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Maioridade penal

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Eu seria contra pq estudos indicam que o índice de psicopatas em penitenciárias (em geral, não contando apenas entre os criminosos hediondos) é bem maior que o número de pessoas fora de penitenciárias.

Ou seja, a maioria dos criminosos hediondos deve ser portador de psicopatia.

E portador de psicopatia, segundo o que já li, não tem jeito não. Até engabela médico, se deixar, de tão bom na manipulação. Então... infelizmente não vejo muito jeito não.

Até pq acredito naquela frase: as pessoas não mudam, elas apenas melhoram (ou pioram) o que já são. "Perdoar" alguém mais de 1 ou 2 vezes é meio que pedir pra ser feito de trouxa novamente. Infelizmente as coisas q já vi por aí me fazem pensar assim.
 
Vocês seriam contra ou à favor de experiências neurais e lavagem cerebral em criminosos hediondos?

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"Eu era assim..."

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"Aí eu encontrei um pessoal legal que me ajudou..."

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" E então eu fiquei assim!

Lindoriel disse:
Eu seria contra pq estudos indicam que o índice de psicopatas em penitenciárias (em geral, não contando apenas entre os criminosos hediondos) é bem maior que o número de pessoas fora de penitenciárias.

Ou seja, a maioria dos criminosos hediondos deve ser portador de psicopatia.

E portador de psicopatia, segundo o que já li, não tem jeito não. Até engabela médico, se deixar, de tão bom na manipulação. Então... infelizmente não vejo muito jeito não.

Até pq acredito naquela frase: as pessoas não mudam, elas apenas melhoram (ou pioram) o que já são. "Perdoar" alguém mais de 1 ou 2 vezes é meio que pedir pra ser feito de trouxa novamente. Infelizmente as coisas q já vi por aí me fazem pensar assim.

Lindoriel, desculpa a ignorância, mas eu definitivamente não entendi o resultado desses estudos. Você quer dizer que há mais psicopatas presos do que em liberdade? Como que isso leva a conclusão de que "a maioria dos criminosos hediondos deve ser portadora de psicopatia"? Não seria mais fácil identificar qual a % de crimes hediondos foi cometida por indivíduos com transtornos psicológicos?

Enfim, se acreditamos que esses psicopatas não tem solução, então talvez devêssemos falar sobre o que pode ser feito com esses indivíduos, né?
 
Esse treco de "Fiz pq sou di menor e não dá nada pra mim", não é o suficiente para declarar que alguém tem consciência de seu ato ou não.
Vai dizer que nenhum de vocês escutou uma criança repetindo algo que alguém falou e quando foi averiguar ela não tinha certeza se sabia do que estava falando? Uma é saber que matar é errado, outra é entender que matar é errado.
Há séculos atras pessoas se matavam sem o mínimo de remorso, e muitas vezes eram adorados como heróis.
Temos que levar em consideração que nem todos vivem as nossas vidas, e muitos desses jovens delinquentes crescem em um realidade bem deturpada onde as leis do país não tem assim um valor tão grande.
Então eles podem até saber que matar é errado, mas é diferente de ter consciência disso.

Muitos aqui afirmam que somente o fato de baixar a maioridade penal, vai se transformar em uma redução na criminalidade entre os mais novos o que é uma inocência gigantesca, pois se fosse assim o numero de criminosos acima de 18 anos deveria ser menor dos que estão abaixo.

Outro mito em termos de criminalidade, é acreditar que penas mais severas como morte ou prisão perpétua vão resolver os problemas da criminalidade. Algumas décadas atras EUA e Canadá sofriam com a elevação da criminalidade. EUA investiu pesado no fortalecimento da polícia, fez parcerias privadas para construção de prisões de ultra segurança e se transformou no país com a maior população carcerária do mundo, já o Canadá tomou outras medidas, como fortalecimento da educação ética e moral dos seus cidadãos de acordo com as leis do país. Agora te pergunto, qual o país é mais seguro para se viver?


O problema que um sentimento de vingança muito grande domina a nossa população, talvez porque vemos muitos filmes de super heróis e policiais matando bandidos e "salvando a cidade", ou talvez porque nossa história escravocrata tenha nos ensinados a tratar aqueles que não seguem a lei com certo rigor, não sei o motivo, mas isso gera apenas muitas medidas paleativas que não resolvem o problema e a longo prazo acaba piorando. Hoje sou contra a redução da maioridade penal simplesmente porque ninguém nunca conseguiu me provar que isso vai resolver o problema, e eu vejo que isso vai causar muita dor de cabeça num período de 5 anos ou mais.
 
