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Eleições 2014 Em quem você votará para presidente do Brasil no Segundo Turno?

Em quem você votará para presidente do Brasil no Segundo Turno?

  • Dilma

    Votos: 28 39,4%
  • Aécio

    Votos: 29 40,8%
  • Branco / Nulo / Abstenção

    Votos: 14 19,7%

  • Total de votantes
    71
  • Votação encerrada .
dificil ter impacto né. Era para ter feito essa carta no discurso de eleita. Agora vai ser para estancar a sangria (e o petrolão ainda vai explodir).

Por isso que eu disse "talvez". Mas tu tem razão, ela perdeu o timing ideal para a coisa.
 
Já quem está mal, está subjugado pela política assistencialista é ameaçadora do desgoverno atual.
ps: Minas Gerais e Rio de Janeiro se destoam, mas nestes estados a vantagem da Dilma foi bem menor."
Teoria interessante. Se estado pobre vota é porque são pobres, se os estados ricos votam é porque destoam. Esse modelo de avaliação foi criado por qual sociólogo?

Do face, autor desconhecido:
"De longa data eu observo que o PT vive de estimular o ódio, quando não a inveja, entre as pessoas. Negros contra brancos, gays contra héteros, pobres contra ricos e até mulheres contra homens (vide pesquisa fraudada do IPEA). E agora, acho que nem tanto de forma intencional, entre regiões do Brasil. Essa estratégia de dividir a população em classes e lucrar com o ódio entre elas é o que mais me enoja neste partido. Parece que eles se alimentam disso como o urubu de carniça. Acho uma pena que algumas pessoas caem nessas artimanhas e se sintam defendidas pelo PT quando, na verdade, estão sendo usadas por ele."

Não são os eleitores do PT que estão pregando separatismo.

Concordo plenamente, inclusive fiquei assustado quando vi o botton de campanha dos caras: Negro Consciente VOTA 13.

tucanafro.jpg
 
Só lembrando que o Guido Mantega é a peça 1 do quebra cabeças da contabilidade criativa (e motivo de piada generalizada pelo The Economist), o outro é o Arno Augustin.

SE expurgar os dois, colocar gente de mercado e isolar eles da influencia política, vai ser muito positivo para o país.
mas isso não acontecerá tão cedo. Só se rolar uns 3 dias seguidos do CB segurando a bolsa de sp. ou seja, quando a bosta já estiver em órbita.
 
Só lembrando que o Guido Mantega é a peça 1 do quebra cabeças da contabilidade criativa (e motivo de piada generalizada pelo The Economist), o outro é o Arno Augustin.

SE expurgar os dois, colocar gente de mercado e isolar eles da influencia política, vai ser muito positivo para o país.
mas isso não acontecerá tão cedo. Só se rolar uns 3 dias seguidos do CB segurando a bolsa de sp. ou seja, quando a bosta já estiver em órbita.

Infelizmente ninguém no fórum se preocupa em discutir isso, contanto que o dinheiro para os programas sociais (que são realmente importantes, não nego) apareça magicamente,

Ao invés disso, o legal mesmo é postar foto do Aécio - que é tão branco quanto Dilma, então não entendi muito bem a graça.
 
um alento pra mim é um cara inteligente como o @Cantona acreditar no PT e na Dilma.
Talvez o PT não está no caminho tão errado como eu acredito que está.
Enquanto isso vou chorar no sistema cantareira pra ver se melhora o nível.


