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Vlog Literário

Uma coisa é certa: ela dá dicas interessantes. Ela tem um jeito estranho de comentar sobre as coisas - alguns diriam até "irritante" -, e eu mesmo a acho metida às vezes, ou então que ela menospreza o próprio público. Mas ela conseguiu vestir uma máscara de intelectual-disposta-a-ensinar-os-pobres-mortais, convencendo tanta gente da bondade dela, logo, não me surpreenderia se ela fosse chamada. :P

Bruce, meu caro, gostaria de mostrar algumas das personalidades que deram entrevistas no Programa do Jô:
(atenção ao nivel cultural e moral)

1 - Evelyn Levy Torrence (mulher que afirma que só se alimenta de luz solar)
2 - Carlos Villagrán (ator que interpreta Kiko, no Chaves)
3 - Tiririca ( Pior que tá não fica)
4 - Demóstenes Torres (sim, ele mesmo)
5 - Serguei (faz o que mesmo??)
(...)

Realmente não seria surpresa ela aparecer por lá.
 
Bruce, meu caro, gostaria de mostrar algumas das personalidades que deram entrevistas no Programa do Jô:
(atenção ao nivel cultural e moral)

1 - Evelyn Levy Torrence (mulher que afirma que só se alimenta de luz solar)
2 - Carlos Villagrán (ator que interpreta Kiko, no Chaves)
3 - Tiririca ( Pior que tá não fica)
4 - Demóstenes Torres (sim, ele mesmo)
5 - Serguei (faz o que mesmo??)
(...)

Realmente não seria surpresa ela aparecer por lá.

Ei, por que que você colocou o Carlos Villagrán no meio? :lol:
 
Daí que, dia desses, li, no twitter, alguém falando que tinha encontrado um excelente vlog literário. Que a pessoa entendia, mesmo, de literatura, que dava ótimas dicas e coisa e tal. Aí ela falou o nome da indivídua. Soltei aquele meu sorriso identificador de miopia intelectual, mas não falei nada. Tô tentando controlar meu gênio do cão/ minha impulsividade/ whatever, mas acho que o máximo que vou conseguir é úlcera. :rofl:
 
Como eu disse, Melian, acho que ela tem dicas legais, mas a abordagem dela é, muitas vezes, questionável - estilo Felipe Neto (quem aguenta ver mais de dois vídeos daquele moleque falando "p****", "c******", "f***", a cada 3 palavras ditas?). Acho que você pode - e deve - instruir seu público sem precisar tratá-los como criancinhas nem apelar pra sua autoridade. Na verdade, sua autoridade está contida na forma como você se expressa e deixa claro suas ideias e os temas que propõe. Mas sacomé: o Brasil tava na falta de comentaristas "mais próximos do povo" na área de artes e ela foi uma das primeiras que tomou a iniciativa e que deu certo. Quem manda os mais entendidos ficarem presos na academia?

(Ah, um beijo/abraço pra turminha amada que constituía o Meia Palavra. Era uma galera que entendia e falava abertamente sobre os temas. Lá sim eu via discussões de qualidade sobre literatura. Felizmente alguns ainda estão por aqui. Cês são um farol na minha vida, sabia?) :)
 
Sabe o que realmente me deixa chateada com a coisa toda? É que para alguém que se diz "da área", ela consegue ser extremamente antiética com os companheiros de profissão. E o que mais me desestimula em relação a ela é o fato de ela usar a formação que tem para se firmar como alguém de credibilidade para falar sobre obras literárias e acabar sendo uma deformadora de opinião.
 
Sabe o que realmente me deixa chateada com a coisa toda? É que para alguém que se diz "da área", ela consegue ser extremamente antiética com os companheiros de profissão. E o que mais me desestimula em relação a ela é o fato de ela usar a formação que tem para se firmar como alguém de credibilidade para falar sobre obras literárias e acabar sendo uma deformadora de opinião.

Pois é. Ela tá numa posição, digamos, "privilegiada" e, em vez de esclarecer algo, ataca/se enamora. Infelizmente, a turma gosta de gente "passional" falando sobre qualquer área. Pena que, no fim das contas, fica tudo na superfície.
 
O que ocorre com ela é que ela usa um dos principais problemas da sociedade brasileira: o bacharelismo. O Sergio Buarque de Holanda fala disso no Raízes do Brasil... É essa coisa de que "saiam da frente, o doutor chegou!". E isso acaba sendo desagradável porque ela só usa esse argumento, de que ela estudou, de que ela sabe... Sou um pouco incomodado com isso, pois já fui muito chutado de discussões que tentei participar com argumentos assim ("você não é formado? Ah, então você não sabe do que está falando...").

