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O Hobbit no Oscar 2013

Re: Que Oscars vocês acham que Uma Jornada Inesperada possivelmente disputará/ganhará?

O que Pi fez nas cenas de tempestade e com o Richard Parker sim me pareceram mais inovadoras. Trouxe verossimilhança a dois objetos conhecidos e do qual seria muito fácil sentir estranhamentos e detectar falhas. Mas não haviam falhas (eu vi só um na verdade), em movimentação, na física, na textura, no caso do Parker. Ou falhas de física absurda como normalmente se tem em cenas de naufrágio. Tudo redondinho e perfeito.

Prometheus, Hobbit e Vingadores são filmes mais ambiciosos em termos de efeito, assim como Transformers. Mas trabalham com um gênero fantástico em que é dificil detectar falhas nos efeitos justamente por não existirem um exemplo real para comparação. O Hulk ficou legal? Ficou. Mas eu também achava o Hulk do Ang Lee lá em 2003 bastante real, só que se for comparar com o Hulk de hoje em dia a evolução de texturização é absurda, deixando aquele antigo com cara de plástico. Tem sempre um fator de novidade, de fantástico, que acaba nebulando a análise.
Tem muito design artistico nas criaturas, mas os efeitos em si tecnicamente deveriam ser melhor cuidados. É o ônus de querer fazer muita coisa ao mesmo tempo. Principalmente em movimentação, que é o que eu tenho tentado perceber mais.



Nesse premio só consigo enxergar mesmo Pi como melhor.
 
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Re: Que Oscars vocês acham que Uma Jornada Inesperada possivelmente disputará/ganhará?

Nem tenho como analisar méritos dos indicados a melhores efeitos visuais, pois ainda não vi As Aventuras de Pi ou Branca de Neve, mas acho que isso não é fundamental aqui. Para a premiação, meu objetivo sempre é tentar captar a percepção da popularidade dos filmes entre os membros da Academia.

Neste momento, antes dos resultados dos sindicatos, parece-me claro que As Aventuras de Pi é um filme muito mais estimado pela Academia do que os outros concorrentes: as 11 indicações, envolvendo algumas das principais categorias, dizem isso. É o que me faria apostar numa vitória de Pi em detrimento de O Hobbit, que acredito ser o maior concorrente (Prometheus não teve tanto êxito comercial quanto o pretendido; Vingadores já teve todo o êxito que almejava — comercial, obviamente — e foi um lançamento do verão; Branca de Neve e o Caçador, bem, a indicação já é prêmio mais do que suficiente, não?)
 
Re: Que Oscars vocês acham que Uma Jornada Inesperada possivelmente disputará/ganhará?

O Hobbit também recebeu 3 indicações ao BAFTA (British Academy of Film and Television Arts Award). Também só categorias técnicas:

_ Som

_ Efeitos Visuais

_ Maquiagem

E a concorrência é forte:

SOUND
DJANGO UNCHAINED - Mark Ulano, Michael Minkler, Tony Lamberti, Wylie Stateman

THE HOBBIT: AN UNEXPECTED JOURNEY - Tony Johnson, Christopher Boyes, Michael Hedges, Michael Semanick, Brent Burge, Chris Ward

LES MISÉRABLES - Simon Hayes, Andy Nelson, Mark Paterson, Jonathan Allen, Lee Walpole, John Warhurst

LIFE OF PI - Drew Kunin, Eugene Gearty, Philip Stockton, Ron Bartlett, D. M. Hemphill

SKYFALL - Stuart Wilson, Scott Millan, Greg P. Russell, Per Hallberg, Karen Baker Landers



SPECIAL VISUAL EFFECTS
THE DARK KNIGHT RISES - Paul Franklin, Chris Corbould, Peter Bebb, Andrew Lockley

THE HOBBIT: AN UNEXPECTED JOURNEY - Joe Letteri, Eric Saindon, David Clayton, R. Christopher White

LIFE OF PI - Bill Westenhofer, Guillaume Rocheron, Erik-Jan De Boer

MARVEL AVENGERS ASSEMBLE - Nominees TBC

PROMETHEUS - Richard Stammers, Charley Henley, Trevor Wood, Paul Butterworth


MAKE UP & HAIR
ANNA KARENINA - Ivana Primorac

HITCHCOCK - Julie Hewett, Martin Samuel, Howard Berger

THE HOBBIT: AN UNEXPECTED JOURNEY - Peter Swords King, Richard Taylor, Rick Findlater

