Tá doido? São exatamente esses títulos que estão me fazendo continuar com a revista Dark. A questão toda é: como vão ficar os títulos caso saiam estes autores que fazem um trabalho excelente nas histórias? Não quero ter o desgosto de ter de parar de acompanhar estes heróis para ir aonde os roteiristas forem mandados. A Dark eu não tenho nenhuma queixa, só as histórias da tal Liga Sombria é que destoaram das demais. Aquele final Boi-boi que deram para a Feiticeira doida foi muito fraco.
Até que não seria má ideia comprar as edições importadas, já que, as coletâneas vão demorar muito para chegar aqui e já to mirando a coletânea Superman Allstar que tá uns oitenta e poucos.
Posso estar sendo injusto em não querer outras revistas, o que seria o ideal se o salário por aqui fosse equivalente ao do fanboy americano e as revistas com preços que você nem se importa em comprar pois são bem baratas. Mas aqui a história é outra e tenho de escolher qual pretendo acompanhar com calma. E você poderia indicar quais títulos acompanhar (fora Aquaman e MM que já sei que estão boas) e se elas seguem a linha principal deixada por Flashpoint.
Bom, Elring, é TOTALMENTE certo escolher as revistas pelas quais temos mais afinidade. No caso das Swamp Thing e Homem Animal é ÓBVIO mesmo que elas, com justiça, estão entre as melhores do reboot 52, com o diferencial de que as continuidades dos dois personagens, como acabei de comentar na outra página, estão, em larga parte, INTACTAS, ou seja, não sofreram reboot.
Eu estou, na boa, MUITO OTIMISTA com a situação dos dois títulos. A DC escolheu um sucessor hiper-conceituado pra substituir o Snyder no Monstro do Pântano e o substituto eventual do Lemire deverá ser igualmente competente. O lance é que o Snyder (que já está com um projeto futuro a ser feito com o Superman que vai coincidir com o altamente promissor filme que vai estrear este ano) tem uma história específica pra contar com o Monstro com começo, meio e fim, mais ou menos o que acontecia com o Alan Moore.
As histórias do crossover com o Animal Man são ABSURDAMENTE excelentes, VIOLENTÍSSIMAS ( quem tinha medo delas serem sanitizatinhas em relação ao nivel de heterodoxia e gore do Selo Vertigo pode ficar tranquilo), com excelentes desenhos e explorando TODAS as posssibilidades narrativas que durante VINTE ANOS ficaram obstadas por conta do decreto Muralha da China da Karen Berger que proibia a interação desses personagens ENTRE SI e com outros personagens do DCU mainstream.
Eu tb comprei a trade do All Star Superman e vou contar um segredinho: gosto da história mas ODEIO o Superman caracterizado nela pelo Morrison que, nessa versão , faz dele um "Surferman"( um análogo bodhisatva cósmico do Surfista Prateado, aliás, confira a quantidade de pontos em comum que a história, talvez não tão coincidentemente assim, tem com o Surfista Prateado-Réquiem do JMS e do Esad Ribic) e não o Superman humano, "sanguíneo", másculo e acessível do John Byrne, que foi o que me cativou na época do Reboot Pós Crise. O que roubou o primeiro beijo(de língua!!) na Diana!!
Eu tinha repugnância do Superman quando era pequeno e era muito mais fã do Batman, levantava às sete da manhã no período de férias pra ver as reprises do seriado na Globo e CHORAVA com as mortes da Mulher Gato, trancado no banheiro e agarrado na minha toalha de touquinha
).
Graças ao Byrne, ( e à millerização do personagem do Batman que transformou o Morcegão num Rambo/Street Fighter antipático pra mim, coisa que só mudou com o Morison escrevendo o personagem pós Infinite Crisis) eu "vi a luz" (Kal-El, "luz estelar" em élfico quenya, pegou a piadinha?) e virei fã do Azulão.
Já o Superman do Action Comics do New 52, também escrito pelo Morrison, é MUITO MAIS próximo desse ideal que eu acho melhor em termos de caracterização do kryptoniano. E as versões que JMS e Scott Snyder fazem/farão parece que serão ainda mais próximas.
É pena que eles deixaram isso "vazar" e influenciar, como se fosse background imprescindível, a história que o Pérez queria contar em Superman de maneira que a liberdade do artista ficou podada, mas, verdade seja dita, o próprio Pérez, há muito tempo, já admitiu que a "mimada" que a Karen Berger deu nele "o estragou" pra trabalhar com universo compartilhado de personagens corporativos já que, por conta do poder enorme que a futura editora da Vertigo tinha, ele gozava de liberdade e autonomia ATÉ EXCESSIVAS pra fazer a Mulher Maravilha pós Reboot da Crise.
Um privilégio do qual ele não suporta ser privado ao trabalhar com outros personagens. A mesma coisa tinha acontecido já na época em 1989 quando ele trabalhou em conluio com Roger Stern e Dan Jurgens como sucessores do Endiabrado John Byrne.
Já o I Vampire, venhamos e convenhamos, a história do Andrew Bennet e da VGB da "Bloody Mary" já tinha, desde os tempos da criação pelo J.M. De Matteis, o tipo de estrutura que não é pra um título longo mas, sim, pra uma maxisérie que dure um ano e meio a dois anos ( ou, talvez até cinco). E, parece, que ela vai dar crossover com Justice League Dark o que será um tremendo tour de force pra encerrar a saga com chave de ouro de um modo MELHOR do que tinha acontecido na continuidade antiga.
É uma pena que eles cancelem a revista que é sucesso de crítica mas que a história é dessas que fica mais legal com começo, meio e fim definitivos, lá isso é, não é mesmo?
