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Narcos

Clara

Perplecta
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Narcos, 2015

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Série original da Netflix, com direção de José Padilha, com Wagner Moura vivendo o traficante colombiano e chefe do Cartel de Medellín, Pablo Escobar.
Estreia dia 28/08/2015.


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Tenho vontade assistir só por causa do Wagner Moura, porque morro de preguiça de assistir filmes e séries sobre tráfico, máfia e cadeias. :tsc:
 
Tenho vontade assistir só por causa do Wagner Moura, porque morro de preguiça de assistir filmes e séries sobre tráfico, máfia e cadeias. :tsc:
Eu às vezes nem é tanto preguiça, é mais uma birra que peguei mesmo. Quando vi o nome da série pensei "AAAFFFFF MAIS UMA DAQUELAS SÉRIES CHATAS E BESTAS". E confesso que nem tinha olhado o tópico. Aí hoje eu vi uma imagem na internet e tinha o Wagner Moura e o Pedro Pascal...
Resolvi dar uma olhada sobre o que era a série e achei um post do @Bruce Torres (obrigadinha) e quando eu descobri que era sobre o Escobar até me interessei de assistir, acho a história dele bem interessante. Já assisti documentário sobre ele e tals. Então, provável que quando eu tiver tempo eu assista, já que acabei a temporada de Sense8 e vou ter que esperar até ano que vem por Outlander, GoT e Downtown Abbey :hihihi:
 
Acabei de assistir aos quatro primeiros episódios e, olha, tô gostando bastante.

Possuir um narrador que vai contando a história e dando algumas informações úteis (quantidade de drogas traficadas ou o dinheiro obtido em cada operação, por exemplo) é um detalhe que me agrada muito. Também é interessante que, em certos momentos, aparecem gravações de fatos reais (Pablo Escobar fazendo algo, discursos do Reagan, alguém sendo preso), o que volta e meio nos lembra que ~ aquilo tudo ~ aconteceu de fato. Por mais que tenhamos que levar o fator drama em conta, jamais imaginei que o poder e a influência de um traficante colombiano pudessem ter chegado tão longe, tendo levado inclusive a sua eleição para o Congresso colombiano.

E como não entendo lhufas de espanhol, o sotaque do Wagner Moura não tem me incomodado em nada. :dente:

Recomendo e tô doido pra terminar de assistir. XD
 
Achei bem boa a série, mas nada de incrível. Continuarei a ver, mas não sei, estou mais curioso do que envolvido pela série.
 
Pablo Escobar se tornou um verdadeiro mito do tráfico, algo que no Brasil nem o mais fodão do RJ ou SP chegam perto dele. Só por isso já é algo que me despertou o interesse, mas não nego que ver um brasileiro que a principio não tinha grande intimidade com o espanhol interpretando o personagem principal foi um fator que inegavelmente aumentou a minha curiosidade.

Embora eu saiba diferenciar levemente alguns sotaques regionais dos países hispânicos, do pouco que vi não consegui perceber nada grosseiro que desabone a atuação do W. Moura nessa série. Acho que só quem é colombiano nato é que tem autoridade pra opinar sobre isso com total propriedade. No mais, torço pra que até o último episódio da série o roteiro possa retratar bem com a maior fidelidade possível quem foi Escobar, pois em acontecendo tem tudo pra ser marcante.
 
Narcos' em debate: produções sobre Pablo Escobar criam polêmica na Colômbia

O cientista político colombiano Gonzalo Rojas não viu e não gostou de Narcos, série da Netflix dirigida pelo brasileiro José Padilha e que tem o ator Wagner Moura no papel principal, o do narcotraficante Pablo Escobar.

Ele teme que ver a série possa lhe fazer reviver o momento em que, 26 anos atrás, ele foi chamado para fora da sala na escola para receber a trágica notícia: seu pai havia sofrido um "acidente". "Quando minha mãe veio me buscar chorando entendi que era grave. Mas foi só quando vi as imagens do avião na TV que a ficha caiu", lembra.

O pai de Gonzalo foi um dos 107 passageiros que morreram na explosão do avião da companhia aérea Avianca que ia de Bogotá para Cali, em novembro de 1989. O atentado --dramatizado em Narcos-- foi atribuído ao cartel de Medellín, chefiado por Escobar.

As críticas desse cientista político à série da Netflix, porém, se inserem em um debate mais amplo que ganha força na Colômbia, alimentado pela popularidade de filmes e séries que têm como tema a ação de cartéis da droga ou outros grupos violentos colombianos.