Mas não vou chover no molhado. Por mais herético que isso possa parece pra alguns, a única diferença entre um leitor qualquer e um phD em literatura é a carga de livros que o último leu pra falar sobre algo. Mesmo porque, não tem problema nenhum você, sei lá, falar que a tradução do Galindo é uma bosta, citar trechos, fazer uma análise e depois vir alguém e desmontar seus argumentos. Se tem uma coisa que eu aprendi com a leitura, é a não ter medo de quebrar a cara... Aliás, quebrar a cara é bom. Sei lá, eu acho engraçado :lol: (e inclusive me lembro de algumas vezes que quebrei a cara no Meia Palavra)

E no fundo nós nunca sabemos tudo sobre uma obra. Tava vendo o vídeo do camarada Bruce Wayne e em determinada parte ele fala que o Ulysses acompanha 16 horas da vida de um homem... Aí eu pensei: mas Batman, são 24!... Só que depois eu me alembrei que o dia do Leopold Bloom não começa às zero horas... E, por mais que alguns capítulos sejam mais extensos que outros (o Circe com certeza tem mais de uma hora assim como Os Lestrígones deve ter menos), no final das contas não só dá algo mais ou menos por aí, como você acaba observando que o dia não tem 16 horas só pro Bloom, mas pro Stephen e pra todos os outros personagens... Claro que isso parece ser um pouco idiota, mas foi algo que nunca tinha parado pra pensar.
 
Por mais herético que isso possa parece pra alguns, a única diferença entre um leitor qualquer e um phD em literatura é a carga de livros que o último leu pra falar sobre algo.

partindo dessa teoria, a única diferença entre um dentista e um professor de inglês são os livros que cada um leu sobre o assunto, né. olha, não acho que para falar sobre livros precisa ser phD - alguns dos melhores blogs de literatura que acompanho são feitos por pessoas que não tem graduação (nem pós) na área, mas coincidência ou não, nenhum faz uma abordagem acadêmica do que leu, mas de leitor comum. por isso não vamos também diminuir a importância dos estudos literários só porque a menina dá carteirada para comprovar um argumento, né.

e nem estou falando porque sou da área. aliás, nem me considero mais da área. é só porque como estive lá e cá eu sei bem como a graduação pode fazer diferença. btw, se a graduação dela é em tradução, a carteirada dela é inválida em qualquer assunto que saia do campo da tradução. :dente:
 
Não foi meu objetivo desmerecer os estudos literários, mas me expressei mal mesmo.
 
Um aviso aos meus colegas: na parte de baixo do vídeo coloquei alguns links com cotejo e análise das traduções, caso alguém se interesse. :)

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O que ocorre com ela é que ela usa um dos principais problemas da sociedade brasileira: o bacharelismo. O Sergio Buarque de Holanda fala disso no Raízes do Brasil... É essa coisa de que "saiam da frente, o doutor chegou!". E isso acaba sendo desagradável porque ela só usa esse argumento, de que ela estudou, de que ela sabe... Sou um pouco incomodado com isso, pois já fui muito chutado de discussões que tentei participar com argumentos assim ("você não é formado? Ah, então você não sabe do que está falando...").

Não vou mentir: já fui como ela, mas hoje penso que qualquer um que tenha interesse precisa ser inteirado do assunto e incluído. Se tiver algo a contribuir, ótimo. Caso não, ao menos pode aprender. Se falar besteira, a gente corrige. Simples assim. O problema é justamente termos intransigentes nos dois campos: os que aprenderam e não querem repassar e os que não aprenderam, querem aprender, mas não tem tato pra entrar na discussão. (Meu Deus, aqui tem mais categorias complexas que num romance do Dostô!) :lol:

Mas não vou chover no molhado. Por mais herético que isso possa parece pra alguns, a única diferença entre um leitor qualquer e um phD em literatura é a carga de livros que o último leu pra falar sobre algo. Mesmo porque, não tem problema nenhum você, sei lá, falar que a tradução do Galindo é uma bosta, citar trechos, fazer uma análise e depois vir alguém e desmontar seus argumentos. Se tem uma coisa que eu aprendi com a leitura, é a não ter medo de quebrar a cara... Aliás, quebrar a cara é bom. Sei lá, eu acho engraçado :lol: (e inclusive me lembro de algumas vezes que quebrei a cara no Meia Palavra)

Não é só a carga, mas o que ele reteve também, Mavericco. No entanto, "doutor" é apenas um título - o cara estudou e tal, merece o reconhecimento. Mas isso o torna um semi-deus? Claro que não. Contudo, se ele disser um "ai", seria interessante ouvir o que tem a dizer. Se não concordar, prove por A + B por que você discorda - e não é isso que se faz no meio acadêmico o tempo todo? :lol:

E no fundo nós nunca sabemos tudo sobre uma obra.

