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Governo define que classe média tem renda entre R$ 291 e R$ 1.019

Como um amigo da Seiko explicou no facebook, aqui no Brasil as classes sociais são definidas com base na renda declarada da população, não consideram poder de aquisição.
A conta ta errada? Não.
As pessoas mentem na hora de declarar renda nas pesquisas? SIM.
 
Com renda de classe média, trabalhador diz que só faz 'o básico'
** Posts duplicados combinados **
Volto ao meu ponto original: Esse valor é uma média nacional. Será que ele teria as mesmas dificuldade em Tucano, no interior da Bahia?

O mais importante ainda ta faltando, que é o método usado pra chegar nessas divisões

Nessa tabelinha com as classes de A até E, tinha que ter quanto cada uma representava. No texto diz que a classe média (a classe C) representa 54%, mas e as outras?
 
Quase metade da nova classe média corta compra em mercado, diz pesquisa

Quase metade da nova classe média está reduzindo suas compras em supermercados. Uma pesquisa do instituto Data Popular mostra que 47% dos brasileiros da classe C disseram estar comprando menos produtos agora em relação aos últimos seis meses.

Outros 41% afirmaram que compram a mesma quantidade e 12% disseram que estão comprando mais.
"A classe C está apreensiva com a atual situação econômica do país e preocupada com o aumento dos preços e a estagnação da renda. Por isso, já prevê que as compras no supermercado devem ficar mais criteriosas", diz Renato Meirelles, presidente do Data Popular.

A pesquisa também quis saber se nos próximos seis meses, pensando na condição financeira atual, os brasileiros da classe C esperam comprar mais ou menos no supermercado.

O resultado mostra que 45% dos entrevistados disseram que devem comprar menos produtos no supermercado, 36% afirmaram que vão comprar a mesma quantidade e 19% acreditam que vão comprar mais.

A pesquisa quantitativa nacional foi feita entre os dias 18 e 29 de janeiro, com 3.050 pessoas. Entre os entrevistados, 1.603 eram da classe C. O levantamento foi feito em 150 cidades. A margem de erro máxima é de 1,77%, e o intervalo de confiança de 95%.
 
O fato é que todos os lados sempre maqueiam dados. Quando convém são números absolutos, quando não convém é em números percentuais, quando convém incluem alguns anos na conta, quando não convém incluem outros anos. etc etc
E por isso que eu não consigo confiar em nenhum. Pois isso demonstra, ao meu ver, mal caratismo e transparência zero.
Já conversei com pessoas que trabalham com esse tipo de dados e eles tratam quase como uma arte transformar algo negativo em algo menos negativo.
Eu ainda acho mal caratismo.

Enfim.

Mas eu achava que não tinha sido uma modificação do governo esse critério. Achava que tinham simplesmente não atualizado.
Pois nos anos 90, eu acharia razoável chamar de classe média uma família em que cada membro tivesse entre 300 e 1000 reais pra gastar.
Mas de fato hoje em dia é complicado manter esse valor.
 
Como um amigo da Seiko explicou no facebook, aqui no Brasil as classes sociais são definidas com base na renda declarada da população, não consideram poder de aquisição.
A conta ta errada? Não.
As pessoas mentem na hora de declarar renda nas pesquisas? SIM.

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O governo não precisa de nenhuma pesquisa. Pesquisaí RAIS, DIRF, GFIP, SEFIP, CAGED - o governo tem todos os dados de todo mundo, a maioria das pessoas nem sabe disso e ainda tenta burlar IR e não sabe pq cai na malha fina.

Isso sem citar que todas transações acima de R$5mil em cartão de crédito ou banco são relatadas ao governo.
 
Essa confusão toda se dá por uma questão meramente semântica.

O estudo divulgado em 2012 (disponível na íntegra aqui) faz uma média aritmética da renda dos brasileiros. É um trabalho extenso, mas relativamente simples de se compreender. A grande questão está no que se chamava de classe média antes disso. O termo sempre foi usado de forma obscura e cada um tinha sua própria definição do que era "classe média". Mas ninguém nunca parou pra pensar que a classe média, de fato, deveria refletir a média real entre todos?

Muita gente ficou estarrecida ao saber que as famílias brasileiras ganham, em média, cerca de R$ 500 per capita. Provavelmente, nos estarrecemos com isso porque nossas famílias sempre receberam mais do que esse valor. Nós achávamos que éramos pobres, mas na verdade, sempre estivemos acima da média do brasileiro.

Outras questões são tratadas no estudo, tais como a qualidade de vida dessa classe média e a origem de seus rendimentos. Mas o mais importante a se notar é que esses valores não são uma "definição do governo", mas uma constatação feita através de pesquisas muito detalhadas e que envolvem diversos órgãos. Se os dados acabam sendo usados como propaganda (enganosa, há de se dizer!), este é um outro problema.

Eu creio que é necessário levar em consideração como essas pessoas vivem e quais perspectivas elas têm. Mas atacar o estudo meramente porque "não acho que sou classe alta" também não é solução pra nada! Existe um fato constatado: a maioria da população brasileira ganha muito pouco.

E aí? O que fazer com esse dado? Trabalhar pra melhorar a situação dessas pessoas ou aceitar o mimimi dos grandes jornais?
 