Para apimentar a discussão, desde 2012 a Colômbia dá incentivos financeiros a produtoras que decidirem rodar filmes no país --o que significa que algumas dessas produções, entre elas Narcos, também recebem subsídios.
De um lado há quem acredite que a Colômbia precisa "aceitar" seu passado, que qualquer interferência em produções culturais que abordem esses temas cheira a "censura" e que lembrar os anos de violência extrema é uma forma de garantir que eles não se repitam.

Do outro, estão aqueles que --como Gonzalo e outras vítimas de grupos armados-- criticam essas produções audiovisuais por "explorarem" um passado doloroso para muitos colombianos com "objetivos comerciais".

Na visão desses críticos, esse tipo de trabalho não só seria prejudicial à imagem do país como também teria um efeito negativo na formação de jovens colombianos, ao glorificar a vida de narcotraficantes e outros criminosos.
Outras séries

Produtores de fato parecem ter redescoberto Escobar nos últimos anos.

Além de Narcos, a série Pablo Escobar, O Patrão do Mal, produzida pela rede de TV colombiana Caracol em 2012, fez grande sucesso na Colômbia e países vizinhos. E neste ano se tornou a primeira série latino-americana a chegar ao iTunes (a loja de filmes e músicas digitais da Apple) nos EUA e Canadá. No Brasil, é transmitida pela Netflix.

No ano passado, foi lançado também Escobar: Paraíso Perdido, que conta a história de um surfista que se apaixona por uma sobrinha do narcotraficante, interpretado pelo porto-riquenho Benício del Toro.

Neste ano, está sendo rodado na Colômbia o filme Mena, que terá Tom Cruise no papel de Barry Seal, piloto que trabalhou para o chefão do cartel de Medellín. E para 2017 está previsto o lançamento de El Patrón, com o colombiano John Leguizamo no papel de Escobar.

"A questão é que a grande maioria dos filmes e séries inspirados nesse passado violento da Colômbia nunca conta as histórias ou reflete o ponto de vista das vítimas", opina Gonzalo, que hoje dirige a Fundação Colômbia com Memória, voltada à assistência a vítimas do conflito armado e do narcoterrorismo.

"O foco é sempre o traficante, que acaba engrandecido. O espectador chega a torcer por ele. Além disso, tal como são contadas, essas histórias enaltecem a busca por dinheiro e poder, valores distorcidos e prejudiciais à sociedade."
Nas ruas de Bogotá as opiniões se dividem.
Para o sociólogo Luis Enrique Martínez, por exemplo, o grande problema dessas séries é a influência que elas podem ter sobre "a formação do imaginário de jovens e adolescentes", principalmente aqueles em situação vulnerável.

"Elas não mostram o estrago que esses personagens fizeram ao país e podem dar a eles uma ideia errada do que implica ser narcotraficante", opina Martínez.

Já o advogado Manuel Barragan, que viveu no Brasil e se diz fã de Wagner Moura, acredita que a Colômbia precisa "aprender a conviver com a realidade" de que produtores de filmes estrangeiros e colombianos vão se interessar e fazer filmes sobre esses temas.

E para ele, lembrar esse passado violento, seja com filmes de ficção ou documentários, é até uma forma de garantir que ele não se repita.
Incentivos

Um dos focos das críticas é o fato de algumas dessas produções terem recebido incentivos ou algum tipo de colaboração do governo colombiano para serem rodadas no país.

Narcos e Mena, por exemplo, contaram com subsídios previstos na chamada Lei "Filmación Colômbia", de 2012.

O dispositivo garante um reembolso para as produtoras de até 40% de seus custos com serviços cinematográficos e 20% dos gastos com hotelaria, transportes e alimentação. Há alguns requisitos relativos aos investimentos feitos no país e, no caso das séries, os incentivos são restritos aos episódios-piloto.

O objetivo é impulsionar o número de grandes produções audiovisuais na Colômbia e fortalecer sua indústria cinematográfica, explica Cláudia Triana, diretora da agência Proimagenes Colômbia, que administra o fundo que financia esses incentivos.

Aos que criticam o apoio financeiro a filmes que abordam a questão do narcotráfico, Claudia argumenta que os mesmos filmes sobre Escobar poderiam ser feitos de qualquer parte do mundo se não houvesse essa lei --sem que nenhum emprego fosse gerado na Colômbia. Escobar, Paraíso Perdido, com Del Toro, por exemplo, foi filmado no Panamá.