LES MISÉRABLES - Lisa Westcott

LINCOLN - Lois Burwell, Kay Georgiou

http://www.bafta.org/film/awards/nominees-winners-2013,3584,BA.html
 
“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” recebe três indicações ao Oscar

“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” recebe três indicações ao Oscar recebeu nesta manhã de quinta-feira (míseras) três indicações ao Oscar de 2013, cuja premiação será do dia 24 de fevereiro. “Lincoln”, assinado por Steven Spielberg, saiu como o grande favorito à estatueta mais desejada do mundo, com 12 indicações. Na sequência aparece “As Aventuras de [...]

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Re: Que Oscars vocês acham que Uma Jornada Inesperada possivelmente disputará/ganhará?

O Hobbit merecia mais.

O filme foi ótimo!
 
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Re: Que Oscars vocês acham que Uma Jornada Inesperada possivelmente disputará/ganhará?

Em efeitos especiais DU-VI-DE-Ó que o Hobbit ganhe.

E, honestamente, mesmo descontando o 48fps*, acho que o Vingadores e o PI dão de dez a zero no filme do PJ.

*(o que é difícil porque o que leigos da industria avaliam em efeitos é a beleza e o impacto visual e foi em cima disso que o 48 frames mais dilapidou o Hobbit, o efeito pro olho humano e pros recursos de produção usados, principalmente os prostéticos é PÉSSIMO)
 
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Re: Que Oscars vocês acham que Uma Jornada Inesperada possivelmente disputará/ganhará?

Acho que o Hobbit possa ganhar fortemente o de Maquiagem, mas talvez efeitos visuais também ganhem, eu achei os efeitos ótimos e merecedores do Oscar. E não vi PROBLEMA NENHUM nos 48 fps, ao contrario, achei super interessante.
 
Re: Que Oscars vocês acham que Uma Jornada Inesperada possivelmente disputará/ganhará?

Sei não, mas está perigando este primeiro O Hobbit ficar de mãos vazias.
Acho que tem chance de perder em Maquiagem?

Indicados:

“Hitchcock”
“O Hobbit – Uma jornada inesperada”
“Os miseráveis”

Acredito que nessa O Hobbit seja franco favorito.
 
Re: Que Oscars vocês acham que Uma Jornada Inesperada possivelmente disputará/ganhará?

Acho que o Hobbit possa ganhar fortemente o de Maquiagem, mas talvez efeitos visuais também ganhem, eu achei os efeitos ótimos e merecedores do Oscar. E não vi PROBLEMA NENHUM nos 48 fps, ao contrario, achei super interessante.

E, infelizmente, eu e uma porção boa de gente DETESTAMOS. E com bons motivos pela impressão gerada muito bem descrita por essa crítica aí ( ao contrário do que o PJ disse não é só uma questão de se habituar com o visual a questão é que o excesso de definição digital e no realismo nos frames salienta em excesso qualquer imperfeição tanto do CGI quanto dos prostéticos):

The Hobbit looks like Teletubbies and is way too long. It’s fully possible that this technology will one day develop into a tool that enriches our experience of movies. If so, I suspect The Hobbit will be remembered as an early, failed experiment in the medium. The best way I can think to describe the quality of the 48fps image in The Hobbit is this: It looks like an ’80s-era home video shot by someone who happened to be standing around on set while The Hobbit was being filmed. The effect is curiously washed out and flat, yet unforgiving in its hyper-realism: Any imperfection or note of artifice in the costumes or sets stands out as if illuminated with a bank of fluorescent bulbs. This wildly expensive visual technology paradoxically conspires to make everything else in the film look cheap. I found myself fixating, for example, on Gandalf’s staff, an elegant Art Nouveau-esque creation that, in the earlier Lord of the Rings films, would have blended in as another part of the richly detailed ambient whimsy. Seen at 48fps, the staff looked like a cast-resin prop you might order online from a Wiccan supply house

A melhor e mais técnica explicação de porquê é que essa foi a impressão predominante de quem viu o filme está aí nessa matéria excelente onde o autor assistiu o filme em 3 formatos diferentes. No 3D com 48 , no 3D com 24 fps e no cinema convencional sem 3D. Teve 300 replys no blog em menos de um mes desde a postagem.