Eu acredito que depois de uma certa idade, tipo 15, 16 anos, o adolescente já sabe "o que é certo e o que é errado".
Ele já sabe por exemplo que certas "atitudes" podem ferir inocentes, prejudicar as pessoas.
Mas se mesmo sabendo disso ele opta por roubar, matar etc e tal ele deve sim ser punido. Ele escolheu.
E como toda escolha tem consequência ele deve arcar com a sua.
 
meus caros...do começo: as crianças criminosas, no geral, não são idiotas o suficiente pra achar que atirar em pessoas e estuprar garotas é "certo" do ponto de vista da sociedade. se uma criança faz isso, é pq ela ignorou as consequências dos próprios atos.

afirmar que o simples fato dela entender o que é crime justifica a sua imputabilidade penal é uma postura especialmente idiota. para vc entender o que é crime, basta ligar a TV e absorver um pouco da cultura da nossa época.

por partes:

maturidade
uma visão bastante coerente sobre maturidade é a que diz que maturidade é o balanceamento entre os atos e consequências nas ações tomadas. se vc executa ações e ignora consequências, normalmente vc é imaturo. é esperado que crianças sejam imaturas. se é esperado que crianças ignorem as consequências, o que os faz acreditar que uma consequência mais rígida faria diferença neste cenário?

discernimento
acho que é óbvio pra todo mundo que crianças com 10+ anos já conseguem entender o que é crime e o que não é. no brasil, temos múltiplos cenários. temos, por exemplo, a favela, que nela, apesar da criança crescer ouvindo da avó que matar e roubar é errado, diariamente chegam notícias pra ela do conhecido que morreu assassinado por não sei quem e não sei por qual motivo, e também daqueles que conseguiram se dar bem na vida somente através do roubo / tráfico. nesse cenário onde a criança tem pouquíssimas perspectivas de futuro, não é difícil entender que ela tem uma maior chance ainda de ignorar as consequências dos seus atos para ter nem que a mínima chance de se dar bem na vida - independente das consequências.

neste ponto é mais infeliz ainda a comparação com outros países, como por exemplo o canadá, que nem favela tem direito. afirmar que basta educar crianças e enfiar ética na cabeça delas é bullshit. em um país como o canadá, onde o acesso à educação atende um mínimo aceitável, beleza, dá pra adotar esse tipo de ação. mas e no brasil? temos aqui uma taxa baixa de evasão escolar, mas todo mundo sabe a qualidade do ensino para determinadas castas - se não é possível passar nem o conhecimento básico através deste meio, quem dirá valores éticos?

claro, não vou entrar no mérito das crianças que tem acesso a recursos (classes média e alta) e que cometem crimes pois normalmente estes são casos de psicopatia. tem o exemplo clássico do moleque de 13 anos que esquartejou o amiguinho pq tomou um PK no Tibia. normalmente elas não precisam cometer os crimes, e o ambiente no qual elas vivem não estimulam-as a comete-los. se elas cometem, normalmente, é pq tem uma pré-disposição muito forte para isso.

atualmente estou no rio de janeiro. este lugar é um belo exemplo do pq o brasil não deve receber a mesma tratativa do resto do mundo: aqui a favela é vizinha do bairro nobre. tomando como exemplo são paulo, minha cidade anterior, os bairros pobres são afastados fisicamente dos bairros nobres. no RJ, esse choque de realidades é muito mais intenso, e a criança pobre fica ainda mais exposta ao que ela significa pra sociedade.

retribuição
sim, vc pensou na direção correta, mas o sentido está errado. não falo sobre sociedade -> criança, mas sim criança -> sociedade. novamente no exemplo das crianças muito pobres, que são as que estatisticamente cometem mais crimes: se vc cresce vendo todos que vc ama sendo excluídos, rejeitados e pisoteados pela sociedade, vc começa a nutrir que tipo de sentimento? é especialmente chocante quando vemos uma notícia (frequente) onde um menor rapta um casal de classe alta, estupra a moça (que ele nunca conseguiria ter) e mata o rapaz (que até ontem o humilhava). cenário lamentável, mas quem é o culpado? a criança? a motivação do crime partiu da criança? essa discussão do homem ser naturalmente mau já foi moda no século passado, mas superamos essa fase.