"Para começar, neste país não há censura e não cabe ao governo nem a ninguém opinar sobre o conteúdo dos filmes (que recebem ajuda). Imagine que absurdo seria se decidíssemos financiar apenas filmes que retratassem a Colômbia como um paraíso repleto de borboletas amarelas", diz Triana.

"Além disso, é preciso ressaltar que esses filmes e séries são obra de ficção, não documentários. Somos a favor que se faça todo tipo de filme. E, com a lei, estamos fortalecendo uma indústria que gera recursos para o país, além de milhares de postos de trabalho e que, uma vez fortalecida, vai poder fazer produções sobre uma variedade cada vez maior de temas."

Gonzalo Rojas admite que pedir que o governo "regule as temáticas" sobre as quais se pode filmar na Colômbia de fato "poderia configurar censura".

"Acho que o ideal seria que as próprias produtoras fizessem um trabalho de investigação mais aprofundado, que as ajudasse a refletir o que a violência de Escobar significou para as vítimas", diz ele.

"Mas talvez fosse interessante um requisito estabelecendo que as produtoras se reunissem com as vítimas (para receber o incentivo governamental)", opina.
Imagem no exterior

Outra adepta da linha crítica é a economista e ex-primeira-dama colombiana Ana Milena Muñoz de Gavíria, interpretada em Narcos pela atriz Vera Mercado.

Recentemente, ela defendeu em coluna no jornal El Espectador que a série da Netflix teria um impacto negativo na imagem de seu país no exterior.

"A imagem da Colômbia no exterior melhorou substancialmente desde os tempos violentos. Mas o narcotráfico ainda é a referência de muitos estrangeiros que visitaram (neste mês) a ARTBO (Feira Internacional de Arte de Bogotá). (Alguns) comentaram que viram Narcos para ter uma ideia geral da Colômbia. Que tristeza que seja esta a referência", escreveu.

"A verdade é que considero a série prejudicial, especialmente quando essa parte da nossa história já vinha se diluindo no âmbito internacional."
A deputada colombiana Clara Rojas concorda.

"Depois que se fez um esforço enorme (para melhorar a imagem da Colômbia), o que sai do país são esses filmes de narcotraficantes. (Isso) me dói como colombiana, porque eu também viajo muito, e às vezes chego a Espanha e México e é (isso) que as pessoas estão vendo. O que eu recebo do Brasil é futebol e alegria, coisas lindas. Obviamente, vocês também têm as suas histórias (de violência), mas isso não é o que sai em um primeiro momento para o mundo", disse Clara à BBC Brasil.

Refém da guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) por seis anos, Clara Rojas também passou pela experiência de ter sua vida transportada para as telonas.

Uma produtora franco-espanhola fez o filme Operação E, sobre a história do filho que Clara teve em cativeiro. Emmanuel, hoje com 11 anos, foi entregue pelas Farc a um camponês quando tinha apenas oito meses e a ex-refém conseguiu reencontrá-lo em um orfanato, ao ser libertada, em 2008.

O filme estreou na Europa em 2012, mas a deputada --que então dirigia uma organização que apoiava vítimas de sequestros-- conseguiu uma decisão judicial preliminar proibindo sua exibição na Colômbia. A decisão levantou um debate sobre censura no país e acabou sendo derrubada.

"Fico muito preocupada com a imagem de meu filho, porque nós vivemos na Colômbia, ele vai ao colégio e pode sofrer bullying", justifica Clara, que também critica o fato de o governo colombiano ter emprestado helicópteros do Exército para viabilizar a gravação do filme.

"É claro que é bom que os produtores de cinema venham para a Colômbia e que possamos desenvolver uma indústria cinematográfica forte. Todos queremos isso. Mas há um ponto que precisa ser afinado que é (como) as vítimas e sua interpretação (serão refletidas) nesses trabalhos. E como será o manejo de suas imagens e de seus nomes. Às vezes, vemos filmes inspirados na vida real que, nos créditos, dizem 'esses nomes não correspondem à realidade porque queremos respeitar a identidade das pessoas', por exemplo. Esse pode ser (um recurso) interessante."