@fcm, eu não fecho os olhos para o que vem acontecendo. A corrupção enoja, porque todos os avanços sociais apresentariam índices muito melhores caso não existisse. Mas o meu otimismo, que é fruto de uma simpatia pela história e militância de base do PT, portanto tem que ser filtrado, é que os escândalos que agora aparecem são decorrentes de nosso amadurecimento como democracia. A estrutura de poder é mesma desde as ditaduras do século passado, e hoje, com a corrupção escancarada, a sociedade civil as questiona, de forma inocente, ao se pautar numa moralização, mas de modo efetivo ao buscar a reforma política. Enfim, não compactuo com o roubo, e os escândalos que envolvem o Partido decepcionam. Porém, os projetos sociais, que até foram gestados em outras administrações, mas ampliados pelo PT, promoveram e promovem mudanças. O grosso do voto nas regiões mais carentes não é alienação, mas melhoras trazidas. A situação está longe do ideal, mas caminha. Agora com o Estado, depois sozinha, que o assistencialismo pejorativo como os críticos adjetivam, dão, no longo prazo, emancipação e rompem ciclos de pobreza. A periferia de São Paulo traz uma porção de exemplos. Apenas não são divulgados pela mídia.

Sobre essa coisa do PT forçar a luta de classes, estimular o ódio entre os diferentes, eu sou contra. Ainda que reflita o que está latente na sociedade, o faz com fins outros, não de superação, mas marqueteiros. Penso que as diferenças culturais existem para enriquecerem a nossa convivência, apurarem nosso olhar, nossas percepções. As sociais, para serem mitigadas tornando os abismos cada vez menores. Porém, se o PT erra em explorar o conflito, o discurso conciliatório que se prega é falso. Não se pretende conciliação, mas obediência e hierarquização definidas (parto do seguinte ponto: se há acusação de que o PT estimula o ódio entre os diferentes em todos os níveis, seja econômico, racial ou sexual, é porque, na ponta inversa, se quer a conciliação, a união, a harmonia e todas as flores mais. Porém, a gente tem que discutir a que união se referem. Sim, pois não deixa de ser estranho que justamente agora que as "minorias" possuem certa voz, (res) surgirem discursos conciliatórios. Pautados, é bom que se diga, no malabarismo mental que torna, de uma hora pra outra, aqueles historicamente oprimidos, algozes de seus opressores).
 
A hora dos ajustes desagradáveis é agora, no começo do mandato. Infelizmente ninguém botou a Dilma contra a parede e perguntou sobre esses reajustes de energia e combustíveis. Na verdade o Jornal Nacional até perguntou e ela respondeu que a Petrobras reajusta a gasolina todos os anos. Pena que os entrevistadores estavam mal informados, já que os reajustes são sempre pequenos.

Light pede aumento de 25,04% na tarifa
 
@fcm, eu não fecho os olhos para o que vem acontecendo. A corrupção enoja, porque todos os avanços sociais apresentariam índices muito melhores caso não existisse. Mas o meu otimismo, que é fruto de uma simpatia pela história e militância de base do PT, portanto tem que ser filtrado, é que os escândalos que agora aparecem são decorrentes de nosso amadurecimento como democracia. A estrutura de poder é mesma desde as ditaduras do século passado
Tu não acha que um pouco da decepção com o PT por parte do seu próprio eleitorado foi o fato de o partido sempre ter vendido uma imagem de idoneidade e moral à toda prova e ter usado isso inclusive para chegar ao poder? Muita gente embarcou no discurso e, quando começaram a aparecer petistas envolvidos em escândalos graves, acabou se decepcionando quando viu que o partido poderia ser tão podre quanto qualquer outro.
 
Infelizmente ninguém no fórum se preocupa em discutir isso, contanto que o dinheiro para os programas sociais (que são realmente importantes, não nego) apareça magicamente,

Ao invés disso, o legal mesmo é postar foto do Aécio - que é tão branco quanto Dilma, então não entendi muito bem a graça.
o governo sempre pode imprimir dinheiro. isso é um fato.
o problema é que com as contas do governo em desacordo com qualquer boa governança e com a inflação apontando para os 2 digitos (o feanor é o segundo que vejo falando em 10-11% em 2015) não tem milagre. Pode imprimir MILHÕES, mas a inflação vai corroer tudo.

dependendo de como for o começo de 2015, eu acho que ela não fica até 2016.
 