The Hobbit: An Unexpected Masterclass in Why HFR fails, and a reaffirmation of what makes cinema magical-Vincent Laforet

O Vincent Laforet é um diretor e fotógrafo laureado com o prêmio Pulitzer e contratado pelo New York Times. Na matéria acima ele explica com riqueza de pormenores a impressão de anomalia , de visual chapado e excesso de clareza berrante na fotografia de 48fps do Hobbit.

Eu presumo que o grau de familiaridade com a maneira com que games são dirigidos e "filmados" tem a ver com isso, com o modo com que a geração videogame tolera mais facilmente o efeito chapado, apelidado de "Teletubbies" pela crítica enquanto pra pessoas da minha faixa etária o trem beirou o insuportável.

The first battle scene was also fascinating and in many ways a death blow to 3D HFR for me. The purpose of HFR is supposedly to make these very fast moving scenes much easier to see. I felt like I was watching a XBOX 360 animation at the start of a video game. Every thing was in focus and semi-sharp – but I didn’t know where to look. I found it horrendous.
 
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uma vez li sobre o efeito de estranheza e desconforto em fotografias de definição e resolução muito alta. Quando isso aparece nos filmes além de ocorrer a mesma coisa, com a maior captação de informação o risco de captar ao mesmo tempo fatos não desejados do(s) estúdio(s) e a produção que cerca(m) o filme aumenta.

Há filmes em que o uso desse recurso pode funcionar e a obviedade de um mundo falso dentro do nosso mundo poderia ter resultados positivos como no filme "Dogville" que é planejado para lembrar um teatro. Em outras vezes o objetivo é pouco nítido e a produção fica confusa contaminando com confusão quem assiste.

De modo que importa o critério antes de aplicar o realismo porque ambos os mundos possuem regras e razões para que cada elemento ganhe importância no devido tempo e na ocasião certa, não simplesmente obtendo 100% de fidelidade de captura durante 100% do tempo em 100% da tela.

Para conseguir ser visualmente equilibrado há que se obedecer o ditado em que tem horas que o telespectador precisa ser dirigido a enxergar a apenas folha da árvore e esquecer a floresta e tem horas que é preciso deixar de ver a folha da árvore para dar importância a floresta (também para preservar a imaginação). Por que se as áreas de foco de interesse se tornam todas pronunciadas há a perda de compreensão. E tudo seria como assistir um filme com um filtro de raio-x o tempo todo ligado. Seria possível ver através de todos os personagens mas seria desagradável e prejudicial ao foco da história e o excesso de informação enterraria o que é relevante.

A depender do caso a ausência de um diretor pode deixar a experiência ampla e vaga, sem alma, e isso tem sido um dos pontos atacados no mercado de desenhos animados em que o excesso de recursos de computação usado como muleta na atração da popularidade pode também afastar a pessoa da obra e como todo filme bom fala principalmente de e sobre pessoas... Os personagens infelizmente perdem espaço.

Essa delicadeza dos focos que havia em SdA ficou a dever em O Hobbit. Na primeira trilogia o domínio do espaço de trabalho foi maior.
 
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Vincent Laforet colocou algumas conclusões a respeito do uso da técnica do 48fps tal como empregado no filme:

So with all of this here’s the "Master Class" that I took away, and that Peter Jackson shared with every filmmaker out there that is willing to study these 3 versions of the same film:

1. Film is just as much about what you DON’T show the audience as with what you DO. Shallow depth of field, motion blur, lack of sharpness, and movement all help to create movie magic. If images are too sharp and you see too much detail… that’s not always a good thing. The Canon 5D MKII showed us that in many ways – it’s large sensor and resulting lack depth of field combined with what was a relatively "soft" image (relative to video cameras) made it what it was when I shot "Reverie."

2. High frame rates belong on bad TV shows and perhaps sports. 24 fps is here to stay in my opinion – at least for cinema. That is unless this next generation of video game players change the rules on us of course. I can see this working for animation, sports and nature films though. I’d also like to see it used on only certain moves (fast ones) in a film perhaps and not the entirety of a film.