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Morte, prisão e exílio: saiba o que houve com personagens de "Narcos" na vida real9 fotos

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Nova aposta do Netflix, "Narcos" conta a história verídica do traficante Pablo Escobar. Um dos criminosos mais notórios da América Latina, Escobar criou o temido Cartel de Medellín e aterrorizou a Colômbia com vários ataques terroristas entre o fim dos anos 1980 e o início dos anos 1990. O papel de Escobar ficou com o brasileiro Wagner Moura, que irá retornar para a segunda temporada da série em 2016. A seguir, saiba mais sobre os outros personagens reais que aparecem na série Divulgação/Netflix
 
No início achei overrated, no fim do décimo episódio fiquei com gostinho de quero mais.

Fiquei depressivo com a morte do Gustavo. :'(
 
Consultores de "Narcos", ex-agentes contam mudanças da história para série
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Morte, prisão e exílio: saiba o que houve com personagens de "Narcos" na vida real
Agente do DEA (Drug Enforcement Agency, a agência antidrogas dos Estados Unidos), Steve Murphy realmente ajudou a caçar Escobar na Colômbia - e fez parte do Grupo de Busca, que foi criado para caçar o traficante. Ele viajou para o país latino-americano com a mulher e com uma filha, mas, diferentemente da série, não acompanhou a caçada desde o início: ele estava na Colômbia há apenas três dias quando Pablo se rendeu e fez o acordo para ficar preso em La Catedral. Ao site norte-americana The Observer, ele definiu o dia da morte de Escobar como o mais feliz de sua vida. Na série, ele é interpretado por Boyd Holbrook Divulgação e Reprodução/Netflix

Dois dos personagens centrais da história de Pablo Escobar e da série "Narcos", os ex-agentes Javier Peña e Steve Murphy não só continuam vivos como fazem parte hoje de uma organização que dá cursos sobre combate ao crime organizado e palestras contando suas experiências na caçada ao traficante colombiano.

Interpretados por Pedro Pascal e Boyd Holbrook na produção original do Netflix, Peña e Murphy foram consultores da série e fazem questão de divulgar seu lado da história. "Nós achamos que é importante que as pessoas se lembrem da história, mas da história precisa, não o que outros tenham escrito em livros ou mostrado em séries", diz Murphy, acompanhado de Penã, em conversa com o UOL.

E apesar de apontarem mudanças no que chamam de "história precisa", os dois se mostram bastante contentes com o resultado final da série dirigida pelo brasileiro José Padilha e protagonizada por Wagner Moura, que já tem confirmada a segunda temporada. "A diferença entre 'Narcos' e o que veio antes é que 'Narcos' é baseado em eventos reais como foram contados pelos dois caras que estavam lá o tempo todo, Javier e eu. Obviamente, tudo que eles mostram não é exatamente o que aconteceu. Você sabe, os escritores tomam algumas decisões dramáticas para tornar tudo mais atraente, tem muito entretenimento ali também. No geral, estamos muito felizes com o jeito como tudo foi retratado. Mas nós nunca fumamos na vida e parece que em cada cena os caras têm um cigarro", diz Murphy, rindo.

Reprodução/www.nlesb.org
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Narrador de "Narcos", Steve Murphy chegou à Colômbia três dias antes da prisão de Escobar na vida real

Outra diferença da série em relação à história real é que Murphy não estava lá na primeira perseguição a Pablo Escobar e só chegou à Colômbia no meio de 1991, três dias antes de o criminoso se entregar à sua prisão particular, enquanto Penã já estava no país desde 1988. "Na época, eu sentei com o Javier e seu parceiro até ali para conversar e eu fiquei apenas escutando e aprendendo com eles o que tinham descoberto nos últimos anos", lembra Murphy.

Ao aceitarem colaborar com os produtores da série, os policiais fizeram apenas um pedido: que Pablo Escobar não fosse glamourizado. "E nós não achamos que eles fizeram isso de maneira nenhuma em 'Narcos'. Achamos que o retrataram exatamente como ele era, uma personalidade carismática. Ele podia tocar o coração das pessoas, mas no momento em que você fosse sugado por essa sua persona, ele iria virar e matar pessoas sem motivo nenhum. Wagner Moura está sensacional atuando como Escobar", elogia Murphy.

