• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Jovem israelense desafia Exército e se recusa a prestar serviço militar

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
[h=2]Nathan Blanc, 19 anos, foi condenado na última terça pela oitava vez por se recusar a vestir o uniforme do Exército israelense. "Vou continuar até que o Exército se canse de mim", diz[/h]

O jovem israelense Nathan Blanc, 19 anos, foi condenado à prisão depois de se recusar, pela oitava vez nos últimos cinco meses, a vestir o uniforme do Exército e fazer o juramento de fidelidade que todos os soldados declaram ao se alistar às forças armadas.

De acordo com Blanc, o alistamento no Exército contradiz seus valores morais, já que a situação politica na região "não é democrática".
"Na nossa região existem dois povos, o israelense e o palestino, mas só nós temos um Estado e um Exército, e nosso Exército serve para subjugar o outro povo",
disse Blanc ao Terra poucos minutos depois de ser condenado a 14 dias na prisão militar, após ter reiterado sua recusa de prestar serviço militar.

nathan3.jpg

Nathan Blanc, 19 anos, foi condenado pela oitava vez por se recusar a prestar o serviço militar em Israel
Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação​

Blanc se apresentou nesta terça em uma base militar próxima a Tel Aviv para declarar, pela oitava vez, que não está disposto a integrar as forças armadas.
"Fui julgado por um oficial da base militar, que me perguntou se estou disposto a me alistar e eu respondi que não",
disse,
"na sala estávamos o oficial que me julgou, um escrivão e eu".

"Depois que declarei minha recusa o oficial determinou que eu fosse enviado à prisão militar por 14 dias, nas vezes anteriores fui condenado a 20 dias em cada julgamento".
Blanc afirmou que pretende continuar se recusando
"até que o Exército se canse de mim e me libere".

Serviço compulsório

O porta-voz do Exército israelense, Felix Castillo, afirmou ao Terra que Israel tem um serviço militar compulsório que se aplica a todos os homens e mulheres, com algumas exceções.
"Essas exceções se devem a motivos de saúde, razões religiosas, local de moradia e outros. Civis que não obtêm liberação das Forças de Defesa de Israel e não cumprem a lei, enfrentam as consequências de seus atos".

Todos os jovens de Israel, ao alcançar a idade de 18 anos, são obrigados a servir o Exército, exceto ultraortodoxos, cidadãos árabes e mulheres casadas. No entanto, há dezenas de anos existe um movimento de recusa por razões de consciência.

Esse movimento se fortaleceu durante a Primeira Guerra do Líbano, em 1982, quando centenas de soldados, principalmente da reserva, se recusaram a prestar serviço militar no Líbano. Naquela época foi criado o movimento Yesh Gvul (existe limite/fronteira, em tradução livre) que atua até hoje.

De acordo com o ativista do Yesh Gvul, Shimri Tzameret, desde a ocupação dos territórios palestinos, na guerra de 1967, já houve milhares de casos de recusa, incluindo reservistas e soldados das forças regulares. Tzameret, 28 anos, se recusou a prestar serviço militar em 2003, junto com mais três.

Os quatro foram condenados a várias penas curtas, como no caso de Nathan Blanc e, depois de um ano, foram levados a um tribunal militar que os condenou a um ano de prisão. No total, o grupo ficou dois anos na prisão.
"Mas naquela época o clima era diferente, estávamos no meio da Intifada (levante palestino) e o Exército resolveu nos tratar duramente. Espero que no caso de Nathan (Blanc) eles (o Exército) o liberem mais rapidamente",
disse Tzameret ao Terra.

"Enfrentando o sistema sozinho"

"A situação de Nathan é mais difícil do que a nossa, nós éramos quatro e ele está enfrentando o sistema sozinho",
acrescentou.

Blanc está disposto a prestar serviço civil em vez do serviço militar, como, por exemplo, trabalhar em um hospital.
"Estou disposto a contribuir para a sociedade, mas não no contexto do Exército",
disse.

Grande parte dos soldados que não quer servir o Exército por razões de consciência acabam recorrendo a psiquiatras e sendo liberados por motivos de "incapacidade". Mas Blanc diz que não quer mentir.
"Quero ser liberado por razões de consciência e não alegar que tenho problemas mentais",
afirmou.