Pois é. Vide que "Ulysses" tem menos de 100 anos e causa dores de cabeça homéricas. :batera: Se puder, leia "Pierre Menard", conto do Jorge Luís Borges - é um belo tapa na teoria da invisibilidade aparente do tradutor, justamente o cara que mais deveria saber sobre a obra.

Tava vendo o vídeo do camarada Bruce Wayne e em determinada parte ele fala que o Ulysses acompanha 16 horas da vida de um homem... Aí eu pensei: mas Batman, são 24!... Só que depois eu me alembrei que o dia do Leopold Bloom não começa às zero horas... E, por mais que alguns capítulos sejam mais extensos que outros (o Circe com certeza tem mais de uma hora assim como Os Lestrígones deve ter menos), no final das contas não só dá algo mais ou menos por aí, como você acaba observando que o dia não tem 16 horas só pro Bloom, mas pro Stephen e pra todos os outros personagens... Claro que isso parece ser um pouco idiota, mas foi algo que nunca tinha parado pra pensar.

Mas foi justamente essa a minha lógica: o cidadão médio dorme entre 6 e 8 horas - em Dublin, começo do século XX, não devia ser diferente. :lol: Os caminhos deles se cruzam, mas as narrativas das personagens não se somam temporalmente - elas se complementam. Não acho que seja algo "idiota", Mavericco, é um ponto importante a se pensar. Se você pensa comigo que se passaram em torno de 16 horas na vida de um homem comum, a mímese/verossimilhança fica mais clara, e aí você aplaude o Joyce mais ainda por atentar (conscientemente?) para esse detalhe. :)

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Não foi meu objetivo desmerecer os estudos literários, mas me expressei mal mesmo.

Bom mesmo, até porque estou querendo fazer uma pós. :lol:
 
Última edição:
sabe o que é pior? eu até concordo com a garota no video. mas pq ela insiste bastante no termo "leitor comum". o meu problema com a argumentação dela sobre o caetano é a pinta que ela quis pagar de especialista. mas continuo achando o jeito dela de falar insuportável e não, não sigo o vlog da garota para saber opinião dela sobre livros. =]
 
Eu também gostei. E vou até comprar algo da Sylvia Plath.

Sou o único que achava que a expressão era: "quem tem cacique pra falar de (...)"?

eu perdi alguma coisa, mas não estou entendendo qualé o lance com a plath no momento que todas as menininhas estão de repente apaixonadas por bell jar como se o livro fosse o grande lançamento do ano de alguma editora qualquer. hmkay, tem os 50 anos de morte da plath, mas como nada foi lançado ou relançado aqui, continuo sem entender. anyway, plath é bem legal. você que tem gosto por poesia vai curtir a mulher, tenho certeza. aqui nesse video tem uma leitura da própria autora de um dos meus poemas favoritos dela, lady lazarus (ignora a animação que deusolivre, que tosqueira) >>> http://www.youtube.com/watch?v=EEFXnLYrOKA

(eu sempre disse "cacife", mas nunca soube o que é cacife. seria envergadura moral? :dente:
 
Tirando tudo que ela falou, pelo menos agora ela é sincera em pedir para as pessoas divulgarem e darem joinha. Ou seja, ela quer que a opinião dela voe por aí. E eu até concordo com o ponto de vista dela, mas a maneira como ela coloca, o jeito que ela fala, tudo meio que me irrita. Sem contar esse chiado absurdo de microfone no talo.

Quanto a Sylvia Plath, eu não entendi o frisson em cima dela, começou há dois meses, mais ou menos, e no Goodreads tá bombando o Bell Jar (inclusive, recebi um e-mail reclamando que não a citei num post de mulheres da literatura). Até agora não soube de nada sobre lançamento, relançamento, etc.
 
Quanto a Sylvia Plath, eu não entendi o frisson em cima dela, começou há dois meses, mais ou menos, e no Goodreads tá bombando o Bell Jar (inclusive, recebi um e-mail reclamando que não a citei num post de mulheres da literatura). Até agora não soube de nada sobre lançamento, relançamento, etc.

Será que é porque, considerando toda a mania sick-lit atual, "The Bell Jar" seja o romance sick-lit por excelência? :think:
 
Veja só uma pessoa influenciável como é: assisti um monte de vídeos dessa moça e até os considerava bons - tirando o fato da explicação excessiva de algumas coisas, como se eu fosse retardado. Então, me deparei com esse tópico e comecei a enxergar na fulana - nitidamente - todas considerações negativas.

Não gosto mais dela.
 

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