é óbvio que uma criança que executa um ato desses sabe o que está fazendo, mas isso faz alguma diferença para a discussão? o ponto é: quem tem a responsabilidade pelo que ela está fazendo? o objetivo do sistema penal é punir o infrator ou o responsável? da história do direito que eu conheço, sempre foi o responsável. como neste caso o responsável é a sociedade, fica meio inviável mandá-la pra cadeia :lol:

essa proteção contra o menor não se trata de um bando de gente irresponsavelmente boazinha e tolerante, se trata de um grupo ético que entende a violência à qual este mesmo menor está exposto, e assume que ele não é responsável pelos seus atos pois, por ser criança, ainda não tem um calo uma moral plenamente desenvolvida para frear aquilo que faz em detrimento daquilo que sofre. o preço a se pagar é um leve incentivo ao menor a cometer crimes neste cenário caótico. mas vejam, supondo que a maioridade penal fosse reduzida pra 5 anos de idade, essas variáveis acima citadas mudariam em qualquer esfera? na verdade, piorariam, pois a cadeia brasileira sim seria um lugar pra aprimorar a mente criminosa e o ódio da criança.

prender não resolve nada. não intimida e não educa. se é pra diminuir a maioridade penal, isso só faz sentido se for com a intenção de excluir completamente o menor da sociedade, e, no brasil, seria mais eficiente implementar isso através de pena de morte. aos que defendem a redução da maioridade penal no brasil, que acham, portanto, da execução dos menores infratores? socialmente falando teríamos mais resultados :)
 
Porque se for perder tempo discutindo particularidades da Lei, não se chegará a lugar nenhum

A Lei não é nenhum decreto divino, ela é um consenso, foi motivo de discussão. Temos sim que discutir as particularidades dela

Essa ideia de achar que diminuir a maioridade penal somente irá forçar o crime organizado a recrutar crianças ainda mais novas é o tipo de ideia que impede que medidas mais duras sejam tomadas, em reprimir a atitude criminosa.

Se o argumento de quem defende a redução da maioridade é que os bandidos usam menores de idade por não serem imputáveis pela lei então esse argumento dos que são contra a redução faz sentido.

Perfeitamente, meu querido Morfs. Tomemos como exemplo os Estados Unidos, por sua extensão territorial, onde cada Estado possui sua própria Legislação e Constituição. O sistema carcerário funciona como deveria porque é privado. Indústrias como a Chrysler e a Chevrolet recebem pacotes de isenção fiscal em manter cadeias de nível excelente em qualidade de vida aos presos. Não se ouve falar de superlotação, rebeliões ou fugas, porque felizmente o sistema não tirou a autoridade das mãos da polícia a favor de direitos humanos tortos, porcos e rasos em favor de marginais, como vemos aqui no Brasil. Se o 'sistema carcerário privado é perverso' por manter presos bem alimentados mas trabalhando, sendo úteis e estudando (sim, muitos trabalham em lavanderia, cozinha e faxina para redução de pena e alguns fazem faculdade à distância lá dentro), o nosso Estatal é o quê? Justo? Paternalista? Adequado? A palavra é conveniente, pois com base na desculpa de que é ineficiente e superlotado, a justiça atravanca processos de criminosos perigosíssimos com argumentos humanitários. Que nojo!

Eu me lembrei de um documentário do Michael Moore (estou tentando lembrar, mas não consigo de jeito nenhum o nome) onde numa cidadezinha uma empresa ganhou uma concessão de uma prisão para menores infratores e incrivelmente crimes que seriam punidos com advertência ou suspensão (de escola) passaram a ser punidos com encarceramento de várias semanas a meses. E eram crimes de desafio a diretor etc. Uma menina reclamou da escola no Facebook e foi mandada pra "prisão". Então, sim. Ter lucro com o cerceamento de liberdade é injusto e perigoso.

