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Noruega aprova serviço militar obrigatório para mulheres

Do tipo assedia, @Seiko-chan . Ok, nós temos os governos recentes e os processos de anistia. No entanto, nós temos um monte de gente ufanista por aí - aliás, eles me parecem que são maioria, don't know. Entendo até que as pessoas fiquem assim-assim com relação a pessoas que estiveram nas FAs, mas geralmente a reação que eu vejo é de respeito.

Ok, agora eu generalizei o termo 'militares' erroneamente, e incluí entre eles os Policiais Militares. É que na minha cabeça, não há distinção, e isso poderá atrapalhar o argumento.
Militares da FAB e da Marinha são tão raros que se localizam em pontos distintos do país, e dificilmente são vistos longe deles. Já os do Exército cumprem o serviço militar praticamente internados nos colégios militares, mas o certo é que a grande maioria evita sair fardado na rua durante as folgas. Depois dos atentados praticados por criminosos beneficiados pelo indulto do Dia das Mães de 2006 - talvez ninguém se lembre, mas foi um dos maiores atos de terrorismo organizado no país - ficou claro que os bandidos são tão burros que não distinguem uma farda da outra. Dependendo do local onde mora: usa farda? Leva bala. Isso é fato.

No país inteiro estamos enfrentando uma onda de violência generalizada, onde até bombeiros estão sendo assassinados, confundidos com policiais. Esses militares constantemente precisam secar suas fardas no banheiro, com medo (medo!!!) de a vizinhança descobrir sua profissão e isso cair no ouvido de quem não deve. Não sei até onde isso se aplica às Forças Armadas, afinal a rotina deles é diferente da de policiais militares; mas a verdade é que os policiais, sim, estão morrendo como moscas.
 
Eu já não lembro onde vi, mas vi em algum documentário veteranos tendo que brigar pois seus auxílios foram reduzidos pelos políticos, muitos deles não tem plano de saúde, não é só eles que estão psicologicamente abalados, o retorno a suas casas não ajuda muito a se recuperarem.
 
Eu estive nas FFAA por 15 anos da minha vida e me arrependo muito!
Não entrei por patriotismo, mas pela grana. Vi a chance de bancar minha faculdade, mas no final do meu período lá, eu me sentia uma prostituta.

Isto posto, vou falar o que penso do alistamento obrigatório:
Na teoria, é tudo embasado no que o @Thor falou nas primeiras páginas. Precisamos de reservistas para garantir a soberania do país em caso de guerra etc. Na prática, o alistamento obrigatório serve pra conseguir mão de obra barata. As FFAA gastam bilhões e bilhões praticamente para se autogerir. Salvo algumas pequenas exceções, como o controle do tráfego aéreo ou algumas obras de engenharia ou algumas intervenções de segurança pública ou talvez algum outro serviço que estou esquecendo, a regra geral é bancar a existência de um sistema que pra mim é desnecessário.

Ah, mas e esses serviços que você citou ou esqueceu, Paraíba?
Esses serviços podem muito bem ser executados por servidores civis.

Sobre homens e mulheres nas forças, nem deveríamos estar discutindo isso. Somos diferentes, sim. Mas igualmente capazes de qualquer atividade! No Brasil, não há alistamento obrigatório para mulheres por um único motivo: não há estrutura física pra alojar soldados mulheres nos quarteis. Eles conseguiram adaptar-se em relação aos oficiais e sargentos, mas quando se trata de praças (o grosso da tropa), eles não têm condições de recebê-las. Pra eles é uma pena, pois seriam mais pessoas a serem prostituídas.
 
Não entendi. As Forças Armadas não servem pra nada?
Mas e em caso de guerra, a gente manda quem?
Elas precisam existir sempre, e estar em constante treinamento.
Melhor pra nós é que nunca precisem pôr em prática. :hihihi:
O primeiro Estado que anunciar pro mundo que não tem Exército pra posar de pacífico vai ser invadido logo logo.
 