3. 3D combined with HFR is a total non starter for me. It highlights the weaknesses of both techniques exponentially. It’s far too real and it’s almost impossible to hide makeup / sets / VFX etc. In fact just yesterday afternoon a VFX friend of mine said, verbatim: "Motion blur is extremely important to what I do… that’s how I hide all of my mistakes and make VFX/CGI look more real."
 
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Re: Que Oscars vocês acham que Uma Jornada Inesperada possivelmente disputará/ganhará?

Grifo meu:

E, infelizmente, eu e uma porção boa de gente DETESTAMOS. E com bons motivos pela impressão gerada muito bem descrita por essa crítica aí ( ao contrário do que o PJ disse não é só uma questão de se habituar com o visual a questão é que o excesso de definição digital e no realismo nos frames salienta em excesso qualquer imperfeição tanto do CGI quanto dos prostéticos):

A melhor e mais técnica explicação de porquê é que essa foi a impressão predominante de quem viu o filme está aí nessa matéria excelente onde o autor assistiu o filme em 3 formatos diferentes.

Gostaria de saber no que você se baseia para afirmar isso. Que eu saiba, não há pesquisa que endorse essa ou qualquer outra afirmação sobre o HFR. Além disso, o que realmente importa para os estúdios é a média de pessoas que foram assistir o filme nas salas com 48 fps, em comparação aos outros formatos (e essa informação não foi divulgada pela Warner).

O próprio Vincent Laforet escreveu no artigo:

And I’m finding (unusually respectful) dissent – with people finding they feel the exact opposite. Or didn’t notice the effect at all. While others couldn’t agree more. On average (and gain unscientific) it seems that two trends are apparent: Younger people seem more receptive to the HFR. And people that went to the film without knowing about HFR seem to have reacted much more positively than people who went in there to specifically see the new HFR technique(as I did.) Another thing I’m reading is that the technique "grew" on people as the film went on.

E aqui, eu pergunto: qual o público alvo de blockbusters como O Hobbit nos dias de hoje? Gente como eu, você e Laforet ou aqueles com menos de 25 anos? Por que os estúdios lutam para que os filmes de grande orçamento peguem, no máximo, classificação PG-13 nos EUA (e similares no resto do mundo)?

Não acho que a opinião nossa ou dos críticos signifique muito se o HFR atrair uma grande parcela pagante do público (como ocorreu, por exemplo, com o 3D em Avatar). Lembre-se que o motor dessas mudanças no cinema não é estético, mas sim comercial, seja o caso do widescreen, do surround ou do 3D, como forma de diferenciar a experiência nas salas de cinema da concorrência (TV, games, pirataria).


Eu, particularmente, não tive problema com o excesso de realismo ou definição (ou com praticamente tudo o que Laforet disse), mas fiquei muito incomodado com o efeito de aceleração que os 48 fps trazem, efeito esse ao qual não consegui me acostumar inteiramente mesmo depois de quase 3 horas de filme. Se esse se tornar o padrão (o que ainda é duvidável), provavelmente deixaria de ir ao cinema, assim como Laforet. Entretanto, antes disso, os próprios blockbusters têm me decepcionado, tenho cada vez menos vontade de assistí-los, sejam em 2D, 3D ou HFR.

Aliás, O Hobbit tem problemas muito mais graves do que simplesmente o HFR, problemas que não sumiriam mesmo se o tivesse visto em 24 fps: praticamente todas as cenas do filme poderiam ter sido encurtadas, até a que considero a melhor do filme - adivinhas no escuro (isso sem falar no que poderia ter sido simplesmente cortado, como os gigantes de pedra, que não acrescentam nada, nem à narrativa, nem aos personagens). Tudo acaba ficando mais episódico e repetitivo do que era no livro, sem que haja suficiente delineamento dos anões como personagens (uma extrapolação do material original que seria bem-vinda, necessária até). As referências a momentos de Senhor dos Anéis também acabam cansando e contribuem para o clima de déjà vu do filme (até a trilha sonora é dependente demais da trilogia anterior).

O Hobbit poderia ter sido adaptado em um único filme, no máximo dois, mas três filmes de 3 ou mais horas de duração (Lá e de Volta Outra Vez corre esse risco) definitivamente só acentuam o que PJ tem de pior.
 
uma vez li sobre o efeito de estranheza e desconforto em fotografias de definição e resolução muito alta. Quando isso aparece nos filmes além de ocorrer a mesma coisa, com a maior captação de informação o risco de captar ao mesmo tempo fatos não desejados do(s) estúdio(s) e a produção que cerca(m) o filme aumenta.

