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Eu adoooooooro <3 comprei um livro desses pra minha mãe, invejei e comprei um pra mim. Aí pintamos eu e minha mãe, com os lápis de cor da minha irmã hahahahahaha
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Livros de colorir levam amor e ódio ao mercado editorial
ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER DE SÃO PAULO
26/05/2015 02h30
O mercado editorial expandiu a cartela de cores para além dos tons de cinza: 11 dos 20 livros mais vendidos no Brasil são livros de colorir para adultos, numa lista dominada por títulos como "Jardim Secreto" (750 mil cópias em seis meses) e "Mãe, Te Amo com Todas as Cores".
Há discórdia sobre o ranking –feito na semana de 11 a 17 de maio pelo portal PublishNews (o levantamento, com 12 livrarias, é referência no meio). Vide a reação quando o editor do site, o consultor Carlo Carrenho, provocou no Facebook: "E um livro para colorir com textos de Paulo Coelho e ilustrações de Romero Britto?" –teve quem ameaçasse suicídio com "faquinha de rocambole".
Editor-executivo da editora Record, Carlos Andreazza capitaneia uma "campanha pela maioridade intelectual". "Minha questão é apenas conceitual: caderno de atividades não é livro. Logo, não deve estar na lista de mais vendidos."
Na lista de mais vendidos que publica aos sábados, a Folha excluiu os livros de colorir, assim como já fizera com os de autoajuda. Outros rankings tradicionais, como o da revista "Veja", tampouco consideram os títulos de colorir.
Pedro Herz, diretor-presidente da Livraria Cultura, critica o que chama de "moda passageira". "Oxalá mude. Amanhã será livro de sudoku. Passatempo um pouco mais inteligente, não?", ironiza.
Tanto Herz quanto Andreazza associam o fenômeno à educação deficiente, o que afeta o público leitor do país. O curioso é que suas respectivas casas, a Record e a Cultura, estão por cima da carneseca com o "boom" colorido.
O grupo editorial já vendeu 260 mil obras do gênero. E a conta só aumenta, diz Rafaella Machado, editora do selo Galera (para jovens adultos). Ela lembra da infância tingida pela Disney: "Pintava os '101 Dálmatas' de cores vibrantes, nunca os deixava brancos".
A paixão por colorir espichou com ela, que lança "Ateliê Fashion", para o qual desenhou 40 estampas "no prazo louco de uma semana".
Rafaella encara como "tolice elitista protestar contra qualquer hype. Esses livros atingem quem lê no máximo um livro por ano"
'GATOTERAPIA'
Carrenho faz eco: "Não é o cara que parou de ler Guimarães Rosa. É o cara que joga Candy Crush e agora está mais perto da livraria". E descartar essas obras do ranking "abre precedente perigoso", afirma. "Se só tiver livro de padre e você é ateu, vai fazer uma lista só com os livros favoritos?"
"Não é que uma obra literária venderá menos. Mas, bem antes, nem sequer terá chance de competir", rebate Andreazza. Crítica similar faz o cinema independente contra o domínio de blockbusters nas salas.
Desde março, a editora Alaúde imprimiu 400 mil cópias da coleção "Arteterapia" ("Gatoterapia" incluso). Descritos como "desestressantes", foram o estimulante perfeito aos negócios. "A impressão é que o que for lançado vai vender. E bem", diz a editoraexecutiva Ibraíma Tavares.
De "Colorindo o Mundo Fashion Relaxe com Estilo", da ex-modelo Claudia Liz, a "Suruba para Colorir", com Laerte, a onda não arrefece.
Vira até piada –de "Pintinho", tira da jornalista da Folha Alexandra Moraes. "Pinte o Pintinho Livro de Colorir e Atividades de Estresse", previsto para junho, sugere dar um "banho de loja" na dona Pinta e "colorir os sacos de dinheiro que ela pegou emprestado com juros de 30% para pagar essas extravagâncias".
"A necessidade de afirmar uma 'maioridade intelectual' contra livros de colorir, Romero Britto e 'BBB' prova que provavelmente nunca chegamos a ela. Colorir não vai nos fazer tão mal...", diz Alexandra.
O psicanalista Jorge Forbes concorda. "As pessoas não se infantilizaram. Elas estão angustiadas. Ora, colorir deixa a cabeça solta. É como ir ao concerto ou fazer tricô feito as mulheres de antigamente."
COLORINDO O MUNDO FASHION RELAXE COM ESTILO
AUTORA Claudia Liz
EDITORA Editora Nacional
QUANTO R$ 27,90 (96 págs.)
LANÇAMENTO 8/6, às 19h, na Livraria Cultural do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073, tel. 1131704033)
PINTE O PINTINHO LIVRO DE COLORIR E ATIVIDADES DE ESTRESSE
AUTORA Alexandra Moraes
EDITORA Lote 42
QUANTO R$ 29,90 (64 págs.)
LANÇAMENTO fim de junho
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustr...-levam-amor-e-odio-ao-mercado-editorial.shtml
Quais desses livros com desenhos que prendem a atenção vc recomendaria, @Bruce Torres ?? ^_^
Outro dia presenciei uma conversa bem contraditória. Duas pessoas discutindo qual a melhor maneira de colorir: lápis de cor ou canetinha? Uma das duas defendia que a canetinha é mais eficiente, dá pra colorir mais rápido e melhor.
Mas o propósito do negócio não é combater o estresse? Por que procurar a forma mais eficiente de fazer algo que por si só é inútil? Daqui a pouco vamos ver anúncios de cursos de como colorir, técnicas para melhorar o uso das cores, ou até de pessoas que colorem por você, com preços variando dependendo do número de cores, prazo para entrega, uso de canetinha ou lápis etc.
Fora que a canetinha dá uma textura bonita na pintura.Eu estava pintando o meu de lápis de cor, mudei pra canetinha pq acho que fica mais bonito. Questão de gosto mesmo! Uma hora pinto um pedacinho aqui, outra hora pinto outro pedacinho ali e assim vou indo.
Olha, @Lizzie , antes mesmo de explodir essa onda dos livros de colorir, eu já vinha acompanhando a ideia das mandalas - não uso. Prefiro imaginação ativa e meditação, embora ainda esteja longe de conseguir fazer por muito tempo. A defesa do Jung das mandalas envolvia o fato de que a simetria que levava ao centro era um espelho da nossa própria mente, a mandala toda representando o self, nossa totalidade. São passos paulatinos que damos em direção à nossa interioridade - vide que toda mandala apresenta um centro para onde os pontos extremos apontam.
É por isso mesmo que eu defendo esses livros: o exercício de interioridade é algo necessário em nossa sociedade. Mas assim como não se pode fazer meditação pela meditação, sem tentar ver além do resultado prático e instantâneo, pintar por pintar não é algo que ajude muito tampouco. Por isso, creio que livros que usem desenhos mais complexos - Fantasia Celta, Mil e Uma Noites, Floresta Encantada, Jardim Secreto, Mindfulness - são preferíveis. Quanto mais complexo, quanto mais desafiador, melhor. Porque você precisa de foco, e a mente se mantém focada enquanto houver um desafio - felizmente, exercícios de mindfulness já trazem implícito o prazer da ação e a satisfação posterior.
Daqui a pouco vamos ver anúncios de cursos de como colorir, técnicas para melhorar o uso das cores, ou até de pessoas que colorem por você, com preços variando dependendo do número de cores, prazo para entrega, uso de canetinha ou lápis etc.
E eu achando que estava exagerando: http://www1.folha.uol.com.br/saopau...-aprender-a-colorir-livros-terapeuticos.shtml