@Calib, você conhece a proposta militar da Suíça? Por lá, há uma força que é composta de muito pouco efetivo, mas que capacita uma força de reservista que envolve uma boa parte da população. Em caso de alguma calamidade, esses que treinam, mais as forças policiais, mais os treinados comporão um exército. O que não é necessário é uma instituição falida, que gasta demais e não dá retorno praticamente nenhum. Por lá, isso não existe. E até onde eu sei, ninguém tentou invadir a Suíça no último século, né?
 
O que não nos garante que não vão invadi-la amanhã.
Muito menos a nós.
I'm just saying.
Sim, sim. Um país como o nosso tem um perfil totalmente diferente do da Suíça, mas seria muito mais eficaz ampliar a força policial que temos, desvinculando-a de estruturas militares, e usá-la como reserva das forças armadas, que poderiam ser bem pequenas. Essa força policial, ao menos, estará prestando um serviço mais relevante do que tocar bumbo no desfile de 7 de setembro ou fazer plantão armado de fuzil na frente de uma caixa d'água.
 
@Paraíba Hi-Tech, eu achei excelente o seu depoimento, de quem passou por lá e o que você pensa a respeito das Forças Armadas. Por parte da pessoa que presta o exército, eu também tenho um pensamento muito semelhante ao seu... Só que, por parte do Estado, eu concordo com o @Calib.

É aquela história de que o soldado é um herói em tempos de guerra, e um estorvo em tempos de paz. Nós vivemos tempos da paz. E quanto mais a paz dura, a nossa preocupação com a guerra fica cada vez mais anestesiada... Os principados italianos, lá pelo século XV, se descuidaram da força militar por terem vivido um período de paz, e muitos se deram mal. Foram invadidos pela França. O Luis XII conquistou alguns principados italianos nesta época, como Milão.

Hoje a sombra do império dos EUA garante determinada paz para aquelas nações que são consideradas "aliadas". Mas a intensidade dessa proteção depende muito também da posição geográfica do país. Na África nenhum país praticamente tem o apoio militar norte-americano, por mais que haja guerra para todos os cantos. Na Ásia, me parece que só Israel, Coréia do Sul e Japão possuem proteção militar norte-americana se precisarem de verdade. Como seria aqui na América do Sul? Eu realmente não sei...

Faz tanto tempo que não temos guerra aqui na América do Sul (tirando o incidente das Ilhas Falkland), que fica difícil imaginar qual seria a reação dos EUA se algo acontecesse. E após a guerra do Iraque, a tendência norte-americana tem sido de reduzir cada vez mais a interferência militar no estrangeiro. Sei lá... Acho que não dá pra ficar considerando que as Forças Armadas dos Estados Unidos estarão dispostas a ajudar o Brasil de imediato caso precisemos. Tem que ter o próprio exército preparado.
 
Última edição:
Só queria lembrar que os principados italianos viviam se digladiando entre si a tal ponto que mesmo as facções rivais dentro de vários deles enfraqueciam qualquer tipo de unidade e só tendiam a facilitar invasões estrangeiras.
 
Ah, mas e esses serviços que você citou ou esqueceu, Paraíba?
Esses serviços podem muito bem ser executados por servidores civis.

Isso me parece bastante inviável do ponto de vista previdenciário, principalmente numa situação de guerra. A mão de obra não necessariamente qualificada (praças) necessita ser barata porque grande parte do contingente é temporário, não? A maioria presta o serviço militar obrigatório pelo tempo devido e depois vai embora, pouquíssimos se engajam em seguir carreira. Contratar ou concursar servidores civis não iria onerar ainda mais o Estado?

Concordo que mão de obra qualificada e recebendo mais é mais vantajoso que uma mão de obra numerosa, porém desqualificada e mal paga. Porém, para que isso funcione, deverá haver uma diminuição substancial do contingente, cujo processo seletivo se assemelharia ao das polícias militares, mas posso estar enganada. Com sua experiência, que resoluções você sugere para tal?


Só queria lembrar que os principados italianos viviam se digladiando entre si a tal ponto que mesmo as facções rivais dentro de vários deles enfraqueciam qualquer tipo de unidade e só tendiam a facilitar invasões estrangeiras.

Qualquer semelhança com a atual situação do país é mera coincidência... :lol:


Mas peraí, exército tem missões em tempos de paz, não? Ou eles ficam simplesmente enfurnados nos quartéis comendo e bebendo?