Há filmes em que o uso desse recurso pode funcionar e a obviedade de um mundo falso dentro do nosso mundo poderia ter resultados positivos como no filme "Dogville" que é planejado para lembrar um teatro. Em outras vezes o objetivo é pouco nítido e a produção fica confusa contaminando com confusão quem assiste.

De modo que importa o critério antes de aplicar o realismo porque ambos os mundos possuem regras e razões para que cada elemento ganhe importância no devido tempo e na ocasião certa, não simplesmente obtendo 100% de fidelidade de captura durante 100% do tempo em 100% da tela.

Para conseguir ser visualmente equilibrado há que se obedecer o ditado em que tem horas que o telespectador precisa ser dirigido a enxergar a apenas folha da árvore e esquecer a floresta e tem horas que é preciso deixar de ver a folha da árvore para dar importância a floresta (também para preservar a imaginação). Por que se as áreas de foco de interesse se tornam todas pronunciadas há a perda de compreensão. E tudo seria como assistir um filme com um filtro de raio-x o tempo todo ligado. Seria possível ver através de todos os personagens mas seria desagradável e prejudicial ao foco da história e o excesso de informação enterraria o que é relevante.

A depender do caso a ausência de um diretor pode deixar a experiência ampla e vaga, sem alma, e isso tem sido um dos pontos atacados no mercado de desenhos animados em que o excesso de recursos de computação usado como muleta na atração da popularidade pode também afastar a pessoa da obra e como todo filme bom fala principalmente de e sobre pessoas... Os personagens infelizmente perdem espaço.

Essa delicadeza dos focos que havia em SdA ficou a dever em O Hobbit. Na primeira trilogia o domínio do espaço de trabalho foi maior.
Eu não sou dos defensores de 48fps como revolução ou similar.
Mas a maior parte dos argumentos contra que tenho lido tem me parecido mais por conservadorismo.

Usar 48fps não é a mesma coisa que ficar aficcionado com tecnicalidades do processo e esquecer o artístico, como disse Laforet.
Um diretor que não sabe sugestionar, não sabe ser sutil, ou similar, vai ser assim em 48fps, 24fps, 2.003424243553452.3242342 fps.
E eu acredito que o 48fps casa perfeitamente com o 3D, pois o 3D justamente clama por mais informações na tela, clama por camadas, tomadas longas. Filmes de ação com cortes a cada 50 milisegundos já são complicados de se acompanhar em 2D normal, em 3D viram uma salada mista, mas em 3D HFR ficaram fluidos e funcionaram.

Não vi nesse filme do PJ como o melhor cartão de visitas da tecnologia. Mas, enfim, também não vi como Cantor de Jazz pôde ter por si só convencido alguém que som era algo bem vindo para a indústria.
Eu preferiria esperar mais tempo antes de decretar o fim ou o sucesso dos 48fps.
 
Re: Que Oscars vocês acham que Uma Jornada Inesperada possivelmente disputará/ganhará?

E, infelizmente, eu e uma porção boa de gente DETESTAMOS. E com bons motivos pela impressão gerada muito bem descrita por essa crítica aí ( ao contrário do que o PJ disse não é só uma questão de se habituar com o visual a questão é que o excesso de definição digital e no realismo nos frames salienta em excesso qualquer imperfeição tanto do CGI quanto dos prostéticos):



A melhor e mais técnica explicação de porquê é que essa foi a impressão predominante de quem viu o filme está aí nessa matéria excelente onde o autor assistiu o filme em 3 formatos diferentes. No 3D com 48 , no 3D com 24 fps e no cinema convencional sem 3D. Teve 300 replys no blog em menos de um mes desde a postagem.

The Hobbit: An Unexpected Masterclass in Why HFR fails, and a reaffirmation of what makes cinema magical-Vincent Laforet


O Vincent Laforet é um diretor e fotógrafo laureado com o prêmio Pulitzer e contratado pelo New York Times. Na matéria acima ele explica com riqueza de pormenores a impressão de anomalia , de visual chapado e excesso de clareza berrante na fotografia de 48fps do Hobbit.

