Gostaria de saber no que você se baseia para afirmar isso. Que eu saiba, não há pesquisa que endorse essa ou qualquer outra afirmação sobre o HFR. Além disso, o que realmente importa para os estúdios é a média de pessoas que foram assistir o filme nas salas com 48 fps, em comparação aos outros formatos (e essa informação não foi divulgada pela Warner).
Honestamente, PARECE ser a impressão predominante dos críticos de cinema ao comentarem o uso da técnica e, sem dúvida, a opinião da maioria absoluta das pessoas com as quais conversei entre aquelas que viram a película.
Não é "oficial" ( jamais seria porque não é do interesse da Warner divulgar qualquer coisa nesse sentido, pelo menos no momento atual,enquanto o filme ainda está sendo exibido)mas o próprio texto do Laforet, cujas opiniões refletem o que OUTRAS PESSOAS já disseram antes mesmo do filme estrear ( muitas pessoas já tinham criticado o efeito em sessões teste) já comenta a respeito da tendência dos mais jovens, habituados com a estética dos games, serem mais tolerantes ou receptivos ao efeito ao passo que pessoas mais velhas, da faixa dos 30 pra cima ( o seu caso e o meu), tenderam a partilhar a MESMA impressão dele.
É evidente, e eu concordo com vc que, OBVIAMENTE, eles são o alvo principal dos filmes blockbuster atuais e que será a reação deles a predominante em se determinar se a técnica irá se consolidar ou não, mesmo assim, me parece que a determinação do mérito do filme pra receber o Oscar de efeitos especiais será,sim, definida por méritos técnicos ou estéticos que foi onde, no meu entendimento, que o Hobbit pecou, em termos de efeito final na tela.
como já falei achei até interessante, afinal, mesmo se eu fosse um fotografo renomado e bla bla bla bla bla, eu não iria para ver defeitos iria para curtir o filme e me divertir,
Lyvio, vc pode ter certeza que TODO MUNDO que foi ver o filme, até um ponto ou outro,
o fez com a intenção de se divertir e não pra "ver defeitos"; a questão comentada pela Laforet, que REPETE ou ecoa pontos de vista já enunciados por outras pessoas E/OU críticos( haja vista meu próprio comentário feito logo no dia seguinte depois de assistir onde eu TAMBÉM, sem respaldo de nenhum crítico, já comentava que o excesso de clareza do fps associado ao 3D dava uma impressão superfake) é que o uso dos efeitos especiais foi um ENTRAVE para a fruição ou êxito do efeito estético pretendido pelo Peter Jackson.
Motivos: não gostei dos efeitos visuais na questão da interação do GCI com o esquema da filmagem digital de um modo geral mas DETESTEI, principalmente, a sequência da "Smaugada" de Dale ( que, IMO, não deveria ser NUNCA uma nova Osgiliath, ou uma coisa capaz de emular Minas Tirith , o lance do modelo em escala ( das maquetes construídas em escala) já, na minha opinião, não tinha funcionado com Minas Tirith, achei que o efeito envelheceu mal pra caramba lá mesmo no Regresso do Rei, e no Hobbit está MUITO PIOR.
(...)
Pelo menos na sessão 3D que eu assisti aqui em BH, o hiperealismo do CG e da filmagem deu uma impressão SUPERFAKE ( parece paradoxal, mas quem viu entende), onde o aspecto de "sonho", a atmosfera de conto de fadas, vira um filme do Terry Gillian que se levou a sério DEMAIS, parece muito com um filme do Monty Python com efeitos digitais transadões, onde praticamente TUDO tá over the top.
Se com você não ocorreu a mesma coisa que comigo, ÓTIMO ( vc já tinha deixado claro que era a sua impressão pessoal e eu levei isso em conta no reply), o lance é que o Laforet( que também não critica o filme por amor à crítica pura e simples, o Laforet não é um esnobe feito um Harold Bloom da vida) explica com detalhes TÉCNICOS "corretos" o porquê da impressão negativa "fake" que o filme dá ( a impressão de filme amador feito a partir dos bastidores do set onde os atores parecem estar fazendo cosplay), especialmente em sequências de ação.
Como ele explicou e definiu muito bem NÃO É O CASO de ser "pura impressão subjetiva", é algo real que MUITAS PESSOAS além de mim, dele e da outra crítica citada também percebemos. Os próprios técnicos de efeitos especiais estão dizendo que a clareza do HFR combinada com 3D age em detrimento da beleza estética ou "perfeição" do trabalho deles.
É perfeitamente natural, me dirigindo a vc e ao Quickbeam, que haja "dissonância cognitiva" com relação à receptividade ao processo, mas parece-me claro que, no fim, o que decidirá o resultado da avaliação qualitativa de como o processo de 48FPS foi usado pra esse filme em particular será a média da reação do público.