Até onde sei, o treinamento continua, Éomer. Há missões simuladas e exercícios práticos onde o infante - geralmente meninos alistados totalmente crus - aprendem a lidar com armas e criam rotinas de procedimento e alguns são manejados para setores específicos, como a cavalaria motorizada, arsenal, etc. Mesmo em tempos de paz, a rotina deles é dura e cada um desempenha uma tarefa específica. Não tão dura quanto numa guerra, mas não é bolinho não, viu.
** Posts duplicados combinados **
@Calib, você conhece a proposta militar da Suíça? Por lá, há uma força que é composta de muito pouco efetivo, mas que capacita uma força de reservista que envolve uma boa parte da população. Em caso de alguma calamidade, esses que treinam, mais as forças policiais, mais os treinados comporão um exército. O que não é necessário é uma instituição falida, que gasta demais e não dá retorno praticamente nenhum. Por lá, isso não existe. E até onde eu sei, ninguém tentou invadir a Suíça no último século, né?

Fato, mas isso não foi conseguido com mera diplomacia. A Suíça só conseguiu - e consegue - impor sua neutralidade porque a população possui porte irrestrito de armas, e podem andar armados a seu bel-prazer pelas ruas a qualquer hora do dia. Não sei se o @Bruce Torres foi irônico ao citar a malemolência suíça, mas até mesmo Hitler sabia que qualquer tentativa de invasão à Suíça custaria muitas baixas. Em resumo: é um país que não tem um Exército propriamente dito, mas sim a própria população civil constitui um Exército em defesa da própria soberania e neutralidade. É quase um 'cai dentro!' pra quem quiser pensar em invadir-la. :lol:

Chega a ser meio irônico, isso: quando Maquiavel disse que "justa, na verdade, é a guerra quando necessária, e piedosas as armas quando apenas nelas se encontra a esperança", ele disse de forma bastante objetiva que não há paz sem armas. Não há possibilidade de paz real em um país onde todo o restante do mundo sabe que não há sequer uma força de contenção e defesa. E como no Brasil não há o mínimo de viabilidade para que a realidade se aproxime da realidade suíça... Vamos mantendo as Forças Armadas.
 
Mas peraí, exército tem missões em tempos de paz, não? Ou eles ficam simplesmente enfurnados nos quartéis comendo e bebendo?

Em caso de grandes calamidades públicas em que uma cidade fica toda devastada por uma grande enchente por exemplo, o treinamento deles é muito útil ajudando a construir pontes emergenciais, barreiras contra novas enchentes, além de ajudar a população civil em alguns salvamentos que embora seja algo que normalmente os bombeiros já fazem, mas numa situação emergencial bem mais grave nem sempre o efetivo deles dá conta.
 
Fato, mas isso não foi conseguido com mera diplomacia. A Suíça só conseguiu - e consegue - impor sua neutralidade porque a população possui porte irrestrito de armas, e podem andar armados a seu bel-prazer pelas ruas a qualquer hora do dia. Não sei se o @Bruce Torres foi irônico ao citar a malemolência suíça, mas até mesmo Hitler sabia que qualquer tentativa de invasão à Suíça custaria muitas baixas. Em resumo: é um país que não tem um Exército propriamente dito, mas sim a própria população civil constitui um Exército em defesa da própria soberania e neutralidade. É quase um 'cai dentro!' pra quem quiser pensar em invadir-la. :lol:

Apesar da Suíça ter essa mobilização toda durante os eventos da II Guerra Mundial, ela negociou para que não houvesse incômodos a ela durante o conflito - eis porque muito do ouro nazista se encontra na Suíça. :P
 
@Éomer, eles realizam alguns exercícios, sim. Um ou, no máximo, dois por ano. Exceto o reduzidíssimo efetivo das chamadas tropas de elite. Essas realmente têm um preparo bem mais qualificado. A grande massa fica atrás de mesas ou preparando comida pra esses que estão atrás de mesas ou ainda trabalhando pra manutenção desse sistema. Mesmo a infantaria, em seu grosso, serve pra proteger instalações. E nem sempre essas instalações envolvem armamentos.