Eu presumo que o grau de familiaridade com a maneira com que games são dirigidos e "filmados" tem a ver com isso, com o modo com que a geração videogame tolera mais facilmente o efeito chapado, apelidado de "Teletubbies" pela crítica enquanto pra pessoas da minha faixa etária o trem beirou o insuportável.

Ilmarien, eu assisti nos três formatos também, não sou nenhum fotografo renomado e bla bla bla bla bla... Não fui para procurar defeitos no filme, fui para me divertir, gostei MUITO dos três formatos, não vi PROBLEMA ALGUM no 48, como já falei achei até interessante, afinal, mesmo se eu fosse um fotografo renomado e bla bla bla bla bla, eu não iria para ver defeitos iria para curtir o filme e me divertir, mas é sempre bom ver uma análise técnica, afinal para o oscar essas parte técnicas é que levam-se em consideração para uma premiação, talvez até por isso o hobbit tenha sido indicado a 3 oscars apenas e talvez só ganhe 1. Mas falo de minha impressão apenas como um telespectador e analisando exclusivamente os 48.
 
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Re: Que Oscars vocês acham que Uma Jornada Inesperada possivelmente disputará/ganhará?

Acho que tem chance de perder em Maquiagem?

Indicados:

“Hitchcock”
“O Hobbit – Uma jornada inesperada”
“Os miseráveis”

Acredito que nessa O Hobbit seja franco favorito.

Franco favorito eu não sei.
Mas eu, que estava apostando em Hitchcock, fiquei decepcionado pelo conjunto final. Apesar de achar que a culpa foi mais do Hopkins, infelizmente, do que da maquiagem.
 
Gostaria de saber no que você se baseia para afirmar isso. Que eu saiba, não há pesquisa que endorse essa ou qualquer outra afirmação sobre o HFR. Além disso, o que realmente importa para os estúdios é a média de pessoas que foram assistir o filme nas salas com 48 fps, em comparação aos outros formatos (e essa informação não foi divulgada pela Warner).

Honestamente, PARECE ser a impressão predominante dos críticos de cinema ao comentarem o uso da técnica e, sem dúvida, a opinião da maioria absoluta das pessoas com as quais conversei entre aquelas que viram a película.

Não é "oficial" ( jamais seria porque não é do interesse da Warner divulgar qualquer coisa nesse sentido, pelo menos no momento atual,enquanto o filme ainda está sendo exibido)mas o próprio texto do Laforet, cujas opiniões refletem o que OUTRAS PESSOAS já disseram antes mesmo do filme estrear ( muitas pessoas já tinham criticado o efeito em sessões teste) já comenta a respeito da tendência dos mais jovens, habituados com a estética dos games, serem mais tolerantes ou receptivos ao efeito ao passo que pessoas mais velhas, da faixa dos 30 pra cima ( o seu caso e o meu), tenderam a partilhar a MESMA impressão dele.

É evidente, e eu concordo com vc que, OBVIAMENTE, eles são o alvo principal dos filmes blockbuster atuais e que será a reação deles a predominante em se determinar se a técnica irá se consolidar ou não, mesmo assim, me parece que a determinação do mérito do filme pra receber o Oscar de efeitos especiais será,sim, definida por méritos técnicos ou estéticos que foi onde, no meu entendimento, que o Hobbit pecou, em termos de efeito final na tela.

como já falei achei até interessante, afinal, mesmo se eu fosse um fotografo renomado e bla bla bla bla bla, eu não iria para ver defeitos iria para curtir o filme e me divertir,

Lyvio, vc pode ter certeza que TODO MUNDO que foi ver o filme, até um ponto ou outro, o fez com a intenção de se divertir e não pra "ver defeitos"; a questão comentada pela Laforet, que REPETE ou ecoa pontos de vista já enunciados por outras pessoas E/OU críticos( haja vista meu próprio comentário feito logo no dia seguinte depois de assistir onde eu TAMBÉM, sem respaldo de nenhum crítico, já comentava que o excesso de clareza do fps associado ao 3D dava uma impressão superfake) é que o uso dos efeitos especiais foi um ENTRAVE para a fruição ou êxito do efeito estético pretendido pelo Peter Jackson.