@fcm, eu não fecho os olhos para o que vem acontecendo. A corrupção enoja, porque todos os avanços sociais apresentariam índices muito melhores caso não existisse. Mas o meu otimismo, que é fruto de uma simpatia pela história e militância de base do PT, portanto tem que ser filtrado, é que os escândalos que agora aparecem são decorrentes de nosso amadurecimento como democracia. A estrutura de poder é mesma desde as ditaduras do século passado, e hoje, com a corrupção escancarada, a sociedade civil as questiona, de forma inocente, ao se pautar numa moralização, mas de modo efetivo ao buscar a reforma política. Enfim, não compactuo com o roubo, e os escândalos que envolvem o Partido decepcionam. Porém, os projetos sociais, que até foram gestados em outras administrações, mas ampliados pelo PT, promoveram e promovem mudanças. O grosso do voto nas regiões mais carentes não é alienação, mas melhoras trazidas. A situação está longe do ideal, mas caminha. Agora com o Estado, depois sozinha, que o assistencialismo pejorativo como os críticos adjetivam, dão, no longo prazo, emancipação e rompem ciclos de pobreza. A periferia de São Paulo traz uma porção de exemplos. Apenas não são divulgados pela mídia.

Sobre essa coisa do PT forçar a luta de classes, estimular o ódio entre os diferentes, eu sou contra. Ainda que reflita o que está latente na sociedade, o faz com fins outros, não de superação, mas marqueteiros. Penso que as diferenças culturais existem para enriquecerem a nossa convivência, apurarem nosso olhar, nossas percepções. As sociais, para serem mitigadas tornando os abismos cada vez menores. Porém, se o PT erra em explorar o conflito, o discurso conciliatório que se prega é falso. Não se pretende conciliação, mas obediência e hierarquização definidas (parto do seguinte ponto: se há acusação de que o PT estimula o ódio entre os diferentes em todos os níveis, seja econômico, racial ou sexual, é porque, na ponta inversa, se quer a conciliação, a união, a harmonia e todas as flores mais. Porém, a gente tem que discutir a que união se referem. Sim, pois não deixa de ser estranho que justamente agora que as "minorias" possuem certa voz, (res) surgirem discursos conciliatórios. Pautados, é bom que se diga, no malabarismo mental que torna, de uma hora pra outra, aqueles historicamente oprimidos, algozes de seus opressores).

De boas intenções... O inferno está cheio.

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Até 2010 foi aceitável e compreensível votar no PT. Ainda era válida aquela justificativa do tipo "Nossa! Eu votei no Lula, pensei que ele fosse mudar o Brasil... Nunca imaginei que ele fosse tão safado". Mas dessa vez não vai rolar.

dirceu-genoino.jpg

O país ficou rachado mesmo, e não tem mais paciência. Esse fardo agora é de vocês, que votaram 13 nesse domingo de 26 de Outubro de 2014. Quem declarar abertamente que votou no PT dessa vez, vai perceber que vai ser destratado. As pessoas vão torcer o nariz, vão se irritar com mais facilidade sem você saber o motivo e vão te descartar de qualquer conversa minimamente séria de política. Não que eu seja a favor... Estou muito puto com vocês, sim, meus ingênuos compatriotas; mas de minha parte não sofrerão discriminação - embora eu não costume ter a menor cerimônia de dar a minha opinião nua e crua, como agora; fato que por vezes possa causar incômodos.

Lula-e-Sarney.jpg

Dessa vez todos nós sabíamos exatamente qual era o pacote que viria com um 4º mandato do PT. Não foi um Collor, que parecia príncipe e virou sapo. Não era o Lula, que parecia messias e virou rei dos mensaleiros. Não. Dessa vez o voto foi consciente na corrupção comprovada, julgada e com safados que ainda este ano estavam atrás das grades. Foi o "Rouba, mas faz" - sendo que esse "faz" é muito subjetivo. Olhando para a forma como a economia está desmoronando, só convicção ou otimismo não bastava para acreditar no projeto "Dilma até 2018". O voto foi com fé. Fervor de religioso. Fanatismo de burro.