E Peña complementa: "Quando nós chegamos lá, ele tinha aquela aura de Robin Hood. A igreja tinha um programa que dizia que ele era um cara legal. A própria Igreja Católica, e eu sou católico, estava do seu lado. As pessoas tinham que amá-lo, porque ele dava dinheiro, construía casas, escolas. Mas, ao mesmo tempo, como você pode colocar bombas na frente de edifícios e matar centenas de pessoas? Como você pode matar crianças? Então, um cara legal ele não era. Mas ele era carismático. Tinha um culto, as pessoas adoravam ele e ninguém falava nada sobre ele, por isso demoramos a pegá-lo".

Guerra às Drogas

Conhecida como Guerra às Drogas, a política agressiva e militarizada com que os Estados Unidos combateram o tráfico de drogas nas décadas de 70, 80 e 90 hoje é criticada por especialistas e estudiosos que acham que ela contribuiu de maneira essencial para o escalonamento da violência nesse tipo de ação criminosa, sem surtir muitos efeitos na diminuição do uso. Para o Steve Murphy, a abordagem foi acertada à época, mas atualmente a educação tem que ter o papel principal: "Qualquer coisa que possamos fazer para alertar as pessoas do quão devastadoras as drogas são é uma coisa boa".

O batalhão de busca não estava lá para apreender dinheiro ou drogas, estava lá para matar Escobar
Javier Peña, ex-agente do DEA, a agência antidrogas dos EUA

Contudo, apesar do termo e do estardalhaço midiático em relação à política antidrogas americana, ele questiona se de fato o governo estava comprometido com a ação: "E esse outro lado da Guerra às Drogas que você tem é que nós abordamos realmente como uma guerra. Nós fomos 100% comprometidos, tentando lugar contra esses traficantes, mas a verdade é que nós não tivemos um apoio ou aprovação integral do governo nessa guerra. Essa foi uma coisa que eu e Javier tivemos que combater naquela época, outras agências americanas que não concordavam com o que estávamos fazendo. Aqueles alvos eram grandes demais para a combatermos sozinhos e que não havia nada que pudéssemos fazer".

A motivação pessoal teve papel determinante no sucesso da empreitada contra Escobar, como acrescenta Javier Peña: "A abordagem lá atrás, você precisa lembrar, no caso de Escobar, foi vingança. Foi vingança por todas as pessoas inocentes que ele matou, os juízes, o avião que ele derrubou. O batalhão de busca não estava lá para apreender dinheiro ou drogas, estava lá para matar Escobar".

Quando o tema é legalização, a dupla é firme em se posicionar contra. Murphy argumenta: "Olhe os outros países do mundo na história que foram bem-sucedidos com a legalização. Não há simplesmente nenhum lugar no mundo em que a legalização de drogas tenha funcionado até agora. Essa é a palavra de ordem agora, legalizar para tentar conter a violência. Na minha opinião, a legalização só tem a ver com dinheiro. É dinheiro de impostos o que estão olhando e a redução da violência é secundária em relação a esses interesses financeiros", diz Murphy.
 
São pontos interessantes. O ponto das vítimas é importante, mas há a opção de não ver (se bem que através de propagandas publicitárias essa informação pode chegar até você à revelia), é verdade que a lembrança pode ser dolorosa (ninguém pode dizer que não é), mas não sei se evitar a lembrança dolorosa ajude a suportar essa experiência traumática, ou se expor alguém que sofreu um trauma às lembranças desse trauma façam algum mal pior do que a lembrança em si. Não passei por nenhum fato traumático assim, e mesmo que tivesse passado, só por eu aguentar a experiência não quer dizer que todo mundo suporte da mesma forma, é a mesma lógica de dizer que sou pobre, mas nunca roubei logo quem rouba só pode ser por falta de caráter. Portanto nesse ponto algum psicólogo com experiência com traumas pode opinar melhor.

O argumento de que o passado não pode ser esquecido é um bom ponto, mas sabemos que não estão interessados em ensinar história, né? Almejam apenas o lucro. E é perigoso sim colocar criminosos como heróis.

E não dá pra culpar o filme pela imagem que se tem do país. Isso é passado, não dá pra reescrever o passado. O problema é glorificar o criminoso, como se ele fosse uma espécie de Robin Hood. E sim, nunca mostram o criminosos com antagonista, no fim ficamos torcendo por ele, as vítimas ficam esquecidas, como se fossem entraves ao fim heroico do nosso herói.
 
O argumento de que o passado não pode ser esquecido é um bom ponto, mas sabemos que não estão interessados em ensinar história, né? Almejam apenas o lucro. E é perigoso sim colocar criminosos como heróis.

