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"To JK Rowling, From Cho Chang", de Rachel Rostad

Isso, na eterna rixa entre chineses x japoneses x coreanos equivale a dizer que a capital do Brasil é Buenos Aires e o presidente é Evo Morales. Ofensa grave... :lol:

Pra eles, é ofensa gravíssima. Chame um chinês de japonês pra você ver. (Takeshi Kaneshiro deve ser o único cara que não leva isso a mal.)

Sabe, apesar de Rowling ser interpelada dessa forma por leitores aborrecentes e pseudopolitizados é ridículo. Tudo bem, a molecada tem o direito de explorar o argumento da diversidade racial, mas Mme. Rowling não deveria se obrigar a justificar coisa alguma na obra, pois o conceito já está consolidado. Justificar isso ou aquilo só alimenta essa grande onda cancerosa do politicamente correto que inunda as redes sociais e torna a internet um verdadeiro tribunal de Inquisição.

Seiko, esse tipo de interpelação é muito anterior à Internet. Foi graças a coisas assim que vimos a ascensão da literatura feminina escrita por mulheres de facto, a literatura pós-colonial, o new criticism, etc.

Aliás, se essa menina não sabe, para a maioria das pessoas Cho é uma das personagens que mais atraem a simpatia do leitor. Ao menos para leitores não-asiáticos...

Ah, mas essa menina sabe. E é justamente esse o problema: é uma simpatia desenvolvida sobre uma personagem com perfil dissonante da realidade e próximo do estereótipo. E não ajuda muito ter a simpatia de leitores não asiáticos - Charlie Chan era uma das personagens mais amadas da literatura policial ocidental, mas os asiáticos não podem nem ouvir falar dele.
 
Cito aqui Tarso de Melo, poeta e escritor, para explicar quão mágico (e curioso) [e potencialmente confuso] pode se tornar uma leitura:

"Obras traem: dizem mais ou menos do que pretendiam seus autores, dizem mais ou menos do que julgam seus intérpretes, principalmente os mais apressados. Há uma grande distância entre as ideias proclamadas pelo autor e aquelas que são realizadas em sua obra: um texto escrito com declarados propósitos críticos pode servir perfeitamente à demonstração da influência conservadora sobre seu autor, bem como obras de autores conservadores ou declarados 'apolíticos' (como tem acontecido) podem ser o melhor objeto para quem pretende apontar as transformações de uma sociedade."
 
Última edição:
Mas, olha vejam só que interessante, parece que alguém aqui resolveu esquecer que Cho Chang não é apenas da casa Ravenclaw, mas também uma apanhadora - a primeira mulher que conhecemos em um esporte que antes víamos quase como totalmente masculino - e que também é simpática e doce, educada e se importa com as pessoas o bastante para não dar um fora direto e superficial em Harry quando viu que ele gostava dela, mas ela "tava em outra". Acho que usar o estereótipo da oriental inteleligente "da casa de mátemática e computadores", não é bem a intenção da Rowling, wharever...
Todo mundo acaba esquecendo que o livro é quase totalmente feito na visão de HARRY que é o personagem principal, e dos mais próximos a ele que são os secundários "de primeira linha". Dessa forma o papel da Cho nos livros é muito bem delineado: Ela é aquela garota perfeita, aquela que pela primeira vez fez o protagonista notar que estava saindo da infância e entrando na adolescência, o primeiro amor idealizado do herói, a primeira garota que ele percebeu que era garota, e não a Hermione - que é quase um bro q rs - o fato dela dar "risinhos", ser sempre rodeada de garotas, ou até mesmo de não termos um passado dela sendo esmiuçado, é fruto da visão que o HARRY tem dela. Ele não entende o mundo de garotas, e exagera no que acha que elas fazem porque é um GAROTO e tá saindo daquela fase do clube do bolinha, onde enxerga as pessoas melhor. Daí vem o caso dele a notar sempre chorando e do Rony comentar sobre isso com ele...é como uma quebra naquela perfeição que ele via antes. Ela podia ser qualquer uma inglesa genérica? De fato, ela podia. Mas Rowling ter feito ela como oriental, diz muito de como ela imagina essas pessoas. Perfeitas, doces, simpaticas, boas em tudo.
"Ah mas isso a colocou como uma oriental genérica e não representou bem os sinoeuropeus, e bla bla." Sim, claro, mas desde quando a intenção era fazer um compendium detalhado sobre as impressões dos ingleses em relação as outras culoturas de minoria no pais? Por favor, estamos falando de um livro que como citado, com certeza fala muito de preconceito e minorias, mas NÃO DA DO NOSSO MUNDO! Bruxos tem outras questões e preocupações, que não as nossas. Não é Harry Potter e as minorias raciais. As aventuras tem outro enfoque, e é normal que Harry não saiba tudo de todos os que o cercam, se você perceber há informação e desenvolvimento dos que o RODEIAM, que é quem ele conhece...Harry não era exatamente um cara que ficava querendo saber da vida social de todo mundo, a sua própria esposa teve um desenvolvimento minimo e só passou a ter MAIS quando ele passou a OLHAR pra ela, entende?
Não acho que a Rowling teve intenção de estereotipar a Cho, ou de criar uma batalha pró ou contra os preconceitos raciais DO MUNDO "TROUXA". Ela faz isso sim, mas usa a analogia dos sangue puro x sangue ruins, bruxos x seres não mágicos, se você souber entender esses parametros, vai entender o fato dela não ficar falando e refalando sobre a sexualidade do Dumbledore, ou a minoria racial em Hogwarts. Vale lembrar também que não sabemos se há minoria, se são apenas alguns alunos e pessoas que tem outra origem étnica em Hogwarts e mundo bruxo em geral. Nós só conhecemos os personagens que Harry conhece, e Hogwarts tem 500 estudantes.
Talvez ela tenha sido infeliz em dar a uma chinesa o nome de uma coreana, talvez ela tenha pensado apenas na sonoridade do nome e do quão excentrico ele ficava - visto que a maioria dos bruxos tem nomes um tanto excentricos - mas o importante, que é o papel que ela tem pro crescimento do personagem, a fase que ela representa que é a quebra daquela infancia de contos de fadas, esse, ela fez a Cho desempenhar muito bem!
Essa guria tá de mimimi sim, pior seria se ela tivesse feito a Cho ficar com outro oriental no livro só pra que "as raças ficassem juntas" como se fosse pecado e anormal agora um oriental se apaixonar por um caucasiano e vice e versa...IMHO
 