Se tivermos Leis severas que sirvam de medida repressora, a tendência é que o envolvido pense muito bem antes de agir - e isso conta como agravante de dolo, pois envolve premeditação. Se ele souber que existe uma Lei que reserva prisão perpétua para estupro de incapaz ou pena de morte para homicídio qualificado, o cara vai pensar mil vezes antes de fazer. Se mesmo assim ele o fizer, um Código Penal adequado e um sistema carcerário privatizado irá garantir o tempo de reclusão com qualidade de vida, e a devida 'regeneração' perante à sociedade. Reincidências devem ser vistas com muita severidade. O problema é que o Brasil é enorme, possui um sistema judiciário falho, uma Constituição desatualizada e um governo centralizador e provinciano.

A pena mais grave da Noruega é 21 anos de prisão (sim, são mais liberais que nós, aqui são 30 anos) e nos EUA tem pena de morte (dependendo do estado) e eu não pensaria duas vezes se tivesse que escolher onde morar. Penas mais severas não são indicadores de segurança.

Vocês seriam contra ou à favor de experiências neurais e lavagem cerebral em criminosos hediondos?

Claro que sou contra. Se eu sou contra testes em animais quanto mais em humanos.

Eu acredito que depois de uma certa idade, tipo 15, 16 anos, o adolescente já sabe "o que é certo e o que é errado".

Mas o que faz você acreditar nisso? Pois estamos falando de vidas. Se vamos restringir a liberdade de alguém é bom ter algum argumento facilmente verificável pra isso.
 
Enfim, se acreditamos que esses psicopatas não tem solução, então talvez devêssemos falar sobre o que pode ser feito com esses indivíduos, né?
Manter a maior distância possível entre eles e nós. O problema é que a maior distância possível entre dois seres humanos (ou entre dois grupos de seres humanos), é aquela em que um deles está vivo e o outro está morto.

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Post Original de Sejong

Vocês seriam contra ou à favor de experiências neurais e lavagem cerebral em criminosos hediondos?
Se ficasse só nessa raça...
O problema é que a Caixa de Pandora seria aberta e não ficaria só neles.
 
Eu me lembrei de um documentário do Michael Moore (estou tentando lembrar, mas não consigo de jeito nenhum o nome) onde numa cidadezinha uma empresa ganhou uma concessão de uma prisão para menores infratores e incrivelmente crimes que seriam punidos com advertência ou suspensão (de escola) passaram a ser punidos com encarceramento de várias semanas a meses. E eram crimes de desafio a diretor etc. Uma menina reclamou da escola no Facebook e foi mandada pra "prisão". Então, sim. Ter lucro com o cerceamento de liberdade é injusto e perigoso.

Realmente não entendi esse caso. A empresa privada ganhou uma concessão para administrar uma prisão para menores infratores, certo. Só que quem prende e julga os menores infratores ainda é o Estado, não? Por mais que estejamos falando sobre o lucro da empresa privada, teoricamente ela não pode maximizar o número de presos, já que não será a própria empresa que prenderá e julgará os menores. Além disso, tem uma outra questoa: A empresa ganhou uma concessão. Isso significa que o seu projeto é de menor potencial de lucro dentre os demais concorrentes (possivelmente pq vai cobrar a menor tarifa possível).

Manter a maior distância possível entre eles e nós. O problema é que a maior distância possível entre dois seres humanos (ou entre dois grupos de seres humanos), é aquela em que um deles está vivo e o outro está morto.

Era esse o meu ponto. Não que eu necessariamente seja favorável a pena de morte, mas acho que o assunto tem que ser falado abertamente. Se a sociedade realmente acredita que não há reabilitação para um criminoso que mais parece um animal descontrolado, então alguma solução tem que ser encontrada.
 
Mas o que faz você acreditar nisso? Pois estamos falando de vidas. Se vamos restringir a liberdade de alguém é bom ter algum argumento facilmente verificável pra isso.

O que me faz acreditar nisso são coisas bem simples. Por exemplo, vc sabe que se vc fizer sexo sem camisinha, você corre grande risco de pegar uma doença e/ou ficar grávida. Se você usa drogas você sabe que corre o risco de ficar viciado e que depois pra sair dessa não vai ser fácil. Se você compra uma arma, você sabe que um tiro pode matar uma pessoa. Se você pega uma coisa que não é sua, sem pedir ou emprestar, você sabe que é roubo. Isso tudo você vai aprendendo conforme cresce, na sua casa e na escola. Eu acredito que quando você tem de 15 pra 16 anos, essas coisinhas estão bem claras na cabeça.