Sob o olhar de um historiador no futuro, o eleitor petista não é mais uma vítima enganada. Passa a ser partícipe consciente na tirania e na corrupção que explora o povo brasileiro como um todo. Democracia é isso. Não é só o governante que tem responsabilidade nos fracassos e mazelas de um governo. O povo compartilha a responsabilidade, pois sem ele o malandro não teria chegado ao poder.
 
Última edição:
com a inflação apontando para os 2 digitos (o feanor é o segundo que vejo falando em 10-11% em 2015)

Opa, essa foi minha previsão para a taxa de juros. A inflação eu acho que deve ficar no intervalo 6~7%.

Pode imprimir MILHÕES, mas a inflação vai corroer tudo.

O lance é que a própria impressão de moeda gera inflação. A essência do fenômeno da inflação é um excesso de meios de pagamento na economia.

Essa impressão gera ganhos de dois tipos para o governo: senhoriagem e imposto inflacionário.

A questão então é que os ganhos para o governo contrastam com as perdas dos cidadãos. Por isso que ligar a impressora de dinheiro é perigoso, e só tende a agravar a situação no longo prazo. Além disso, é péssimo para as expectativas em relação à economia. Se o governo dá sinais de que quando as contas estão feias ele vai imprimir mais dinheiro, a credibilidade da política monetária vai por água abaixo, junto com as perspectivas sobre o desempenho da economia. Resumo: expansão sem critérios da base monetária gera ganhos para o governo no curto prazo, mas fod* com a economia.
 
Opa, essa foi minha previsão para a taxa de juros. A inflação eu acho que deve ficar no intervalo 6~7%.
bom, então fica só um. Mas acho a visão dele sensata.
ano que vem vai vir o reajuste de contas de energia elétrica e outras, como a seca que vai afetar a produção agrícola.

A questão então é que os ganhos para o governo contrastam com as perdas dos cidadãos. Por isso que ligar a impressora de dinheiro é perigoso, e só tende a agravar a situação no longo prazo. Além disso, é péssimo para as expectativas em relação à economia. Se o governo dá sinais de que quando as contas estão feias ele vai imprimir mais dinheiro, a credibilidade da política monetária vai por água abaixo, junto com as perspectivas sobre o desempenho da economia. Resumo: expansão sem critérios da base monetária gera ganhos para o governo no curto prazo, mas fod* com a economia.
pode-se dizer que foi isso que esta sendo feito desde 2011, com aumentos do crédito imobiliário e por ai vai?
 
bom, então fica só um. Mas acho a visão dele sensata.
ano que vem vai vir o reajuste de contas de energia elétrica e outras, como a seca que vai afetar a produção agrícola.

A depender da elevação da taxa de juros norte-americana, e de como isso vai impactar o câmbio, somando os fatores internos (preços represados e política monetária), não é um absurdo cogitar uma taxa de 2 dígitos. Eu acho que algo em torno de 6% a 7% é um intervalo razoável, e para alguns até um pouco otimista, mas há sim possibilidade de que seja maior. Contudo, a saída anunciada do Mantega pode ser um indicativo de que, nesse caso, ações mais rígidas serão tomadas pelo governo. Só vamos esperar que, nesse cenário, essas medidas não culminem com mais congelamento/tabelamento de preços, porque aí vira pandemônio.

pode-se dizer que foi isso que esta sendo feito desde 2011, com aumentos do crédito imobiliário e por ai vai?