Motivos: não gostei dos efeitos visuais na questão da interação do GCI com o esquema da filmagem digital de um modo geral mas DETESTEI, principalmente, a sequência da "Smaugada" de Dale ( que, IMO, não deveria ser NUNCA uma nova Osgiliath, ou uma coisa capaz de emular Minas Tirith , o lance do modelo em escala ( das maquetes construídas em escala) já, na minha opinião, não tinha funcionado com Minas Tirith, achei que o efeito envelheceu mal pra caramba lá mesmo no Regresso do Rei, e no Hobbit está MUITO PIOR.

(...)

Pelo menos na sessão 3D que eu assisti aqui em BH, o hiperealismo do CG e da filmagem deu uma impressão SUPERFAKE ( parece paradoxal, mas quem viu entende), onde o aspecto de "sonho", a atmosfera de conto de fadas, vira um filme do Terry Gillian que se levou a sério DEMAIS, parece muito com um filme do Monty Python com efeitos digitais transadões, onde praticamente TUDO tá over the top.

Se com você não ocorreu a mesma coisa que comigo, ÓTIMO ( vc já tinha deixado claro que era a sua impressão pessoal e eu levei isso em conta no reply), o lance é que o Laforet( que também não critica o filme por amor à crítica pura e simples, o Laforet não é um esnobe feito um Harold Bloom da vida) explica com detalhes TÉCNICOS "corretos" o porquê da impressão negativa "fake" que o filme dá ( a impressão de filme amador feito a partir dos bastidores do set onde os atores parecem estar fazendo cosplay), especialmente em sequências de ação.

Como ele explicou e definiu muito bem NÃO É O CASO de ser "pura impressão subjetiva", é algo real que MUITAS PESSOAS além de mim, dele e da outra crítica citada também percebemos. Os próprios técnicos de efeitos especiais estão dizendo que a clareza do HFR combinada com 3D age em detrimento da beleza estética ou "perfeição" do trabalho deles.

É perfeitamente natural, me dirigindo a vc e ao Quickbeam, que haja "dissonância cognitiva" com relação à receptividade ao processo, mas parece-me claro que, no fim, o que decidirá o resultado da avaliação qualitativa de como o processo de 48FPS foi usado pra esse filme em particular será a média da reação do público.

E, honestamente, até onde vi, e a bilheteria parece indicar um certo grau de malogro ( o filme, por exemplo, já está sendo exibido em uma só sala no Cinemark da Savassi aqui em BH "só" um mês depois da estréia), há um consenso se formando de que o uso da técnica PREJUDICOU a receptividade ou efeito estético do filme pra boa parte do público porque o 48fps ainda não está com sua "sintonia fina" definida o bastante pra eliminar os efeitos indesejáveis (inclusive o efeito de "aceleração" que incomodou o Quickbeam, que é o efeito "teletubbies" citado pela primeira crítica que eu quotei).

A citação do Laforet está incluída nos posts até pra que pessoas como vc, que não tiveram impressões similares, entendam a origem e a natureza desses "efeitos colaterais" incômodos desse processo de filmagem, mesmo que vc, particularmente, não os tenha sentido como tais e que isso não tenha prejudicado a sua apreciação do filme. O que é MUITO BOM, diga-se de passagem. Se esse não fosse o caso, o resultado médio da bilheteria do Hobbit seria, proporcionalmente, pior do que está sendo.

Usar 48fps não é a mesma coisa que ficar aficcionado com tecnicalidades do processo e esquecer o artístico, como disse Laforet.
Um diretor que não sabe sugestionar, não sabe ser sutil, ou similar, vai ser assim em 48fps, 24fps, 2.003424243553452.3242342 fps.

O lance é que, infelizmente, principalmente, depois do Fellowship of the Ring, o Peter Jackson está dando uma impressão crescente de estar mesmo descurando do artístico, em que pese o talento já demonstrado pelo diretor em outros contextos, dentro e fora da primeira Trilogia. Eu mesmo já andei dizendo por aqui mesmo que "Peter Jackson não saberia o que é sutileza nem se ela o mordesse no calcanhar".

As maravilhas do CGI e da filmagem digital parecem estar se tornando tão centrais pro PJ ( e devemos lembrar que ele, além de diretor, é produtor e co-programador da tecnologia) que ele parece fazer sequências inteiras "esticadas" que pouco ou nenhum efeito narrativo terão a não ser botar o holofote nos efeitos, CG e VFX ( e/ou servirão como base pra cenas em games )esquecendo da pura lógica interna da narrativa ou da plausibilidade logística ( exemplos: Radagast e o trenó puxado por coelhinhos em terrenos que, obviamente, não permitem esse tipo de locomoção; King Kong e a cena da patinação no gelo com a mocinha protagonista).