Essa confusão toda se dá por uma questão meramente semântica.

O estudo divulgado em 2012 (disponível na íntegra aqui) faz uma média aritmética da renda dos brasileiros. É um trabalho extenso, mas relativamente simples de se compreender. A grande questão está no que se chamava de classe média antes disso. O termo sempre foi usado de forma obscura e cada um tinha sua própria definição do que era "classe média". Mas ninguém nunca parou pra pensar que a classe média, de fato, deveria refletir a média real entre todos?

Muita gente ficou estarrecida ao saber que as famílias brasileiras ganham, em média, cerca de R$ 500 per capita. Provavelmente, nos estarrecemos com isso porque nossas famílias sempre receberam mais do que esse valor. Nós achávamos que éramos pobres, mas na verdade, sempre estivemos acima da média do brasileiro.

Outras questões são tratadas no estudo, tais como a qualidade de vida dessa classe média e a origem de seus rendimentos. Mas o mais importante a se notar é que esses valores não são uma "definição do governo", mas uma constatação feita através de pesquisas muito detalhadas e que envolvem diversos órgãos. Se os dados acabam sendo usados como propaganda (enganosa, há de se dizer!), este é um outro problema.

Eu creio que é necessário levar em consideração como essas pessoas vivem e quais perspectivas elas têm. Mas atacar o estudo meramente porque "não acho que sou classe alta" também não é solução pra nada! Existe um fato constatado: a maioria da população brasileira ganha muito pouco.

E aí? O que fazer com esse dado? Trabalhar pra melhorar a situação dessas pessoas ou aceitar o mimimi dos grandes jornais?
Apesar do nome "classe média", eu achava que o cálculo era feito através de mediana e não de média de renda per capita do brasileiro.
Com média há esse efeito que você menciona de surpreender a todos por mostrar que em média o brasileiro ganha isso, mas maquia ao dizer que essa linha seria a linha ideal de vida e só alguns estão abaixo.
Com mediana você define bem a diferença de renda entre o mas rico e o mais pobre e consegue enxergar de fato quanta gente está abaixo dessa linha, evidenciaria a desigualdade social e definiria uma linha de renda melhor como meta pro futuro.
Na verdade o melhor seria buscar aproximar o máximo possível a média da mediana nesse caso.


Mas enfim.
É o de sempre.
Usa-se a matemática com as fórmulas que são convenientes.
 
O governo pode maquiar a pobreza e desigualdade social com "n" fórmulas mirabolantes, mas sempre chega um ponto que o tapete não tem mais como esconder a sujeira. É tão evidente que não há como disfarçar.
 
Apesar do nome "classe média", eu achava que o cálculo era feito através de mediana e não de média de renda per capita do brasileiro.

Com mediana você define bem a diferença de renda entre o mas rico e o mais pobre e consegue enxergar de fato quanta gente está abaixo dessa linha, evidenciaria a desigualdade social e definiria uma linha de renda melhor como meta pro futuro.
Na verdade o melhor seria buscar aproximar o máximo possível a média da mediana nesse caso.

Não seria o oposto?

Se o número de pessoas que ganha muito é muito pequeno, a mediana vai ficar necessariamente sempre mais baixa do que a média
 
Não, o Fusa ta certo. Mediana é uma estatística mais robusta e seria menos influenciada pelos poucos ricaços. Só que não é politicamente interessante admitir que a maioria dos brasileiros ganha muito pouco, é?
 
Não, o Fusa ta certo. Mediana é uma estatística mais robusta e seria menos influenciada pelos poucos ricaços.

Exatamente por isso o valor da mediana ficaria muito menor. E se todos já se surpreenderam com quão baixo ficou a classe média, ficariam muito mais se fosse utilizada a mediana...
 
Outras questões são tratadas no estudo, tais como a qualidade de vida dessa classe média e a origem de seus rendimentos. Mas o mais importante a se notar é que esses valores não são uma "definição do governo", mas uma constatação feita através de pesquisas muito detalhadas e que envolvem diversos órgãos. Se os dados acabam sendo usados como propaganda (enganosa, há de se dizer!), este é um outro problema.

Sim, é exatamente este o problema. Uma gorda e flácida falácia, que infelizmente está sendo usada de argumento ad nauseam pelos ferrenhos defensores do PT, e infelizmente o telefone sem fio chega nos mais desinformados, que são numerosos. E o que temos aprendido nas redes sociais - eu mesma tropeço várias vezes nisso, como várias pessoas aqui - que quase ninguém checa a informação antes de repassar. E uma informação torta de uma perspectiva torta está servindo para manipular a opinião popular com finalidade eleitoreira. Isso deveria ser crime.

Usar o argumento de que o PT 'elevou' não sei quantas milhares de famílias à classe média acoberta que na verdade a grande maioria da população continua pobre e com baixo poder aquisitivo. Melhorou alguma coisa ou outra, mas o brasileiro continua fodido e isso é repassado como se fosse uma coisa maravilhosa pela assessoria de marketing petista. Como profissional da área de marketing por muitos anos, só consigo sentir uma enorme vergonha alheia diante dessas constatações.
 

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