E é justamente por estarmos falando de vidas que acredito que se um menor cometer um crime, como assalto a mão armada, homicídio, estrupo, ele deve sim ser punido.
 
Eu penso que a Caixa de Pandora maior que existe é a televisão, e a segunda maior são as mazelas sociais e o sistema educacional defasado. Eu sou favorável à realização de experiências neurológicas e lavagem cerebral em criminosos hediondos, e acho isto melhor do que punições pequenas, impunidade, e do que pena de morte também, obviamente, pois se chegamos em uma época em que a neurologia e a bioquímica nos oferecem a chance de reabilitar criminosos hediondos considerados impossíveis de serem reabilitados, por quê não fazê-lo? Claro que para os criminosos não-hediondos, isto não seria necessário jamais. Agora; é preciso que entendam este fato, claro: experiências neurais não são tortura, necessariamente. :think:
 
A minha dúvida aqui é se todos os criminosos necessariamente estão no mesmo saco de gatos. O pivete que roubou uma carteira não é o mesmo que o Champinha que você citou, né? Alguém que sequestra, estupra, tortura e mata com certeza tem algum problema mental que o torna menos humano. Não tenho dúvidas sobre isso. Só que se o indivíduo tem problemas mentais, será correto aplicarmos o princípio de "direitos humanos para humanos direitos"?

Para isso existe a apuração do delito - claro, em se falando de uma reforma do Código Penal e do sistema carcerário, que proporcionaria maior rapidez no julgamento de processos e condenações, desinchando a burocracia horrorosa que temos hoje no país.

Claro que o pivete que rouba uma carteira não é um Champinha, e de acordo com as análises técnicas comportamentais feitas pelos profissionais da Fundação Casa, receberá a punição adequada para que não haja reincidência. Também depende muito da categoria de distúrbio mental, que também é detectado por exames. Muitos psicopatas perigosos são tão safos que se atém ao distúrbio mental como plano de fuga que manipulam exames, para no final estarem livres. Só que, para quem não sabe, um hospital psiquiátrico é MUITO PIOR do que uma cadeia, e pode ser a pior escolha. Acredite.


Enfim, se acreditamos que esses psicopatas não tem solução, então talvez devêssemos falar sobre o que pode ser feito com esses indivíduos, né?

Prisão perpétua. Simples. Se não há chance de recuperação ou de convivência, não há sistema carcerário de primeiro mundo que vá dar jeito. Ou alguém prefere um psicopata solto porque é 'cruel e desumano' mante-lo preso pelo resto da vida ao invés de produzir e trabalhar sob supervisão na cadeia?


Manter a maior distância possível entre eles e nós. O problema é que a maior distância possível entre dois seres humanos (ou entre dois grupos de seres humanos), é aquela em que um deles está vivo e o outro está morto. (...)

O problema é que a Caixa de Pandora seria aberta e não ficaria só neles.

Infelizmente, concordo.


A pena mais grave da Noruega é 21 anos de prisão (sim, são mais liberais que nós, aqui são 30 anos) e nos EUA tem pena de morte (dependendo do estado) e eu não pensaria duas vezes se tivesse que escolher onde morar. Penas mais severas não são indicadores de segurança.

Morfs, não dá pra comparar a Noruega com os Estados Unidos ou Brasil por diversos fatores. O crucial é a extensão territorial. A outra é a grande variedade cultural, que torna a população extremamente heterogênea, e consequentemente, modos de pensar e de encarar a Lei de modos diferentes. No Japão, presidiários não usam correntes, e policiais não usam armas, porque lá se leva muito a sério o conceito de respeito e de honra. Tente fazer igual, aqui. Não há como comparar realidades socioeconômicas tão diferentes, pois para efeitos de comparação, há a necessidade de critérios de amostragem semelhantes.


Criminosos não-hediondos são diferentes de criminosos hediondos. Criminosos não hediondos são infratores, criminosos hediondos são inimigos públicos (sem nenhuma conotação política neste contexto, claro), logo, inimigos do bem comum (enquanto comunidade/nação/civilização), mas também inimigos dos indivíduos cidadãos, seres humanos, e pessoas de bem. Seria muito fácil recuperar infratores, mas quase nenhum criminoso hediondo é recuperável, exceto com lavagem cerebral. Vocês seriam contra ou à favor de experiências neurais e lavagem cerebral em criminosos hediondos?