Existiam modos do Peter Jackson mostrar as mesmas ações e "encontros" da narrativa sem fazer uso desse tipo de recurso, o qual, sinceramente, parecem SALIENTADOS pelo HFR combinado com o 3D. Os "quirks", manias e idiossincrasias incômodos do PJ parecem estar ficando cada vez maiores à medida que o CG parece aumentar.

Eu preferiria esperar mais tempo antes de decretar o fim ou o sucesso dos 48fps

Me parece que ele está argumentando que, para o cinema, a técnica, no ponto de development em que está,é um tool que só serve para algumas cenas, não para uma filmagem integral das películas ( que, tecnicamente, não são mais "películas", hehe). Ele não está sentenciando o HFR à morte prematura se vc lê o texto dele como um todo. Também acho que não é o caso de jogarmos o bebê fora junto com a água do banho.

Nesse sentido quem falou algo muito sensato pra mim foi essa crítica aí que salienta que a audiência do HFR, na prática está sendo usada como "cobaia" pra uma técnica que, talvez, não seja adequada pra esse tipo de filme em particular

Should You See The Hobbit In 48 fps?

By seeing An Unexpected Journey in 48 fps you're essentially allowing yourself to be Peter Jackson's guinea pig, testing the boundaries of an exciting new technology on a movie that might not be best suited for it. I wonder what 48 fps would be like on, say, The Bourne Identity or even Skyfall, movies rooted in the real world that would benefit more from a "you are there" feel. As much as Lord of the Rings fans have treasured their visits to Middle Earth, it's always felt like a far-away place, and it needs to; the 48 fps implicitly tells us that the movie is real, on a soundstage somewhere far away, and that breaks up the fantasy.

That could change, of course-- early silent films were shot at 15 to 24 fps, then adjusted for the arrival of sound, and the more we experiment with digital video at home and add our own effects, the implicit cultural assumption that a higher frame rate means "real" will vanish . In a way, Jackson and The Hobbit might just be ahead of their time. But as a person living in 2012, you are not required to automatically jump ahead with them.
 
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Eu não sou dos defensores de 48fps como revolução ou similar.
Mas a maior parte dos argumentos contra que tenho lido tem me parecido mais por conservadorismo.

Usar 48fps não é a mesma coisa que ficar aficcionado com tecnicalidades do processo e esquecer o artístico, como disse Laforet.
Um diretor que não sabe sugestionar, não sabe ser sutil, ou similar, vai ser assim em 48fps, 24fps, 2.003424243553452.3242342 fps.
E eu acredito que o 48fps casa perfeitamente com o 3D, pois o 3D justamente clama por mais informações na tela, clama por camadas, tomadas longas. Filmes de ação com cortes a cada 50 milisegundos já são complicados de se acompanhar em 2D normal, em 3D viram uma salada mista, mas em 3D HFR ficaram fluidos e funcionaram.

Não vi nesse filme do PJ como o melhor cartão de visitas da tecnologia. Mas, enfim, também não vi como Cantor de Jazz pôde ter por si só convencido alguém que som era algo bem vindo para a indústria.
Eu preferiria esperar mais tempo antes de decretar o fim ou o sucesso dos 48fps.

Pois é, acredito que o caso foi para controlar a hora certa de usar os recursos que podiam alçar algumas cenas de divertidas para divertidas e envolventes.

Nesse ponto eu até que esperava que ocorresse isso quando vi que estavam fazendo um filme para uma infância do começo do século 20 que não existe mais e acho que junto com ele dessa vez o efeito pode ter deixado sumir um pouco da universalidade pretendida.

1. Film is just as much about what you DON’T show the audience as with what you DO.

Curiosamente, o princípio do equilíbrio em tudo do Tao Teh CHing. "O sábio também age pelo não-agir."
 
Indicações já são o máximo, galera.
O que vier é lucro.
Não vão achando que "O Hobbit" vai ganhar tantos Oscar como "SdA"....
E em Hollywood, tudo é possível, e Peter Jackson não é o queridinho do momento.
Ele já foi. ^^
 

Valinor 2023

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