Em certa medida sim, e é uma das minhas grandes críticas à condução da política monetária do atual governo. Tem várias faces problemáticas nisso, e aponto duas. Primeiro que a expansão do crédito, a rigor, deveria seguir uma lógica de manter certa proporção em relação ao tamanho da economia e seu crescimento. Não é o que aconteceu: a expansão creditícia manteve-se consideravelmente elevada "via decreto" nos anos recentes. Segundo que a expansão via bancos públicos, destinada a programas sociais, se dá por taxas de juros subsidiadas, isto é, abaixo da taxa oficial vigente (Selic). Ou seja: esses empréstimos não são lastreados na taxa de juros básica, e a diferença de taxas implica num custo adicional para as contas públicas. Isso vale tanto para crédito de minha casa minha vida quanto de BNDES. Pra você ter ideia, ninguém sabe ao certo qual o tamanho do rombo no BNDES por conta disso, e o governo não permite a divulgação de tais informações (mesmo sendo um banco público!!).

Ainda tem outro aspecto importante que se refere ao endividamento da população, mas não vou entrar nesse ponto agora.

Mas porque o governo vem fazendo isso, se é problemático? Minha teoria é que é um misto de populismo com visão macroeconômica errada. O populismo se refere à querer manter a ilusão para as alas mais populares de que a coisa vai bem, via crédito fácil, sobretudo para moradia e compra de automóveis. A visão macroeconômica errada diz respeito à ideia de que é possível crescer forçadamente via consumo (estimulado pelo crédito). Essa é uma visão tipicamente keynesiana, que acredita que o consumo estimula investimentos, e esses por sua vez elevam a taxa de poupança. Contudo, esse modelo vem sendo seguido de maneira mais intensa desde a crise (adotado como política anti-cíclica, para transformar o "tsunami" em ~marolinha~) e a taxa de investimentos e de poupança hoje estão em níveis baixíssimos. Se não me engano (posso procurar dados depois), os investimentos vêm se reduzindo há 4 trimestres seguidos, e nossa taxa de poupança, que sempre foi baixa em níveis internacionais, está ainda menor.

Além disso, se você estimula a demanda por crédito para consumo, automaticamente você desestimula a poupança. E a falta de poupança compromete o investimento, que compromete o crescimento de longo prazo. Não há economia que cresça de maneira sustentada nessas condições. E essa é nossa realidade atual, gostem certos segmentos ou não. Não haverá perspectiva de crescimento significativo enquanto isso não mudar.
 
Tu não acha que um pouco da decepção com o PT por parte do seu próprio eleitorado foi o fato de o partido sempre ter vendido uma imagem de idoneidade e moral à toda prova e ter usado isso inclusive para chegar ao poder? Muita gente embarcou no discurso e, quando começaram a aparecer petistas envolvidos em escândalos graves, acabou se decepcionando quando viu que o partido poderia ser tão podre quanto qualquer outro.

Claro, decepcionou. E foi - e ainda é - difícil digerir algumas coisas, principalmente quando se acredita num projeto à esquerda e se vê os mesmos desvios que se condenava. Mas o PT - como os demais partidos - são organismos grandes e não se pode colocar todos no mesmo balaio. A base da militância, principalmente, ainda conserva a crença que se tinha quando da fundação.

E @Thor, eu trabalho e moro na periferia. Aqui a gente vê a diferença que as políticas sociais do PT fazem na vida de um monte de gente. Não só bolsa família, mas cotas, Prouni, etc. São coisas que não aparecem na Bovespa. O voto não foi na corrupção - que é investigada, julgada e condenada - foi nessa melhora miúda que escapa aos holofotes.

Sinceramente, eu não vejo o apocalipse nacional que "a gente culta" gosta de alardear tanto. O Salvador Aécio vai ter que esperar a próxima eleição para salvar o país para si mesmo.
 