Mas, olha vejam só que interessante, parece que alguém aqui resolveu esquecer que Cho Chang não é apenas da casa Ravenclaw, mas também uma apanhadora - a primeira mulher que conhecemos em um esporte que antes víamos quase como totalmente masculino .

Olha, ou você não leu os livros ou não lembra bem deles. O quadribol - exceto na Slytherin que de fato não tem jogadorAs - NUNCA foi colocado como um esporte quase exclusivamente masculino (a exemplo do futebol e outros esportes trouxas com bola). Todos os times (exceto 2, sendo 1 deles o da Slytherin) são mistos e não existe nenhum campeonato exclusivamente masculino ou feminino.

Desde o começo são citadas as jogadoras, Angelina, Katie e Alicia no time da Gryfindor. Em Quadribol Através dos Séculos é citado o meu time favorito, Holyhead Harpies, que é exclusivamente FEMININO e joga contra os times mistos, e é bem antigo (fundado em 1203). Neste time, aliás, Ginny jogou depois que saiu de Hogwarts.

Uma partida do Harpias em 1953 é considerada por muitos como a melhor que o esporte já viu, durou sete dias e foi encerrada pela espetacular captura do pomo pela apanhadora do time, Dulce Griffiths. O capitão do time derrotado (Gaviões de Heidelberg), Rodolfo Brand, desmontou de sua vassoura ao final da partida e pediu a então capitã do Harpias, Gwendolyn Morgan, em casamento. Ele foi espancado com a vassoura da jogadora, em um gesto que se tornou famoso.

Citando o conteúdo do Pottermore - que eu traduzi na época aqui pra Valinor - McGonagall foi uma grande jogadora em sua época de estudante até precisar parar (não me lembro o motivo).


Quanto ao livro ser contado do ponto de vista do Harry - um garoto não lá muito brilhante ou sociável - eu concordo plenamente.



Vale lembrar também que não sabemos se há minoria, se são apenas alguns alunos e pessoas que tem outra origem étnica em Hogwarts e mundo bruxo em geral. Nós só conhecemos os personagens que Harry conhece, e Hogwarts tem 500 estudantes.

Quanto a isso a JK disse uma vez em uma entrevista que não veríamos em Hogwarts intercâmbio constante, com personagens americanizados e coisas do tipo. Que a grande maioria dos alunos são mesmo ingleses, apesar de ter um ou outro de etinia diferente (como as irmãs Patil da Índia, além da própria Cho).
 
Não, eu esqueci mesmo de Angelina, Katie e Alicia, quis dizer que até então nós viamos como masculino, não que ele fosse, o terceiro livro foi escrito antes de qualquer dos spins. Mas esqueci das três artilheiras, mea culpa xD
 
Quanto a isso a JK disse uma vez em uma entrevista que não veríamos em Hogwarts intercâmbio constante, com personagens americanizados e coisas do tipo. Que a grande maioria dos alunos são mesmo ingleses, apesar de ter um ou outro de etinia diferente (como as irmãs Patil da Índia, além da própria Cho).

Até entendi seu "ingleses", mas a Grã-Bretanha tem ficado cada vez menos caucasiana desde a década de 1960 - o que é um fator que pesa quando pensamos se Hogwarts realmente reproduz a realidade britânica. Estou na turma do "é, JK, mais sorte na próxima ao retratar o multiculturalismo no Reino Unido" - aliás, ela fez isso em "Morte Súbita".
 
De novo, vc NÃO entendeu a obra.

Harry Potter fala disso o tempo todo, mas não da forma habitual. Veja os objetivos dos 4 fundadores das casas: Gryffindor só aceitaria corajosos, Ravenclaw só inteligentes, Slytherin somente SANGUES-PUROS e Hufflpuff disse que aceitaria a TODOS sem restrições.