E, honestamente, até onde vi, e a bilheteria parece indicar um certo grau de malogro ( o filme, por exemplo, já está sendo exibido em uma só sala no Cinemark da Savassi aqui em BH "só" um mês depois da estréia), há um consenso se formando de que o uso da técnica PREJUDICOU a receptividade ou efeito estético do filme pra boa parte do público porque o 48fps ainda não está com sua "sintonia fina" definida o bastante pra eliminar os efeitos indesejáveis (inclusive o efeito de "aceleração" que incomodou o Quickbeam, que é o efeito "teletubbies" citado pela primeira crítica que eu quotei).
A citação do Laforet está incluída nos posts até pra que pessoas como vc, que não tiveram impressões similares, entendam a origem e a natureza desses "efeitos colaterais" incômodos desse processo de filmagem, mesmo que vc, particularmente, não os tenha sentido como tais e que isso não tenha prejudicado a sua apreciação do filme. O que é MUITO BOM, diga-se de passagem. Se esse não fosse o caso, o resultado médio da bilheteria do Hobbit seria, proporcionalmente, pior do que está sendo.
Usar 48fps não é a mesma coisa que ficar aficcionado com tecnicalidades do processo e esquecer o artístico, como disse Laforet.
Um diretor que não sabe sugestionar, não sabe ser sutil, ou similar, vai ser assim em 48fps, 24fps, 2.003424243553452.3242342 fps.
O lance é que, infelizmente, principalmente, depois do Fellowship of the Ring, o Peter Jackson está dando uma impressão crescente de estar mesmo descurando do artístico, em que pese o talento já demonstrado pelo diretor em outros contextos, dentro e fora da primeira Trilogia. Eu mesmo já andei dizendo por aqui mesmo que "Peter Jackson não saberia o que é sutileza nem se ela o mordesse no calcanhar".
As maravilhas do CGI e da filmagem digital parecem estar se tornando tão centrais pro PJ ( e devemos lembrar que ele, além de diretor, é produtor e co-programador da tecnologia) que ele parece fazer sequências inteiras "esticadas" que pouco ou nenhum efeito narrativo terão a não ser botar o holofote nos efeitos, CG e VFX ( e/ou servirão como base pra cenas em games )esquecendo da pura lógica interna da narrativa ou da plausibilidade logística ( exemplos: Radagast e o trenó puxado por coelhinhos em terrenos que, obviamente, não permitem esse tipo de locomoção; King Kong e a cena da patinação no gelo com a mocinha protagonista).
Existiam modos do Peter Jackson mostrar as mesmas ações e "encontros" da narrativa sem fazer uso desse tipo de recurso, o qual, sinceramente, parecem SALIENTADOS pelo HFR combinado com o 3D. Os "quirks", manias e idiossincrasias incômodos do PJ parecem estar ficando cada vez maiores à medida que o CG parece aumentar.
Eu preferiria esperar mais tempo antes de decretar o fim ou o sucesso dos 48fps
Me parece que ele está argumentando que, para o cinema, a técnica, no ponto de development em que está,é um tool que só serve para algumas cenas, não para uma filmagem integral das películas ( que, tecnicamente, não são mais "películas", hehe). Ele não está sentenciando o HFR à morte prematura se vc lê o texto dele como um todo. Também acho que não é o caso de jogarmos o bebê fora junto com a água do banho.
Nesse sentido quem falou algo muito sensato pra mim foi essa crítica aí que salienta que a audiência do HFR, na prática está sendo usada como "cobaia" pra uma técnica que, talvez, não seja adequada pra esse tipo de filme em particular
Should You See The Hobbit In 48 fps?
By seeing An Unexpected Journey in 48 fps you're essentially allowing yourself to be Peter Jackson's guinea pig, testing the boundaries of an exciting new technology on a movie that might not be best suited for it. I wonder what 48 fps would be like on, say, The Bourne Identity or even Skyfall, movies rooted in the real world that would benefit more from a "you are there" feel. As much as Lord of the Rings fans have treasured their visits to Middle Earth, it's always felt like a far-away place, and it needs to; the 48 fps implicitly tells us that the movie is real, on a soundstage somewhere far away, and that breaks up the fantasy.
That could change, of course-- early silent films were shot at 15 to 24 fps, then adjusted for the arrival of sound, and the more we experiment with digital video at home and add our own effects, the implicit cultural assumption that a higher frame rate means "real" will vanish . In a way, Jackson and The Hobbit might just be ahead of their time. But as a person living in 2012, you are not required to automatically jump ahead with them.