Antes de mais nada gostaria de dizer que sou cético a 2 anos, e pra mim histórias de fantamas não passam de lorotas contada por pessoas com uma boa imaginação. Eu mesmo não acreditaria nesta história se outra pessoa que me contasse, por isso não espero que vocês acreditem em tudo o que eu disse, peço apenas que tente me explicar pelo o que passei. Foi uma experiência que me marcou muito e me deixou muito curioso sobre o assunto, mas eu sempre desconfiei de espíritas, por isso nunca os procurei.
Está história se passou a 10 anos atrás, na época eu tinha 9 anos. Meus pais tinham um sítio em Itariri, próximo a Peruíbe, no litoral paulista. O sítio ficou um tempo abandonado já que meu pai havia falecido e eu e minha mãe estávamos morando com meus avós em Praia Grande.
Fomo então tentar organizar tudo por lá. Um amigo da minha mãe foi junto para ajudar, além de um amiga que estava com problemas na casa dela. Ficamos morando lá. O sítio estava sem energia, apenas havia água porque tínhamos encanamento próprio. Ficamos então a luz de velas.
Tudo estava bem até que essa amiga que morava lá brigou feio com minha mãe e prometeu vingança depois de minha mãe expulsar ela. Ela era um tanto quanto macumbeira.
Foi aí que tudo começou. Costumávamos passar a noite na cozinha principal, que era ENORME, comendo e cantarolando. Tudo apenas com a luz das velas. Certa noite eu durmi bem cedo, e minhã mãe e o amigo dela (vou citá-lo pelo nome, Rubens), me disseram que ouviram um baralho estranho no telhado. Foi apenas uma batida mas bem forte. Verificamos ao redor da casa no dia seguinte e nada. Pensamos que podia ser algum animal.
Ok, no dia seguinte, por volta das 8:00/9:00 da noite, começamos a ouvir um barulho muito forte no telhado. Foi a coisa mais sinistra que já presenciei na minha vida. Era como se garras estivessem tentando entrar pelo telhado. Um barulho MUITO forte. Fora isso, ouvíamos passos ao redor da casa. Minha mãe começou a chorar e passar mal na hora. Eu fiquei paralizado. O Rubens estava muito nervoso também, e nos levou para um dos quartos, onde ficamos ouvindo o barulho se fazer a noite toda.
No dia seguinte, reviramos tudo ao redor da casa, vasculhamos o salão da biblioteca que ficava do lado de fora, e nada. Subimos a escadaria de fora que dava na numa área em cima da casa onde dava pra visualizar o telhado da cozinha, e lá não vimos marca nenhuma.
De noite o barulho voltará, mas dessa vez diferente. Era um som estranho, como se uma rede fosse arremessada e puxada por todo telhado. Novamente entramos em pânico.
Começamos a ficar preocupados demais. Apartir daqui não me recordo muito o que aconteceu. Sei que o baralho se fazia todas as noites, as vezes de forma diferente. Passado um mês, a gente começou a se acostumar. Perdemos todo medo e começamos a conviver com aquilo numa boa. Rubens até brincava, batucava na mesa da cozinha e pedia pra repetir em cima. E de fato o barulho se repetia lá. Totalmente incrível.
Certa noite, eles subiram na área de cima e olharam de lá de cima para o telhado. Eu durmi cedo esse dia também, ou não tive coragem de ir, não me recordo. O fato é que eles disseram que ouviam o barulho mas não viam nada, era como se estivesse ali uma criatura invisível.
E depois disso os barulhos começaram a ficar mais violentos e voltamos a nos assustar. Lembro até hoje de um dia que eu e Rubens levantamos na madrugada para beber água e ir ao banheiro respectivamente. Nesse dia ouvi um barlho enorme na porte da cozinha que dava pra fora. Era como se aquela "coisa" quisesse entrar.
Rubens disse basta e procurou se informar com gente "especialista". Disseram a ele que devia se tratar do espírito de um ex-dono da casa que a queria de volta e foi acordado por alguém. Então, vendo que havíamos perdido o medo, começou a ficar mais agresisvo.
Certo dia RUbens voltou para casa sem falar nada, ele se comunicava através de mimica que estava fazendo um trabalho pra purificar a casa. Pendurou um chaveiro na cabeceira das camas e incrivelmente não houvíamos mais o baralho a noite.
Ficamos morando lá por um mês ainda, quando me mudei com minha mãe novamente pra Praia Grande.
Depois de um tempo, minha mãe encontrou uma amiga dela de lá e disse que Rubens havia deixado o sítio um tempo depois porque o barulho havia voltado e ela não aguentava suportar aquilo sozinho.
Hoje a casa está praticamente demolida, roubaram de lá até as telhas.
Eu queria muito voltar pra lá e tentar ouvir denovo aquilo e levar pessoas comigo, mas infelizmente não posso, mesmo porque o sitío já foi até vendido.
Desculpe se a história ficou muito grande, mas tive que manter alguns detalhes, apesar de tetr esquecido vários.