Última edição:
A depender da elevação da taxa de juros norte-americana, e de como isso vai impactar o câmbio, somando os fatores internos (preços represados e política monetária), não é um absurdo cogitar uma taxa de 2 dígitos. Eu acho que algo em torno de 6% a 7% é um intervalo razoável, e para alguns até um pouco otimista, mas há sim possibilidade de que seja maior. Contudo, a saída anunciada do Mantega pode ser um indicativo de que, nesse caso, ações mais rígidas serão tomadas pelo governo. Só vamos esperar que, nesse cenário, essas medidas não culminem com mais congelamento/tabelamento de preços, porque aí vira pandemônio.



Em certa medida sim, e é uma das minhas grandes críticas à condução da política monetária do atual governo. Tem várias faces problemáticas nisso, e aponto duas. Primeiro que a expansão do crédito, a rigor, deveria seguir uma lógica de manter certa proporção em relação ao tamanho da economia e seu crescimento. Não é o que aconteceu: a expansão creditícia manteve-se consideravelmente elevada "via decreto" nos anos recentes. Segundo que a expansão via bancos públicos, destinada a programas sociais, se dá por taxas de juros subsidiadas, isto é, abaixo da taxa oficial vigente (Selic). Ou seja: esses empréstimos não são lastreados na taxa de juros básica, e a diferença de taxas implica num custo adicional para as contas públicas. Isso vale tanto para crédito de minha casa minha vida quanto de BNDES. Pra você ter ideia, ninguém sabe ao certo qual o tamanho do rombo no BNDES por conta disso, e o governo não permite a divulgação de tais informações (mesmo sendo um banco público!!).

Ainda tem outro aspecto importante que se refere ao endividamento da população, mas não vou entrar nesse ponto agora.

Mas porque o governo vem fazendo isso, se é problemático? Minha teoria é que é um misto de populismo com visão macroeconômica errada. O populismo se refere à querer manter a ilusão para as alas mais populares de que a coisa vai bem, via crédito fácil, sobretudo para moradia e compra de automóveis. A visão macroeconômica errada diz respeito à ideia de que é possível crescer forçadamente via consumo (estimulado pelo crédito). Essa é uma visão tipicamente keynesiana, que acredita que o consumo estimula investimentos, e esses por sua vez elevam a taxa de poupança. Contudo, esse modelo vem sendo seguido de maneira mais intensa desde a crise (adotado como política anti-cíclica, para transformar o "tsunami" em ~marolinha~) e a taxa de investimentos e de poupança hoje estão em níveis baixíssimos. Se não me engano (posso procurar dados depois), os investimentos vêm se reduzindo há 4 trimestres seguidos, e nossa taxa de poupança, que sempre foi baixa em níveis internacionais, está ainda menor.

Além disso, se você estimula a demanda por crédito para consumo, automaticamente você desestimula a poupança. E a falta de poupança compromete o investimento, que compromete o crescimento de longo prazo. Não há economia que cresça de maneira sustentada nessas condições. E essa é nossa realidade atual, gostem certos segmentos ou não. Não haverá perspectiva de crescimento significativo enquanto isso não mudar.
tinha que poder dar mais curtidas e gostei para o mesmo post.
 
Eu acho que algo em torno de 6% a 7% é um intervalo razoável

Será? Já estamos em 6,5% este ano se não me engano e com o aumento do combustível e da eletricidade que estão por vir, dois setores que afetam a cadeia de produção, eu acho que a inflação deverá ser bem maior.
 
Será? Já estamos em 6,5% este ano se não me engano e com o aumento do combustível e da eletricidade que estão por vir, dois setores que afetam a cadeia de produção, eu acho que a inflação deverá ser bem maior.

O aumento dos combustíveis ainda vai ser discutido, mas o governo está dando muitas indiretas para que não tenha reajuste, argumentando que não existe mais defasagem entre os preços aqui dentro e lá fora - o que eu discordo, mas tudo bem, não sou eu que mando. :lol:

Enfim, se 2015 for um ano de preço de petróleo reduzido, como está prometendo ser, o combustível vai ser uma pressão a menos na inflação. Tendo a concordar com o @Fëanor.
 

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