E não dá pra culpar o filme pela imagem que se tem do país. Isso é passado, não dá pra reescrever o passado. O problema é glorificar o criminoso, como se ele fosse uma espécie de Robin Hood. E sim, nunca mostram o criminosos com antagonista, no fim ficamos torcendo por ele, as vítimas ficam esquecidas, como se fossem entraves ao fim heroico do nosso herói.

Com certeza e invariavelmente isso sempre aconteceu desde a era antiga, medieval até os dias atuais e pelo visto não vai acabar tão cedo.
 
Pablo morre mesmo, e não espere muito mais da segunda temporada de "Narcos"

Há alguns meses, a Netflix fez o que faz de melhor e riu de si mesma para promover uma série. Soltou um spoiler para brincar com os fãs e avisou: Pablo Escobar morre. Como toda propaganda, faltou dizer a parte ruim. "Narcos" terá uma boa cena de morte e não esperem mais que isso. O UOL assistiu aos novos 10 episódios, que chegam ao serviço de streaming nesta sexta-feira (2), e adianta: é uma temporada inferior à de 2015.

Se o final da temporada não era surpresa para ninguém, o mesmo não se pode dizer da expectativa em relação à construção do clímax que levaria ao inevitável assassinato. Decepcionantemente, o que se vê no segundo ano de "Narcos" é mais do mesmo, mas falta inspiração.
A cativante figura de Pablo Escobar construída por Wagner Moura ainda está lá. Entocado desde a fuga de sua prisão particular, evento mostrado no season finale do primeiro ano, Pablo está de mãos atadas e, talvez por isso, a atuação de Moura não se sobressai.

Indicado ao Globo de Ouro no ano passado pelo papel, o ator contracena repetidamente com telefones e rádios transmissores. O poderoso chefão colombiano ainda ameaça os inimigos, mas sem o mesmo efeito de "plata o plomo", bordão que estabeleceu o tom de "Narcos" e a transformou em uma das atrações mais celebradas de 2015.

Divulgação/Netflix
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Os agentes Murphy e Peña caçam Escobar sem sucesso na segunda temporada

Verdade seja dita, a série respondeu, com mudanças interessantes, às críticas que a temporada inaugural recebeu. O espanhol de Wagner Moura, se é que algum dia incomodou, não atrapalha mais. Acusada de heroificar os feitos de Pablo, "Narcos" se redime e passa a retratá-lo como o terrorista que de fato ele se transformou.
Também romantizados e alçados ao posto de mocinhos, os policiais americanos Murphy (Boyd Hoolbrok) e Peña (Pedro Pascal) estão mais para bobos da corte. São várias as sequências em que eles aparecem perseguindo, sem sucesso, traficantes pelos becos de Medellín. Sem contar episódios inteiros dedicados a mostrar como os agentes eram enganados por todos os envolvidos.

É notável também a mudança na linguagem cinematográfica da série. A câmera nervosa, a edição rápida e o uso de imagens documentais, heranças de "Tropa de Elite" trazidas por José Padilha no primeiro ano, estão menos identificáveis. "Narcos" assume um ritmo mais lento e didático. Um tiro no pé para o público acostumado a consumir Netflix em modo maratona.
Existe vida após Pablo Escobar?

Com uma terceira temporada nos planos, "Narcos" ainda falhou em convencer que existe fôlego para uma continuação sem seu grande protagonista. Para Padilha e Eric Newman, criadores da série, enquanto houver cocaína, haverá história para ser contada.

Em sintonia com o discurso dos produtores, a temporada estabeleceu um gancho e até se esforçou para apresentar os sucessores do "patrón". Que o lugar de Pablo na indústria das drogas foi ocupado não há dúvidas. Resta provar se a sucessão também funcionará na televisão. Até lá, o que se sabe é que Pablo morreu e "Narcos" também.
 
Já assisti até o episódio 7 e a qualidade está cinematográfica, realmente impressionante.

Me surpreendeu positivamente a existência de uma terceira temporada, porém Pablo de Wagner Moura é certamente o carro chefe da série e não totalmente devido a importância do personagem, mas sim da qualidade da atuação. Vejamos o que farão sem ele.

Malparido
 
É claro que Pablo Escobar por tudo de positvo e negativo que ele representou tem um peso muito grande, mas achei muito válido quererem não ficar presos a um personagem central e sim focar na questão do narcotráfico colombiano que com certeza não se resume apenas ao Escobar.
 

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