A familia de Blanc apoia sua decisão.
"É uma pena que não existe em Israel um dispositivo legal que permita que objetores de consciência prestem serviço civil em vez do serviço militar",
disse a mãe de Nathan, Nomi Blanc, ao Terra.
"Se o Exército resolver tentar quebrar Nathan, isso pode durar muito tempo, pois ele está determinado a continuar se recusando",
afirmou a mãe.

Fonte

_______________________________________________

Adorei a atitude desse cara. Parabéns! Enfim alguém que pensa!
 
no fim é tudo politica

Naturalmente. E...?

__________________


"Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais, e é também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros.

Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não conseguiu bombardear impunemente o País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico pôde arrasar a Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos?"

- Eduardo Galeano

Meus aplausos ao cara que não quis fazer parte disso.
A questão é: será que uma atitude como essa em Israel gera repercussão favorável ao cara?
A reportagem menciona um movimento crítico ao serviço militar obrigatório por razões de consciência.
Será que esse movimento tem peso significativo ou permanece alijado na sociedade civil? :think:
 
Blanc está disposto a prestar serviço civil em vez do serviço militar, como, por exemplo, trabalhar em um hospital.

"Estou disposto a contribuir para a sociedade, mas não no contexto do Exército", disse.

Grande parte dos soldados que não quer servir o Exército por razões de consciência acabam recorrendo a psiquiatras e sendo liberados por motivos de "incapacidade". Mas Blanc diz que não quer mentir.

"Quero ser liberado por razões de consciência e não alegar que tenho problemas mentais", afirmou.

A familia de Blanc apoia sua decisão.

"É uma pena que não existe em Israel um dispositivo legal que permita que objetores de consciência prestem serviço civil em vez do serviço militar",
disse a mãe de Nathan, Nomi Blanc, ao Terra.

"Se o Exército resolver tentar quebrar Nathan, isso pode durar muito tempo, pois ele está determinado a continuar se recusando",
afirmou a mãe.

Na nossa região existem dois povos, o israelense e o palestino, mas só nós temos um Estado e um Exército, e nosso Exército serve para subjugar o outro povo

Nathan Blanc


Que cara bacana!

Consciente e de opinião.

E além de tudo, gacto! :grinlove:
 
Clara sua bandida, eu ia dizer isso :lol:

Não dá pra passar batido. =]

E respondendo ao Mercucio

A questão é: será que uma atitude como essa em Israel gera repercussão favorável ao cara?
A reportagem menciona um movimento crítico ao serviço militar obrigatório por razões de consciência.
Será que esse movimento tem peso significativo ou permanece alijado na sociedade civil? :think:

Não acredito que tenha peso significativo, não.
Veja que, segundo a reportagem, são poucos os que participam/participaram desse movimento.

Todos os jovens de Israel, ao alcançar a idade de 18 anos, são obrigados a servir o Exército, exceto ultraortodoxos, cidadãos árabes e mulheres casadas. No entanto, há dezenas de anos existe um movimento de recusa por razões de consciência.

Esse movimento se fortaleceu durante a Primeira Guerra do Líbano, em 1982, quando centenas de soldados, principalmente da reserva, se recusaram a prestar serviço militar no Líbano. Naquela época foi criado o movimento Yesh Gvul (existe limite/fronteira, em tradução livre) que atua até hoje.

De acordo com o ativista do Yesh Gvul, Shimri Tzameret, desde a ocupação dos territórios palestinos, na guerra de 1967, já houve milhares de casos de recusa, incluindo reservistas e soldados das forças regulares. Tzameret, 28 anos, se recusou a prestar serviço militar em 2003, junto com mais três.

Os quatro foram condenados a várias penas curtas, como no caso de Nathan Blanc e, depois de um ano, foram levados a um tribunal militar que os condenou a um ano de prisão. No total, o grupo ficou dois anos na prisão.

Esses "milhares" aí (tirando esses quatro) será que foram presos também ou "mudaram de ideia" e serviram o exército, porque afinal de contas, perder dois anos na prisão não é nada legal e acredito que deva ficar sim uma mácula na vida da pessoa, na sua cidadania, pra conseguir emprego estudar etc.
 
Se mais pessoas fizessem o que ele está fazendo, aos poucos as coisas iam mudando. Sério!! :clap:

Às vezes o povo esquece do poder que tem, ou simplesmente não o exerce.
 
Tomara que mais pessoas sigam esse exemplo. Me assusta o que se tornou o estado de Israel. Eu vejo mais semelhança entre eles e a Alemanha Nacional Socialista do que gostaria de enxergar.
:squid::squid::squid:
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.404,79
Termina em:
Back
Topo