A questão é a seguinte: no país, o crime está dominando. A Lei não representa mais coisa alguma, nem como repressão, nem como aplicação de ordem. Estamos reféns da criminalidade, e por que? Direitos humanos? Medida imediata ou a longo prazo, essas suposições lindas acerca da humanidade e da liberdade do indivíduo? Sinto muito, desculpem o pé na porta, mas isso na realidade em que vivemos hoje no país é balela.

Estamos presos dentro de nossas próprias casas, e agora, estamos reféns de crianças. Numa realidade como esta, a solução a curto prazo não pode e nem deve ser baseada em ideais utópicos e irreais para um país mergulhado na corrupção. Tudo isso é muito bonito, mas pra um país como o nosso, não funciona. Por que não há contrabando de drogas para a Tailândia? Porque o Rei é tachativo: se trouxer drogas pra cá, morre na prisão. Os narcotraficantes evitam esse país na rota, porque é burrice. Prova que uma política de repressão pesada baseada em leis duras e incorruptíveis funciona. Mas, enfim.
 
Última edição:
O que me faz acreditar nisso são coisas bem simples. Por exemplo, vc sabe que se vc fizer sexo sem camisinha, você corre grande risco de pegar uma doença e/ou ficar grávida. Se você usa drogas você sabe que corre o risco de ficar viciado e que depois pra sair dessa não vai ser fácil. Se você compra uma arma, você sabe que um tiro pode matar uma pessoa. Se você pega uma coisa que não é sua, sem pedir ou emprestar, você sabe que é roubo. Isso tudo você vai aprendendo conforme cresce, na sua casa e na escola. Eu acredito que quando você tem de 15 pra 16 anos, essas coisinhas estão bem claras na cabeça.

E é justamente por estarmos falando de vidas que acredito que se um menor cometer um crime, como assalto a mão armada, homicídio, estrupo, ele deve sim ser punido.

O que me faz acreditar nisso são coisas bem simples. Por exemplo, vc sabe que se vc fizer sexo sem camisinha, você corre grande risco de pegar uma doença e/ou ficar grávida. Se você usa drogas você sabe que corre o risco de ficar viciado e que depois pra sair dessa não vai ser fácil. Se você compra uma arma, você sabe que um tiro pode matar uma pessoa. Se você pega uma coisa que não é sua, sem pedir ou emprestar, você sabe que é roubo. Isso tudo você vai aprendendo conforme cresce, na sua casa e na escola. Eu acredito que quando você tem de 15 pra 16 anos, essas coisinhas estão bem claras na cabeça.

E é justamente por estarmos falando de vidas que acredito que se um menor cometer um crime, como assalto a mão armada, homicídio, estrupo, ele deve sim ser punido.

Me desculpa Lynoka, mas você não vive no mesmo país que eu.
Eu fui no norte de minas, no vale do Jequitinhonha, e o que eu vi lá é como que a falta de informação faz com que pessoas cometam besteiras enormes.
Agora eu te digo, uma aluna da classe media de 14 anos engravidar, pode muito bem entrar nessa sua concepção, mas te garanto que uma menina de favela não engravida porque quer e nem porque é irresponsável o suficiente para isso, mas simplesmente porque não tem consciência das consequências de seus atos. O mesmo vale para drogas, para o pegar o que não é seu e os outros exemplos que você citou. Um grande erro nos mais variados discursos é julgar os demais por um ponto de vista seu.
Eu já vi em uma favela aqui de BH uma mãe que diluia os comprimidos anticoncepcionais que ganhava do governo no filtro de barro da sua casa, para assim "proteger" suas filhas.
Falta de informação é algo grave no Brasil, na verdade é gravíssimo.

No mais o post do Amon resumiu bem demais as coisas, então não tenho nada mais a declarar.


Grimmir

O problema da privatização das cadeias no EUA é serio. Para obter lucro, acabou rolando uma espécie de máfia das cadeias que obtinham lucro com um grande numero de presos (mais ou menos aquelas histórias contadas no tropa de elite).
E para diminuir os custos estavam economizando na comida, nas roupas, nos banhos em tudo, isso gerou uma certa polemica mas que nem deu muita repercussão não.
Infelizmente a ganancia do ser humano está acima de muitos ideais da sociedade.
 