Acho que pra bom entendedor, meia palavra basta...

Morte Súbita trata do mundo real e de forma crua. Harry Potter usou uma realidade fantástica para explorar o mesmo problema - cansativamente, aliás - de forma indireta. Mas parece que muita gente não consegue ler as entrelinhas.
 
1) Nunca li.
2) Isso começou com um poema alheio.
3) Isso é um debate - dizer, "ah, você não entendeu" não te dá mais pontos por isso.
4) Em que pese sua explicação, ela não exclui o multiculturalismo e a dissociação do tokenismo - antes estimula perguntarmo-nos porque, coincidentemente, os tokens reproduzem um dado estereótipo.
5) Tome Maracugina.

ADENDO: Você conhece a obra pelo visto. Se for para comentar sobre isso, trabalhe com base nisso. É uma dica. Desqualificar a outra parte com um argumento vago é uma péssima jogada. Mantenha o foco.
 
Última edição:
Não to entendendo pq vc se sentiu ofendido só pq disse que vc não entendeu a intenção da autora. E visto que vc não leu, isso explica pq vc não entendeu. O mais estranho é comentar uma série de livros (seus acontecimentos internos e o contexto em que foi escrita), sem tê-la lido.

Mas cada vez mais a internet se mostra um lugar onde qualquer discordância é motivo para melindragens...
 
Ora, pra bom entendedor... Você mesmo disse. No entanto, repito que tudo isso começou com base em um poema. E, sinto muito, seus argumentos contra a crítica multicultural/pós-colonial apenas reforçam o questionamento de porque a Rowling não apresentou um quadro mais abrangente da sociedade britânica - sério, seus argumentos mesmo pras definições das escolas (ainda que no caso dos sangue-puros) acabam é dando munição para a crítica. Ademais, dizer que você entende a intenção da autora é algo meio forçado - vá lá que existem "n" metáforas e tal, mas dizer que um leitor (ou mesmo o autor) capta o todo da obra é forçado.
 
Não curto Harry Potter, mas nunca achei que a Cho Chang mostrasse um "preconceito" contra orientais.

Só o lance de "cho" e "chang" serem ambos sobrenomes que ficou realmente meio "tenso" por conta de tudo que a Rowling poderia ter pesquisado pra montar melhor o personagem, ainda mais que a obra dela é extremamente lida e famosa no mundo inteiro, uma hora alguém ia se tocar desse detalhe (e se não me engano a Cho apareceu num momento da história em que "Harry Potter" já era saga mundialmente famosa, no terceiro ou quarto livro) mas em se tratando do nível raso de HP eu não esperava mais do que isso.

Também achei o namorico dela com o Harry muito bobinho, pq ela ficava de picuinha toda hora (as partes chatas do livro referem-se justamente a esses momentos "bobos" adolescentes, que parece que a gente tá assistindo Malhação... o namoro besta do Rony com a Lilá, a mesma coisa) e o Harry mal pôde curtir a sua primeira paixonite... enfim...
 
Mesmo assim, Bel. No sexto e sétimo livros eles continuam sendo adolescentes e a "bobeira" diminui consideravelmente. No quarto e no quinto livros, não sei se pra encher linguiça e fazer livros tão enormes, a quantidade desses eventos é muito grande - e muito chata de ler, pelo menos pra mim.

Até o terceiro livro, pra mim, HP tava susse. Chegou no quarto, ficou um porre - tirando o primeiro cap, com o Voldemort chegando à antiga casa dos Riddle. O quinto livro e todo o "carnaval" da Umbridge também. No sexto e no sétimo as coisas voltam a ficar "sérias" e a história flui melhor.

Rowling sabia que os leitores iam passar um ano sem ler nada de HP - na época em que a obra estava ainda incompleta - e por isso, provavelmente, resolveu encher linguiça...
 
Ainda assim, 14 e 15 anos são o pico da aborrescência, não?

Mas sobre o quinto livro, a própria Rowling admitiu que escreveu demais pra cobrir um furo na história que ela mesma causou.
 
:lol: :lol: :lol:
Não se preocupe, Éomer... eu já esperava que alguém viesse com essa. O negócio é que tentei ver, tentei ler e NÃO GOSTEI do que vi e li e, portanto, não vou perder tempo lendo e vendo o que não gosto com tanta coisa bem mais interessante na fila.

Agora, exceto no começo (quando todo mundo vinha me encher os pacová dizendo que eu devia ler / ver), vc não me vê entrando nos tópicos da série pra comentar acontecimentos dos quais nem sei quais são na obra, exceto uma coisa ou outra que fiquei sabendo de forma resumida por comentários alheios na minha timeline do FB (tipo casamento cor-de-rosa). Hoje TODO mundo que me conhece já sabe que eu não gosto, então nem vem mais comentar comigo. Quando a febre de início ou fim de temporada recomeça no FB eu simplesmente deixo de seguir os amigos que são fãs até a chatice passar.

Eu critico quando perguntam / pedem minha opinião. Mas não entro em tópicos / comunidades / fóruns do tema pra encher o saco dos fãs. Eis a diferença.
 

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