@Seiko-chan, em termos previdenciários, transferir para os civis as ações que os militares prestam à comunidade externa aos quartéis significa uma economia. Primeiro, porque o regime previdenciário dos civis é bem menos vantajoso. Segundo, porque esses militares mais especializados são invariavelmente de carreira. Portanto, eles já oneram os cofres da previdência. Transformá-los em civis manterá os serviços, com menos custo previdenciário.

A minha proposta se baseia nessa desoneração. Um serviço como o controle de tráfego aéreo, por exemplo, poderia ser transferido quase que completamente para a Anac, pois é exercido apenas por sargentos e oficiais de carreira. O apoio médico/odontológico em regiões remotas que militares (oficiais também de carreira) prestam poderia ser realizado por médicos do SUS. As forças de segurança dos quartéis são o único exemplo de atividade exercida majoritariamente por soldados e cabos (que são temporários) e poderiam se tornar policiais, ajudando a suprir o déficit de pessoal de nossas polícias. Vale notar que essa transformação de militares temporários em servidores efetivos não aumenta o custo, pois pra cada soldado que dá baixa, outro é incorporado. Em suma, o efetivo total (e o custo dele) permanece o mesmo. Em contrapartida, teríamos uma grande vantagem: ao invés de prestar serviços de segurança exclusivo às estruturas militares, esse efetivo ajudaria no combate ao crime. Tudo isso poderia englobar o projeto de desmilitarização das PM's que tramita no Congresso.

E quem sobraria nas forças armadas? Elas seriam compostas por uma esrutura de pessoal, instalações e equipamento minimamente necessária para treinar essas polícias e os cidadãos que comporão a reserva. Reduzindo o custo com pessoal, seria viável a aquisição de material mais moderno e o investimento em qualificação profissional das polícias, grandes problemas de segurança pública no Brasil.

@Thor, eu entendi essa questão do herói/vilão. Nós só não concordamos com a necessidade real desse pensamento bélico nos dias atuais. Muito se fala sobre o império armamentístico estadunidense, porém geralmente de forma muito negativa. Do pós-II Guerra pra cá, a diplomacia tem avançado muito no sentido de buscar soluções não-bélicas pros conflitos. Infelizmente, essa mudança de paradigma não é rápida e ainda devemos ter muita intervenção militar (principalmente no Oriente Médio), justificada por ações terroristas que, por sua vez, se justificam no imperialismo ocidental. Percebe o círculo vicioso? Precisamos interrompê-lo e não alimentá-lo.
 
Mas a Suíça foi deixada em paz por causa dos bancos, não? Hitler invadiu a Polônia, Rússia, Holanda, França, sério que ele não invadiria a Suíça por que lá todo cidadão tem treinamento? Sem bancos para guardar o dinheiro das nações beligerantes aí sim que a economia global ia pro saco. Ele sabia que manter um porto seguro era o melhor a fazer.
 
Mas a Suíça foi deixada em paz por causa dos bancos, não? Hitler invadiu a Polônia, Rússia, Holanda, França, sério que ele não invadiria a Suíça por que lá todo cidadão tem treinamento? Sem bancos para guardar o dinheiro das nações beligerantes aí sim que a economia global ia pro saco. Ele sabia que manter um porto seguro era o melhor a fazer.

Como eu disse antes, boa parte do ouro nazista foi pra lá. Durante a II Guerra Mundial muitas negociações do Eixo e dos Aliados foram realizadas na Suíça. Para garantir que nem um nem outro tentassem recolher essa grana, eles chegaram a transportar o ouro para lugares distantes de difícil acesso para ambos os lados.
 
Mas a Suíça foi deixada em paz por causa dos bancos, não? Hitler invadiu a Polônia, Rússia, Holanda, França, sério que ele não invadiria a Suíça por que lá todo cidadão tem treinamento? Sem bancos para guardar o dinheiro das nações beligerantes aí sim que a economia global ia pro saco. Ele sabia que manter um porto seguro era o melhor a fazer.

Esse foi um entre vários motivos cruciais, Morfs. O tio Adolf podia ser louco, mas não era burro.
 

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