Tornar os presos produtivos para a sociedade e para si. Aumentar o rigor nas punições ou eliminar a liberdade condicional e as chances imensas de redução de pena. Melhorar a educação da população de um modo equitativo, ou ao menos, equilibrado. Melhorar a renda dos que possuem baixos salários. Tudo isto é uma coisa. Usar a ciência para mexer no psicológico e biológico (neste caso específico, neurológico) dos criminosos hediondos é outro nível de ação. Ambos estes níveis de ação são necessários no Brasil, em minha opinião.
 
Realmente não entendi esse caso. A empresa privada ganhou uma concessão para administrar uma prisão para menores infratores, certo. Só que quem prende e julga os menores infratores ainda é o Estado, não? Por mais que estejamos falando sobre o lucro da empresa privada, teoricamente ela não pode maximizar o número de presos, já que não será a própria empresa que prenderá e julgará os menores. Além disso, tem uma outra questoa: A empresa ganhou uma concessão. Isso significa que o seu projeto é de menor potencial de lucro dentre os demais concorrentes (possivelmente pq vai cobrar a menor tarifa possível).

Digamos que um juiz recebia incentivos para condenar mais do que seria necessário. Estamos falando de seres humanos. A ganância dá um jeito pra tudo. Pode se economizar em remédios, material de limpeza, comida etc.

Era esse o meu ponto. Não que eu necessariamente seja favorável a pena de morte, mas acho que o assunto tem que ser falado abertamente. Se a sociedade realmente acredita que não há reabilitação para um criminoso que mais parece um animal descontrolado, então alguma solução tem que ser encontrada.

Brasileiro nem consegue eleger políticos honestos vai ser capaz de debater um assunto tão sério e potencialmente perigoso? Esse é o perigo da ditadura da maioria. Aquele negócio de vox populi vos dei é errado e perigoso.

O que me faz acreditar nisso são coisas bem simples. Por exemplo, vc sabe que se vc fizer sexo sem camisinha, você corre grande risco de pegar uma doença e/ou ficar grávida. Se você usa drogas você sabe que corre o risco de ficar viciado e que depois pra sair dessa não vai ser fácil. Se você compra uma arma, você sabe que um tiro pode matar uma pessoa. Se você pega uma coisa que não é sua, sem pedir ou emprestar, você sabe que é roubo. Isso tudo você vai aprendendo conforme cresce, na sua casa e na escola. Eu acredito que quando você tem de 15 pra 16 anos, essas coisinhas estão bem claras na cabeça.

Em todo momento você usou a palavra sabe, mas ao falar da suposta capacidade de julgar os próprios atos dos menores você novamente usou a palavra acredito. Continuo batendo na mesma tecla.

Eu sou favorável à realização de experiências neurológicas e lavagem cerebral em criminosos hediondos

O Brasil é signatário de acordos internacionais que não o permitem fazer isso. E mesmo que permitisse isso seria imoral e antiético. O que acontece se for comprovada a inocência depois do "tratamento"? Como já aconteceu várias vezes nos EUA de um prisioneiro que estava no corredor da morte há muitos anos e reconhecido pela vítima foi declarado inocente baseado em teste de DNA.

Agora; é preciso que entendam este fato, claro: experiências neurais não são tortura, necessariamente. :think:

Não precisa ser tortura pra ser considerado antiético.

Usar a ciência para mexer no psicológico e biológico (neste caso específico, neurológico) dos criminosos hediondos é outro nível de ação. Ambos estes níveis de ação são necessários no Brasil, em minha opinião.

Quando chegar nesse momento a humanidade já terá passado do limite da moral. Isso de usar a ciência no tratamento dos "desajustados" ou indesejados já aconteceu antes na história. Não foi legal.
 
Exageradamente anti-capitalista. (Este post vai receber uma enxurrada de FAIL de todos os esquerdistas do fórum, observem...)
 
Eu gosto da parte do
"Criminoso não é gente".

E espero que aqui ninguem tenha pirateado nada, nem feito gatonet, nem furado sinal vermelho, que jamais beba e dirija, ou fume maconha, ou xingue um juiz de futebol ou um politico. Espero que aqui todas as pessoas tenham a civilidade e o sangue frio de não se deixar dominar pelas emoções e envolver-se numa luta corporal.

