havia "afundado" a reportagem no passado. Ele não sabe dizer porque, não lembra o que houve, mas ele o fez. Até mesmo Rezendes tenha justificar a atitude de Robby, quando antes o confrontara sobre atrasar a reportagem: "você mesmo disse que a matéria precisava da Spotlight." "A Spotlight está há décadas aqui." Quando você pensa nessa confissão, todo o esforço de Robby de ir ativamente atrás dos "manda-chuvas", dos maiores envolvidos (advogados e promotores, o presidente da escola católica onde estudou e era colega de uma das vítimas), ganha maior peso - "a Verdade vos libertará" ocorre tanto para as vítimas, que tem sua dor reconhecida e que agora não precisam mais temer que isso caia no esquecimento, quanto para Robby, que une esforço para deixar a vergonha de seu passado e a confissão para os demais para se redimir do que fez e deixou de fazer. Com isso, o filme trabalha não só a denúncia de abusos dentro da ICAR, demandando que ela seja verdadeira e clara, como também a necessidade do indivíduo de ser verdadeiro consigo - e em que campo a ideia de Verdade é o ideal embora questionemos isso o tempo todo, reflitamos sobre o que representa a Verdade de facto? O jornalismo. Isso me faz pensar em alguns críticos que denunciaram o filme como anti-cristão, anti-católico, propaganda, etc. Desconsiderando o fato de que o filme trata de fatos reais e que podem ser consultados por qualquer um que tenha um cérebro, vejo no filme justamente essa reprodução da ideia do que trata o cristianismo, de forma tão forte quanto O Evangelho Segundo São Mateus, de Pasolini, ou Diário de um Pároco de Aldeia, de Bresson: a vida pelo caminho da Verdade. Foca-se tanto no sobrenatural que se esquece que a ontologia compreende o mundo natural também - afinal, Paulo mesmo dizia "agora, vemos como enigmas num espelho; depois, veremos face a face".
 

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