Porque se tem uma coisa que aprendi é que somos Humanos e não estamos livres de cometer um ato ilícito. No calor do momento as pessoas fazem coisas que nem mesmo elas são capazes de acreditar.

E esse papo todo de reduzir a maioridade penal fica muito bonito quando você tem educação, emprego e saúde. Que tal em vez de reduzir a idade nós investirmos mais em educação de qualidade. Vivemos numa sociedade cheia de desigualdades e descriminações, muitas delas financeiras. Em que aspecto condenar um menor a 20 anos de cadeia vai reduzir essas desigualdades?

E antes de terminar, solicito, por favor, deixar fora do debate os psicopatas. Maníaco do parque, Suzane Richoffen, Champinha, etc. Casos como esses vão alem de maior ou menor de idade. Os psiquiatras, assistentes sociais e psicologos já definiram que tais pessoas não devem ser devolvidadas à sociedade. Lá no começo dessa discussão alguém já disse que não é salutar tentar usar casos extremos para justificar medidas assim.
:squid::squid::squid:
 
Última edição:
Unico resultado da diminuição da maioridade penal:

Aumento no colapso e total falencia do sistema carcerário e punitivo do brasil.

Nada alem disto vai melhorar, e pra ninguem, em nehum patamar da sociedade.
 
Unico resultado da diminuição da maioridade penal:

Aumento no colapso e total falencia do sistema carcerário e punitivo do brasil.

Nada alem disto vai melhorar, e pra ninguem, em nenhum patamar da sociedade.
Não tem como vc afirmar isso. Até pq, logo de cara, a tendência é a redução dos crimes que seriam cometidos por jovens já que teriam menos bandidos nas ruas.
 
Claro que tem. não funciona com maiores de 18 anos, porque funcionaria com menores?

não vejo em que diminuir a idade penal vai diminuir a quantidade de bandidos na rua. é como falar que com upp, diminuiu o numero de bandidos na rua, quando foi justamente o contrario(no caso das upps).

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Outra coisa. cito um exemplo que aconteceu uma vez:

Encontrei uma amiga que tinha sido assaltada na Lapa, como conheço as quebradas mais sinistras da lapa, fui com ela até a escadaria, e ela reconheceu o asslatante la num dos degraus.

Fomos até uma viatura comunicar.

Resposta: "Não vou prender porque não vou ter pra onde levar, minha unidadade já esta lotada. Vou passar um radio pra sei la das quantas."
Resposta da sei la das quantas, a mesma coisa.

3% dos menores inseridos na lei serão presos, aumentando a massa falida carceraria...

realmente acho que não vai se sentir impacto nenhum de tal lei.

Inclusive pra uma remoção temporaria e inutil das ruas, ja se existiam mecanismos, totalmente ineficazes...

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isto quer dizer que tem de liberar quem esta preso? não, não é isto. Entendo que a diminuição da maioridade penal seja consequencia da atual realidade do crime, mas acho que combater as causa desta realidade muito mais importantes do que combater as consequencias, alem de realmente achar que é uma medida inutil que só serve pra explicitar o quanto retrocedemos em relação a realidade do crime no nosso país. E fazendo a mesma coisa que sempre foi feito, a tendencia é só piorar.

se for assim, abaixa logo a pena pra acima dos 8 anos.

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A maioridade brasileira é baseada na sua realidade, e TODA a sociedade é baseda nela, na fase em que a pessoa se encontra dentro do país. O debate de se um garoto de 16 anos já pode arcar com as responsabilidade de uma adulto é outra. Beleza, já pode? Obriga a votar(certo ou errado isto), obriga a servir o exercito, da o direito a tirar a carteira de motorista, da o direito a beber...

direitos e deveres...

Obrigar uma pessoa que NÃO é legalmente um adulto a sofrer as consequencias de um crime como tal, per sí só, é meio absurdo...

a idade de 18 pra maioridade(toda ela), que já foi de 21, não é a toa...
 
Última edição:
Devemos lutar para que as pessoas se conscientizem de que é necessária a realização de experiências neurais em criminosos hediondos, para reabilitá-los e garantir que não haja reincidência, e assim poderemos contribuir muito eficazmente para erigir uma sociedade melhor, mais justa, pacífica e segura.
 

Valinor 2023

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